"Já nao tenho dedos pra contar de quantos barrancos despenquei, de quantas pedras me atiraram.. ou quantas atirei" Lulu Santos
A calada da noite,
É quando as lembranças mais doem.
A lembrança de um carinho, uma palavra, um afago,
A saudade de um abraço
Que nunca mais terá.
Aí vem a tristeza
De ter perdido o ser mais importante do mundo...
Um ser iluminado...
Que te deu a vida!
E junto vem a saudade
Do colinho, do consolo, do afeto.
De alguém que, por você,
A vida entregaria a Deus sem pensar.
Com tudo isso vem o remorso,
De não dizer coisas que precisavam ser ditas,
Na hora em que era possível se dizer.
De dizer: “-obrigada por tudo!”
Por um tempo que nunca,
Nunca mais vai voltar.
Então vem a lição de vida,
Coisas que a gente só percebe quando perde,
As broncas sem sentido,
As mágoas que pareciam exageradas,
Mas quando a gente cresce...
Aprende a reconhecer o peso dos gestos
E a dureza das palavras.
Palavras que magoam, que ferem,
Palavras suaves que doem mais do
Que as pronunciadas rispidamente.
O problema de se esperar que o tempo conserte tudo,
É que o tempo não volta atrás.
E deixa uma angústia...
Tantos “Eu te amo” poderiam ser ditos,
Quantos pedidos de perdão deveriam ser feitos,
E ficaram perdidos por aí... No tempo!
O tempo não foi feito para consertar nada,
As atitudes sim.
Fazer o que tiver de ser feito hoje,
E amanhã colher a sensação de dever cumprido.
É assim que funciona.
Ou então, conviver com o vazio, com o arrependimento.
Eu queria que você ainda estivesse aqui.
Eu queria que você pudesse ver que eu aprendi a lição.
Eu queria você aqui para um último abraço,
Uma última risada.
Uma última oportunidade de dizer: Eu te amo!
Eu queria apenas que você pudesse me ouvir
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