A produção escrita tem sido um obstáculo para muitos que
ingressam na graduação. Muitos professores apontam a dificuldade encontrada
pelos alunos em realizar suas próprias produções. Com o advento da internet e
as inúmeras possibilidades de informação, textos e demais produções, associadas
às avançadas ferramentas disponíveis, o que parecia difícil tornou-se simples,
rápido e prático. Nomear-se como autor de um texto produzido por outra pessoa,
tornou-se uma prática recorrente no contexto acadêmico.
Esta situação, mais que um problema ético, configura-se uma
questão ilegal, passível de penalizações garantido pela legislação. O código
civil, por exemplo, no seu Artigo 524, destaca que:
"a lei assegura ao proprietário o
direito de usar, gozar e dispor de seus bens, e de
reavê-los do poder de quem quer que, injustamente, os possua".
O plágio, como foi denominado, é a apropriação ilegal
de um texto ou ideia, não atribuído o valor de reconhecimento e citação de quem
realmente lhe é devido. Vale ressaltar que é um conceito equivocado acreditar
ser plágio somente a utilização de um texto, ou trecho de um ou de vários
textos. Utilização da idéia sem a devida citação do autor também se
configura plágio.
Com o crescimento da oferta da Educação à distância no
Brasil, o receio do plágio também tem aumentado. É evidente a necessidade de
dirimir essa prática. Estratégias têm sido pensadas e discutidas para se evitar
o plágio, que vai desde a utilização de softwares que auxiliam os educadores na
busca de plágios à formação ética dos alunos, onde se apela pela conscientização,
inclusive das implicações legais. Consoantes as estratégias não se pode deixar
de enfatizar a necessidade do devido preparo e desenvolvimento da habilidade de
reflexão e produção escrita dos alunos, pois é isso que se espera deles.
Diante dessa prática, os professores precisam buscar
estratégias na gestão da aprendizagem. É perceptível ao olhar do
orientador atento a produção acadêmica dos seus alunos quando a produção não se
enquadra às características que são próprias de cada escritor. Isso requer de
quem orienta uma análise apurada e avaliação individualizada dos alunos, que
conheça seus alunos a ponto de perceber em suas produções elementos que
caracterize plágio, passando a ser mais uma forma de se evitar que o plágio
ocorra.
Portanto, é preciso que os envolvidos nas produções
textuais, ou seja, professores e alunos contribuam para que sejam respeitados
os direitos daqueles que já produziram, e que, posteriormente, sejam-lhes
respeitados os mesmos direitos.
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