Levando em consideração que historicamente o ensino sempre
foi a mola mestra para o desenvolvimento da sociedade, primeiro pelos escribas
da antiguidade, mestres artesãos medievais, escolas e universidades católicas
na transição do feudalismo para o capitalismo, observamos a partir do século
XIX, a ilustre arte de ensinar e aprender, formando pessoas e desenvolvendo a
humanidade, por intermédio da ciência e tecnologia.
No que diz respeito à secular disputa entre o capitalismo e
o socialismo, observamos que o ensino se adequa conforme a ideologia vigente,
podendo trazer benefícios ou malefícios à sociedade.
Dentro de um sistema capitalista/liberal temos como premissas a liberdade e o esforço individual do cidadão em alcançar seus objetivos, pautado no empenho e meritocracia nos seus estudos para desenvolver sua capacidade intelectual e empreendedora. Porém, vejamos um pouco mais atrás no tempo e afirmo que a humanidade sempre foi dividida em dois grupos: os que mandam e os que obedecem, segundo Aristóteles. Não quero com esta afirmativa simplesmente dizer que os que obedecem não tenham capacidade ou direito(?) de melhorar sua condição intelectual e avançar, alçando vôos maiores, mas o que seria da sociedade se todos fizessem parte só um ou outro grupo?
Dentro de um sistema capitalista/liberal temos como premissas a liberdade e o esforço individual do cidadão em alcançar seus objetivos, pautado no empenho e meritocracia nos seus estudos para desenvolver sua capacidade intelectual e empreendedora. Porém, vejamos um pouco mais atrás no tempo e afirmo que a humanidade sempre foi dividida em dois grupos: os que mandam e os que obedecem, segundo Aristóteles. Não quero com esta afirmativa simplesmente dizer que os que obedecem não tenham capacidade ou direito(?) de melhorar sua condição intelectual e avançar, alçando vôos maiores, mas o que seria da sociedade se todos fizessem parte só um ou outro grupo?
No modelo socialista temos a utopia de reconstruir,
refundar, trabalhar para uma sociedade ideal e perfeita, por intermédio de
inclusões, nivelamentos sociais, derrubada do modelo anterior e implantação do
novo modelo, o socialista, pela mão invisível do Estado que planeja, promove e
executa.
Tem no seu projeto de ensino, a proposta de emancipação do
conhecimento, pautado na construção individual do aluno através da sua
realidade, o conhecimento necessário para sua evolução e desenvolvimento como
cidadão, isso, algo tão utópico e absurdo quanto a própria teoria marxista que
sustenta o projeto igualitário e inclusivo do socialismo.
Incluir significa criar um grupo mediante parâmetros pré-estabelecidos
por alguém, aqui temos a primeira atuação forte da mão estatal, que através de
seus parâmetros socialistas, descabidamente nivela para limitar a ascensão e
para mais facilmente dominar, já que dentro do seu discurso de promoção da
educação inclusiva, observa-se um tom romântico e humanista que é de muito
preocupante. Afinal, igualar crianças e jovens independentemente se há ou não
grandes diferenças entre eles é sinônimo de que todos avançarão para a mesma
direção ou que poderá haver uma estagnação intelectual de ambos? Não é difícil
de responder esta questão, basta usar a lógica.
Quero deixar claro, que o Estado, que prática o ensino
ideologizante, não quer ter cidadãos, mentes pensantes e inovadoras, mas
pessoas limitadas e aprisionadas nas garras do Estado, que as priva do
verdadeiro ensino, que forma e capacita e que de forma publicitária exibe meia
dúzia de modelos de ensino de sucesso como se em todo o território nacional
fosse assim, o que é uma grande mentira.
Até meados dos anos 80, prevaleceu no país o modelo de
ensino promovido pelo regime militar, baseado na pedagogia de Skinner, pedagogo
norte americano, que tinha como pressuposto que o treinamento, disciplina e a
meritocracia eram as melhores ferramentas para o ensino.
No entanto, os governos posteriores adotaram uma visão marxista de ensino, afirmando que o modelo Skinneriano não formava pessoas, mas apenas criava "massa de manobra" sem autonomia de pensar e criticar.
No entanto, os governos posteriores adotaram uma visão marxista de ensino, afirmando que o modelo Skinneriano não formava pessoas, mas apenas criava "massa de manobra" sem autonomia de pensar e criticar.
Pois bem, o modelo Paulo Freire, a principio criado para
jovens e adultos, hoje é aplicado abolindo certas ferramentas necessárias para
a boa formação, a avaliação dos estudantes acabou por ser um proforma de sala
de aula e os resultados todos nós sabemos nos índices apresentados
periodicamente.
Muito curioso é vermos o ensino nacional em queda livre,
criando uma massa de aculturados com certificados na mão e sem capacidade
intelectual para exercer seu papel na sociedade, se limitando a formar o
exército de reserva(desempregados) ou a pleitear trabalhos de baixo nível, sem
contar a dependência de projetos sociais.
O ensino básico dividido é duas fases: Educação Infantil e
Fundamental.
A educação infantil, antiga pré-escola, se tornou uma espécie de escolinhas privadas/creches mantidas pelo Estado com a finalidade de dar condições dos pais poderem trabalhar.
O ensino fundamental, antigo ginasial, se tornou outro modelo de creche, onde alunos desestimulados pela metodologia, falta de meritocracia e tutelados pelo ECA, fazem da escola um refúgio sem o menor interesse aos estudos. Citei o ECA, não obstante ser a ferramenta que o Estado usa para desvirtuar os valores familiares e porque não escolares no que tange a autoridade e a disciplina que ambos tentam exigir e o ECA neutraliza, blindando menores contra as ações que irão valorá-lo no futuro.
A educação infantil, antiga pré-escola, se tornou uma espécie de escolinhas privadas/creches mantidas pelo Estado com a finalidade de dar condições dos pais poderem trabalhar.
O ensino fundamental, antigo ginasial, se tornou outro modelo de creche, onde alunos desestimulados pela metodologia, falta de meritocracia e tutelados pelo ECA, fazem da escola um refúgio sem o menor interesse aos estudos. Citei o ECA, não obstante ser a ferramenta que o Estado usa para desvirtuar os valores familiares e porque não escolares no que tange a autoridade e a disciplina que ambos tentam exigir e o ECA neutraliza, blindando menores contra as ações que irão valorá-lo no futuro.
O Ensino Profissionalizante ou Médio, antigo
cientifico/segundo grau, repete a realidade do ensino fundamental, com um
diferencial, que de alguma forma tenta sem sucesso preparar/corrigir em parte o
desastre do ensino fundamental em algumas disciplinas e tendo como fator de
estímulo aos estudantes a entrada para a universidade. Sem sucesso. O grande
caos educacional se encontra no policiamento da classe dos pedagogos que
retiraram do professor sua autonomia e autoridade em sala de aula, acrescendo
de tarefas burocráticas que não corroboram para o docente. Sem contar que
pedagogos. Formados para atuar na alfabetização e na burocracia escolar, atuam
sem preparo em salas de aula do ensino fundamental e médio.
Tirante esses fatos e exemplos da realidade do ensino básico que fundamenta e prepara o jovem para a universidade, é unânime dentro da docência a incapacidade metodológica aplicada e os parâmetros de função da pedagogia não corroboram para um ensino de qualidade.
As faculdades e universidades nos últimos 20 anos vêm progressivamente recebendo jovens mal preparados e orientados para a vida acadêmica, onde o simples exercício de leitura, escrita e interpretação, literalmente não é possível ser ministrado, afinal tanto foi desconstruído o ensino através destas ferramentas básicas, que ao chegarem ao ensino superior simplesmente não sabem ou conseguem pratica-la.
Tirante esses fatos e exemplos da realidade do ensino básico que fundamenta e prepara o jovem para a universidade, é unânime dentro da docência a incapacidade metodológica aplicada e os parâmetros de função da pedagogia não corroboram para um ensino de qualidade.
As faculdades e universidades nos últimos 20 anos vêm progressivamente recebendo jovens mal preparados e orientados para a vida acadêmica, onde o simples exercício de leitura, escrita e interpretação, literalmente não é possível ser ministrado, afinal tanto foi desconstruído o ensino através destas ferramentas básicas, que ao chegarem ao ensino superior simplesmente não sabem ou conseguem pratica-la.
A pedagogia construtivista aplicada no ensino fundamental e
médio, literalmente, atrofia a capacidade de aprender, através do seu mundo
lúdico de ensinar e crer que o aluno, seja criança ou jovem, tem a capacidade
de construir seu conhecimento. Nada disso. A única construção do construtivismo
freiriano são jovens irresponsáveis, desestimulados e utópicos que acham que
tudo ou quase tudo acontece sem esforço e dedicação.
A proliferação de escolas e faculdades públicas/privadas no
período dos governos social democrata e socialista(PSDB/PT) foram importantes
no que tange á visão de concorrência e oportunidades, mas quando observamos o
MEC ditando as regras através do PCN e PNE para os três níveis de ensino
incluindo o EAD, podemos ter de forma velada a chamada ditadura do ensino
através do discurso de inclusão, onde rede pública e privada do ensino básico
usam os mesmos livros didáticos, metodologia e policiamento pedagógico aos
docentes, ou seja, o Estado promove o modelo de ensino que acredita ser ideal,
não mais tendo a opção privada, pois este ou segue o modelo estatal ou pode
perder o seu registro de funcionamento.
Com relação ao modelo EAD de ensino, observamos ser o formato que contempla apenas tão somente aos jovens que acreditam que apenas um diploma mudará sua vida.
É de longa data e de ciência de boa parte dos docentes e acadêmicos, que a pesquisa e a inovação tecnológica no ensino estão literalmente sucateadas e os poucos centros, que ainda produzem algum produto inovador nos ambientes acadêmicos, são apenas para serem usados na propaganda do Estado, onde não há um ensino de qualidade desde a base, nenhuma universidade entre as melhores do mundo, nenhum trabalho cientifico relevante divulgado e a maior prova do descaso e da falência do ensino nacional são os brasileiros atuando em academias estrangeiras, desenvolvendo o que poderiam fazer aqui, mas sem incentivo, acabam por se mudar para outros países e deixando projetos relevantes vinculados a universidades estrangeiras.
O problema: ensino nacional, se resolve facilmente: desvinculando o ECA do ensino, mudando a metodologia(construtivismo) por uma que realmente ensine e produza bons estudantes e futuros cidadãos, acabando com a ditadura do MEC ideologizador sobre as instituições de ensino, tratar os estudantes com o respeito que precisam para se desenvolverem como cidadãos, acabando com essa inclusão que não inclui ninguém, mas cria uma massa de jovens "imbecilizados" e nivelados por baixo.
Com relação ao modelo EAD de ensino, observamos ser o formato que contempla apenas tão somente aos jovens que acreditam que apenas um diploma mudará sua vida.
É de longa data e de ciência de boa parte dos docentes e acadêmicos, que a pesquisa e a inovação tecnológica no ensino estão literalmente sucateadas e os poucos centros, que ainda produzem algum produto inovador nos ambientes acadêmicos, são apenas para serem usados na propaganda do Estado, onde não há um ensino de qualidade desde a base, nenhuma universidade entre as melhores do mundo, nenhum trabalho cientifico relevante divulgado e a maior prova do descaso e da falência do ensino nacional são os brasileiros atuando em academias estrangeiras, desenvolvendo o que poderiam fazer aqui, mas sem incentivo, acabam por se mudar para outros países e deixando projetos relevantes vinculados a universidades estrangeiras.
O problema: ensino nacional, se resolve facilmente: desvinculando o ECA do ensino, mudando a metodologia(construtivismo) por uma que realmente ensine e produza bons estudantes e futuros cidadãos, acabando com a ditadura do MEC ideologizador sobre as instituições de ensino, tratar os estudantes com o respeito que precisam para se desenvolverem como cidadãos, acabando com essa inclusão que não inclui ninguém, mas cria uma massa de jovens "imbecilizados" e nivelados por baixo.
Estruturalmente o ensino está literalmente sucateado e na
prática os ditames de Gramsci se fazem cada dia mais presentes e atuantes para
o cenário revolucionário que vive o país.
As observações acima citadas estão balizadas no texto
constitucional:
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
IX - educação, cultura, ensino e desporto.
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
IX - educação, cultura, ensino e desporto.
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e
da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade,
visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da
cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Nesse artigo e inciso, podemos observar que existe
claramente uma diferença entre educação e ensino. No caso da educação, ela é
dever da família, ficando o Estado como um salva guarda em casos
extraordinários onde a família não tem a capacidade para tanto, pois o Estado
não tem a primazia de substituir a família.
O ensino é dever do Estado no que tange a organização e as
diretrizes, porém é salvo guardado na constituição que o Estado proteja a
pluralidade do ensino e do pensamento, algo que há muito tempo é descumprido,
como podemos observar nos livros didáticos da FNLD distribuídos para as redes
de ensino, onde a doutrinação e a falta de conteúdo necessário ao ensino é
gritantemente visível.
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes
princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino.
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino.
Art. 207. As universidades gozam de autonomia didático-científica...
Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado...
Pautado nos três artigos, deixo as seguintes considerações:
A confusão epistemológica criada propositadamente pelo Estado entre os termos educação e ensino é explicita, no momento em que o legislador constituinte originário esclarece as diferenças entre as denominações e suas funções legais, não obstante o ensino ser um direito do cidadão a sua permanência no estabelecimento escolar é uma opção dentro da liberdade que o cidadão tem por força constitucional.
A confusão epistemológica criada propositadamente pelo Estado entre os termos educação e ensino é explicita, no momento em que o legislador constituinte originário esclarece as diferenças entre as denominações e suas funções legais, não obstante o ensino ser um direito do cidadão a sua permanência no estabelecimento escolar é uma opção dentro da liberdade que o cidadão tem por força constitucional.
O inciso I expõe, "Igualdade de condições para o
acesso...", esta afirmação do texto constitucional deixa claro que
qualquer tipo de cota ou privilégio ao acesso ao ensino está fora do contexto
legal.
O inciso II, "pluralismo de ideias e de concepções
pedagógicas"... Esta afirmação tem no seu teor o bom senso democrático e o
respeito às liberdades de um estado democrático de direito, no entanto na
práxis o que observamos nos últimos dez anos é a implementação de um sistema de
ensino engessado em uma cartilha pedagógica única (construtivismo) e um alinhamento
ideológico explicito, observado nos teores e informações dos livros didáticos
das redes públicas e privada.
O art. 207. "As universidades gozam de autonomia
didático-científica"...se analisarmos a realidade universitária
encontraremos uma tomada da politica ideológica e confirmando a constatação do
padrão marxista/gramiscista, inclusive no ensino superior, onde incluiria uma
politização exacerbada do ambiente acadêmico através dos DCE's, explicitando a
atuação partidária no ambiente onde a ciência e o conhecimento deveriam
imperar, que o diga os alunos da USP, UNICAMP, UFF, USFC...
O art. 208. "O dever do Estado com a educação será
efetivado"...novamente observamos a tentativa do Estado em ser o
mantenedor e promotor da educação(?) mantendo a interpretação errônea do termo
educação. Este dever estatal se limita quando houver ausência da atuação
familiar, mas se o termo educação se refere ao ensino, esta atuação é na
efetivação estrutural e organizacional, respeitando as liberdades dos cidadãos
e das instituições de optar, gerir e praticar as metodologias/didáticas que
acharem mais eficazes para o ensino de seus discentes.
Concluo, acreditando que as observações e exemplos reais
citados e comentados possam contribuir para a reflexão e elaboração do PNE que
irá direcionar os rumos do ensino nacional nos próximos dez anos.
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