O período que se encontra entre 1985 e
1991, foi marcado por grandes modificações. A Guerra Fria terminou de forma
inesperada, durante a década de 1980. Em 1989, a queda do muro de Berlim foi o
ato simbólico que decretou o encerramento de décadas de disputas económicas,
ideológicas e militares entre o bloco capitalista, comandado pelos Estados
Unidos e o socialista, dirigido pela União das Repúblicas Socialistas
Soviéticas (URSS). Na sequência deste facto, ocorreu a reunificação da Alemanha
Ocidental e Oriental.
Podemos afirmar que a crise nos países
socialistas funcionou como um catalisador do fim da Guerra Fria. Os países do
bloco socialista, incluindo a União Soviética, passavam por uma grave crise
económica na década de 1980. A falta de concorrência, os baixos salários e a
falta de produtos causaram uma grave crise económica. A falta de democracia
também gerava uma grande insatisfação popular.
No começo da década de 1990, o presidente da União Soviética Mikhail Gorbatchev começou a implementar a Glasnost (transparência / reformas políticas priorizando a liberdade) e a Perestroika (reestruturação económica). A União Soviética estava pronta para deixar o socialismo, rumo à economia de mercado capitalista, com mais abertura política e democrática. Na sequência, as diversas repúblicas que compunham a União Soviética foram retomando sua independência política. Futuros acordos militares entre Estados Unidos e Rússia garantiriam o início de um processo de desarmamento nuclear.
Na década de 1990, sem a pressão soviética, os outros países socialistas (Polónia, Hungria, Roménia, Bulgária, entre outros) também foram implementando mudanças políticas e económica no sentido do retorno da democracia e engajamento na economia de mercado.
Portanto, a década de 1990 marcou o fim da Guerra Fria e também da divisão do mundo em dois blocos ideológicos. O temor de uma guerra nuclear e as disputas armamentistas e ideológicas também foram sepultadas.
No começo da década de 1990, o presidente da União Soviética Mikhail Gorbatchev começou a implementar a Glasnost (transparência / reformas políticas priorizando a liberdade) e a Perestroika (reestruturação económica). A União Soviética estava pronta para deixar o socialismo, rumo à economia de mercado capitalista, com mais abertura política e democrática. Na sequência, as diversas repúblicas que compunham a União Soviética foram retomando sua independência política. Futuros acordos militares entre Estados Unidos e Rússia garantiriam o início de um processo de desarmamento nuclear.
Na década de 1990, sem a pressão soviética, os outros países socialistas (Polónia, Hungria, Roménia, Bulgária, entre outros) também foram implementando mudanças políticas e económica no sentido do retorno da democracia e engajamento na economia de mercado.
Portanto, a década de 1990 marcou o fim da Guerra Fria e também da divisão do mundo em dois blocos ideológicos. O temor de uma guerra nuclear e as disputas armamentistas e ideológicas também foram sepultadas.
O fim do modelo soviético transformou a
geografia política do Leste europeu e lançou os antigos estados socialistas
numa transição económica difícil, cujas marcas são, ainda, claramente
percetíveis.
A Era Gorbatchev
Com a morte de Konstantin Chernenko
(Presidente do Soviete Supremo da URSS e Secretário Geral do Partido Comunista
de Fevereiro de 1984 a Março de 1985, e Chefe Supremo do Politburo, o segundo
mais alto cargo na hierarquia soviética, de 1971 até 1984), Mikhail Gorbachev,
com 54 anos de idade, é eleito secretário geral do Partido Comunista a 11 de
Março de 1985. Sendo, efetivamente, o verdadeiro líder da União Soviética.
Bem mais novo e decidido do que os seus
antecessores, o novo líder encara de frente a deterioração que o sistema vinha
sofrendo desde os tempos de Brejnev.
Incapaz de igualar o arrojado programa
de defesa nuclear da administração Reagan (conhecido como “guerra nas
estrelas”), o líder soviético procura assim criar um clima internacional
estável que refreie a corrida ao armamento e permita à URSS utilizar os seus
recursos para a reestruturação interna.
Defensor de ideias modernizantes,
instituiu grandes projetos inovadores ao conservadorismo dos dirigentes: a perestroika
(reconstrução económica), democratizatsiya (democratização), o uskorenie
(desenvolvimento económico) e aglasnost (transparência política).
Perestroika significa superar o
processo de estagnação, quebrar o mecanismo de frenagem, criando um mecanismo
confiável e eficaz para a aceleração do progresso social e económico e
conferindo-lhe maior dinamismo; significa iniciativa da massa. É a conferência
de desenvolvimento da democracia socialista, auto-governo, o incentivo da
iniciativa e esforço criativo.
Por outras palavras...
Perestroika : reestruturação
profunda do funcionamento do modelo soviético empreendida por M. Gorbatchev, a
partir de 1985. Tendo um carácter marcadamente económico, a perestroika assumiu
também a vertente política (a glasnost) que procurou reconciliar o socialismo e
a democracia.
Por ainda mais palavras...
A Perestroika, que teve início em 1986,
foi concebida para introduzir um novo dinamismo na economia soviética, que
passava por sérios problemas. Para que os setores económicos do país tivessem
uma expansão qualitativa e quantitativa, foram introduzidos mecanismos para
estimular a livre concorrência (e acabar com o monopólio estatal), desenvolver
setores secundários de produção (bens de consumo e serviços não-essenciais)
através da iniciativa privada e descentralizar as operações empresariais. No
campo, foi estimulado a criação de cooperativas por grupos familiares e
arrendamento de terras estatais. A proposta também foi incentivar empresas
estrangeiras a atuarem no país. Houve ainda uma redução dos gastos do governo,
principalmente na indústria bélica.
Enquanto no Ocidente a noção da glasnost se associa com a liberdade de expressão, a meta principal desta política foi fazer o governo do país transparente e aberto para discutir, assim logrando o círculo estreito de apparatchiks que anteriormente exerceu o controle completo da economia. A Glasnost foi, portanto, um processo de abertura política.
A glasnost deu novas liberdades à
população, como uma maior liberdade do discurso - uma modificação radical,
visto que o controle de discurso e supressão da crítica do governo tinha sido
anteriormente uma parte central do sistema soviético. Houve também um maior
grau da liberdade dentro dos meios de comunicação. Até o final dos anos 1980, o
governo soviético veio embaixo da crítica aumentada, como fez a ideologia
leninista (que Gorbachev tinha tentado conservar como a fundação da reforma), e
os membros da população soviética foram mais francos na sua visão de que o
governo soviético não ia bem.
Na área política e social, a Glasnost
pretendeu colocar novos paradigmas no modo de vida soviético. Para que a União
Soviética tivesse um desenvolvimento forte e profícuo, era necessário colocar
uma nova mentalidade em todos os segmentos da sociedade. Assim, a proposta foi
de acabar com a burocracia política, combater a corrupção e introduzir a
democracia em todos os níveis de participação política, ou seja, autorizou o
pluripartidarismo. A glasnost também libertou dissidentes políticos e permitiu
a liberdade de imprensa e expressão.
O colapso do bloco soviético
“Investiga as causas históricas,
políticas, sociais e econômicas que mais contribuíram para o colapso e
desaparecimento da União Soviética em 1991. Como um esforço de reinterpretação
do fenômeno, desde a gênese até o esgotamento da URSS, apóia-se em análises e
dados de alguns dos mais conhecidos especialistas no assunto. Considera que um
conjunto de elementos se combinou para tal desfecho. Aponta como causas
principais:
a) o atraso material e cultural da
velha Rússia para iniciar a construção do socialismo;
b) o isolamento da
Revolução Russa, fruto, entre outros fatores, do reformismo político que
paralisou a classe operária no Ocidente;
c) as agressões militares que a URSS
sofreu, com suas imensas perdas humanas e os custos insuportáveis de defesa,
derivados da ameaça permanente que vinha do exterior, que contribuíram para
exauri-la economicamente;
d) a natureza ditatorial do sistema
político, como elemento central, que se pôde acelerar a industrialização e a
modernização em uma primeira fase, trouxe imensos prejuízos humanos por outro e
funcionou a partir de certo ponto no tempo como uma trava à continuidade do
desenvolvimento da economia e da sociedade;
e) o esgotamento do modelo extensivo de
crescimento na virada para os anos 70, a desaceleração econômica que chega à
estagnação no início dos anos 80 e o acentuado atraso tecnológico em relação ao
mundo capitalista, verificado já na década de 70;
f) As grandes transformações sociais,
culturais e comportamentais ocorridas no mundo e na URSS, a Revolução da
Informação e as mobilizações democráticas em todo Leste Europeu, que erodiram
as fundações do sistema soviético;
g) A Perestroika, que como programa de
reformas acelerou a democratização do regime político, levando à desagregação
do velho mecanismo burocrático de planejamento e gestão estatais da economia, o
que por sua vez gerou caos;
h) As mobilizações nacionalistas e a
ofensiva restauracionista selaram a desagregação do sistema soviético. O
processo final que levou ao colapso da URSS parece mais uma combinação de
progressivas revoluções ou mobilizações democráticas - que em muito se
assemelham às revoluções burguesas, já que suas bandeiras e demandas não
diferem muito daquelas levantadas nas revoluções de 1789 e 1848 - com a
implosão de um sistema político debilitado e ultrapassado, onde já não cabiam
as forças produtivas e sociais que dentro dele se desenvolviam”
O colapso da URSS: um estudo das causas
Gorbatchev, confiante no clima de
concórdia que estabelecera com o Ocidente, passou a olhar as democracias
populares como uma "obrigação" pesada, da qual o URSS só ganhava em
libertar-se.
A doutrina da "soberania
limitada" foi então posta de lado, e os antigos países-satélite da URSS
puderam escolher o seu regime político.
No ano de 1989, uma vaga
democratizadora varre o Leste: os partidos comunistas perdem o seu lugar de
"partido único" e, pouco depois realizam-se as primeiras eleições
livres do pós-guerra.
Neste processo, a cortina de ferro, que
há 4 décadas, separava a Europa, levanta-se finalmente: as fronteiras com o
Ocidente são abertas e, em 9 de novembro, perante um mundo estarrecido, cai o
Muro de Berlim.
Face à queda do Muro e ao colapso dos
regimes comunistas, a divisão da Alemanha deixara de fazer sentido. A Alemanha
reunifica-se. Em 3 de outubro de 1990, menos de um ano depois da queda do Muro
de Berlim, são retirados os marcos entre os dois países e a nação germânica
reecontra a unidade perdida. No mês seguinte é anunciado, sem supresa, o fim do
Pacto de Varsóvia e, pouco depois, a dissolução do COMECON
RESUMO:
Na
década de 80, os países que estavam unificados à URSS e ao regime comunista
começaram a protestar e pedir melhores condições de vida, o fim do controle da
URSS e a ampliação das liberdades políticas.
O primeiro país que entrou nessa “onda” foi a Polônia. Em 1980,
operários organizaram um movimento de grandes proporções contra a política
econômica do governo, assim fundaram o Solidariedade, um sindicato
independente. O governo comunista reprimia os movimentos democráticos, porém
não teve outra opção.
Em 1993, aconteceu no leste europeu, uma série de desmembramentos e uniões territoriais. A Tchecoslováquia dividiu-se em República Tcheca e Eslováquia. A Iugoslávia se dividiu em Eslovênia, Croácia, Bósnia-Herzegovina, Macedônia, Sérvia e Montenegro.
Muito legal seu blog.
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