quinta-feira, 1 de março de 2012

A HISTÓRIA DA CULTURA - CONDENSADO

Introdução
Este trabalho tem o objetivo de relatar a formação e o desenvolvimento de diversas civilizações, como o Egito, a Mesopotâmia, a Grécia, Roma, a Europa Medieval e a Europa Moderna; bem como suas estruturas políticas, sociais, econômicas e culturais.
Tentarei mostrar claramente, com a melhor das intenções todos estes tópicos, e também através da realização deste trabalho procurarei tirar o maior proveito para meu aprendizado, buscando e tentando colher informações úteis que sejam satisfatórias para que por meio da pesquisa eu possa engrandecer meu conhecimento.

O Egito Antigo
Costumeiramente estudamos a história da humanidade a partir da Grécia e de Roma, na Antigüidade, passando-se para a Idade Média e assim por diante. Nossa cultura ainda sofre influências do eurocentrismo, que de um modo geral ignora a produção de conhecimento e cultura de outras civilizações, esquecendo-se das importantes contribuições que esses povos deram ao progresso geral da humanidade.
Os povos da Antigüidade Oriental - egípicios, mesopotâmicos, fenícios, hebreus e persas - desenvolveram-se, em geral, às margens dos grandes rios, sendo dependentes das forças fluviais; por esta razão, são denominados também como civilizações hidráulicas.
Em termos geográficos as civilizações orientais ocuparam o espaço do Oriente Médio, marcado por planaltos e montanhas, clima seco e desértico, permeado por planícies férteis, como no Egito e na Mesopotâmia, que desenvolveram a agricultura, e as faixas costeiras do Mediterrâneo, onde predominaram as atividades marítimo-comerciais.

As Condições Geográficas
Os fatores geográficos tiveram grande importância para o estabelecimento das populações que se fixaram nas diversas regiões do oriente médio. Quando da estiagem que varreu o interior africano, conseqüência da última grande retração dos gelos em direção aos pólos, os animais começaram a migrar em busca de água, movidos pelo instinto de sobrevivência; atrás deles iam os seus dependentes, os homens pré-históricos, que viviam quase exclusivamente da caça e da pesca. E assim todos foram buscar refúgio no nordeste da África, no vale do rio Nilo.
É preciso levar em conta o modo particularíssimo de povoamento do vale do rio Nilo, para compreendê-lo melhor. Em primeiro lugar, esse vale não foi ocupado desde o início por uma migração homogênea. Na época Paleolítica, toda a África do Norte, coberta pela selva tropical, era percorrida por tribo de caçadores, à exceção do vale do Nilo, devastado periodicamente pelas inundações de um rio mais formidável que o de hoje infestado de animais ferozes. Essas tribos eram das mais diversas origens.
Depois, com a seca produzida na África, durante um período glaciário mais recente, essa parte do continente passou progressivamente de floresta a estepe e, em seguida, de estepe a deserto. Para escapar à seca, sua população nômade se estabeleceu primeiramente em volta dos lagos interiores e depois dos afluentes do Nilo; enfim, quando também estes secaram, foram ocupar as esplanadas dos penhascos que dominam a imensa vala onde corre o rio.
Foi preciso que esses povos, agrupados em famílias reunidas em torno de um chefe, começassem por conquistar uma natureza hostil - a porção do vale que lhes ficava deferonte. Quando afinal o conseguiram e se transferiram para seus novos domínios, o Egito de então achou-se dividido em uma grande quantidade de pequenos principados independentes uns dos outros.
Cavando seu leito na rocha, cruzando todo um deserto em busca do mar Mediterrâneo, está o rio Nilo, nascido no interior da África. Em suas margens praticava-se a agricultura, a qual está intimamente ligada ao comportamento do rio, uma vez que o nordeste da África é uma região seca e desértica, em que a água é obtida somente através de açudes e canais de irrigação. A ciclotimia do rio é que vai contribuir inclusive para a formação de uma civilização peculiar, como foi a egípcia.
O regime das cheias e vazantes do rio Nilo está ligado ao derretimento da neve nas altas montanhas do interior africano, bem como às chuvas que abundam nas cabeceiras do rio. O volume de água aumenta consideravelmente por volta do mês de julho e as águas barrentas arrastam sedimentos, que são depositados nas margens alagadas: o húmus. Com isso, o solo torna-se fértil ao ponto de permitir uma ótima colheita e os canais de irrigação, construídos desde o período Neolítico, ampliaram a área de aproveitamento agrícola. Dotado de uma abundante flora (papiros, palmeiras e trigo selvagem) e fauna (íbis, crocodilos e hipopótamos), o Nilo sustentou uma das mais antigas civilizações do mundo: o Egito.

A Evolução Política do Egito
Os estados instituídos nas civilizações que se desenvolveram no Oriente Médio apresentam certas características semelhantes, uma vez que a maioria de seus chefes reunia o poder temporal e o espiritual. As revoltas eram abafadas em sangue e os protestos eram contidos pela figura divina do mandatário. Assim, rebelar-se era incorrer em dois crimes: contra o chefe de Estado e contra Deus.

Período Pré-dinástico: a formação do Egito
O trabalho coletivo deixou de ser uma necessidade no Egito, uma vez que cada família passou a ser proprietária das terras que cultivava. A desagregação das comunidades primitivas ocorreu na medida em que a agricultura se desenvolveu e os utensílios de cobre foram substituindo os de osso e pedra até então utilizados. A perda das propriedades por muitas famílias fez com que aumentasse o número de camponeses cominados pelos senhores poderosos. Surgiram, assim, pequenas unidades politicamente independentes, denominadas nomos, cada uma delas governada por um nomarca.
Todos esses acontecimentos ocorreram antes que surgisse o primeiro faraó - chefe supremo. Por isso, tal fase é conhecida como período pré-dinástico. Os nomos não demoraram a entrar em choque uns com os outros . Os nomos menores desapareceram, anexados pelos mais fortes. O represamento das águas obrigou muitas famílias a abandonar suas terras e ir trabalhar em nomos vizinhos.
As lutas levaram à constituição de dois reinos, um ao sul e outro ao norte, conhecidos como Alto e Baixo Egito. O reino do sul tinha como símbolo uma coroa branca e o reino do norte era simbolizado por uma coroa vermelha.
Por volta de 3200 a.C., um rei do sul, Menés, venceu o norte e embora não tenha feito isso sozinho, como já vimos tudo em História é um processo, ele unificou o Egito, colocando em sua cabeça as coroas branca e vermelha. A capital do reino passou a ser Tinís e Menés tornou-se o primeiro faraó.

O Antigo Império (3200 a 2200 a.C.)
Os sucessores de Menés permaneceram no poder por mais de um milênio e durante todo esse período o Egito viveu um isolamento quase completo. O faraó detinha o poder supremo, sendo considerado uma encarnação do próprio deus Rá (o sol). Sua presença era imprescindível até para as enchentes do Nilo, nas épocas certas do ano.

Durante essa fase da história egípcia, a camada sacerdotal adquiriu grande influênica e riqueza. Forma construídas três grandes pirâmides de Gizé, atribuídas aos faraós Quéops, Quéfrem e Miquerinos. Na nova capital, Mênfis, havia grandes estoques de grãos arrecadados ao povo e rigorosamente vigiados pelos escribas.

Uma nobreza privilegiada cooperava na administração e na exploração dos camponeses, angariando grande poder. Esse fortalecimento levou-a tentar assumir o controle direto do Estado.

Seguiu-se um período de anarquia em que praticamente cada nobre se julgava em condições de ocupar o trono faraônico; o clero aproveitou-se para expandir seu poder político, apoiando ora este, ora aquele pretendente ao título de faraó.


O Médio Império (2000 a 1750 a.C.)Nessa fase teve início uma nova dinastia e outra capital: a cidade de Tebas. O Egito expandiu-se em direção ao sul, aperfeiçoou a rede de canais de irrigação e estabeleceu colônias mineradoras no Sinai. A ambição dos nobres e do clero fez com que o cobre fosse buscado fora da África tornando o Egito conhecido de outras populações do Oriente Médio.
Alguns povos procedentes da Ásia Menor desencadearam uma série de atques em direção ao valedo Nilo. Finalmente, os hicsos, povo semita que já conhecia o vale e o ferro, derrotaram as forças faraônicas do Sinai e ocuparam a região do delta do Egito, onde se instalaram de 1750 a 1580 a.C. Foi durante essa dominação estrangeira que os hebreus se estabeleceram no Egito.

O Novo Império (1580 a 1085 a.C.)
O faraó Amósis I expulsou os hicsos, dando início a uma fase militarista e expansionista da história egípcia. Sob o reinado de Tutmés III, a Síria e a Palestina foram conquistadas, estendendo o domínio do Egito até o rio Eufrates na Mesopotâmia.
Durante esse período de apogeu, o faraó Amenófis IV empreendeu uma revolução religiosa e política. O soberando substituiu o deus tradicional, Amon-Rá, por Aton, simbolizado pelo disco solar. Essa medida tinha por finalidade eliminar a supremacia dos sacerdotes, que ameaçavam sobrepujar o poder real. O faraó passou a denominar-se Aquenaton, isto é, supremo sacerdote do novo deus. A revolução religiosa teve fim com o novo faraó Tutancaton que restaurou o deus Amon e mudou seu nome para Tutancamon.
Com a instauração da capital em Tebas, os faraós da dinastia de Ramsés II (1320-1232 a.C.) prosseguiram as conquistas. O esplendor do período foi demonstrado pela construção de grandes templos, como os de Luxor e Carnac.
As dificuldades do período começaram a surgir com as constantes ameaças de invasão das fronteiras. No ano 663 a.C., os assírios invadiram o Egito.

O Renascimento Saíta (663 a 525 a.C.)
O faraó Psamético I expulsou os assírios e instalou a capital em Saís, no delta do rio Nilo. A recuperação do período foi marcada pela ampliação do comércio, graças ao trabalho de alguns soberanos.
As lutas pela posse do trono levaram o Egito à ruína. Os camponeses se levantaram e a nobreza digladiava-se com o poderoso clero. Novas invasões sobrevieram: os persas em 525 a.C., na batalha de Pelusa; os macedônios, em 332 a.C.; e os romanos, em 30 a.C., que puseram fim ao Egito como Estado Independente.

A Organização Econômica do Egito
No decorrer de sua história, o Egito transformou-se em uma imensa civilização presa ao comportamento do rio; a população dedicava-se a lavrar o solo e a levar uma vida pacífica. Gozando de uma proteção natural, proporcionada pelos acidentes geográficos - Mar Vermelho, a leste; deserto do Saara, a oeste; Mediterrâneo, ao norte; e florestas do Sudão, ao sul - o felá (camponês egípcio) pôde gozar de paz durante a maior parte da existência do império egípcio.
O Egito teve na agricultura a maior concentração de trabalho, constituindo-se em uma das mais privilegiadas civilizações do Oriente Médio, considerada o grande celeiro do mundo antigo. As terras mostravam-se férteis e generosas, favorecidas pelo rio e pela fertilização natural, beneficiadas pelos diques e canais de irrigação. Ao longo do Nilo estendiam-se as plantações de trigo, cevada e linho cuidadas pelos felás, desenvolvendo-se rapidamente graças ao aperfeiçoamento das técnicas de plantio e semeadura. A charrua, puxada pelos bois, e o emprego de metais propiciaram grandes colheitas. Teoricamente, as terras pertenciam ao faraó, porém a nobreza detinha grande parte delas. Enormes armazéns guardavam as colheitas, que eram administradas pelo Estado. Uma parte da produção chegava a ser exportada.
O comércio processava-se entre o Alto e o Baixo Egito por meio de embarcações que subiam e desciam o rio abarrotadas de cereais e produtos artesanais. A presença da tecelagem, da fiação e a confecção de sandálias de folhas de papiro, bem como a ourivesaria, propiciaram um desenvolvimento razoável do comércio interno, uma vez que poucas relações eram tidas com o exterior.
O pastoreio completava os trabalhos na terra. Rebanhos de gado bovino e ovino podiam ser vistos nos campos próximos ao rio, cuidados por pastores.
De um modo geral, a economia egípcia é enquadrada no modo de produção asiático, em que a propriedade geral das terras e dos demais meios de produção fundamentavam-se no regime de servidão coletiva. A comunidade produzia, entregava os resultados da produção ao Estado que, através da construção de canais de irrigação, barragens e aquedutos, permitia o desenvolvimento da agricultura e o sustento precário da comunidade.

A Sociedade Egípcia
Nessas "sociedades hidráulicas", a distinção social começou a se fazer notar quando a luta pela posse das áreas cultiváveis levou a se defrontarem os camponeses, na posição de possuidores da força de trabalho, e os proprietários das terras, que delas se apoderaram e as mantinham invocando a proteção dos deuses e dos sacerdotes.
O topo da pirâmide social era ocupado pela família do faraó; este, por se considerar um deus encarnado, possuía prerrogativas únicas.
A classe sacerdotal também ocupava uma posição invejável, juntamente com a nobreza detentora das terras e do trabalho dos camponeses. Com o crescimento do comércio e do artesanato, durante o Médio Império, surgiu uma classe média empreendedora, a qual chegou a conquistar uma certa posição social e alguma influência no governo.
Os burocratas passaram a ocupar um lugar destacado na administração, principalmente no que tangia à cobrança de impostos (em gêneros) dos camponeses. Havia toda uma hierarquia de escribas, cujo grau variava de acordo com a confiança neles depositada pelo faraó e a nobreza.
Os artesãos ocupavam uma posição inferiorizada, junto aos camponeses. Estes eram fiscalizados por funcionários especiais.
Apesar do governo manter escolas públicas, estas formavam, em sua maioria, escribas destinados a trabalhar na administração do Estado Faraônico.

A vida religosa e o Politeísmo
A religiosidade dos povos orientais pode facilmente ser aquilatada por uma constatação atual, pois as cinco grandes religiões de nossos dias tiveram suas origens no Oriente. Uma enorme variedade de deuses, fórmulas religiosas e cultos são provenientes dessas regiões.
A existência dos deuses satisfazia à ânsia do homem em ver atendidas suas aspirações e ao mesmo tempo afastava seus temores íntimos. Protetores da água, da chuva, da colheita, das plantas, dos pescadores, eram todos cultuados por formas que iam desde o incenso até ao sacrifício de animais e homens, tudo com intenção de conseguir suas boas graças. Os próprios governantes se revestiam de caracteres divinos a fim de serem mais respeitados. Paralelamente à instituição religiosa, estruturam-se os sacerdotes, uma casta fechada, que cresceu em todas as civilizações. O clero ocupava uma posição social e econômica privilegiada, influenciando o governo e o povo.
No Egito, como em quase toda a Antigüidade, a religião assumia a forma politeísta, compreendendo uma enorme variedade de deuses e divindades menores.
No Egito, muitos animais gozavam de um culto todo especial, como era o caso do gato, do crocodilo, do íbis, do escaravelho e do boi ápis; havia também divindades híbridas, com o corpo humano e cabeça de animal: Hator (a vaca), Anúbis (o chacal), Hórus (o falcão protetor do faraó). Cultuavam-se, ainda, fenômenos naturais, como as cheias do rio Nilo.
O Mito de Osíris ilustra bem a a religiosidade dos egípcios, a ponto de terem se decidido a erigir túmulos e templos em homenagem à morte e à vida futura.
O principal deus egípcio era Amon-Ra, combinação de duas divindades, e que era representado pelo sol; em torno dele girava o poder sacerdotal. A preocupação com a vida futura era grande e os cuidados com os mortos eram contínuos, bastando lembrar as cerimônias fúnebres, nas quais se realizavam as oferendas de alimentos e de incenso.
Acreditava-se em um julgamento após a morte, quando o deus Osíris iria colocar em uma balança o coração do indivíduo, para julgar seus atos. Os justos e os bons teriam como recompensa a reincorporação e depois iriam para uma espécie de paraíso.
O trecho abaixo, extraído do Livro dos Mortos dos egípcios, descreve o júbilo daquele que foi absolvido pelo tribunal de Osíris:
"Salve, Osíris, meu divino pai! Tal como tu, cuja vida é imperecível, os meus membros conhecerão a vida eterna. Não aprodecerei. Não serei comido pelos vermes. Não perecerei. Não serei pasto dos bichos. Viverei, viverei! As minhas entranhas não aprodecerão. Os meus olhos não se fecharão, a minha vista permanecerá tal como hoje é. Os meus ouvidos não deixarão de ouvir.
A minha cabeça não se separará do meu pescoço. A minha língua não me será arrancada. Os meus cabelos não me serão cortados. Não me serão raspadas as sombrancelhas. O meu corpo conservar-se-á intacto, não se decomporá, não será destruído neste mundo".

A Experiência Monoteísta
Por volta de 1360 a.C., o Egito viu nascer o primeiro culto monoteísta - o culto a Aton. Afirma-se que foi a primeira religião monoteísta da História, sendo mesmo anterior à dos hebreus. O politeísmo entravava o progresso egípcio, pois a camada sacerdotal era muito grande e sua manutenção resultava onerosa para o povo. Os sacerdotes interferiam constantemente nos assuntos do Estado e o próprio faraó, muitas vezes, não passava de um joguete do clero. Aproveitando-se da religiosidade do povo, os sacerdotes alcançaram uma extraordinária ascendência, convertendo a civilização egípcia como que em sua propriedade particular.
O perido do poder clerical foi sentido por Amenófis III que, para se livrar da influência do clero, mudou seu palácio para longe dos templos.
Contra a religião politeísta levantou-se o faraó Amenófis IV, que expulsou o clero politeísta, mandou fechar os templos e distribuiu suas terras, instituindo uma nova religião, com o culto dedicado a um deus único: Aton (o disco solar). Esperava com isso quebrar o poder do clero. Organizou uma nova classe sacerdotal e mudou sua capital para a cidade de Aquetaton, horizonte de Aton" (atual Tell El-Amarna). Trocou seu nome para Aquenaton, servidor de Aton", e compôs um Hino ao Sol. Essa tentativa monoteísta, porém, foi efêmera. Com a morte de Aquenaton, as coisas voltaram ao estágio anterior e o clero e a nobreza recuperaram sua influência.

A Herança Cultural
Muitos edifícios construídos no Egito Antigo chegaram até nós em bom estado de conservação. Pirâmides, hipogeus, templos e palácios de dimensões gigantescas atestam a importância da arquitetura egípcia.
Tendo-se voltado para a vida coletiva e religiosa, as construções egípcias são marcadas pela grandiosidade dos templos e dos túmulos. Os templos de Carnac e Luxor nos dão mostras de como a arte e a religião estavam interligadas. A solidez, a grandiosidade e os artifícios procurando exaltar o volume são as características mais salientes dessas obras. Estátuas de deuses e faraós acompanham essas dimensões, com decorações esculpidas e pintadas descrevendo episódios ligados às figuras representadas.
A pintura egípcia prendeu-se principalmente a temas da Natureza e da vida cotidiana, sendo muitas vezes acompanhadas de hieróglifos explicativos.
A invenção da escrita propiciou o desenvolvimento da literatura. A escrita ideográfica, nascida no Egito, iria evoluir para o alfabeto fonético com os fenícios. utilizando três formas de escrita (hieroglífica, hierática e demótica), os egípcios deixaram-nos obras religiosas como o Livro dos Mortos e o Hino ao Sol, além da literatura popular de contos e lendas.
A decifração da escrita egípcia foi feita por Jean-François Champollion que, observando e comparando os diversos tipos de escrita encontrados em um achado arqueológico, estabeleceu um método de leitura graças ao grego arcaico que também se encontrava no texto. Surgiu assim a ciência conhecida como Epitologia, a qual vem constantemente evoluindo como novas descobertas e restaurações.
As ciências exatas também tiveram oportunidade de expansão, uma vez que as necessidades de ordem prática forçaram o desenvolvimento da Astronomia e da Matemática. A Geometria desenvolveu-se pela necessidade de se dividir as terras de maneira igualitária. A Medicina, por sua vez, está de certa forma ligada à própria prática da mumificação, o que levou a um desenvolvimento razoável; por outro lado, a farmacopéia egípcia notabilizou-se por sua variedade. Havia instituições de sacerdotes-médicos e os papiros atestam o regular conhecimento de doenças e a própria especialização da classe médica.
A mumificação constituiu uma técnica de grande importância na civilização do Egito. Os métodos, até hoje pouco conhecidos, produziram resultados notáveis, que se podem ver em museus de diversas partes do mundo.

Mesopotâmia
A Mesopotâmia é uma antiga região do Oriente Médio, compreendida entre os rios Tigre e Eufrates, e onde predominavam condições semelhantes ao Egito, pois os dois rios forneciam facilidades para o transporte de mercadorias e as aves ribeirinhas e os peixes eram abundantes. O regime dos rios está preso ao derretimento da neve das grandes altitudes, onde se situam suas cabeceiras, inundando as terras e propiciando a abertura de canais de irrigação e a construção de diques.
Apesar da presença de enchentes periódicas dos rios, a Mesopotâmia apresentou certas dificuldades ao estabelecimento de populações ribeirinhas, pois essas cheias eram irregulares. Além disso, o clima mais seco e as doenças tropicais tornavam o trabalho do solo mais difícil, apesar de sua fertilidade.
Sumérios, acádios, amoritas, cassitas, assírios, caldeus e mais um sem-número de tribos lutaram pela posse das terras mais aráveis. Os povos das planícies, agricultores, viviam assediados desde a época dos primeiros estabelecimentos humanos na área pelos povos das montanhas, que viviam mais do saque e do pastoreio.
As civilizações da Baixa Mesopotâmia puderam desenvolver-se mais, notabiliznado-se por seus aspectos econômicos e culturais. Surgiram, assim, importantes sociedades hidráulicas, com a instituição de um Estado baseado na posse das terras e no controle das águas dos rios.
Estendendo-se da Mesopotâmia em direção ao vale do rio Indo, encontra-se o Planalto Iraniano. Grande parte dele está acima de 2.000 metros: aqui e ali surgem bruscas elevações, cujos vales são regados pelos rios que buscam o mar. A região toda é pouco irrigada e por isso grande parte dela é desértica.
A partir do II milênio a.C., essa região foi ocupada por tribos de pastores de origem ariana, os quais deram origem a dois reinos distintos: ao norte, a Média; e ao sul, a Pérsia.

A Política e os Estados Mesopotâmicos
Inicialmente, a Mesopotâmia foi povoada por uma série de tribos que viviam em disputa pelas terras cultivadas, tornando a região entre o Tigre e o Eufrates um palco de lutas constantes.
Devido a dedicação dos povos das planícies à agricultura e aos constantes assaltos por parte dos povos pastores das montanhas, os agricultores começaram a erigir fortificações que deram origem aos primeiros centros urbanos da Mesopotâmia. Essa revolução urbana foi marcada pela necessidade de proteção, bem como pela especialização das diversas profissões e pelo aperfeiçoamento tecnológico, que poderia satisfazer as necessidades dos habitantes da região.
Com o passar do tempo e graças ao contato constante com outras civilizações, as cidades mesopotâmicas começaram a se constituir em importantes centros de defesa e de comércio.
Os primeiros habitantes da Mesopotâmia eram semitas nômades do deserto da Arábia; tinham começado a drenar os pântanos e a cultivar o solo pela irrigação quando foram subjugados pelos sumérios, vindos do leste.
Os vales do Tigre e do Eufrates ofereciam, como o vale do Nilo, um rico solo de aluvião. Por volta de 3500 a.C., já se mencionam sistemas de irrigação e, com eles, a horticultura intensiva. Na Mesopotâmia, o problema da drenagem dos canais pode ser visto através dos documentos históricos de um primitivo estado conquistador: Assur (Assíria). Se uma cidade necessitava de um novo canal, o rei capturava seus próprios súditos, a fim de obrigá-los a trabalhar na obra. Quando a tarefa era concluída, aquelas pessoas permaneciam na cidade para, com seu trabalho, incrementar as rendas do rei. Esse controle do soberano sobre a construção comunal do canal, fortalecia sua posição de domínio. Assim seu poder transformou-se rapidamente em despotismo oficial, na medida em que seus projetos globais, em larga escala substituíram os empreendimentos isolados.

Sumérios e acádios (2800 a 2000 a.C.)
A primeira civilização mesopotâmica foi a dos sumérios, que fundaram uma série de cidades-estado: Ur, Uruk, Lagash, Eridu, e Nipur. Essas cidades possuíam completa autonomia religiosa, política e econômica, não sendo submetidas a nenhum poder central.
O governo em cada cidade era exercido pelo patesi, que controlava as instituições civis e religiosas e exercia o comando do exército; além disso, predominava uma aristocracia que vivia da exploração do trabalho dos camponeses.
Devido às constantes rivalidades entre as cidades sumerianas, os semitas se instalaram na Mesopotâmia. Esses povos, originários do deserto da Arábia, fundaram algumas cidades às margens do rio Tigre e acabaram absorvendo a cultura sumeriana. A mais conhecida era Acad, que deu origem ao nome acádios.
Por volta de 2330 a.C., Sargão o rei dos acádios, dominou quase todas as cidades sumérias, formando o Primeiro Império Mesopotâmico, que tinha como centro principal a cidade de Ur.
No ano 2180 a.C., porém, o Império Acádio foi devastado pela invasão dos guti, procedentes das montanhas das da Armênia. A cidade de Ur conseguiu recuperar-se , chegando a expulsar os invasores. Entretanto, no ano 2000 a.C., um outro povo, os elamitas, atacaram a região, pondo fim à independência política dos sumérios.

O Primeiro Império Babilônico (1800 a 1600 a.C.)
Com o enfraquecimento das cidades sumérias, a cidade de Babilônia conseguiu forças para se libertar dos governantes de Ur, tornando-se um centro comercial de grande importância, ao mesmo tempo que dominava o trânsito pelo rio Eufrates.
O rei Babilônico, Hamurabi, (1728 a 1686 a.C.), conduziu seus exércitos até as longínquas regiões do norte, conseguindo impor sua hegemonia e se tornando o primeiro governante de toda a Mesopotâmia. A região conheceu um período de grande atividade comercial, contribuindo para isso a elaboração do célebre Código de Hamurábi, considerado o primeiro código escrito de leis que se conhece, com base na antiga Lei de Talião ("olho por olho, dente por dente").
As invasões, porém, se multiplicavam. Por volta de 1700 a.C., os hititas e cassitas devastaram toda a região, destruindo a unidade política da Babilônia.

O Império Assírio (1875 a 612 a.C.)
Estabelecidos no vale do Alto Tigre, os Assírios foram os maiores representantes do militarismo mesopotâmico. Eram temidos pelo seu notável desenvolvimento na arte da guerra, com carros, aríetes, catapultas, cercos de cidades e uma enorme crueldade no trato dos prisioneiros. Sob o comando de soberanos como Sargão II, Senaqueribe e Assurbanipal (668 a 626 a.C.), os assírios realizaram a conquista de toda a Mesopotâmia e do reino hebreu de Israel, chegando até ao Egito, que também dominaram. O império Assírio atingiu, então, o máximo de seu poderio. O número de cativos aumentou e um poderoso exército mantinha o status quo, oprimindo as populações dominadas através do terror.
Nesse período, o Império Assírio atingiu um grande desenvolvimento cultural, sobretudo durante a época de Assurbanipal. A biblioteca de Nínive continha milhares de documentos, dos quais possuímos inúmeros exemplares gravados com sinais cuneiformes, relatando o que foi essa época de grandeza.
A forma de dominação imposta pelos assírios provocava inúmeras revoltas. Os povos oprimidos se levantaram contra seus dominadores. Em 612 a.C., uma coligação medo-babilônica destruiu o Império Assírio.

O Segundo Império Babilônico (612 a 539 a.C.)
Nabopolassar, rei da Babilônia, destruiu nínive em 612 a.C. O oriente firmou-se, então, em quatro grandes estados: o Egito (Renascimento Saíta), o Reino da Lídia, o Reino dos Medos e o Império Caldeu (ou segundo império babilônico).
Porém, esse império teve duração efêmera. Seu apogeu ocorreu no reinado de Nabucondonosor, que estendeu os domínios da Mesopotâmia e conquistou o Reino de Judá, cujas principais famílias foram transferidas para Babilônia. Em seu reinado, construiu os famosos "Jardins Suspensos".
Após sua morte, a Babilônia foi conquistada pelos persas, comandados pelo rei Ciro, que se tornou o senhor da cidade em 538 a.C.

Em Síntese
É a região compreendida entre os rios Tigre e Eufrates.
Seu clima é caracterizado por verões ardentíssimos e invernos rigorosos, gerando chuvas abundantes em contrapartida com o moco, terrível vendo do deserto.
Devido às enchentes periódicas dos rios, a Mesopotâmia apresentou muitas dificuldades com respeito ao estabelecimento das populações, assim, somente as civilizações próximas aos rios é que puderam desenvolver-se mais, e foram bem sucedidas nos aspectos econômicos e culturais, desenvolvendo sociedades hidráulicas, o que instituiu, assim, um estado baseado na posse da água e na proteção dos tótens.
Os primeiros habitantes da Mesopotâmia eram semitas nômades do deserto da Arábia que tinham começado a drenar pântanos e a cultivar o solo pela irrigação, quando foram subjugados pelos sumérios, assírios e babilônicos.
Assim, constituiu-se a Mesopotâmia, de cidades-estados, até que uma revolta geral deu a vitória aos babilônicos, após a destruição dos outros povos.
Surge então, o novo IMPÉRIO CALDEU, que atinge seu apogeu com Nabucondonosor, rei famoso por seus maravilhosos jardins suspensos.
Após sua morte, seus sucessores envolveram-se em lutas, o que muito contribuiu para que os persas comandados por Ciro, se tornassem senhores da cidade.
Quanto à religião, os sumérios dedicavam-se aos deuses, templos e oferendas. Apoiando-se no ideal da predestinação e do destino, lançaram os famosos HORÓSCOPOS que são uma combinação de leitura astrnômica misturadas com uma interpretação mística.
No que diz respeito à escultura, a Mesopotâmia não pode ser classificada como uma das primeiras, pelo simples fato de não possuir bons materiais que propiciassem; suntuosas contruções orientais.
Mas mesmo assim o arco e a abóboda foram as soluções arquitetônicas encontradas para a construção dos Zigurats, que serviam de templo e de observatório estelar.
Além disso, o aperfeiçoamento das operações matemáticas, a geometria aplicada e o estudo de astronomia, permitiu que os sacerdotes monopolizassem a cultura daquela área.

A Civilização Grega
A Grécia Antiga situava-se na Península Balcânica, ao sul do continente europeu, entre os mares do Egeu, Jônico e Mediterrâneo. A região dos Bálcãs denominava-se Hélade e os gregos eram chamados de helenos.
Ao longo do tempo, os gregos conquistaram a costa da Ásia menor e inúmeras ilhas da bacia mediterrânica, formando poderoso império.
AGrécia, de terras pouco férteis, possui muitas montanhas, o que ocasiona o isolamento das diversas regiões, devido à dificuldade de comunicação. Essas regiões são chamadas de cantões. A costa, por seu turno, é bastante recortada, com muitas ilhas e bons portos naturais, o que facilita a navegação.
Assim, a Península Balcânica apresenta características geográficas que, na Antigüidade, influenciaram fortemente a sua vida econômica, favorecendo o expansionismo comercial e marítimo em detrimento da agricultura.
A Antigüidade Clássica difere da Oriental por comportar sociedades em que predominavam as relações escaravistas de produção. Nessas sociedades, o Estado achava-se a serviço de uma classe proprietária de terras e de escravos. As mais importantes civilizações desse período foram a grega e a romana, que ofereceram as bases das sociedades atuais.
Localizada no sul do continente europeu, a Grécia apresenta características naturais que favoreceram o seu desenvolvimento marítimo comercial.
O povo grego formou-se a partir da miscigenação entre os habitantes primitivos (pelasgos) e os invasores indo-europeus (aqueus, eólios, jônios e dórios). Foram os cretenses, porém, os primeiros a estabelecer sua hegemonia na região. Povo dedicado ao comércio marítimo, os cretenses eram governados por uma elite liderada por um rei (os rei Minos). Em sua organização social, a mulher tinha um papel importante. A capital cretense, Cnossos, foi destruída por invasores aqueus que estabeleceram sua supremacia da cidade de Micenas, por sua vez superada quando invasores dórios implantaram o seu domínio.
Do período de formação da Grécia, temos notícias através dos poemas épicos Ilíada e Odisséia, atribuídos a Homero. Com a chegada dos dórios, muitos gregos dispersaram-se pelo interior do país, organizando-se em genos, clãs familiares chefiados por um pater. Nos genos predominava a propriedade coletiva dos meios de produção.
A evolução dos genos gerou as pólis, cidades autônomas governadas por reduzido grupo de proprietários de terras e de escravos, das quais Esparta e Atenas se destacaram.
A cidade de Esparta, localizada ao sul do Peloponeso, destacou-se por sua tradição guerreira. Fundada pelos dórios, sua população achava-se dividida em espartanos, que compunham a elite dominante; periecos, grupo pouco expressivo de comerciantes; e hilotas, trabalhadores submetidos a escravidão.
O Governo era monopolizado pela elite (oligarquia) que, através da Ápela, da Gerúsia, do Eforato e da Diarquia, impedia o acesso da população à vida política. O imobilismo social em Esparta era garantido por um rígido sistema educacional que preparava desde cedo, os indivíduos para a atividade militar.
A cidade de Atenas, por sua vez, caracterisou-se pela importante atividade marítimo comercial. Localizada na Ática, região favorecida por seus portos, Atenas foi fundada pelos jônios no final do período Homérico.
A sociedade Ateniense era composta de quatro camadas: os eupátridas, grupo que detinha o poder político e econômico, os paralianos, comerciantes enriquecidos pelo desenvolvimento comercial da cidade, os diacrianos, camponeses das áreas montanhosas, os escravos e os metecos.
Os constantes conflitos sociais tornaram necessárias reformas legislativas. Drácon, o primeiro legislador, tentou conter a ebulição social através de aplicação de penas mais severas aos infratores, enquanto Sólon, além de determinar o fim da escravidão por dívidas, estabeleceu o critério censitário para a participação na política ateniense.
Diante do fracasso dessas reformas, estabeleceu-se a tirania em Atenas. Os tiranos, dos quais Pisístrato foi o principal representante, tomaram o poder pela força e exerceram-no de maneira absoluta.
Apesar de Pisístrato ter favorecido o desenvolvimento comercial da cidade, seus sucessores não conseguiram harmonizar os interesses entre os diversos grupos sociais. Somente durante o governo de Clístenes, que assumiu o poder em 510 a.C., efetivou-se um plano de reformas políticas que garantiu a participação de uma parcela maior da população ateniense: todos os cidadãos maiores de 18 anos teriam acesso às decisões políticas. Implantava-se a democracia ateniense. Mulheres, escravos e estrangeiros, entretanto, não possuíam direitos políticos.
O expansionismo persa sobre a região grega da Ásia Menor deu início às Guerras Médicas, em 494 a.C. Após diversas batalhas, os gregos livraram a Península Balcânica da ameaça inimiga, conseguindo o reconhecimento persa do predomínio grego sobre o mar Egeu.
A vitória sobre os persas estabeleceu, porém, a hegemonia da cidade de Atenas sobre as demais cidades gregas. Foi o período do apogeu ateniense, época de Péricles, em que surgiram crescentes conflitos com outras pólis. Esparta, liderando outras cidades gregas, organizou a liga do Peloponeso, dando início às Guerras do Peloponeso.
Sucederam-se então, inúmeros combates entre as cidades-estados, esgotando o poderio grego, cuja vulnerabilidade permitiu que, em 388 a.C., os maced6onios invadissem e estabelecessem a preponderância sobre a Grécia.

A Cultura Grega e o Helenismo
A civilização grega legou ao mundo importante acervo artístico-cultural, que forneceu as bases sobre as quais se assenta nossa cultura ocidental.
O homem era, no pensamento grego, o centro do universo (antropocentrismo), e a razão humana o meio de se chegar ao conhecimento.
A religião grega era politeísta e antropomórfica. Os deuses na Grécia Antiga só se distinguiam dos homens porque eram imortais.
De resto, revestiam-se de todas as características humanas.
Nas artes, os gregos revelaram sua genialidade: teatrólogos, arquitetos e escultores deixaram obras importantes para as gerações futuras. Alguns nomes merecem destaque, como Ésquilo e Sófocles, no teatro; Calícrates, na arquitetura; Fídias e Míron, na escultura. A arte graga preocupava-se em realçar o real, a simplicidade, a harmonia e o equilíbrio.
Na literatura destaca-se o nome de Homero, provável autor dos poemas épicos Ilíada e Odisséia. Heródoto e Tucídides destacaram-se na recuperação do povo grego.
A filosofia foi outra área da cultura grega à qual se dedicaram muitos pensadores. dentre eles destacam-se o nome de Tales, Anaxímenes e Anaximandro, pertencentes à Escola de Mileto, Pitágoras e seus discípulos, os sofistas e os socráticos (Sócrates, Platão e Aristóteles).
Nas ciências, Tales de Mileto e Pitágoras são conhecidos por suas contribuições à matemática enquanto Anaximandro e Aristóteles dedicaram-se à biologia, e Hipócrates à medicina.
O advento do helenismo, fusão das culturas grega e oriental, deu um novo caráter à cultura grega, a qual passou a contar com diversos elementos da cultura oriental.
Essa fusão deu-se a partir da conquista da Grécia pelos macedônios, chefiados, primeiro, por Filipe II e depois por seu filho, Alexandre, o Grande. O império Macedônico ampliou-se durante o reinado de Alexandre, mas, logo após sua morte, conflitos internos pelo poder acabaram por enfraquecê-lo e dividi-lo, possibilitando a conquista romana.

Roma - Apresentação
Roma, capital da Itália e da província de Roma. É um dos maiores centros culturais do mundo. É também a capital administrativa e espiritual da igreja católica. Localizada na Itália central, às margens do rio Tibre. O clima é quente e seco no verão, e no inverno as temperaturas raramente descem abaixo de 3,8 °C. A estação do ano mais úmida é o outono.
Roma, é uma das grandes cidades históricas do mundo. Tem sido um importante centro de civilização da humanidade por mais de dois mil anos.
É conhecida como CIDADE ETERNA, porque tem uma história muito antiga.
É também uma dais mais belas cidades do mundo. Palácios magníficos, Igrejas e monumentos antigos fazem recordar um passado glorioso de Roma.
Roma, dominou o mundo antigo ocidental por ser a capital do poderoso Império Romano. Durante muitos anos foi a suprema potência da Europa, do norte da África e da Ásia ocidental. A influência da antiga Roma ainda se faz presente, principalmente na arquitetura, pelas inestimáveis obras de arte, que grandes artistas fizeram nos séculos XVI e XVII.
Ainda hoje em dia, milhares de pessoas vêm do mundo inteiro apreciar as obras-primas e contemplar as ruínas da antiga Roma, como também as belíssimas construções de arquitetura moderna.
Os romanos são amáveis e sentem muito orgulho de sua cidade.
Apresento a história da Roma lendária e não-lendária, tanto quanto sua Monarquia, República, Império e alguns aspectos culturais.
Acredito avançar minha compreensão sobre a história, sendo que ela é o resultado de um processo ou movimento das relações que os homens estabelecem entre si e a natureza.

BREVE HISTÓRICO

A Roma Lendária
Conta a lenda que Roma foi fundada por Rômulo e Remo, irmãos gêmeos em 753 a.C. . A lenda da fundação de Roma conta que ela está ligada à guerra de Tróia, narrada pela mitologia grega.
Durante a destruição de Tróia o herói Enéias (filho de Afridite e do troiano Arquise), com um grupo de companheiros, abandonou a cidade e começou a procurar um lugar para a fundação da nova pátria.
Após longa e penosa procura, Enéias e seus companheiros chegaram ao Lácio (na península itálica), onde fundaram a cidade de Lavínia. Mais tarde, seu filho Júlio fundou a cidade de Alba Longa, onde nasceram Rômulo e Remo.
Estes eram netos do rei Numitor e filhos da princesa Réia Sílvia com o deus Marte.
Quando o rei Numitor perdeu o trono, os netos-herdeiros (Rômulo e Remo) foram abandonados numa cesta nas correntezas do rio Tibre. Foram salvos e amamentados por uma loba e depois recolhidos e criados por um pastor.
Já crescidos, sabendo das suas origens, reconquistaram Alba Longa e retomaram o lugar do avô Numitor. No ano 753 a. C. , fundaram Roma.

A Roma Não Lendária
Algumas tribos fundaram, nas colinas Albanas, pequenas vilas que deram origem às cidades de Túsculo, Arícia e Alba Longa.
Outras tribos de latinos e de sabinos organizaram suas vilas nas colinas Tiberinas e no monte Palatino, onde fundaram a cidade de Roma, que pouco a pouco foi submetendo as tribos vizinhas.
A roma lendária serviu para encobrir as sangrentas lutas entre os povos latinos do Lácio. Os sacerdotes tinham muito interesse em criar uma versão mitológica para a fundação de Roma.
Ao fazerem isso, consolidavam o domínio da religião sobre a população, isto é, estabeleciam uma interferência natural dos deuses na vida dos homens.
Com isto, os sacerdotes passavam a desempenhar um papel de total controle dos homens e da sociedade.

A ORGANIZAÇÃO POLÍTICA

Monarquia
Durante mais de dois séculos 753 a.C. - 509 a.C., a organização política de Roma baseou-se na monarquia absoluta. Havia concentração do poder nas mãos do rei.
A economia era baseada na agricultura e no pastoreio.
A sociedade compreendia dois estamentos: Patrícios e Plebeus. Os patrícios eram os grandes proprietários e os plebeus os pequenos proprietários, artesãos e estrangeiros.
Nesta época houve opressiva dominação e exploração dos etruscos, sobre o povo, gerando muitos descontentamentos e alguns levantes contra os etruscos.
O povo se opunha à dominação do rei etrusco, não pelo fato dele ser etrusco, mas sim pelo seu absolutismo. Até ao advento dos reis etrusco, Roma era governada por soberanos que dependiam do Conselho de Anciãos, órgão composto exclusivamente por patrícios. Suas decisões eram aprovadas em assembléia Tribal (patrícios e plebeus). Os reis etruscos marginalizaram o conselho governando de forma despótica. Daí, que, na primeira oportunidade , os patrícios, depuseram o rei e implantaram a República.

República
Período que compreendeu de 509 a.C. - 27 a.C. .
Ao derrubar o regime monárquico de Roma, os patrícios passaram a cuidar da coisa pública, isto é, do governo da República.
As instituições básicas da Republica eram o Senado, as Magistraturas, e a Assembléia Centuriata.
O Senado era o órgão principal do governo, composto pelos patrícios mais ilustres. Conduzia a política interna e externa. Escolhia os magistrados e controlava o tesouro público. Os magistrados, escolhidos pelo Senado, eram referenciados pela Assembléia Centuriata. Estas eram anuais. O consulado era a principal magistratura, com dois cônsules dotados de iguais poderes: dentro de Roma, o poder civil, fora de Roma, o poder militar. Em caso de crise interna ou externa excepcionalmente grave, os cônsules eram substituídos por um ditador. A ditadura era uma magistratura legal. Um só homem tinha poderes absolutos delegados pelo senado, por um prazo máximo de seis meses, improrrogáveis.
Outros magistrados menores completavam o quadro das magistraturas: Tributos, auxiliares de cônsules, Questores, arrecadadores de impostos, Pretores, incumbidos da justiça civil, Edis que cuidavam das obras públicas, Colégio Sacerdotal, encarregado das cerimônias religiosas oficiais. Estas eram as magistraturas que existiam em 506 a.C. ; que posteriormente, surgiram os Censores, que faziam recenseamento da população e vigiavam a moral pública e os tributos da plebe.
O monopólio do poder pelos patrícios acarretou problemas para a plebe.
Guerras constantes, impostos elevados, e escravidão por dívidas. Os plebeus ricos (artesãos e mercadores) tinham boas casas, alimentavam-se e vestiam-se bem. Entretanto não tinham direitos políticos, não podiam votar nem ocupar cargos públicos. Os plebeus pobres, trabalhadores urbanos e rurais, sobreviviam pobremente e também não tinham direitos políticos.
Em defesa dos direitos que consideravam justos, os plebeus pobres ameaçaram e saíram de Roma por várias vezes, deixando a cidade e principalmente o campo sem trabalhadores.
Ao mesmo tempo havia perigo de motins, dentro do exército, uma vez que, as fileiras inferiores ou legiões de soldados eram formados principalmente pelos plebeus.
Assustados, os patrícios cederam à algumas exigências.
A consquista de alguns direitos políticos e civis por parte dos plebeus não aconteceu de uma só vez. As lutas se prolongaram por muitos anos.
As principais conquistas da plebe foram: A lei das doze tábuas - as leis romanas eram orais, segundo o costume dos antepassados. Eram leis ditadas oralmente e obedecidas por todos . a partir daí, as leis romanas passaram a ser escritas. Tribunos da plebe - direito de eleger tribunos para representação política. Lei Canuléia - plebeus e patrícios podiam casar entre si. Lei Licínia, eliminou a escravidão por dívida. Apenas os prisioneiros de guerra podiam ser escravizados. Muitas terras foram distribuídas para os plebeus pobres.
As conquistas da plebe não beneficiaram toda a classe plebéia.
Os plebeus ricos tornaram-se parte da classe dominante, com direitos civis e políticos. Os plebeus pobres passaram a ter direitos apenas teóricos, isto é, pela lei, porque na prática, permaneceram sobrevivendo muito pobremente.
Daí para frente, apenas a população pobre passou a ser chamada de plebe, sobrevivendo miseravelmente como os servos domésticos e escravos.
Os romanos participaram de muitas lutas, por conquistas, onde a conquista da península itálica foi apenas o primeiro passo.
Roma planejou dominar todo o mediterrâneo e daí expandir o quanto possível a sua dominação. Foram muitas guerras, e Roma conseguiu conquistar o Mediterrâneo.
As conquistas das guerras alargaram muito o território romano, e Roma explorou o máximo possível as riquezas dos povos submetidos.
Mas o domínio sobre um vasto mundo culturalmente diferente, acabou provocando alteração no modo de vida dos romanos. Toda sua cultura foi atingida como também sua vida econômica, social e política. A sociedade romana mudou. Os cidadãos romanos que eram divididos em plebeus e patrícios após as reformas sociais ficaram divididos entre romanos ricos e pobres.
Surgiu uma classe de comerciantes, banqueiros, arrendatários, cobradores de impostos.
Nesta época o comércio interligava Roma às suas províncias em toda orla do mediterrâneo. A plebe marginalizada pelo número de escravos, passou a ser sustentada pelo estado, que distribuía trigo e proporcionavam espetáculos circenses gratuitamente. Freqüentemente os plebeus serviam como agregados aos mais ricos em troca de esmolas e alimentos, recebendo a denominação de clientes. Os escravos eram numerosíssimos e baratos, sendo considerados seres inferiores, apenas instrumentos falantes.
As instituições políticas da república começaram a se desintegrar e a república a entrar em crise.
Os primeiros sinais de crise, apareceram com a tentativa dos irmãos Gracos-Tibéiro e Caio que pretendiam realizar uma reforma agrária a fim de libertar a plebe de seu estado de submissão. Foram abatidos pelos nobres e cavaleiros unidos. Surgiram em seguida generais políticos, que apoiados pela plebe e no exército, exerceram o poder absoluto durante anos.
Por volta de 60 a.C. , César, Pompeu, Crasso formaram o primeiro Triunvirato, impondo-o à aceitação do Senado. Crasso morreu na Pérsi, Pompeu, vencido por César foi assassinado no Egito, cuja rainha Cleópatra recebeu proteção do vencedor. Em Roma, César procurou legalizar o seu poder obtendo a ditadura. O Senado cumulou-o de títulos, mas César queria a hereditariedade que só o título de "rei" lhe proporcionaria. Por isso foi assassinado por um grupo de senadores liderados por Brutus e Cássio. Marco Antônio, general amigo de César, uniu-se ao sobrinho deste, Caio Otávio e, juntamente com Lépito formaram o segundo Triunvirato. Venceram os rebeldes da Macedônia e dividiram a república entre si. Mais tarde, Otávio afastou Lépido (fez dele sumo sacerdote) , venceu Antônio e Cleópatra e se apoderou do Egito. Os tesouros pilhados proporcionaram-lhe um exército numeros e celeiros abarrotados de trigo para distribuir à plebe em seu nome. Voltou para Roma e foi recebido como o Salvador da República.
Otávio se tornou um governo único de todo mundo romano, e deu início a uma nova fase da vida romana: o Império.

Império
Período que compreendeu de 27 a.C. - 476 d.C.
O fim do segundo triunvirato deu início a uma nova fase da sociedade romana: o império, iniciado com Caio, Júlio César e Otávio. Foi um imperador com tamanho poder, que, à semelhança de César, foi reconhecido como de origem divina. Sendo chamado de Augusto, isto é, supremo.
Foram quarenta e cinco anos de paz em Roma, nas províncias e nas colônia. Augusto reorganizou as províncias, dividindo-as em Imperiais (militares) e Senatoriais (civis). Indicava governantes e controlava através de inspetorias diretas e relatórios anuais feitos pelos sucessores dos mesmos.
Procurou conter a influência da cultura oriental grega (helenística) que dominava Roma e estimulava a busca do prazer (hedonismo) e o culto dos deuses místicos e orientais.
Morto Augusto (no ano 14), seus sucessores não tiveram a mesma habilidade ou as condições para assegurar a paz romana.
Seu herdeiro, Tibério, recebeu o império aparentemente pacificado.
Entretanto, nenhuma paz aramada tem duração eterna. Cedo ou tarde explodem revoltas contra a opressão. Foram muitos os conflitos e os herdeiros pouco fizeram para manter a frágil paz romana.
No século III tem início a crise do Império, abalado por problemas econômicos, militares, políticos e religiosos.
A crise econômica teve origem na cessação das guerras de conquistas e conseqüentemente na redução do número de escravos. O déficit orçamentário resultante do aumento das despesas, levou o poder público a aumentar excessivamente os impostos. Os preços se elevaram, os mercados se retraíram e a produção caiu. Começou o êxodo urbano, a concentração da vida no campo em propriedades auto suficientes, chamadas de vilas.
Nesta época, agravou-se a crise religiosa. O cristianismo começara a se difundir pelo Império após o martírio de Cristo, ocorrido no reino de Tibério.
Os apóstolos iniciaram sua difusão e São Pedro fundou o Bispado de Roma. Foi martirizado juntamente com São Paulona época do imperador Nero. Este foi o autor da primeira perseguição aos cristãos, acusados de não cultuar os deuses pagãos nem o imperador (considerado ele próprio um divindade). Além disso atribuía-se-lhes responsabilidade pelas calamidades que ocorressem: enchentes, tempestades, pestes e incêndios. Contudo as perseguições tiveram efeitos contrários aos esperados, pois acabavam convertendo os espectadores pagãos, impressionados com a firmeza e resignação dos cristãos diante dos sofrimentos.
Em 313, Constantino, baixou o Edito de Milão, proibindo as perseguições aos cristãos e dando-lhes liberdade de culto. A partir de então, a difusão do cristianismo ganhou forte impulso, e um maior em 390, quando o imperador Teodósio proibiu o culto pagão e oficializou o Cristianismo.
Havia uma forte crise econômica e política, e estava relacionada com os problemas militares. O exército conturbava a ordem nas épocas de sucessão imperial.
O golpe final no Império Romano do Ocidente foi desfechado pelos germânicos que começaram a se infiltrar militarmente no início do século V. Primeiro vieram os visigodos: liderados por Alarico, saquearam Roma e se fixaram na Península Ibérica e Sul da Gália, constituindo o primeiro reino germânico dentro das fronteiras do império. Os vândalos seguiram-lhe o exemplo, saindo de Danúbio cruzando a Gália e a Espanha e se estabelecendo na África do Norte. Os Francos ocuparam o norte da Gália. Os Anglos e Saxões invadiram a Britânia (Inglaterra), ocupando as terras baixas.
Numa tentativa de salvar as fronteiras, Teodósio I, então imperador, dividiu o Império romano entre seus dois filhos: o império do Oriente, com capital em Constantinopla, ficou para Arcádio, e o império Ocidente com capital em Ravena, para Honório.
Em 476, o Império do Ocidente, não resistindo a tantos abalos, foi dominado pelos bárbaros, formando os reinos bárbaros e o Império Romano do Oriente a chamada civilização Bizantina.
Roma exerceu profunda influência como centro da Igreja Cristã.
No século VI, o antigo império romano estava muito mudado. Bárbaros e Romanos, tendo de conviver juntos, acabaram mesclando suas culturas. Disso resulta a formação de um novo modo de vida: o feudal.
No século VII os papas fortalecem enormemente seu poder político.
Em 1347, foi fundada uma República Democrática por Cola di Rienzi, que logo se tornou cruel e ambicioso de poder, sendo mais tarde morto em uma luta.
Roma tornou-se uma das mais esplêndidas cidades do Renascimento .
Em 1527, tropas germânicas e espanholas destruíram e roubaram muitos tesouros da cidade, além de matarem milhares de romanos. Em seguida começou a obra de reconstrução de Roma. No restante do século XVI e XVII, os papas ergueram centenas de magníficas construções e designaram os melhores pintores e escultores, entre os quais Miguel Ângelo, para projetar e decorar as edificações.
No século XIX. Em 1798, depois que Napoleão conquistou a península itálica, as tropas francesas vitoriosas entraram em Roma. Napoleão pôs fim ao poder político do papa em 1809. Fez dos estados Pontifícios uma parte de seu império, depois de Paris. Depois da queda de Napoleão, os Estados Pontifícios foram devolvidos ao papa em 1815.
No princípio do século XIX, movimentos pela unidade e independência política difundiram-se pela península italiana. Mas os papas opunham-se a esses movimentos. Em 1848, revolucionários fizeram de Roma uma República, e o Papa Pio IX fugiu da cidade. Exércitos franceses capturaram Roma em 1849 e restauraram o poder do papa no ano seguinte.
Em 1861, o governo fez da cidade do Vaticano um Estado independente, e as autoridades da Igreja Católica reconheceram Roma como capital da Itália.
No século XX, foram erguidas muitas novas construções em Roma.
Roma nas décadas de 1920 e 1930 com o ditador fascista Benito Mussolini sofre danos com a segunda guerra mundial.

ASPECTOS CULTURAIS

Religião
A religião romana tradicional não comportava os dogmas. Era prática e imediatista. Incluía o culto dos antepassados, o culto dos deuses públicos e a crença nos auspícios e prodígios (manifestações divinas através da natureza) As conquistas romanas na Grécia e Oriente Próximo abriram caminho para a introdução de divindades orientais, tais como Isis, Serápis e Mitra. Obviamente os deuses romanos tradicionais como Jupiter, Juno e Minerva, cairam em descrédito. O mitraismo, uma religião persa relacionada com o culto do sol e apresentada pelo touro, fez inúmeros adeptos.
O cristianismo veio substituir todos esses cultos pagãos. Mas seu domínio apenas se efetivou no século IV.

Arte
Os romanos não foram originais nas artes, tornando-se herdeiros diretos dos gregos, o panteão de Roma, por exemplo, um imponente templo consagrado a todos os deuses, denota a influência grega não só nas colunas como também em seus frisos e no frontão.
Posteriormente, foi marcante a influência helenística, que aparece nas principais construções romanas: arcos triunfais, teatros, circos, bem como nas esculturas.

Literatura
A maior contribuição romana à história da cultura foi no setor literário.
Em especial na literatura filosófica, jurídica e política.
A filosofia teve Plinio, Sêneca e Cícero; na história e na política destacaram Tito Lívio, Tácito, Salústio, Suetônio e Políbio.
Nos fins do baixo império, apareceram com destaque os escritores cristãos como São Jerônimo e Santo Agostinho.

A Roma de Hoje
Roma se situa por ambas as margens do rio Tibre na Itália central, 27 Km a leste do mar Tirreno. Acidade ergue-se sobre cerca de 20 colinas e abre-se também para vastas extensões de terreno plano. Entre as colinas contam-se com as famosas sete colinas, sobre as quais a antiga Roma foi construída - Aventino, Célio, Capitólio ou Capitolino, Esquilino, Palatin, Quirinal e Vinimal.
Atualmente ruínas de antigas construções ocupam maior parte das colinas. No palatino foi construído um moderno parque público. Populosos bairros se espalham sobre as colinas do Esquilino e Viminal. O palácio presidencial Italiano e alguns prédios oficiais localizam-se no Quirinal, a mais alta das sete colinas. As ruas de Roma antiga partiam do Capitolino, um dos centros da vida romana. Agora se localizam nesta colina famosos museus de arte, a sede da municipalidade e uma peça projetada por Miguel Ângelo, o grande artista do Renascimento.
Por toda cidade existem lindas praças ligadas por ruas movimentadas.
A cidade do Vaticano centro administrativo e espiritual da Igreja Católica, fica no Noroeste de Roma. O Vaticano como é chamado é o menor Estado independente do mundo. Tem apenas 0,44 Km.
Roma é também um dos mais importantes centros artísticos do mundo. Atores, músicos, pintores, escultores e escritores participam da vida cultural da cidade.

Governo
Roma é governada por um conselho municipal de 80 membros eleitos por quatro anos. O conselho escolhe entre seus membros o prefeito e 18 dentre eles formam o Comitê Executivo Municipal. O prefeito e os membros do comitê tem mandatode quatro anos. O prefeito preside o comitê e a administração geral da cidade. Quinze departamentos controlam os serviços urbanos como os de saúde, mercados, obras públicas e transportes.

Economia
Roma não é uma cidade industrializada. A maioria dos romanos ganham a vida em ocupações não industriais como comércio ou função política. Muitos romanos trabalham em restaurantes e na construção civil. O turismo proporciona uma grande parcela da receita da cidade. Apenas 15% dos trabalhadores de Roma trabalham em indústria. As fábricas romanas produzem têxteis, alimentos beneficiados e outros artigos.
A indústria cinematográfica é importante para a economia romana. A cidade é uma das capitais mundiais do cinema.
Roma é um importante centro de transporte da Itália. Ferrovias e Rodovias a ligam com cidades de quase todas as partes do País. Linhas aéreas unem a cidade ao resto da Itália e a outras cidades do mundo.

Educação
As crianças romanas devem freqüentar a escola dos seis aos 14 anos. O que significa que todas as crianças são obrigadas a completar o primeiro grau. Podem freqüentar escolas públicas, como também escolas de belas artes, normais ou de ensino técnico profissionalizante. Os estudantes pagam tarifas mínimas para freqüentar escolas de nível mais adiantado. Algumas escolas particulares são mantidas por ordens religiosas.
A biblioteca do Vaticano, fundada no século XV, é uma das mais importantes do mundo.
Roma também conta com nove bibliotecas públicas, com um total de cerca de três milhões de livros. Cinco outras bibliotecas são mantidas por ordem religiosa.
A universidade de Roma, fundada em 1303, é a maior universidade da Itália. Várias ordens religiosas da Igreja Católica mantêm escolas na cidade do Vaticano. É aí que estudantes de vários países freqüentam seminários a fim de tornarem padres, ou de fazerem cursos de pós-graduação.

Esporte
O futebol é o esporte mais popular de Roma Grande número de romanos assistem a partidas internacionais ou entre clubes locais nos estádios Olímpicos. Provas de equitação são realizadas na praça de Siena e nos hipódromos de Capannelle e Tor di Valle. Outros esportes populares Sào o basquetebol, boxe e tênis.
Música e Teatro
Os romanos como a maioria dos italianos adoram ópera. Realizam na cidade duas temporadas de ópera. O teatro da ópera oferece espetáculos de janeiro a junho, em julho e agosto, as representações são feitas nas termas de Carcala, ruínas das antigas casas de banho públicas.
Nos diversos teatros de Roma são apresentados peças e comédias musicais, e também espetáculos de companhias estrangeiras.

Museus e Galerias de Arte
Numerosos visitantes vão a Roma para ver suas inestimáveis coleções de obras de arte. Muitas das mais belas pinturas e esculturas encontram-se no palácio do Vaticano. Ali estão obras primas de artistas famosos como Leonardo da Vinci, Miguel Ângelo e Rafael. Algumas das mais importantes pinturas de Miguel Ângelo decoram o teto e a parede de fundo da capela Sistina.

Igrejas, Palácios e Fontes
A basílica de São Pedro, na cidade do Vaticano, é a maior igreja cristã do mundo. Outras famosas igrejas de Roma também datam do Renascimento, além de construídas em períodos anteriores ou posteriores.
O mais conhecido do numerosos palácios de Roma é o Venezia, construído em meados do século XV. Roma possui muitas fontes maravilhosas, consideradas como maravilhosas obras de arte. A fonte de Trevi, concluída em 1762, é a mais conhecida dos visitantes estrangeiros. Conta uma lenda que os turistas que atirarem nessa fonte uma moeda, algum dia voltarão a cidade.

Europa Hoje - Perfil da França

GEOGRAFIA DA FRANÇA
Superfície: 550.000 km2.
País mais extenso da Europa Ocidental (aproximadamente um quinto da superfície da União Européia), dispondo de uma vasta zona marítima (zona econômica exclusiva que se estende por 11 milhões de km2).
Relevo: Planícies: 2/3 da superfície total.
Principais maciços montanhosos: os Alpes (cujo ponto culminante, o Mont Blanc, é o mais alto pico da Europa Ocidental - 4.807 metros), os Pireneus, o Jura, as Ardennes, o Maciço Central e os Vosges.
Superfície costeira: abrindo-se para 4 espaços marítimos (o Mar do Norte, o Canal da Mancha, o Oceano Atlântico e o Mar Mediterrâneo), a França dispõe de 5.500 km de margens costeiras.
Clima: Três tipos: oceânico (a oeste), mediterrâneo (ao sul) e continental (centro e leste).
População: 58,3 milhões de habitantes (em 1º de janeiro de 1996).
Densidade: 105 hab/km2. Mais de 50% da população vivem nas cidades de mais de 50.000 habitantes. A aglomeração de Paris soma aproximadamente 10 milhões de habitantes. A França possui 12 cidades com mais de 350.000 habitantes e 30 com mais de 200.000.
A República Francesa compreende a metrópole (dividida em 22 regiões e 96 departamentos) e 4 departamentos ultramarinos (Guadalupe, Martinica, Guiana, Reunião). Acrescentam-se a estes 4 territórios ultramarinos (Polinésia Francesa, Nova-Caledônia, Wallis e Futuna, as Terras Austrais e Antárticas Francesas) e as coletividades territoriais de estatuto particular (Mayotte e Saint-Pierre-et-Miquelon).

AS INSTITUIÇÕES
A Constituição de 4 de outubro de 1958 rege o funcionamento das instituições da Vª República. Ela foi revisada várias vezes: eleição do Presidente da República pelo sufrágio universal direto (1962), introdução de um novo Título relativo à responsabilidade penal dos membros do governo (1993), instauração de uma sessão única do Parlamento e extensão do campo do referendo (1995), etc.
O Conselho Constitucional, composto de nove membros, vela especialmente pela regularidade das eleições e pela constitucionalidade das leis orgânicas, bem como pelas leis que lhe são deferidas.
Chefe do Estado, o Presidente da República é eleito por sete anos através do sufrágio uinversal direto. Jacques Chirac, quinto Presidente da Vª República, foi eleito em 7 de maio de 1995.
O Presidente da República nomeia o Primeiro Ministro e, por indicação do mesmo, os membros do governo (artigo 8 da Constituição). Ele preside o Conselho de Ministros, promulga as leis e é o chefe das forças armadas. Ele pode dissolver a Assembléia Nacional e, em caso de crise grave, exercer poderes excepcionais (artigo 16).
O governo, sob a direção do Primeiro Ministro, determina e conduz a política da Nação. Ele é responsável perante o Parlamento (artigo 20).
O Parlamento é composto de duas assembléias:
  • a Assembléia Nacional, cujos deputados são eleitos pelo sufrágio universal direto por 5 anos. A última eleição foi realizada, após uma dissolição decidida pelo Presidente da República, em março de 1997 (577 deputados).
  • o Senado, eleito por 9 anos pelo sufrágio universal indireto e renovável em um terço a cada três anos (321 senadores. A última eleição foi realizada em setembro de 1995).
As duas assembléias, além de sua função de controle do governo, elaboram e votam a lei. Em caso de desacordo, a Assembléia Nacional tem a última palavra.
A Assembléia Nacional compreende 577 deputados, distribuídos da seguinte maneira desde as eleições de 21 e 28 de março de 1993 (situação em 12 de junho de 1997):
  • Grupo socialista: 242 + 8 aliados.
  • Grupo União pela República - RPR: 133 + 6 aliados.
  • Grupo União pela Democracia Francesa - UDF: 106 + 6 aliados.
  • Grupo Comunista: 34 + 2 aliados.
  • Grupo Radical, do Cidadão e Verdes: 33.
  • Não inscritos em grupos: 5.
O Senado compreende 321 senadores distribuídos da seguinte maneira após as eleições de setembro de 1995 (situação em 11 de março de 1997):
  • Grupo da União pela República - RPR: 93 (86 + 6 aliados + 1 aliado).
  • Grupo socialista: 75 (72 + 3 aliados).
  • Grupo da União Centrista: 59 (54 + 5 aliados).
  • Grupo dos Republicanos Independentes: 45 (42 + 1 aliado + 2 coligados).
  • Grupo da União Democrática e Social Européia: 24 (22 + 2 coligados).
  • Grupo Comunista, Republicano e Cidadão: 15.
  • Não inscritos: 9.
  • Cadeira vaga (março de 1996): 1.

HINO E DIVISA
Composto em Estrasburgo em 1792, o "Canto de Guerra para o Exército do Reno" tornou-se a "Marselhesa" e foi decretado hino nacional em 14 de julho de 1795.
O lema da República Francesa é "Liberdade, Igualdade, Fraternidade".

A BANDEIRA FRANCESA
Em 1789, La Fayette introduz o branco, emblema da realeza, à roseta azul e vermelha da Guarda Nacional de Paris. A bandeira tricolor é o emblema oficial da República Francesa desde 1880.

DEFESA NACIONAL
Os efetivos das forças armadas francesas somavam, em 1995, 577.360 pessoas, distribuídos da seguinte maneira:
  • 271.500 no Exército;
  • 94.100 na Aeronáutica;
  • 70.400 na Marinha;
  • 93.450 na Gendarmaria;
  • 47.910 nos serviços comuns (saúde, ação social, etc.).
Em 1995, o orçamento da defesa representa 3,1% do produto interno bruto (PIB) e 13,5% do orçamento do Estado. Com o objetivo de construir uma defesa européia digna de crédito, o Presidente da República Francesa anunciou em fevereiro de 1996 importantes reformas no setor da defesa: - profissionalização progressiva (1997-2015) das forças armadas, cujos efetivos passarão a ser de 350.000 homens; - adaptação do potencial industrial e tecnológico francês, que deverá de agora em diante inscrever-se de maneira muito ampla dentro de um contexto europeu; - debate nacional sobre a manutenção ou transformação do serviço nacional; - confirmação dos engajamentos da França no Exército Europeu; - a dissuasão nuclear continua sendo o elemento fundamental da estratégia de defesa francesa; ela deve agora assumir uma dimensão européia de maior vulto.

A SOCIEDADE FRANCESA

POPULAÇÃO
Número de habitantes (janeiro de 1996, França metropolitana): 58,3 milhões, dos quais 3,5 milhões de estrangeiros com 1,4 milhão de cidadãos da União Européia.
Repartição por grupos de idades: - menos de 20 anos: 26%. - de 20 a 64 anos: 59%. - 65 anos e mais: 15%. idade média: 37 anos.
Esperança de vida (fevereiro de 1996): Homens: 73,8 anos. Mulheres: 81,9 anos. No espaço de nove anos (1987-1996), a esperança de vida no nascimento foi prolongada em 2 anos para os homens e aproximadamente 3 anos para as mulheres.
Situação demográfica (1995): Nascimentos: 729.000. Óbitos: 529.000.
A taxa de natalidade é de aproximadamente 12% na França. Essa taxa é superior à da Alemanha, da Espanha ou da Itália.
A França conta 9 óbitos para cada 1.000 habitantes (a média da União Européia é de 10 para cada 1.000).
Casamentos: 255.000 (1995). Enquanto entre 1972 e 1992 o número de casamentos diminuiu 39%, os dados de 1995 indicam uma estabilização nos últimos três anos.
Divórcios: 108.000 (em média 1 casal a cada três se divorcia).

PRINCIPAIS RELIGIÕES
  • Católicos ~= 47.000.000 ~= 81,4% da população.
  • Muçulmanos ~= 4.000.000 ~= 6,89% da população.
  • Protestantes ~= 950.000 ~= 1,64% da população.
  • Judeus ~= 750.000 ~= 1,29% da população.
  • Budistas ~= 400.000 ~= 0,68% da população.
  • Ortodoxos ~= 200.000 ~= 0,34% da população.
  • Outros ~= 4.700.000 ~= 8,12% da população.

ENSINO
Pré-escolar, primário e secundário: 12.620.000 alunos / 800.000 professores
Índice de enquadramento ~= 1 professor para cada 31 estudantes.
Em 1994, as despesas com educação somaram 538 bilhões de francos (107,6 bilhões de dólares), ou 7,3% do PIB. Isso representa um montante de 9.300 francos (1.860 dólares) por habitante, ou 32.100 francos (6.420 dólares) por aluno.

POPULAÇÃO ATIVA
A França possui aproximadamente 26 milhões de habitantes na faixa da população ativa (cerca de metade da população total), dos quais 22 milhões empregados. Nessa categoria estão 19 milhões de assalariados (dos quais 9,6 milhões de mulheres) e 3.019.400 desempregados, ou 11,7% da população ativa (dezembro de 1995).

Categorias sócio-profissionais:
  • Agricultores-proprietários agrícolas ~= 730.000, ou ~= 2,7% da população ativa.
  • Artesãos, comerciantes, dirigentes de empresas ~= 1.696.000, ou ~= 6,5% da população ativa.
  • Profissionais superiores e intelectuais ~= 2.800.000, ou ~= 10,7% da população ativa.
  • Profissões intermediárias ~= 4.577.000, ou ~= 17,6% da população ativa.
  • Empregados ~= 6.145.000, ou 23,5% da população ativa.
  • Operários ~= 5.726.000, ou ~= 30% da população ativa.

Nível de vida:
Produto interno bruto (1995): 7.600 bilhões de francos (1.520 bilhões de dólares - valor sujeito a variações cambiais).
Produto interno bruto (PIB) per capita: 131.000 francos (26.200 dólares).
Renda familiar disponível: 88.451 francos (17.690 dólares).
Poupança familiar bruta: 12.000 francos (2.400 dólares).
Equipamento, consumo e renda Bens duráveis (índice de equipamento dos lares): Televisor: 95%
Telefone: 95% Automóvel: 78% Congelador: 46% Lava-louças: 34% Videocassete: 54% Forno de micro-ondas: 40%
Consumo (parcela do orçamento familiar): Habitação, iluminação, aquecimento: 21,3% Alimentação, bebidas: 18,3% Vestuário: 5,6% Equipamento e manutenção da habitação: 7,5% Saúde: 10,2% Transportes e comunicações: 16,4% Lazer e cultura: 7,4% Outros bens e serviços (restaurantes, viagens, etc): 13,2%
Rendas salariais (salário líquido anual médio): Altos funcionários, dirigentes de empresas: 252.000 francos (50.400 dólares). Técnicos, (agents de maîtrise): 135.000 francos (27.000 dólares).
Empregados: 90.000 francos (18.000 dólares). Operários qualificados: 95.000 francos (19.000 dólares). Operários não qualificados: 78.000 francos (15.600 dólares).

Proteção social
O sistema francês de proteção social, a Sécurité Sociale, foi criado em 1945. Ele repousa no princípio da repartição (as prestações dos beneficiários são asseguradas pelas cotizações dos ativos). A despesa de proteção social, que representa 35% do PIB, é financiada em 84% pelas cotizações dos empregados e dos empregadores. Esse é o financiamento quase-exclusivo do regime geral da Sécurité Sociale. Os setores de prestações são: as aposentadorias (49%), a saúde (27%), a família (13%) e a indenização do desemprego (9%). Todavia, a crescente proporção de aposentados em relação à dos ativos, assim como os progressos da medicina, levaram o regime geral da Sécurité Sociale a um déficit acumulado de 125 bilhões de francos (25 bilhões de dólares) correspondente aos anos de 1993, 1994 e 1995. Diante dessa situação, o governo teve que estabelecer uma nova cotização social (0,5% das rendas) a fim de assegurar o reembolso dessa dívida.

Sindicalismo
A França possui aproximadamente dois milhões de pessoas afiliadas a sindicatos, ou seja 8% dapopulação ativa. É a mais fraca taxa dos países da União Européia.

Férias
Repousos remunerados legais: 5 semanas por ano. Taxa de départ: 62%.

MEIO-AMBIENTE
As zonas de produção agrícola e florestal cobrem uma superfície de 463.000 km2, ou seja, 84% do território metropolitano.
Só o maciço florestal representa 26% do território e constitui o 3º maciço da União Européia, depois do da Suécia e o da Finlândia. A superfície da floresta francesa progrediu 35% desde 1945 graças, principalmente, ao dinamismo do Departamento Nacional de Águas e Florestas. Ao mesmo tempo em que são recenseadas 136 espécies de árvores na França, o que é excepcional para um país europeu, o número de animais grandes não pára de aumentar: em 20 anos, a população de cervos duplicou e a de cabritos monteses triplicou.
A fim de salvaguardar e destacar o patrimônio natural da França, o Estado criou 7 parques nacionais, 114 reservas naturais, 316 zonas de proteção de biotipos, assim como 314 sítios protegidos pelo Conservatório do Litoral. Acrescentam-se ainda 26 parques naturais regionais que cobrem 7% do território.
A nível internacional, a França participa de inúmeros tratados e convenções, como os que são elaborados pelas Nações Unidas sobre o clima, a biodiversidade e a desertificação.

ESPORTES
A prática do esporte desenvolveu-se consideravelmente nos últimos anos. Aproximadamente ¾ dos homens e metade das mulheres praticam um esporte regularmente. Observa-se uma predominância dos esportes de massa (futebol, rugby, etc.), de competição (esqui, navegação de lazer, tênis, golfe, etc.). Entretanto, os esportes de exploração ou aventura como bicycross, trilha, escalada, parapente, caiaque, etc. têm cada vez mais adeptos.

CULTURA E LAZER
Para maiores informações sobre a cultura na França, consultar na Internet: http/www.culture.fr
Edições, imprensa, impressão (30% das despesas familiares com cultura):
  • Livros: Em 1994, 41.560 títulos de livros foram editados (dos quais 17.330 novos títulos) e 377 milhões de exemplares impressos por 355 editoras. Volume de negócios das editoras (1994): 16,95 bilhões de francos (3,39 bilhões de dólares).
  • Jornais: 7 títulos nacionais e 20 regionais com tiragem superior a 100.000 exemplares. Tiragem global anual: 8,5 milhões de exemplares.
  • Periódicos: dos 100 maiores, 6 possuem uma tiragem superior a 1 milhão de exemplares e 8 mais de 500.000. Com 1.350 exemplares vendidos para cada 1.000 habitantes, os franceses são os primeiros leitores de revistas do mundo.

Cinema
A França, que inventou o cinematógrafo em 1895, continua sendo muito dinâmica nesse setor. 115 filmes foram produzidos em 1994 (2º lugar mundial em investimentos cinematográficos). Por outro lado, os cineastas franceses realizam cada vez mais filmes em co-produção, freqüentemente com parceiros da União Européia. Apesar da concorrência da televisão, o cinema continua atraindo mais de 126 milhões de espectadores nas 4.400 salas disponíveis (o número mais elevado por habitante da União Européia).

Música e dança
A França possui mais de 20.000 dançarinos e artistas da música e do canto, 250 festivais de música, de arte lírica e dança, 8.700 artistas de variedades, etc. Por outro lado, é cada vez maior o número de amantes da música e da dança, em razão do recente e importante desenvolvimento do ensino dessas duas disciplinas (4.300 estabelecimentos especializados só no campo da música).

Teatro
50.000 representações por ano (teatros nacionais, centros dramáticos nacionais, palcos nacionais e teatros privados) atraem 8 milhões de espectadores regulares. À margem dos grandes palcos de Paris e seus arredores, das cidades do resto do país e dos renomados festivais como o de Avignon, vimos desenvoverem-se mais de mil companhias teatrais independentes desde o início dos anos 80.

Museus e Monumentos
1.200 museus atraem dezenas de milhões de visitantes por ano. Só o Louvre, o palácio de Versalhes e o museu de Orsay recebem cerca de 12 milhões de pessoas todo ano. A maior parte das cidades do resto do país possuem também um ou vários museus.
Por outro lado, mais de 1.500 monumentos estão abertos ao público (8 milhões de visitantes por ano) e a Torre Eiffel é o mais visitado deles. Mas, existem mais lugares para se descobrir do que estas poucas linhas podem descrever (entrar em contato com a "Maison de la France" ou o "Departamento Oficial do Turismo Francês" mais próximo de você).
Finalmente, 38.000 edificações são protegidas pelo patrimônio da Cultura a título de monumentos históricos.

Televisão
  • 4 emissoras públicas nacionais: France 2, France 3, Arte (canal cultural franco-alemão) e a Cinquième (canal educativo);
  • 3 emissoras privadas nacionais: TF1, M6 e Canal Plus (por assinatura);
  • vinte emissoras de TV a cabo nacionais e locais (mais de 30% de lares ligados a uma rede a cabo no final de dezembro de 1995);
  • um número incalculável de emissoras captáveis por satélite.
Principal lazer dos franceses, estes dedicam em média 3 horas por dia à televisão.

Informática e multimídia
Apenas 1/5 dos lares franceses é equipado com um micro-computador pessoal e 5% deles utilizam os programas multimídia.

ECONOMIA
De acordo com seu produto interno bruto (PIB), a França é a 4ª potência ecoômica mundial. São vários seus trunfos: transportes, telecomunicações, indústrias agro-alimentares, produtos farmacêuticos, e ainda o setor bancário, os seguros, o turismo, sem esquecer os tradicionais produtos de luxo (couro, moda, perfumes, bebidas, etc.)
A França, cujo superavit comercial elevou-se a 104,5 bilhões de francos (20,9 bilhões de dólares) em 1995, é o 4º exportador de bens (principalmente bens de equipamento) no mundo e o 2º no que se refere aos serviços e à agricultura (em especial os cereais e produtos agro-alimentares). A França continua sendo o maior produtor e exportador agrícola europeu. Por outro lado, a França realiza 64% de suas trocas comerciais com seus parceiros da União Européia.
No plano da acolhida aos investimentos estrangeiros, a França ocupa o 3º lugar mundial. De fato, apesar de um índice de desemprego elevado (12% da população ativa) e de déficits públicos excessivos (reconduzidos entretanto a 5% do PIB em 1995 e devendo limitar-se a 4% no final de 1996), os investidores apreciam a qualidade da mão-de-obra francesa, o elevado nível da pesquisa, o domínio das tecnologias avançadas, a estabilidade da moeda e um bom domínio dos custos de produção.
Produto interno bruto - PIB - (1995): 7.600 bilhões de francos (1.520 bilhões de dólares - valor sujeito a variações cambiais)
Inflação (1995): 2,1%
Superavit comercial (1995): 104,5 bilhões de francos (20,9 bilhões de dólares)

AGRICULTURA
Propriedades agrícolas: 730.000 População ativa agrícola: 910.000 Superfície agrícola útil: 30.139.000 ha
Principais produções francesas: - Beterraba açucareira: 1º lugar da UE e 2º lugar mundial (29 milhões de toneladas) - Vinho: 2º lugar mundial e 2º lugar da UE (5,3 milhões de toneladas) - Leite: 2º lugar da UE e 5º lugar mundial (23,3 milhões de toneladas) - Carne bovina: 1º lugar da UE e 6º lugar mundial (1.815.000 toneladas) - Cereais: 1º lugar da UE (53,4 milhões de toneladas, dos quais 30 milhões de toneladas de trigo - 8º lugar mundial - e 12,5 milhões de toneladas de milho em grão) - Grãos olaginosos: 1º lugar da UE (4,1 milhões de toneladas)

Florestas
Os bosques e florestas ocupam cerca de 15 milhões de hectares, ou 26% do território nacional. O maciço florestal francês, que ocupa o 3º lugar na superfície da UE, depois dos da Suécia e da Finlândia, progrediu 35% desde 1945 e cresce a cada ano cerca de 30.000 ha. Ele é, em sua maior parte, constituído de árvores folhosas (2/3), e as resiníferas representam um terço do restante. O Departamento Nacional de Águas e Florestas (ONF) é encarregado da gestão das florestas de domínio público (1.750.000 ha) assim como dos bosques e florestas pertencentes às coletividades locais (2.850.000 ha). Os 10.500 ha. restantes pertencem a 3.300.000 proprietários privados que podem, se desejarem, solicitar a ajuda técnica do ONF para a gestão dos espaços florestais sob sua responsabilidade.

ENERGIA
Índice de independência energética: 51,6%
Consumo de energia primária: 231 milhões de toneladas equivalente petróleo (tep)
Distribuição do consumo de energia: Petróleo: 41,2% Eletricidade primária: 37,8% Gás: 13% Carvão: 6,2% Energias renováveis: 1,8% Produção líquida de eletricidade: 453 bilhões de Kwh, dos quais 77% de origem nuclear.

INDÚSTRIA
Setores industriais de melhor desempenho:
  • Construção e obras públicas. Produção anual: 797 bilhões de francos (159,4 bilhões de dólares). 4 grupos franceses (Bouygues, SGE, Eiffage e GTM-Entrepose) estão entre as 10 maiores construtoras européias. Seu faturamento anual chega a 158 bilhões de francos (31,6 bilhões de dólares).
  • Indústrias agro-alimentares (IAA). Faturamento anual: 637 bilhões de francos (127,8 bilhões de dólares). Principais setores: indústrias de carne , leite, grãos, confeitaria e bebidas. 1º exportador e 2º produtor da UE.
  • Química, borracha, plásticos. Faturamento anual: 348 bilhões de francos (69,6 bilhões de dólares). 4º exportador mundial. - Paraquímica e farmácia. Faturamento anual: 234 bilhões de francos (46,8 bilhões de dólares). 3º exportador mundial.
  • Indústria automobilística. A França é o 3º exportador mundial de automóveis particulares. A Renault e a PSA (Peugeot-Citroën) são respectivamente os 10º e 12º grupos mundiais dos etor automobilístico. A produção de veículos em 1994 elevou-se a 3.558.400.
  • Metalurgia e transformação de metais. Faturamento anual: 251 bilhões de francos (50,2 bilhões de dólares).
  • Telecomunicações e correios. Faturamento anual: 205 bilhões de francos (41 bilhões de dólares). 95% informatizada, a rede telefônica francesa é uma da mais modernas do mundo.
  • Construção naval, aeronáutica e ferroviária. Faturamento anual: 116 bilhões de francos (23,2 bilhões de dólares). Esse setor exporta 44,5% de sua produção.

PESQUISA E DESENVOLVIMENTO
A despesa nacional nesse atinge os 190 bilhões de francos (38 bilhões de dólares), ou seja 25% do PNB. Ela é financiada em 51% pelo setor público, que garante o funcionamento (em particular, administra prédios, salários do pessoal e equipamentos dos laboratórios) dos grandes centros nacionais de pesquisa (CNRS - todas as disciplinas -, INSERM - medicina -, INRA - agronomia-, etc.). A pesquisa financiada pelas empresas concentra-se em setores de alta densidade tecnológica tais como a eletrônica, a química, a farmácia e a construção automobilística.
A França ocupa o 4º lugar entre os países da OCDE no campo da pesquisa, depois do Japão, da Alemanha e dos Estados Unidos.

TRANSPORTES

Rede rodoviária
A mais densa do mundo e a mais longa da União Européia com 964.350 km (vias municipais, estradas departamentais, natcionais e auto-estradas), dos quais 7.396 km de auto-estradas (2º lugar na Europa).

Rede ferroviária
31.940 km de vias (1º de janeiro de 1996). A França detém o recorde de velocidade (515 km/h como o TGV (trem de grande velocidade), que circula numa rede especial de 1.268 km. Tráfego anual: 55,5 bilhões de viajantes/km (1º lugar europeu excetuando a CEI).

Transportes aéreos
98,7 milhões de passageiros por ano e 1,4 bilhão de toneladas de frete por ano. 904 aeronaves (aviões e helicópteros) voam com bandeira francesa.
Aeroportos de Paris: 558.000 movimentos anuais (1995). 55,1 milhões de passageiros (7º lugar mundial) e 1,2 milhão de toneladas de frete e postagem (1995).

Frota de comércio
208 navios com a capacidade total de 4,3 milhões de tonéis, transportam anualmente 91,5 milhões de toneladas de mercadorias. A frota francesa ocupa o 25º lugar mundial em tonelagem com a sua frota. Marselha, primeiro porto francês e mediterrâneo, encontra-se no 3º lugar europeu.

SETOR TERCIÁRIO

Setor financeiro
Com 2.400 bilhões de francos (480 bilhões de dólares), a capitalização em das ações inscritas na bolsa de Paris representa 31,5% do PIB francês, o que coloca Paris no 5º lugar mundial.
4 bancos franceses estão entre os 25 maiores na classificação mundial: Crédit Agricole (8º), Compagnie Financière Paribas (20º), Groupe Caisses d'Epargne (21º) e Banque Nationale de Paris (22º).

Seguros
O setor francês de seguros consolida seu 5º lugar mundial. Os seguros pessoais (vida e saúde) continuam em crescente desenvolvimento (447 bilhões de francos , ou 89,4 bilhões de dólares). Os seguros contra danos (bens e responsabilidade) retomam impulso (cotizações de 218,5 bilhões de dólares). O setor de seguros emprega 197.200 pessoas na França.

Turismo
60,5 milhões de turistas estrangeiros passam pela França todos os anos. Essa atividade gera 900.000 postos de trabalho. A França dispõe de 1,3 milhão de quartos, contando todas as categorias hoteleiras. O superavit comercial nesse setor chegou a 57 bilhões em 1995 (11,4 bilhões de dólares).

COMÉRCIO EXTERIOR
A França ocupa o 2º lugar mundial na exportação de serviços e produtos agrícolas, no o 4º no setor de bens (principalmente de equipamento). O superavit comercial de 1995 chegou a 104,5 bilhões de francos (20,9 bilhões de dólares). As exportações francesas, que alcançaram um montante de 1.427 bilhões de francos (264,4 bilhões de dólares).
Esses números demonstram um forte crescimento do superavit do setor de bens de equipamento (+ de 58 bilhões de francos, ou 11,6 bilhões de dólares), um excedente agrícola de 20 bilhões de francos (6,2 bilhões de dólares), uma fatura energética em baixa e uma progressão de 19% das exportações de eletricidade.
A França realiza 64% de suas trocas com seus parceiros da União Européia. O superavit de suas trocas com a UE elevou-se a 27 bilhões de francos (5,4 bilhões de dólares) em 1995. A Alemanha, a Itália, o Reino Unido, a Bélgica e a Espanha, assim como os Estados Unidos, são os principais clientes da França.

2.000 ANOS DE HISTÓRIA
59 AC - 481: Conquista da Gália céltica por Roma. Civilização galo-romana.
481 - 987: Dinastias merovíngia e carolíngia. Grandes invasões vindas do leste. Hugo Capeto, eleito rei da França, funda a dinastia dos Capetos, que durará até 1328.
Séculos XI a XIII: Desenvolvimento da agricultura e do comércio. Surgimento das cidades.
Afirmação do poder real diante dos senhores feudais. Papel econômico e cultural das grandes ordens monásticas. Cruzadas.
Séculos XIX e XV: Epidemias (peste negra, 1347), fome e guerras civis. Rivalidades franco-inglesas: Guerra dos Cem anos, epopéia de Joana d'Arc (1425-1431). Alinaças territoriais e reconstituição do reino. Renovação agrícola, demográfica e comercial. Primeiras guerras da Itália e início do Renascimento francês.
Século XVI: Introdução da Reforma. Guerras de religião entre católicos e protestantes. Edito de nantes concedendo a liberdade de consciência e culto (1598).
1594-1715: Reinados de Henrique IV, Luis XIII e Luis XIV. Apogeu do poder real, hegemonia da França na Europa e difusão de sua cultura. Início do grande comércio marítimo.
Século XVIII: Reinados de Luis XV e Luis XVI. Crescimento econômico e demográfico. "Século das Luzes". Questionamento do absolutismo monarquista.
1789-1799: Revolução Francesa. Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (26 de agosto de 1789). Abolição da realeza (1792). Primeira República. Diretório. Consulado.
1799-1815: Ascensão de Napoleão Bonaparte, Primeiro Cônsul, depois Imperador dos Franceses
(1804). Instalação das instituições administrativas modernas, codificação das leis. Guerras européias, que conduzirão à abdicação do Imperador.
1815-1848: Restauração da monarquia constitucional (Luis XVIII, Carlos X). Revolução de 1830. Reinado de Luis-Felipe. Prosperidade econômica. Forte industrialização. Priemiras estradas-de-ferro. Primeiros estabelecimentos coloniais.
1848-1852: Revolução. IIª República. Primeiras leis sobre o trabalho, a imprensa e o ensino.
1852-1870: Golpe de Estado de Luis-Napoleão Bonaparte, sobrinho de Napoleão Iº. Segundo Império. Liberalização política (1860). Período de forte crescimento e expansão colonial.
1870-1875: Guerra franco-prussiana levando à perda da Alsácia e da Lorena e à queda de Napoleão III. Comuna de Paris (1871). IIIª República.
1875-1914: Apogeu do parlamentarismo. Reconhecimento da liberdade sindical. Separação da Igreja e do Estado (1905). Grandes invenções científicas e técnicas.
1914-1918: Primeira guerra mundial. Vitória dos Aliados. Restituição da Alsácia e da Lorena. Tratados de paz.
1919-1939: Reconstrução. Brilho das artes em Paris. Crise econômica. Frente Popular (1936), acordos sociais. Tensões na Europa.
1939-1945: Segunda guerra mundial. Derrota e ocupação. O general de Gaulle conduz a Resistência de Londres e da Argélia. Vitória dos Aliados (8 de maio de 1945).
1946-1957: IVª República. Reconstrução, impulso demográfico e conômico. Descolonização. Fundação das Comunidades Européias (Tratado de Roma, 1957).
1958-1968: Volta do general de Gaulle ao poder. Adoção por referendo (28 de setembro de 1958) da Constituição da Vª República. Entrada em vigor do Mercado Comum (1959). Assinatura dos Acordos de Evian encerrando a guerra da Argélia (18 de março de 1962). Revisão da Constituição instituindo a eleição do Presidente da República pelo sufrágio universal direto (referndo de 28 de outubro de 1962). Assinatura entre o general de Gaulle e o Chanceler Adenauer do Tratado do Eliseu (23 de janeiro de 1963) estabelecendo a reaproximação franco-alemã. Crescimento econômico. Distúrbios sociais (maio de 1968).
1969-1981: Presidência de Georges Pompidou (1969-1974). Desenvolvimento econômico.
Prosseguimento da construção européia (1ª tentativa de harmonização monetária com a criação da "serpente" em 10 de abril de 1972, e ampliação das Comunidades Européias à Dinamarca, à Irlanda e ao Reino-Unido em 1º de janeiro de 1973). Primeiro choque do petróleo (1973).
Presidência de Valéry Giscard d'Estaing (1974-1981). Etapas da construção européia (assinatura da 1ª Convenção de Lomé em 28 de fevereiro de 1975, instauração do Conselho Europeu em dezembro de de 1974, criação do Sistema Monetário Europeu - SME - em 1º de janeiro de 1979, adesão da Grécia em 1º de janeiro de 1981). Instauração do direito de voto aos 18 anos. Adoção da lei relativa à interrupção da gravidez defendida por Simone Veil (17 de janeiro de 1975). Segundo choque do petróleo (1979). Aumento da inflação e do desemprego.
1981-1995: Presidência de François Mitterrand (eleito em 1981, reeleito em 1988). Abolição da pena de morte (1981). Adoção das leis de descentralização (1982). Liberalização das estações de rádio e televisão (1982). Avanços na construção européia: adesão da Espanha e de Portugal em 1º de janeiro de 1986, entrada em vigor do Ato Único em 1º de julho de 1987 e ratificação por referendo (20 de setembro de 1992) do Tratado sobre a União Européia.
7 de maio de 1995: Eleição de Jacques Chirac à Presidência da República.

POLÍTICA EXTERNA DA FRANÇA
A política externa da França baseia-se em alguns princípios fundamentais: direito dos povos de disporem de si mesmos, respeito ao Estado de direito e cooperação entre as nações. O que explica essa preocupação da França de slavaguardar sua independência nacional trabalhando ao mesmo tempo pelo desenvolvimento de solidariedades regionhais e internacionais.
A partir de 1945, a construção européia foi o cerne da política externa francesa. Duas razões principais para isso: restaurar a paz e cosntruir um espaço econômico capaz de garantir a prosperidades aos povos europeus. Para isso, duas etapas foram determinantes: a instituição da Comunidade Européia do Carbono e do Aço - CECA - em abriol de 1951 e o Tratrado de Roma (março de 1957) instituindo a Comunidade econômica Européia - CEE - e a Comunidade Européia de Energia Atômica - EURATOM. A partir de então, o general de Gaulle, os Presidentes Pompidou, Giscard d'Estaing, Mitterrand e Chirac não cessarão de trabalhar para a concretização e o desenvolvimento desse base européia, para fazer dela uma potência econômica e um espaço econômico respeitável. No plano econômico, os esforços dos "Seis", depois dos "Doze" e atualmente dos quinze Estados-Membros conprovam isso: com um produto nacional bruto de 7.300 bilhões de dólares em 1994, a União Européia equipara-se agora ao conjunto norte-americano e ultrapassa a Ásia. O desafio atual consiste portanto, principalmente, em se dotar a Europa de uma verdadeira identidade política e de prepará-la, no plano institucional, para sua abertura aos inúmeros Estados que se candidataram à adesão.
A atividade diplomática francesa a nível europeu não se limita entretanto aos aspectos econômicos.
De fato, os anos da guerra fria, assim como o período instável que lhe sucederam, conferiram ao conjunto das nações democráticas, entre as quais a França, obrigações no plano da Defesa. Parte integrante do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), a França também é membro da União da Europa Ocidental (UEO), da Organização para a Cooperação e Segurança da Europa (OSCE) e do Corpo Europeu, dentro do qual a França possui aproximadamente 13.000 homens. Finalmente, uma das potências nucleares ao lado da Grã-Bretanha, dos Estados Unidos, da Rússia e da China, a França pretende colocar daqui para a frente sua força de disssuasão a serviço da defesa européia. Isso será efetuado em estreita colaboração com todos seus parceiros, ficando claro que a França comprometeu-se solenemente a assinar o tratado de interdição total dos testes nucleares em 1996.
A nível internacional, a política externa da França deve ser compreendida dentro do respeito que ela tem pelos princípios da Oraganização das Nações Unidas. Estes são, com efeito, uma espécie de réplica dos ideais em que se baseia a tradição republicana francesa. A França também não deixou, desde 1945, de defender essa organização, que constitui o único espaço internacional a conceder os mesmos direitos a todos os seus membros. Tendo seu papel nesse contexto corroborado pelo status de membro permanente do Conselho de Segurança, instância suprema da ONU, a França apoiou a Organização em três campos: o acesso à indepedência das antigas colônias do império francês entre 1956 e 1962, as inúmeras operações de manutenção da paz empreendidas pela ONU (Oriente-Próximo, África, Ásia, ex-Iugoslávia, Caribe, etc.), bem como o auxílio ao desenvolvimento.
A esse respeito, transite essa contribuição por canais bilaterias ou multilaterais, o montante do auxílio público ao desenvolvimento em 1995 gira em torno dos 45 bilhões de francos (9 bilhões de dólares), o que representa 0,56% de seu produto interno bruto (o objetivo da ONU é de 0,7%) e coloca portanto a França em primeiro lugar entre os países industrializados (G7) nesse campo.
No que se refere à mantuenção da paz, depois de colocar 100.000 homens à disposição das Nações Unidas na ex-Iugoslávia, a França contribui para a Força da OTAN (IFOR) com 8.500 homens.
Finalmente, duas outras dimensões completam o dispositivo francês em matéria de política estrangeira:

A Ação Humanitária
A atuação da França nesse campo vem-se manifestando há muitos anos por intermédio de organizações não-governamentais (ONG).
Desde 1988, o governo comporta um departamento ministerial especificamente encarregado da Ação Humanitária. Dedicando um espaço específico à ação humanitária em seu governo, a França demonstra sua vontade de perpetuar, no mais alto nível, valores dos quais foi a inspiradora.
Dotado de um Fundo de 99 milhões de francos (19,8 milhões de dólares) gerido pelo Ministério das Relações Exteriores - completado por créditos provenientes dos ministérios da Saúde, da Defesa, etc. -, esse dispositivo permite à França oferecer aos países ou povos necessitados seja um auxílio direto, seja um apoio às organizações não-governamentais ou às organizações internacionais que intervêm nos lugares onde são produzidas catástrofes humanitárias.
As prioridades nesse setor em 1995 foram para os seguintes setores: médico e farmácia (28%), sanitário e social (26%), nutrição (15%). As principais regiões destinatárias foram a ex-Iugoslávia (32%), a África (14%), o Caribe (12%), a Ásia (10%) e a América Latina.

A Cooperação Cultural, Científica e Técnica
Os estabelecimentos culturais e de educação franceses no exterior compreendem:
  • 133 centros e institutos culturais;
  • 300 liceus e escolas que seguem um programa francês responsáveis pela escolarização de 150.000 alunos;
  • 1.200 Alianças Francesas em mais de 140 países. Esses estabelecimentos asseguram o ensino do francês a 325.000 estudantes e organizam igualmente exposições, projeções de filmes, etc.
  • 160 missões de escavações arqueológicas em 40 países, distribuídos pelos cinco continentes.
Essas tarefas são mantidas graças à pressença de 28.000 professores franceses estabelecidos pelo mundo afora, 250.000 professores estrangeiros de francês, 1.200 adidos lingüísticos, 800 conselheiros ou adidos culturais.
Fora os países francófonos, 220 milhões de pessoas aprenderam o francês como língua estrangeira e o praticam regularmente. Na França, os estabelecimentos de ensino superior recebem 140.000 estudantes estrangeiros.

PRESENÇA FRANCESA NO MUNDO
Existem 1.700.000 franceses vivendo no exterior. Eles estão distribuídos geograficamente da seguinte maneira:
875.400 na Europa 52% 423.910 na América 25,2% 181.923 na África 10,8% 84.323 no Oriente Próximo e Médio 5% 75.309 na Oceania 4,5% 41.626 na Ásia 2,5%
A maior parte deles são residentes temporários (duração média de tempo no exterior: 4 anos).
Trata-se principalmente de profissionais de nível superior e técnicos de empresas francesas, agentes do Estado ou membros de organizações humanitárias.

Conclusão
No decorrer da realização deste trabalho, as intenções de tentar alcançar a sua perfeição, foram as melhores possíveis.
Através dele, pude compreender e entender a importância das Civilizações estudadas no desenvolvimento da história mundial.
Ao concluir a realização deste trabalho, foi imensa, a minha satisfação pelo conhecimento adquirido, tendo certeza que esse conhecimento não será utilizado em vão e que significará uma nova ótica para a cultura.

Referências Bibliográficas
* Encyclopaedia Britannica Conslutoria Editorial LTDA, enciclopédia barsa, R.J. - S.P. 1987, Vol 13.
* Enciclopédia Delta Universal, DELTA UNIVERSAL, R. J., editora Delta, Vol 13.
* DANTAS, José. HISTÓRIA GERAL, Dos povos primitivos a formação do capitalismo, S.P., Ed. Moderna, Vol 01.
* SILVIA, Francisco Alves e outros. HISTÓRIA GERAL, in Objetivo, Centro de Recursos Educacionais, pp117 - 136.
* Vicentino, Cláudio. HISTÓRIA INTEGRADA.
* Coleção OBJETIVO, História Antiga e Medieval - Livro 35.
* Enciclopédia MAEB.
* Para mais informações sobre a França, consultar na Internet:
http://www.france.diplomatie.fr
Fontes: Instituto Nacional de Estatística e Estudos Econômicos (INSEE) e organizações internacionais.
Direção da Imprensa, da Informação e da Comunicação, Ministério das Relações Exteriores, março de 1996.
http://img1.blogblog.com/img/icon18_wrench_allbkg.png


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