Ao término da Segunda Guerra, os EUA eram
o país mais rico do mundo, porém eles teriam que enfrentar um rival, ou assim acreditavam pensavam que o
segundo país mais rico do mundo: a URSS fosse um rival e um risco ao modo americano de viver (american way of life) - ideologia que estava espalhando-se rapidamente na europa. Tanto os EUA (capitalista)
como a URSS (socialista), tinham
idéias contrárias para a reconstrução do equilíbrio mundial, foi então que
começou uma grande rivalidade entre esses dois países. Quem era melhor? Esse
conflito de interesses que assustou o mundo
ficou conhecido como Guerra Fria, fortemente alimentado pela mídia e pelo cinema.
Tanto os EUA criticavam o socialismo quanto a URSS criticava o capitalismo.
Europa Ocidental, Canadá e Japão se aliaram aos EUA
enquanto que a Tchecoslováquia, Polônia, Hungria, Romênia, Iugoslávia, Bulgária, Albânia, parte da Alemanha e a China
se uniram com a URSS.
Na década de 50 e 60 houve a chamada corrida armamentista.
Quem seria capaz de produzir tecnologias bélicas mais modernas, EUA ou URSS?
Mesmo assim, esses dois países jamais se enfrentaram com armas durante a Guerra
Fria, embora apoiassem guerras entre países menores (cada superpotência
apoiando um dos lados rivais), como por exemplo, na Guerra da Coréia entre 1950
e 1953.
Na tentativa de provar que o seu sistema era melhor
do que o outro, cada lado fez as suas investidas, a URSS enviou um homem (Yuri Gagárin) ao espaço, enquanto os EUA enviaram Neil Armstrong à Lua. (segundo a versão oficial)
Estas disputas continuavam para ver quem era o
melhor, atingindo inclusive a área dos esportes. Nas Olimpíadas, por exemplo,
os dois países lutavam para ver quem ganhava mais medalhas de ouro.
No final da Segunda Guerra, a Alemanha foi invadida
por todos os lados; além de ter sido separada da Áustria, ficando assim
dividida em dois países:
Alemanha Ocidental
(ou República Federal da Alemanha – RFA) – capitalista
Alemanha Oriental (ou República Democrática Alemã – RDA) – governada pelos comunistas.
Alemanha Oriental (ou República Democrática Alemã – RDA) – governada pelos comunistas.
A antiga capital – Berlim, que se localizava no
interior da Alemanha Oriental, também ficou dividida em dois:
- Berlim
Oriental (tornou-se a capital da RDA)
- Berlim
Ocidental (tornou-se uma ilha capitalista cercada de socialismo).
A briga continuava. Os EUA resolveram ajudar Berlim
Ocidental a se reerguer e para isso investiram milhões de dólares na
reconstrução da cidade, porém enquanto Berlim Ocidental se reerguia
rapidamente, Berlim Oriental não apresentava o mesmo progresso.
Berlim Ocidental (organizada e em processo de
reconstrução) representava o capitalismo dentro de uma Alemanha socialista.
Foi então que em 1948, Stálin,
dirigente da URSS ordenou que as comunicações entre a República Federal da
Alemanha e Berlim ocidental fossem cortadas. Ele achava que o isolamento
facilitaria a entrada das tropas soviéticas na outra parte de Berlim. Porém,
tal iniciativa não deu certo, pois uma operação com centenas de aviões
levando mantimentos da RFA para Berlim Ocidental garantiu que uma continuasse
ligada a outra. O Governo não teve outra escolha a não ser aceitar a situação.
Assim, Berlim Ocidental continuou a crescer e as
pessoas começaram a comparar Berlim Ocidental e Berlim Oriental e viram que o
capitalismo era melhor que o socialismo. Como conseqüência houve uma emigração
de pessoas muito qualificadas para Berlim Ocidental e com isso Berlim Oriental ficava
abandonada. Claro que o Governo da RDA se irritou e em 1961 ordenou a
construção de um muro isolando Berlim Ocidental do restante da Alemanha. Era o Muro de Berlim, que é considerado um dos maiores
símbolos da Guerra Fria.
Na conferência de Yalta, realizada logo após o fim da Guerra ficou estabelecida a
divisão do mundo em áreas de influência,
ou seja, cada parte do planeta ficaria sob o controle de uma das superpotências
e uma não deveria interferir na zona de influência da outra.
A década de 50 e 60 foi marcada por momentos de
tensão e intolerância, pois os dois sistemas (capitalista e socialista) eram
vistos da forma mais negativa possível.Os dois países possuíam armas nucleares;
porém, os dois lados estavam cientes que uma guerra naquele momento poderia
destruir o mundo. Por esta razão tentavam influenciar a humanidade tomando o
máximo de cuidado para não provocar uma Guerra Nuclear Internacional, como
isso, a tensão diminuiu.
Ainda nos anos 60, EUA e URSS viveram a época da coexistência pacífica, ou seja,
fizeram a política da boa vizinhança. Na década seguinte, Nixon e o dirigente
soviético Brejnev, iniciaram uma distensão mundial assinando acordos para
diminuir a corrida armamentista e selaram esse acordo com um encontro simbólico
no espaço entre as naves americanas e soviéticas (1975).
Já nos anos 80 essa cordialidade foi abandonada.
Com a eleição de Ronald Reagan em 1981, iniciou-se novamente o acirramento
entre as potências.
Os americanos investiram alto no setor bélico
deflagrando a chamada “Guerra nas Estrelas”.
Durante o segundo mandato de Reagan (1984 -1988),
em 1987, foi assinado o tratado para eliminação de armas de médio e curto
alcance (nessa época a URSS estava sob o comando de Gorbachev), causando um
alívio aos europeus, já que o acordo implicava a desativação de grande parte
das ogivas voltadas para aquele lado.
As hostilidades entre os dois países estavam quase
acabando.
A Guerra Fria terminou por completo com a ruína do
mundo socialista (a URSS estava destruída economicamente devido aos gastos com
armamentos) e com a queda do Muro de Berlim em 9 de novembro de 1989.
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