As primeiras décadas do século XIX
foram marcadas pelo movimento de independência da América Latina. Há exceções,
como Cuba, por exemplo, que permaneceu como colônia espanhola até a guerra
hispano-americana de 1898.
A utilização da expressão América
Latina dá uma ideia de unidade sociocultural que existiria em toda a região.
Com o objetivo de exemplificar as especificidades e as diversidades,
poder-se-ia citar a questão do idioma. Os idiomas falados na região são
diferentes, pois os elementos lingüísticos que se fundiram aos idiomas europeus
são diferentes. Entretanto, a unidade pode ser observada ao se analisarem os
problemas enfrentados por esta parte da América, que se estende do México ao
extremo sul do continente. Durante o período colonial, a região foi submetida
ao pacto colonial e precisou suportar todas as consequências desta submissão,
guiada pelos princípios mercantilistas. Durante o século XIX, a necessidade de
expansão do capitalismo europeu impôs a construção de uma nova ordem colonial,
pois a velha economia colonial representava um obstáculo ao desenvolvimento do
modo de produção capitalista.
Examinar a história da América Latina
ao longo do século XIX significa compreender que os movimentos de independência
não provocaram profundas transformações nas estruturas políticas e
socioeconômicas.
A FRAGMENTAÇÃO DA AMÉRICA ESPANHOLA
Após a independência, a América
Espanhola, se dividiu em vários países, ao contrário do que aconteceu no
Brasil.. A divisão política pode ser explicada pelo próprio sistema colonial,
que propiciava o surgimento de núcleos econômicos em ligação constante com a
metrópole. Estes núcleos urbanos serão os pontos que permitirão uma direta
articulação com o capitalismo internacional durante o século XIX, em torno dos
quais se agruparão facções da elite que foram responsáveis pelos movimentos de
independência. Além deste importante fator econômico, poderiam ser citados: a
pressão inglesa, pois não era conveniente que surgisse uma nação forte; as especificidades
culturais; o isolamento das áreas coloniais e as disputas pelo poder entre as
oligarquias agrárias.
Os novos países se empenharam na
elaboração de suas constituições, importante etapa de sua organização como
Estado. Em todas as constituições podem-se identificar os princípios do
liberalismo, diante da preocupação com a “liberdade, igualdade e a separação de
poderes”. As constituições falam também, de República e de federalismo,
seguindo o modelo da constituição dos Estados Unidos. O federalismo
transportado para a realidade da América Espanhola irá se revelar ineficiente,
diante da falta de tradição dos governos locais. Ao federalismo
(descentralização política, liberdade ás partes) se opunha o unitarismo
(centralização).
O CAUDILHISMO
A vida política dos países
latino-americanos durante o século XIX foi marcada pela instabilidade política,
pela submissão das massas e pelo predomínio das oligarquias rurais. Diante da
ausência do poder político institucionalizado após os movimentos de independência,
surgiu o CAUDILHISMO.
Podemos definir caudilhismo como sendo
uma manifestação política de dominação local das massas populares por ricos e
autoritários latifundiários agroexportadores. Foi típico das sociedades
ruralizadas e agrárias da América de Colonização Espanhola.
A VIDA POLÍTICA E ECONÔMICA
A ideia de independência é relativa,
pois os países da América Espanhola continuaram fornecendo matérias-primas e
produtos primários para o mercado externo, como o estanho da Bolívia, o trigo
da Argentina e o café da Colômbia e do Brasil. Em uma primeira fase, observa-se
a abertura ao livre comércio e a entrada de manufaturas britânicas. A partir da
segunda metade do século, ocorre a entrada maciça de capitais estrangeiros,
notadamente britânicos. È clara a ligação da classe dominante hispano-americana
com a burguesia industrial inglesa. Há investimentos britânicos na extração
mineral, na produção agrícola, no comércio e até mesmo no setor de serviços. A
ligação com um centro capitalista como a Inglaterra trouxe inúmeras mudanças no
setor de transportes e na vida urbana. No que diz respeito à estrutura
fundiária, a situação colonial pouco se alterou. O latifúndio com a sua
produção de gêneros de exportação sobreviveu enquanto que índios e mestiços
praticavam a pequena agricultura de subsistência. Com a transformação da terra
em um bem capitalista, muitos foram que perderam as terras devido às leis de
mercado, com a expulsão e a expropriação.
Como decorrência do caudilhismo, há
uma permanência do militarismo e do personalismo na política latino-americana,
apesar das modernizações que ocorreram também no nível político, como os
partidos políticos e os governos presidencialistas. Por mais modernizações que
ocorressem, as massas populares continuavam em situação de miséria, pois o
Estado era controlado pelo capital estrangeiro e pelas oligarquias.
As tentativas de industrialização
foram fracassadas, diante da falta de tarifas protecionistas e do domínio
exercido pelos latifundiários na área governamental. Mais importante ainda
seriam os interesses dos comerciantes que estavam associados á burguesia
estrangeira e a falta de capitais. A presença do imigrante contribuiu, em parte,
para o pequeno desenvolvimento industrial do século XIX.
Si díos no exist, la América Latina serás numbras de las bílas a se destrinchad.
ResponderExcluirvai tomar no cu
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ResponderExcluirkkkk..
ResponderExcluirAgora bem aí
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