GOVERNO DE
JOSÉ SARNEY – 1985/1990
Primeiro governo civil, eleito pelo voto direto, desde a década de 1960, legitimado pela Constituição de 1988, o governo Collor se efetiva em um momento de grande esperança para o povo brasileiro. Principalmente os que viveram durante os regimes militares. Vencendo as eleições de 1989 no segundo turno, que disputou contra o candidato do Partido dos Trabalhadores, Luís Inácio Lula da Silva, por meio de uma plataforma de campanha baseada na moralização do sistema político brasileiro e o fim da inflação monetária.
Também conhecido como a República das Alagoas, Collor no inicio de seu governo, não conseguiu formar uma equipe política expressiva. Em muitos casos a vitória de Collor, segundo alguns historiadores, representou um erro político do Brasil, mostrando que ainda estávamos “engatinhando” no processo de consolidação de uma democracia direta forte. Suas ações se baseavam na idéia neoliberal de redução do poder estatal na economia, eliminação dos controles burocráticos e abertura econômica ao capital estrangeiro. Tudo em nome da modernização do Brasil.
Sabe-se que
a ascensão de José Sarney ao poder executivo federal se deu devido à morte do
presidente Tancredo Neves, que representou o primeiro civil na presidência após
os governos militares no país. Sem grande apoio popular, o presidente Sarney
iniciou o período político do Brasil conhecido como a Nova República. Nesse
contexto, ampliar o processo de redemocratização do Brasil seria a tarefa
política de qualquer governante nesse período. Entretanto, a questão econômica
do país, era sim, um fato que merecia uma atenção bastante objetiva, haja
vista, as péssimas heranças que os governos passados deixaram na economia
nacional. A dívida externa manifestava uma inflação que chagou aos 200% ao ano.
Questões
políticas do governo Sarney:
Eleições
diretas no âmbito municipal e estadual.
Diminuiu as
exigências para o surgimento de novos partidos políticos.
A Convocação
de uma Assembléia Constituinte para a redação de uma nova Constituição para o
Brasil.
Em fevereiro
de 1987 a Assembléia Constituinte daria inicio aos trabalhos para a construção
da então Constituição Vigente a de 1988 – também conhecida como a Constituição
Cidadã.
Questões
econômicas do governo Sarney:
Visando
salvar a economia do país, o governo Sarney, foi marcado pelo Plano Cruzado
(1986). A moeda brasileira antes se chamava Cruzeiro, essa cifra perdeu três
zeros, dando origem a uma nova moeda, chamada de Cruzado.
Tentando
efetivar um controle maior do jogo financeiro, o governo passou a determinar um
congelamento dos preços e de salários, tentando assim manter um equilíbrio
entre esses dois fatores. O plano Cruzado almejava conter a inflação e ampliar
o poder de compra salarial da população, principalmente com a fiscalização dos
preços (Os fiscais de Sarney).
Entretanto,
a despeito dessa suposta melhoria, os empresários estavam lucrando cada vez
menos devido à rápida desvalorização de seus produtos. O resultado disso foi o
desabastecimento generalizado que esvaziou as pratelerias de todos os recintos
comerciais do país.Não tardou portanto para que o ágio aparecesse como valor
adicional a ser cobrado sobre o preço congelado. Isso significava, na prática,
o retorno da inflação.
O plano Cruzado II foi apresentado, devido a situação economica desse periodo,
onde o governo optou em liberar os preços dos serviçoes e produtos e interviu
menos nas relações comerciais. Passou a aumentar impostos, além de contar com
uma balnça comercial bastante desvfavorável.
O Plano
Bresser foi uma outra medida economica do então desacreditado governo Sarney
que passou a controlar preços por um periodo de 2 meses, aumentou impostos
publicos e passou a negociar com o FMI. Tais medidas não reverteu a situação. O
clima ja era desfavoravel para a economia nacional. E o último pacote economico
ficou conhecido como o Plano Verão que passou a criar a nova moeda – o Cruzado
Novo. Além disso as privatizações promoviam um menor gasto publico em setores
estratégicos, abrindo a economia brasileira nos moldes neo liberais.
GOVERNO DE
FERNANDO COLLOR DE MELLO – 1990/1992
Primeiro governo civil, eleito pelo voto direto, desde a década de 1960, legitimado pela Constituição de 1988, o governo Collor se efetiva em um momento de grande esperança para o povo brasileiro. Principalmente os que viveram durante os regimes militares. Vencendo as eleições de 1989 no segundo turno, que disputou contra o candidato do Partido dos Trabalhadores, Luís Inácio Lula da Silva, por meio de uma plataforma de campanha baseada na moralização do sistema político brasileiro e o fim da inflação monetária.
Também conhecido como a República das Alagoas, Collor no inicio de seu governo, não conseguiu formar uma equipe política expressiva. Em muitos casos a vitória de Collor, segundo alguns historiadores, representou um erro político do Brasil, mostrando que ainda estávamos “engatinhando” no processo de consolidação de uma democracia direta forte. Suas ações se baseavam na idéia neoliberal de redução do poder estatal na economia, eliminação dos controles burocráticos e abertura econômica ao capital estrangeiro. Tudo em nome da modernização do Brasil.
No entanto,
a principal marca do Governo Collor, sem dúvidas, está ligada ao congelamento
das contas correntes e cadernetas de poupanças, por um prazo de um ano, além do
envolvimento do presidente e seus aliados em escândalos de corrupção (caso PC
Farias) e negociações desonestas.
O Plano
Collor, também não surtiu o efeito de controlar a inflação e com indícios de
corrupção e desvio de dinheiro publico, é criado a CPI para se investigar a
veracidade das informações a respeito do presidente.
A partir
daí, o processo do impeachment do presidente tão carismático passou a ser a palavra
de ordem dos grupos opositores ao governo. A votação de 441 votos contra o
presidente e apenas 38 a favor destituiu Collor do poder, e o vice-presidente –
Itamar Franco assumia até então os rumos do Brasil.
GOVERNO DE
ITAMAR FRANCO – 1992/1994
De
temperamento difícil e de postura nacionalista, Itamar atenuou o programa de
abertura e privatizações da economia, como também, a continuidade ao processo
de democratização. É válido ressaltar a ocorrência dos plebiscitos em 1993 que
a população iria escolher se o país seria regido por uma Monarquia ou
Republica, e um governo Presidencialista ou Parlamentarista.
Entretanto a
questão econômica ainda era um grande problema para o governo brasileiro. Tal
problemática passou a ser trabalhado pelo então ministro da Fazenda, o
sociólogo Fernando Henrique Cardoso que se destacou politicamente devido ao
Plano Real.
Mas uma vez
o Brasil passou a ter uma nova moeda – O Real que representou a consolidação de
uma política neoliberal alicerçada em privatizações, elevação de taxas de juros
e abertura da economia ás importações. No entanto, além de equilibrar a
economia e favorecer uma popularidade ao governo de Itamar, o presidente também
sofreu denuncias sobre esquemas de desvio de verbas publicas para empresas
filantrópicas fantasmas.
De uma forma
ampla, podemos afirmar que o “sucesso” do Plano real, favoreceu a ascensão de
Fernando Henrique Cardoso nas eleições de 1994 para a presidência do país. Além
disso, o pequeno governo de Itamar Franco também foi marcado por projetos de
combate a miséria, junto com a participação do sociólogo Betinho. Diga-se de
passagem que o seu governo não foi alvo de escândalos de corrupção.
GOVERNO DE
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO – 1994/2002.
FHC foi
empossado presidente no dia 1 de janeiro de 1995, tendo nos dois mandatos como
vice-presidente o ex-governador de Pernambuco e senador Marco Maciel, do PFL.
Na cerimônia de posse, no Congresso Nacional, FHC prometeu acabar com a fome e
a miséria no Brasil. Reafirmou compromissos de campanha e disse que sua eleição
representou uma "opção clara dos eleitores pela continuidade do Plano
Real". Já como presidente, deu posse a seus ministros, dos quais o mais
aplaudido foi o então ministros dos esportes, Pelé. Os primeiros atos do
presidente foram a extinção da Legião Brasileira de Assistência LBA e dos
ministérios do Bem-Estar Social e da Integração Regional.
Nos
primeiros anos de governo FHC, a preocupação com a questão econômica marcou
profundamente a agenda publica, na questão política, a estratégia governista
era apenas em manter uma base consolidada no Congresso Nacional e no Senado, a
fim de conseguir aprovação de Emendas Constitucionais.
A anexação
da economia brasileira ao mercado neoliberal, fomentava a abertura ao capital
estrangeiro e ao processo de privatizações de empresas estatais como também a
quebra do fim do monopólio do Petróleo. Além disso a reeleição também foi um
fator marcante no governo FHC.
Com uma
forte análise econômica, a questão das políticas sociais, não protagonizavam de
forma ideal na agenda publica, gerando vários conflitos com os Movimentos
Sociais, tanto no campo, quanto na cidade.
Outro ponto
importante, desse período está ligada ao surgimento do MERCOSUL – Mercado Comum
do Sul – acordo entre Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai que tinha como meta
a comercialização de mercadorias sem impostos de importações a partir de 2001.
È válido ressaltar que essa formação de grupos econômicos supranacionais
respondia uma característica condizente nesse período, no que diz respeito a
formação de blocos econômicos no mundo (CEE, EU, ALCA etc.)
Durante o
segundo governo de FHC, os dados sociais do Brasil eram bastante negativos.
Desemprego, violência, não crescimento econômico etc. Com as privatizações
visando combater o Déficit público, causou um crescimento notório da divida
publica brasileira, desvalorizando assim o Real.
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