Logo após o
término da Segunda Guerra Mundial, o imperialismo europeu atravessava a sua
maior crise até então, sem a menor condição de conter as revoluções que
explodiram nos seus protetorados em todo o mundo. No Mediterrâneo, o
imperialismo britânico e norte-americano se utilizaram do apoio do Estado
soviético de Stálin para derrotar a revolução proletária nos Bálcãs e
estabelecer o país como modelo de capitalismo na região.
15 de março de 2009
A guerra civil grega transcorreu entre os anos de 1944 e
1949, logo após o término da Segunda Guerra Mundial, em duas etapas. A maioria
dos historiadores analisa este episódio inspirada pelo senso comum
pseudo-intelectual da luta entre o capitalismo e o comunismo, ou seja, a luta
entre o bem o mal, entre a democracia e o totalitarismo, sendo que na verdade
se tratou de uma luta entre a burguesia e a classe operária. Afirmam ser este o
primeiro conflito armado na chamada Guerra Fria e a primeira insurreição
comunista após a guerra. Porém, o que passam longe de explicar e de entender é
justamente o processo histórico da evolução das massas que levou à guerra civil
grega e a derrota da revolução proletária pelo imperialismo com a cumplicidade
da burocracia soviética, ou seja, o exato oposto da mitologia da guerra fria.
A vitória das forças reacionárias do governo levou a Grécia a ingressar na OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e consolidar o país como um ponto de equilíbrio da contra-revolução nos Bálcãs e na Europa pós-guerra.
No período que vai de 1915 até a Segunda Guerra Mundial, a sociedade grega sofreu profundas transformações derivadas de uma longa crise política, econômica e social influenciada pela ingerência das potências imperialistas apoiadas na repressão ao movimento de massas imposta por um regime fascista monárquico que rapidamente levou o país a uma situação revolucionária sem precedentes.
A Primeira Guerra Mundial havia assestado um duro golpe ao capitalismo mundial, iniciado o processo de liquidação do império britânico e francês e derrubado quatro impérios (russo, alemão, austro-húngaro e otomano), catapultando toda a Europa para um movimento revolucionário jamais visto pela humanidade. A Revolução Russa de 1917 foi a ponta de lança da revolução proletária mundial. Na Alemanha, a maior revolução que a humanidade já vira só pôde ser derrotada com a traição da social-democracia e o assassinato de todos os seus líderes, como Karl Liebknecht e Rosa Luxemburgo. Nos Bálcãs, não por acaso palco da eclosão da Primeira Guerra Mundial, a situação não era diferente.
Acabada a Segunda Guerra, o imperialismo se via novamente diante de uma revolução mundial.
A independência da Grécia
A vitória das forças reacionárias do governo levou a Grécia a ingressar na OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e consolidar o país como um ponto de equilíbrio da contra-revolução nos Bálcãs e na Europa pós-guerra.
No período que vai de 1915 até a Segunda Guerra Mundial, a sociedade grega sofreu profundas transformações derivadas de uma longa crise política, econômica e social influenciada pela ingerência das potências imperialistas apoiadas na repressão ao movimento de massas imposta por um regime fascista monárquico que rapidamente levou o país a uma situação revolucionária sem precedentes.
A Primeira Guerra Mundial havia assestado um duro golpe ao capitalismo mundial, iniciado o processo de liquidação do império britânico e francês e derrubado quatro impérios (russo, alemão, austro-húngaro e otomano), catapultando toda a Europa para um movimento revolucionário jamais visto pela humanidade. A Revolução Russa de 1917 foi a ponta de lança da revolução proletária mundial. Na Alemanha, a maior revolução que a humanidade já vira só pôde ser derrotada com a traição da social-democracia e o assassinato de todos os seus líderes, como Karl Liebknecht e Rosa Luxemburgo. Nos Bálcãs, não por acaso palco da eclosão da Primeira Guerra Mundial, a situação não era diferente.
Acabada a Segunda Guerra, o imperialismo se via novamente diante de uma revolução mundial.
A independência da Grécia
A Grécia é um país independente desde 1832, fruto da
guerra pela soberania nacional ocorrida entre 1821 e 1839 contra a dominação
turca otomana, o primeiro a conquistar status de independência frente ao
Império turco após mais de quatro séculos ocupado.
O crescimento do nacionalismo revolucionário na Europa e
as revoluções burguesas entre os séculos XVIII e XIX influenciaram
sensivelmente a Grécia, em especial a Revolução Francesa.
As primeiras manifestações da luta grega por sua
independência neste período formaram-se no interior das etnias klefte e
armatola. Ambos os grupos tiveram uma importância crucial para a revolução
grega. Após a Grécia ser tomada pelos otomanos, muito do que restou das tropas
gregas se marginalizou. Eram em geral homens que recusavam submissão ao Império
e desejavam preservar sua identidade cultural e religiosa cristã-ortodoxa.
Estes sobreviventes partiram para as montanhas, onde
formaram milícias independentes. Ambos os grupos se insurgiram em armas contra
a ocupação estrangeira.
Em 1814, inspirados pelo grupo revolucionário italiano Carbonários, comerciantes gregos fundaram a Filiki Eteria (Sociedade dos Amigos), que logo teve apoio dos outros impérios para derrubar Constantinopla e restaurar o antigo Império Bizantino. Enquanto o Império Otomano mantinha um custoso conflito contra a Pérsia, as Grandes Potências - Inglaterra, Rússia e França - preocupavam-se com as revoluções na Itália e na Espanha. Os gregos se aproveitaram dessa situação para iniciar sua revolta.
A revolução ganhou fácil apoio entre intelectuais e aristocratas na Europa atraídos pela forte influência cultural grega do período clássico. Personagem dos mais importantes neste meio foi o poeta inglês Lord Byron, que não só contribuiu financeiramente com a revolução como pegou em armas e se juntou aos revolucionários. Além dele, o historiador escocês Thomas Gordon escreveu as primeiras histórias da revolução grega como testemunha ocular e militante revolucionário.
Em 1814, inspirados pelo grupo revolucionário italiano Carbonários, comerciantes gregos fundaram a Filiki Eteria (Sociedade dos Amigos), que logo teve apoio dos outros impérios para derrubar Constantinopla e restaurar o antigo Império Bizantino. Enquanto o Império Otomano mantinha um custoso conflito contra a Pérsia, as Grandes Potências - Inglaterra, Rússia e França - preocupavam-se com as revoluções na Itália e na Espanha. Os gregos se aproveitaram dessa situação para iniciar sua revolta.
A revolução ganhou fácil apoio entre intelectuais e aristocratas na Europa atraídos pela forte influência cultural grega do período clássico. Personagem dos mais importantes neste meio foi o poeta inglês Lord Byron, que não só contribuiu financeiramente com a revolução como pegou em armas e se juntou aos revolucionários. Além dele, o historiador escocês Thomas Gordon escreveu as primeiras histórias da revolução grega como testemunha ocular e militante revolucionário.
Não foi difícil para a Grécia conseguir o reconhecimento
das grandes potências européias. Os britânicos, após as massas estarem
controladas, apoiaram a revolução de 1823 com o intuito de derrubar os
otomanos, mas os russos acompanhavam de perto os interesses dos ingleses. Por
isso a revolução, apesar da vitória sobre os otomanos, via-se no meio das
disputas entre britânicos, russos e franceses. Nascia então entre os gregos a
chamada Grande Idéia, que pretendia unificar todos os gregos numa única nação
independente. No entanto, a incipiente burguesia grega mostrava-se incapaz de
realmente tornar o país independente e resolver as contradições que, desde o
século anterior, vinham impulsionando a revolução e continuariam a fazê-lo pelo
futuro.
Uma colcha de retalhos
A Grécia está situada em meio a uma verdadeira colcha de
retalhos. A península dos Bálcãs é um dos centros de disputa de antigos e novos
impérios que até hoje continua sendo palco de guerras, divisões e revoluções.
Povos eslavos, gregos, albaneses, romenos, búlgaros, turcos e sérvios foram,
durante décadas, vítimas das disputas pelos territórios remanescentes do
colapso do império turco. Estas disputas, ao invés de diminuir, acentuaram-se
com o aparecimento dos grandes estados imperialistas da Europa Central e do
Mediterrâneo: Alemanha, Áustria e Itália que passaram a disputar a região com o
imperialismo inglês e francês.
Em 1912, a Liga Balcânica, inspirada pelo imperialismo
foi criada para gerenciar estes países que estavam à deriva, resultando no
Tratado de Londres, que reconfigurou o mapa político dos Bálcãs. Mas, pouco
tempo depois, a Bulgária e a Romênia estiveram envolvidas em novos conflitos em
razão da falta de um acordo.
Em agosto de 1913, foi assinado o Tratado de Bucareste,
no qual Grécia e Sérvia dividiram a Macedônia. A Romênia ficou com parte da
Bulgária e a Albânia se tornou um Estado independente muçulmano. Já a Sérvia,
formada na época por sérvios, croatas e eslovenos, se tornou uma ameaça para a
Áustria-Hungria.
O estopim desta escalada se deu com o assassinato do
herdeiro do trono austro-húngaro, Francisco Ferdinando, em Sarajevo. Este fato
foi o estopim para a eclosão da Primeira Guerra Mundial, em 1914.
Na Segunda Guerra Mundial, a península se dividiu entre
os Aliados e o Eixo. Eslovênia, Croácia, Bulgária e Albânia apoiaram a Alemanha
de Hitler, enquanto que Grécia e Sérvia apoiaram o outro bloco imperialista
capitaneado por Inglaterra e França, com o apoio dos EUA.
Em 1941, a Alemanha invade a Iugoslávia e forma um
governo croata-fascista, mas esta ação é contida por uma forte oposição da
Sérvia – apoiada pela União Soviética - que resiste ao nazismo e derrota os
alemães com o apoio dos aliados.
A Iugoslávia é unificada pela revolução dirigida pelo
Exército do marechal Iosip Broz Tito, fiel aliado da URSS até 1948, quando
rompe com Moscou. A morte de Tito em 1980 e a desintegração da União Soviética
dez anos depois, despertariam nos anos 90 os conflitos mais sangrentos na
Europa desde a Segunda Guerra.
Esta mudança política abriu as portas para o imperialismo
aprofundar os seus interesses na região, mas acima de tudo para conter uma
revolução em marcha.
A guerra civil
O domínio do Eixo (Alemanha, Itália e Japão) sobre os
Bálcãs durante a Segunda Guerra Mundial fez nascer uma enorme resistência grega
contra a ocupação. A resistência era dirigida fundamentalmente pela Frente
Nacional de Libertação (EAM, na sigla em grego) e seu braço armado, o Exército
Nacional Popular de Libertação (ELAS), ambos controlados pelo Partido Comunista
da Grécia (KKE), orientado pela União Soviética. Da mesma forma que a
resistência iugoslava, dirigida por Tito, havia se transformado em um movimento
revolucionário de massas que crescia e se radicalizava à medida que a ocupação
nazista desabava, a resistência grega tinha a mesma envergadura e
possibilidades de vitória.
Do outro lado, em completa inferioridade, encontravam-se
as forças monárquicas e conservadoras apoiadas e financiadas pelo imperialismo
britânico. O ELAM-ELAS formou um governo próprio, colocando em questão o
governo exilado na Inglaterra, liderado pelo rei George II.
Stálin, que contava com a confiança do imperialismo e
agindo no marco dos acordos realizados com este em Teerã e Potsdam, durante a
guerra, orienta o Partido Comunista grego a formar um governo de unidade
nacional presidido pelo liberal burguês Georgios Papandreu. O novo governo é,
no entanto, incapaz de conter a revolução, a despeito dos esforços dos
stalinistas de manter um governo de frente popular. Em dezembro de 1944 irrompe
pelas ruas de Atenas uma greve geral operária que logo se transforma em insurreição.
Os combates de Atenas duram cinco semanas.
Churchill e o imperialismo britânico compreendem que a
política de colaboração de classes havia fracassado e que a única solução para
conter a revolução seria esmagá-la pela força das armas. Stálin frearia a
resistência por dentro e Churchill a esmagaria pela força armada.
Para derrubar o poder instituído pelo Exército Nacional
Popular de Libertação, que controlava praticamente todo o país, exceto Salônica
e Atenas era necessária a intervenção direta das forças britânicas na guerra
civil.
A verdadeira relação entre o imperialismo e a burocracia
contra-revolucionária neste episódio fundamental do período imediato após a
guerra é dada pelo próprio primeiro-ministro britânico, Winston Churchill, que
escreve para o famigerado ministro das relações exteriores do imperialismo
britânico Anthony Eden: “dado o alto preço que pagamos para a Rússia para ter
as mãos livres na Grécia, não devemos vacilar no emprego de tropas britânicas
para sustentar o governo real de Papandreu (...) Antevejo o choque com o EAM e
não devemos evitá-lo, com a condição de escolher bem o nosso terreno” (citado
por Fernando Claudín, em A crise do movimento comunista).
A resistência é, de fato, enfrentada com extrema violência pelos britânicos, inclusive com o uso de bombardeiros, com Stálin como observador passivo.
A resistência é, de fato, enfrentada com extrema violência pelos britânicos, inclusive com o uso de bombardeiros, com Stálin como observador passivo.
Apesar da ampla demonstração de força e da violência
usada contra a população grega, a vitória britânica é precária. Somente poderia
ser consolidada com a ajuda de Stálin.
O próprio Winston Churchill foi até a Grécia para intervir pessoalmente e promover um acordo de unidade nacional entre monarquistas e comunistas. No mesmo sentido, Stálin pressionava para que o ELAS aceitasse uma trégua, culminando no Pacto de Varkiza em fevereiro de 1945, mediado pela Igreja Católica, na pessoa do arcebispo Damaskinos. Segundo o próprio EAM declarou posteriormente, o acordo “foi um compromisso inaceitável e, de fato, uma capitulação ante os imperialistas ingleses e a reação grega” (idem).
O próprio Winston Churchill foi até a Grécia para intervir pessoalmente e promover um acordo de unidade nacional entre monarquistas e comunistas. No mesmo sentido, Stálin pressionava para que o ELAS aceitasse uma trégua, culminando no Pacto de Varkiza em fevereiro de 1945, mediado pela Igreja Católica, na pessoa do arcebispo Damaskinos. Segundo o próprio EAM declarou posteriormente, o acordo “foi um compromisso inaceitável e, de fato, uma capitulação ante os imperialistas ingleses e a reação grega” (idem).
O acordo previa uma série de medidas democráticas,
anistia para prisioneiros políticos e a realização de eleições sob a supervisão
do imperialismo.
Para completar o quadro da completa traição da burocracia
stalinista à revolução grega, Churchill declara, quando as tropas britânicas
entram em Atenas em uma reunião com o chefes da resistência que “os britânicos
chegaram à Grécia com a provação do presidente Roosevelt e do Marechal Stálin”
(idem), o que foi confirmado pelo chefe da missão militar russa.
A capitulação não poupou a classe operária e as massas
populares gregas: “Dois dias depois, suspensas as negociações entre a
Resistência e o governo monárquico, enquanto os aviões ingleses metralhavam a
população ateniense o governo soviético nomeava um embaixador junto ao governo
monárquico grego. E na conferência de Ialta, mal terminado o combate entre os
intervencionistas e os resistentes, Stálin declarava: ‘confio na política do
governo britânico na Grécia’” (idem).
Reabertura da guerra civil
Reabertura da guerra civil
No dia 1º de setembro de 1946, um plebiscito manipulado
estabeleceu a restauração da monarquia e a volta de George II.
Diante da iminência de uma revolução que passasse por
fora das rédeas do stalinismo e da burguesia imperialista, o acordo de coalizão
estava longe de se tornar realidade. Diante do caráter cada vez mais
reacionário do governo, os stalinistas gregos e outros grupos armados
prepararam um novo levante contra a monarquia, eclodindo em maio de 1946,
apesar do freio da burocracia stalinista russa. A efetividade da guerrilha e
sua expansão por todo o país puseram em evidência a fragilidade do Exército
real e sua completa dependência do apoio britânico e dos EUA.
Sob a direção de Markos Vafiadis, as forças do KKE
estabeleceram um governo autônomo na cidade de Konitsa, na região de Épiro.
O Reino Unido, tradicional defensor da monarquia grega,
ultrapassado na sua capacidade contra-revolucionária, convocou a ajuda do
imperialismo norte-americano para que este assumisse uma posição ativa.
Em 1949, a ofensiva das forças monárquicas na Macedônia e
em Épiro, até então controlada pelo braço armado do Partido Comunista, levou ao
fim da guerra em outubro do mesmo ano. A vitória das tropas do rei Paulo I, que
em 1947 havia sucedido seu irmão George II, encerraram o longo período
revolucionário e de guerra civil que se seguiu à débâcle do imperialismo alemão
na Grécia.
Durante o conflito, os países vizinhos aproveitaram para reivindicar seus interesses territoriais sobre a Grécia. Muitos membros do ELAS eram eslavos-macedônios e, com a ajuda do líder iugoslavo Tito, que pretendia anexar a Macedônia grega, acabaram fundando o SNOF (Frente de Libertação da Macedônia), em 1944. Posteriormente, o ELAS e o SNOF se enfrentaram por diferenças políticas e romperam a aliança.
Um instantâneo da política contra-revolucionária do stalinismo no período pós-guerra
Esta política de traição da revolução da parte da burocracia stalinista, sob as ordens de Stálin, esteve muito longe de ser um caso isolado.
Durante o conflito, os países vizinhos aproveitaram para reivindicar seus interesses territoriais sobre a Grécia. Muitos membros do ELAS eram eslavos-macedônios e, com a ajuda do líder iugoslavo Tito, que pretendia anexar a Macedônia grega, acabaram fundando o SNOF (Frente de Libertação da Macedônia), em 1944. Posteriormente, o ELAS e o SNOF se enfrentaram por diferenças políticas e romperam a aliança.
Um instantâneo da política contra-revolucionária do stalinismo no período pós-guerra
Esta política de traição da revolução da parte da burocracia stalinista, sob as ordens de Stálin, esteve muito longe de ser um caso isolado.
A burocracia russa tentou a mesma manobra traiçoeira na
Iugoslávia e fracassou. Teve, no entanto, êxito em atrelar a resistência
operária e popular na Itália e na França à burguesia local sob o comando dos
imperialismos britânico e norte-americano.
A ocupação militar nos países do Leste da Europa e na
Alemanha teve como uma das funções centrais desarmar e bloquear a mobilização
revolucionária das massas em inúmeros países onde o regime político burguês
entrou em colapso após a debandada alemã.
Apesar deste acordo contra-revolucionário, o imperialismo demorou ainda três anos para recolocar em movimento a economia capitalista na Europa a partir de 1848, com o Plano Marshall e somente o fez sob a ameaça de uma nova explosão revolucionária.
Apesar deste acordo contra-revolucionário, o imperialismo demorou ainda três anos para recolocar em movimento a economia capitalista na Europa a partir de 1848, com o Plano Marshall e somente o fez sob a ameaça de uma nova explosão revolucionária.
A recuperação capitalista na Europa e, por conseguinte,
no mundo, não teria sido possível sem a atuação contra-revolucionária do
stalinismo e, logicamente, dos partidos socialistas e dos partidos
“democráticos” do imperialismo com os exércitos contra-revolucionários. Destes
episódios, que a historiografia burguesa e os ideólogos de direita e de
esquerda da burguesia falsificam até o desespero, repousa o mito da capacidade
permanente de recuperação do capitalismo.
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