O ano de 2015 não está sendo fácil para ninguém. Empresas,
trabalhadores e os próprios governos tentam entender o atual cenário político e
econômico. A economia brasileira vem, desde 2011, tendo dificuldades em
crescer. O Produto Interno Bruto (PIB) real médio do atual governo não é nada
animador: 2,12%. Mesmo diante de tantas incertezas, a maioria das empresas tem
optado por manter seus investimentos. Claro, algumas com reduções de meta, já
que precisamos ter uma definição política e econômica para o Brasil.
O que precisamos ver são ações que tenham resultados
efetivos. Não podemos ter políticas econômicas que apenas privilegiem o aumento
de impostos. A nossa carga tributária é uma das mais altas do mundo. Em 2014, o
total de impostos pagos pelos brasileiros somou R$ 1,8 trilhão, segundo o
Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
Mas, e os investimentos? Os números do primeiro semestre
deste ano também não são animadores. O cenário que vimos foi um Brasil mais
demitindo do que contratando. De acordo com os dados divulgados pelo Cadastro
Geral de Empregados e Desempregados (Caged), foram fechados mais de 100 mil
postos de trabalho com carteira assinada no país. O resultado é o menor desde
1992.
Estamos sofrendo as consequências pelos muitos anos de uma
economia que insistia em trilhar o mesmo caminho. Nós, empresários, mesmo
diante de tal realidade precisamos continuar acreditando e apostando no Brasil.
Decidir manter o planejamento para 2015 faz parte da estratégia, claro, com
algumas adaptações, mas sou otimista e sei que mudanças são necessárias e
urgentes.
O empresariado brasileiro espera soluções que atendam a toda
a sociedade. A crise econômica vivida pelo país causou fechamento de postos de
trabalho, alta da inflação e menos dinheiro em circulação. Todas as empresas
estão passando por momentos difíceis de inadimplência em alguns contratos; alguns
negócios ruins, alguns com mais impacto e outros com menos; mas eu sempre
acredito que na crise também existem oportunidades que devem ser aproveitadas.
De acordo com a Federação Nacional das Empresas de Segurança
e Transporte de Valores (Fenavist), o faturamento do setor de segurança privada
no Brasil, em 2014, foi da ordem de R$ 46 bilhões, um aumento de 5,8% ante os
R$ 43,5 bilhões em 2013. Para este ano, a entidade projeta crescimento de 8,7%,
para R$ 50 bilhões. Os números constatam que o mercado de segurança privada,
mesmo diante das dificuldades econômicas, tem muito a crescer.
O país entrou em recessão técnica e o que devemos esperar a
partir disso? Continuar apostando e acreditando que vamos superar mais esse
desafio. As previsões indicam que, a partir do segundo semestre de 2016, vamos
começar a vislumbrar um cenário melhor. Temos que confiar que a economia estará
em outros patamares, e isso fará com que o Brasil volte a pensar em crescer e
investir.
O sentimento geral é de que 2015 será um ano de ajustes, não
só para as famílias brasileiras, mas para empresas e, principalmente, para o
governo. É preciso retomar o crescimento, fomentar a nossa indústria e abrir
mais postos de trabalho. O brasileiro tem enfrentado dias difíceis, mas sei que
vamos superar essa fase, mas é preciso assimilar os erros para que possamos ter
mais acertos no futuro
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