segunda-feira, 6 de outubro de 2014

EDUCAÇÃO E DOCÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR

As relações interpessoais entre professor/aluno no cotidiano, em sala de aula, nem sempre são as ideais. Há variados fatores que influencia este relacionamento, pois, cada um é um ser distinto e único,  com costumes e culturas diferenciadas nas questões morais e disciplinares.
Assim para que esta relação seja efetiva, deve existir uma interação entre professor- alunos e a instituição de ensino. Além disso, esta relação tem que ser pautada no respeito mútuo, na vontade de ensinar e de aprender, na participação de todos, com autonomia e responsabilidade.
Observado através do comportamento dos acadêmicos o professor posiciona sua "estratégia" metodológica para que este relacionamento seja o mais favorável para ambos.
O ambiente acadêmico deve favorecer a ocorrência da interação social dos alunos e o professor no ato de mediar e  construir conhecimentos. A qualidade da relação professor-aluno não depende do contexto didático, técnico-pedagógico ou ainda, da instituição educacional.
Segundo citação de Abreu e Masetto (1997, p.113), também reforçada por Roncaglio (2004, p. 1): "o professor e o aluno interagindo forma o cerne do processo educativo, sabendo que essa prática é eficaz para que o aluno desenvolva um comunicativo-facilitador de aprendizagem".
Sendo assim e por achar que as relações interpessoais são relevantes para o ensino e para a aprendizagem que se definiu como objetivo central deste estudo identificar a relação professor/aluno no ensino superior.
Evidencia-se que as novas tecnologias são excelentes ferramentas para aprendizagem, mas não pode substituir o docente, mesmo possibilitando fácil acesso as informações. O docente deve estar preparado para sanar dúvidas e dar sustentáculo para os alunos, intelectualmente e psicologicamente.
Para que o objetivo seja atingido, fez-se necessária a metodologia de pesquisa bibliográfica fundamentada em autores consagrados relacionados ao tema.

O COTIDIANO NA UNIVERSIDADE
A Universidade como qualquer outra instituição, deve deixar clara e evidenciada sua função social, pois assim não haverá tantos enganos e desencontros que a afastem de seus intuitos e objetivos.
Sendo assim tomar-se-á como base o que tem atravancado, nos dias atuais, esta variação, ou seja: a relação entre professor/aluno; o ensino/aprendizagem; e o respeito/indisciplina.
O professor que é comprometido com ato de ensinar deve planejar estudar e até experimentar suas aulas para, de antemão, garantir o mínimo de sucesso. Segundo Mascellani (1980, p.128 apud MENDONÇA et al., 2014, p. 8),
O educador que não se organiza de modo satisfatório para questionar as condições dentro das quais vive [...] não conseguirá sequer ter comportamentos autênticos diante daqueles que deve educar, ou, pelo menos, diante dos alunos que estão colocados diante de si, destinatários de sua ação educativa.
O professor não é o que transmite conteúdo e sim o que é questionado e questionado, interagindo e refletindo junto com os acadêmicos. Assim como Paulo Freire (1993, p.43)  insiste "na reflexão crítica sobre a prática", onde a reflexão é voltada para a prática pedagógica. Como seria o conviver e aprender na escola? Seria de um modo condicionado?
É preciso que as aulas sejam significativas para que a relação ensino aprendizagem ocorra efetivamente e se concretize. Neste sentido, Freire (1996, p.16) indica que:
Ensinar exige respeito aos saberes dos educados. Por isso mesmo pensar certo para o autor, coloca ao professor ou, mais amplamente, a escola, o dever de não só respeitar os saberes com que os educados, sobretudo os das classes populares, chegam a ela saberes socialmente construídos na prática comunitária.
Sabe-se que a sala de aula não pode ser exclusivamente um lugar de transmissão teórica, mas inclusive de conquista de valores e de comportamentos sociais, para que as relações estabelecidas entre professores e universitários tornem-se  decisivo no processo pedagógico, de acordo, inclusive com os ideais de Freire (1996).                        
A inteiração professor- universitário pode tanto ser positiva como negativa, pois professor- universitário formam um par complementar complexo e dinâmico. è preciso investir tanto no universitário quanto no professor para que cada um não se transforme em um problema, onde sempre o maior prejudicado será sempre o universitário.
Aluno em interação com próprios colegas e com professores requer ambiente agradável e fecunda gestão democrática, supondo acordo, negociação e administração de conflitos, aprender com o outro numa perspectiva de cooperação e colaboração, sem dependência encaminhada para autonomia intelectual, desenvolvendo pensamento reflexivo.
Que a função do professor de ensinar e de aprender, não seja somente aulas expositivas, não podendo deixar distanciamento nas relações interpessoais, medir a aprendizagem e ao mesmo tempo estar interagindo com o outro. É importante a interação entre sujeito, objeto e a interatividade como processo sócio individual de aprendizagem. (VIGOTSKY e COLE, 1998).
 O professor universitário também deve promover a interação com os outros seus alunos para facilitar a construção do conhecimento do graduando.
Lucena (2003) apresenta uma sugestão no processo interativo: oferecer desafios variados aos alunos, propor questionamentos e atividades desafiadoras, trabalhar em grupo, levando em consideração a zona de desenvolvimento proximal.
Sendo assim e por achar que a relação interpessoal é relevante para o ensino/aprendizagem especificamente a relação professor/aluno e aluno/aluno é que a educação deve pautar seu ensinamento dentro de uma política humanitária e igualitária potencializando um dos pilares da educação aprender a conviver. (GADOTTI, 1992).
É fato que cada profissional deve conhecer seus alunos e ter uma relação de amizade e também de autoridade, porém o diálogo sempre será o mais sensato a se fazer continuadamente. Portanto a harmonia, o bom senso, a amizade e a cumplicidade será de longe um bom princípio para a relação professor/aluno universitário e vice-versa, tendo em vista o bom relacionamento entre ambos. Neste sentido Gadotti (1992, p.2), nos ensina que,
Para por em prática o diálogo, o educador não pode colocar-se na posição ingênua de quem se pretende detentor de todo o saber; deve, antes, colocar-se na posição humilde de quem sabe que não sabe tudo, reconhecendo que o analfabeto não é um homem "perdido", fora da realidade, mas alguém que tem toda a experiência de vida e por isso também é portador de um saber.
Para ampliar o conceito de ensinagem, Anastasiou (1998) faz uma diferenciação entre o conceito de ‘aprender' e ‘apreender'. Para a autora ‘aprender' significa "tomar conhecimento, reter na memória mediante estudo, receber a informação" (ANASTASIOU, 1998, p.14) e ‘apreender' significa "segurar, prender, pegar, assimilar, entender, compreender e agarrar".(ANASTASIOU, 1998, p.14).

FORMAÇÃO DE PROFESSORES E A RELAÇÃO COM ALUNOS
Segundo Louro (1997) e Bolzan (2002), durante muitos anos acreditou-se que instituição possuía o poder em relação aos conhecimentos, tornando-o o único caminho possível para a aprendizagem e desenvolvimento do indivíduo. Além disso, proporcionava aos seus frequentadores um destaque social inegável e um reconhecimento que legitimava suas práticas. Esta se baseava na transmissão de conteúdo intelectual formal, por meio do uso de práticas docentes mecânicas que repetiam o que os livros diziam, não permitindo a participação e envolvimento de seus alunos por considerar o sujeito desprovido de qualquer tipo de conhecimento que pudesse ser valorizado.
Porém com o passar do tempo, segundo Louro (1997), vários estudos começaram a ser realizados, abrindo espaços dentro das instituições para práticas que valorizam o aluno e exige dos professores a tomada de consciência sobre o processo de ensinar e aprender, oferecendo a toda comunidade escolar e a sociedade, uma formação mais crítica.
Para o mesmo autor, nesse sentido, assumindo-se professor reflexivo, ele conquista autonomia no seu fazer, pois ele fica sujeito a imposições fora de sua aula, passando a agir de forma consciente e de acordo com a realidade na qual está inserido. (LOURO, 1997).
Assim, levando essas concepções para as instituições de Ensino superior que é o foco de estudo, vemos a reflexão como fator de fundamental importância na atuação da prática universitária.
De acordo com a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), o magistério na educação superior deve ser exercido prioritariamente, por pessoas com titulo de mestre ou doutor.(BRASIL, 1996). No entanto, os cursos de pós-graduação Stricto Sensu usualmente oferecem mais disciplinas que visam à formação do pesquisador, com numero mais limitado de matérias voltadas para a docência. E isso acontece a despeito de o Plano Nacional de Pós Graduação (PNPG) incluir, entre os objetivos da pós-graduação a capacitação de docentes para as instituições de educação superior (BRASIL, 2011-2020).
Assim, a formação dos professores universitários  é uma preocupação atual e real, já que estes têm apresentado em seus resultados, mediante os formandos e em suas práticas acadêmicas, despreparo para formar profissionais, o que interfere diretamente na qualidade da Educação.
Uma das maiores dificuldades no ensino superior é que muitos professores universitários nunca tiveram práticas docentes em instituições além da própria universidade, segundo Behrens (2002 apud NEUENFELDT, 2014).
Portanto uma aula bem pensada, bem realizada com certeza chamará a atenção dos alunos, pois será ele mesmo o agente de sua aprendizagem, assim esta relação deverá estar pautada na confiança e respeito mútuo, onde a cumplicidade será um elemento a mais para garantir o ensino/aprendizagem.

ASPECTOS COGNOSCITIVOS DA INTERAÇÃO
O professor deverá estar inteirado das teorias para que sua prática seja efetivada com sucesso, pois se assim não for o mesmo não conseguirá atingir sua meta, planejar é importante e necessário. (NEUENFELDT, 2014).
O aluno não aprende por partes e depois vai adicionando umas sobre as outras, a aprendizagem ocorre quando o aluno é instigado a pensar sobre a problemática refletindo sobre suas conclusões validando ou não suas respostas. Neste sentido, Libâneo (1994, p.250) afirma que, 
O professor não apenas transmite uma informação ou faz perguntas, mas também ouve os alunos. Deve dar-lhes atenção e cuidar para que aprendam a expressar-se, a expor opiniões e dar respostas. O trabalho docente nunca é unidirecional. As respostas e as opiniões dos alunos mostram como eles estão reagindo à atuação do professor, às dificuldades que encontram na assimilação dos conhecimentos. Servem também para diagnosticar as causas que dão origem a essas dificuldades.
Assim é importante ressaltar que a interação entre aluno/aluno, aluno/professor é de suma importância, pois é através da troca com o outro que ocorre efetivamente aprendizagem. Sendo assim o aluno universitário irá progredir em sua aprendizagem a partir do estudo em grupo, trocando, testando, errando e acertando.A troca de informações e de ideias faz parte da aprendizagem, pois há alunos que conseguem aprender melhor com uma conversa informal com os amigos do que em sala de aula com o auxilio do professor.
Mesmo não sendo este momento o mesmo para todos, o que realmente importa é que ele ocorra, em todos os segmentos da vida e não somente na escola, de acordo com os ideais de Freire (1996, p.95), que confirma: "[...] o fundamental é que professor e alunos saibam que a postura deles é dialógica, aberta, curiosa, indagadora e não apassivada, enquanto falam ou enquanto ouvem".
Afinal o diálogo é uma ferramenta da humanidade para se chegar a um denominador comum, é com esta arma que podemos criticar e ser criticado, aprender e ensinar.
Os aspectos sócios emocionais se referem aos vínculos afetivos existentes entre professor e alunos, como também a forma de se portar e estar em sala de aula, pois a disciplina não deve ser imposta, mas conquistada. Elias (1996, p.99), confirma: "[...] é por intermédio das modificações comportamentais da área afetiva que a escola pode contribuir para a fixação dos valores e dos ideais que a justificam como instituição social".
As relações afetivas devem ser cultivadas para o bom andamento da escola e para o relacionamento entre as pessoas, pois valores são passados através desta boa convivência. Cabe ao professor fazer a ponte para as relações, tendo em visto o benefício que trará para a aprendizagem, porém as especificidades de cada um, bem como, cultura, regionalismo, deve ser respeitada.
Conviver bem não é tão fácil assim, contudo se tivermos o bom senso, a vontade política e a tolerância, poderão coexistir.
Enfim viver bem é um exercício social, quando se tem amigos é mais fácil passar por certas situações diferentemente daqueles que ficam sozinhos em seu mundo levando-o a uma depressão e isolamento.
Assim o professor deve manter sua autoridade, de forma que a autoridade não deve ser confundida com repressão ou qualquer posição que leve a denegrir a imagem tanto do professor como a do aluno.
Vale lembrar, a tecnologia deve deixar espaço para o universitário construir seu próprio conhecimento, sem se preocupar em repassar conceitos prontos, o que frequentemente ocorre na prática tradicional sendo que a mesma auxilia o aluno na construção de seu próprio conhecimento.
As tecnologias de comunicação (TICs) não mudam necessariamente a relação pedagógica, elas apenas enriquecem as aulas. É inegável que as tecnologias abrem portas para a informação de forma mais acelerada e permitem uma nova tendência frente ao Ensino Superior. Possibilita que alunos exponham ideias além das "paredes" das salas de aula, pesquisem conteúdos juntamente com outros acadêmicos de outras localidades e o mesmo ocorre com professores junto à pesquisa e compartilhamento de informações.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao terminarmos este estudo pudemos perceber o quanto é importante e favorável a interação de afeto com o outro, pois assim inicia-se uma relação de cumplicidade e confiança.
Assim, com este estudo espera-se contribuir para que nós professores tenhamos que pensar e repensar nesta relação de amor e afetividade e qual relação que se mantêm com a mesma a partir do momento que fazemos parte do processo do ensino/aprendizagem universitário.
Podemos concluir que, criar condições favoráveis para os profissionais mediarem seus conhecimentos onde os alunos possam interagir debatendo, discutindo as situações vivenciadas no cotidiano escolar é o que se faz mister para o melhor relacionamento professor-aluno universitário, melhorando, inclusive a qualidade na educação.

REFERÊNCIAS
ABREU, M. C.; MASETTO, M. T. O Professor Universitário Em Aula: Prática E Princípios Teóricos. 11.ed. São Paulo: MG Ed. Associados, 1997.
ANASTASIOU, L. das G. Metodologia Do Ensino Superior. Curitiba: IBPEX, 1998.
BOLZAN, Dóris. Formação De Professores: Compartilhando E Reconstruindo Conhecimentos. Porto Alegre: Mediação, 2002.
BRASIL, Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Brasília: MEC, 1996 
BRASIL. Plano Nacional de Pós Graduação (PNPG), 2011-2020. Disponível em:. Acesso em Curriculomais.educacao.sp.gov.br: 10 jun. 2014.
ELIAS, Marisa Del Cioppo. Pedagogia Freinet - Teoria e Prática. São Paulo: Papirus, 1996.
FREIRE. P. Professora Sim, Tia Não: Cartas A Quem Ousa Ensinar. 2 ed. São Paulo: Olho d'água, 1993.
FREIRE. P.  Pedagogia Da Autonomia: Saberes Necessários À Prática Educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
GADOTTI, Moacir. Escola Cidadã: Uma Aula Sobre A Autonomia Da Escola. São Paulo, Cortez, 1992.
LIBÂNEO, José Carlos; Didática; São Paulo, Cortez, 1994
LOURO, Guacira Lopes. Gênero, Sexualidade E Educação: Uma Perspectiva Pós-Estruturalista. 7 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997.
LUCENA, B. O Design No E-Learning. [s.d.]. 2003. Disponível em: Curriculomais.educacao.sp.gov.br. .Acesso em: 10 jun. 2014
MASCELLANI, M. Quem Educa O Educador. In: Revista Educação e Sociedade, ano II, nº 7, set. 1980.
MENDONÇA et al. Orientação De Monografias Na Educação A Distância. 2014. Disponível em: Curriculomais.educacao.sp.gov.br. Acesso em: 10 jun. 2014
NEUENFELDT, Manuelli Cerolini. Formação De Professores Para O Ensino Superior: Reflexões Sobre A Docência Orientada. Disponível em:. Curriculomais.educacao.sp.gov.br Acesso em: 10 jun. 2014
RONCAGLIO, Sônia Maria. A Relação Professor-Aluno Na Educação Superior: A Influência Da Gestão Educacional. Psicol. cienc. prof.,  Brasília ,  v. 24, n. 2, 2004 .  
VIGOTSKY, L. S.; COLE, M. A Formação Social Da Mente: O Desenvolvimento Dos Processos Psicológicos Superiores. 6. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998


domingo, 5 de outubro de 2014

OS DESENHOS DA DISNEY SÃO BONS PARA AS CRIANÇAS?

A Disney, mundialmente conhecida do público infantil e adulto por produzir um mundo de fantasias representados nos seus personagens, é pouco questionada pelas mensagens por atrás das “fantasias”.

Partido do pressuposto de que os personagens infantis receberam novas roupagens para acompanhar o desenvolvimento dessas crianças, quer vão ser adolescentes e adultos, os produtos seguem a mesma faixa etária, Giroux (2001) aborda as representações construídas pelos filmes animados produzidos pela Disney, destacando o seu papel em moldar a infância.

Para Giroux (2001), os desenhos animados operam em vários setores da comunidade, sendo mais persuasivo o seu papel de produtor da cultura e de ideologia, tomando o lugar das instituições (escolas, igrejas, famílias) anteriormente responsáveis pela transmissão de valores. Os valores difundidos pela Disney e reproduzidos no mercado quando as crianças se tornam consumidores ativos, preocupa pelo poder das crianças de convencimentos dos adultos na aquisição de produtos. Mas, há outras preocupações. Que mensagens ocultas são reproduzidas nos desenhos?

Os estereotípicos implícitos nas imagens poder alguns trazer as ideologias dos seus criadores. Para exemplificar esta situação, utilizaremos o filme A Pequena Sereia. A história tem como personagem central uma típica garota americana chamada Ariel, rebelde, com corpo de modelo, subordinada ao homem “pai”, que conhece um humano e faz um acordo com a bruxa Ursula para ter um par de pernas e, em trocar, perde a sua bela voz. Em suma, percebemos que esta representação de mulher submissa é tradicionalmente explorada pela Disney. Trazendo como personagem central uma mulher de beleza perfeita que não discorda das ordens dos dominantes, o filme reforma o papel da mulher submissa, fato bastante recorrente nestas produções. Os criadores optam por não mostrar as conquistas das mulheres. A ausência de representação nas telas de mulheres que não precisam do homem como provendo, que são mães, trabalham, mostram sim o preconceito existente na sociedade patriarcal e no cinema produzido pela Disney para o público.

“Um tipo de gênero estereotipado (...) que tem um efeito adverso nas crianças, em contrate com o que os pais pensam. (...) Os pais pensam que eles são essencialmente inofensivos­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­ - e eles não são inofensivos” (Giroux, 2001, p. 98-99). Gostaria de destacar que o estúdio Disney não só utilizam o estereótipo de gênero, mas podemos encontrar também o racismo contra os negros, os preconceitos contra os nativos americanos e árabes. Percebe-se que os estereótipos são repetidos em diferentes graus e em diversas formas na linguagem, atitudes caricatas, dentre outras, em todos os filmes produzidos.

Sabemos que as crianças estão bastante expostas a formas de manipulação, mas que também são dotadas de grande capacidade como ser humano, e mais tarde saberão filtra essas informações e criar seu próprio mundo. Contudo, cabe também aos educadores e pais problematizarem os conteúdos dos filmes e exigirem histórias representativas da sociedade do século XXI sem esquecer que além do entretenimento, eles filmes animados podem ser exemplos de utopias.

REFERÊNCIA:
GIROUX, Henry. Os filmes da Disney são bons para seus filhos? In: STEINBERG, Shirley R; KINCHELOE, Joe L. In: ­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­_____ (Orgs.). Cultura infantil: a construção corporativa da infância. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001. (p. 87-108)


quarta-feira, 1 de outubro de 2014

MODELO DE PLANO DE CURSO - AULA E AVALIAÇÃO

  

PLANO DE CURSO : DISCIPLINA HISTÓRIA

1º BIMESTRE - AULAS PREVISTAS: 32
CONTEÚDO / TEMAS
HABILIDADE/COMPETÊNCIA
ESTRATÉGIAS
RECURSOS
AVALIAÇÃO

Imperialismo e Neocolonialismo século XIX


Primeira Guerra Mundial


Revolução Russa e stalinismo


República no Brasil
• Identificar, a partir de mapas, os principais movimentos históricos de ocupação territorial
• Reconhecer a importância do Imperialismo como componente essencial do processo
de construção das desigualdades socioeconômicas entre o conjunto das potências
capitalistas e o mundo dos países pobres
• Analisar as justificativas ideológicas apresentadas pelas grandes potências para interferir
nas várias regiões do planeta
• Identificar os significados históricos das relações de poder entre as nações e suas
decorrências nos conflitos armados

Aula expositiva dialogada e participativa, aproveitando sempre o conteúdo trazido pelo o aluno do seu cotidiano no enriquecimento da aula e deixando explícito o valor democrático e interativo da troca na construção do saber, como o respeito pelas variadas posições contrárias a nossa. Dentro disso: interpretação e produção de texto, textos reflexivos e discussões, serão constantes.
                                               Caderno do aluno, textos desenvolvidos pelo professor e livro didático objetivando os assuntos propostos e as intenções reflexivas necessárias ao tema. Os materiais serão modificados sempre que o professor observar a necessidade de melhoria no aprendizado ou esclarecimento e aprofundamento do tema. Dentro disso pode ser incluso vídeos, revistas, jornais, leitura dirigida, etc.

A avaliação será dinamizada em três etapas: 1° trabalho, exercício teórico ou prático. 2° participação, elaboração das atividades pedidas, assiduidade e interesse ou responsabilidade com seus estudos. 3° prova escrita ou assinalada dentro dos temas do bimestre.
Como principio avaliativo levarei também em consideração problemas singulares e plurais de aprendizado em cada sala.  Podendo haver, portanto, avaliações diferenciadas dentro de um mesmo grupo. Dessa forma a heterogeneidade no aprendizado não será um limitador na avaliação de todos e a modificação na dinâmica será contributiva nessa perspectiva avaliativa do singular ao plural.

2º BIMESTRE - AULAS PREVISTAS: 32
CONTEÚDO / TEMAS
HABILIDADE/COMPETÊNCIA
ESTRATÉGIAS
RECURSOS
AVALIAÇÃO

Nazifascismo



Crise de 1929



Segunda Guerra Mundial
.


O período Vargas


• Reconhecer o papel da propaganda de massa nas sociedades históricas
• Valorizar e respeitar as diferenças de variadas naturezas que caracterizam os indivíduos e os grupos sociais
• Reconhecer o respeito aos valores humanos e à diversidade sociocultural como fundamento da vida social
• Reconhecer a liberdade de práticas de religião e religiosidade dos indivíduos e grupos sociais como um direito básico da cidadania
• Reconhecer a importância dos documentos visuais para a construção do conhecimento
histórico

Aula expositiva dialogada e participativa, aproveitando sempre o conteúdo trazido pelo o aluno do seu cotidiano no enriquecimento da aula e deixando explícito o valor democrático e interativo da troca na construção do saber, como o respeito pelas variadas posições contrárias a nossa. Dentro disso: interpretação e produção de texto, textos reflexivos e discussões, serão constantes.
                                               Caderno do aluno, textos desenvolvidos pelo professor e livro didático objetivando os assuntos propostos e as intenções reflexivas necessárias ao tema. Os materiais serão modificados sempre que o professor observar a necessidade de melhoria no aprendizado ou esclarecimento e aprofundamento do tema. Dentro disso pode ser incluso vídeos, revistas, jornais, leitura dirigida, etc.

A avaliação será dinamizada em três etapas: 1° trabalho, exercício teórico ou prático. 2° participação, elaboração das atividades pedidas, assiduidade e interesse ou responsabilidade com seus estudos. 3° prova escrita ou assinalada dentro dos temas do bimestre.
Como principio avaliativo levarei também em consideração problemas singulares e plurais de aprendizado em cada sala.  Podendo haver, portanto, avaliações diferenciadas dentro de um mesmo grupo. Dessa forma a heterogeneidade no aprendizado não será um limitador na avaliação de todos e a modificação na dinâmica será contributiva nessa perspectiva avaliativa do singular ao plural.

3º BIMESTRE - AULAS PREVISTAS: 32
CONTEÚDO / TEMAS
HABILIDADE/COMPETÊNCIA
ESTRATÉGIAS
RECURSOS
AVALIAÇÃO
Os Nacionalismos na Ásia e na África.

Guerra Fria.

Contextualização para o Brasil.

Populismo e Ditadura Militar no Brasil.

• Reconhecer os principais movimentos nacionalistas na África e na Ásia envolvidos nas lutas pela independência
• Identificar os principais valores de defesa ao direito de autodeterminação dos povos
• Estabelecer relações entre a Segunda Guerra Mundial e o processo de descolonização da África e da Ásia
• Reconhecer as formas históricas das sociedades como resultado das relações de poder entre as nações
• Reconhecer, a partir de textos de natureza diversa, as principais características do período da Guerra Fria

Aula expositiva dialogada e participativa, aproveitando sempre o conteúdo trazido pelo o aluno do seu cotidiano no enriquecimento da aula e deixando explícito o valor democrático e interativo da troca na construção do saber, como o respeito pelas variadas posições contrárias a nossa. Dentro disso: interpretação e produção de texto, textos reflexivos e discussões, serão constantes.
                                               Caderno do aluno, textos desenvolvidos pelo professor e livro didático objetivando os assuntos propostos e as intenções reflexivas necessárias ao tema.
Os materiais serão modificados sempre que observar a necessidade de melhoria no aprendizado ou esclarecimento e aprofundamento do tema. Dentro disso pode ser incluso vídeos, revistas, jornais, leitura dirigida, etc.

A avaliação será dinamizada em três etapas: 1° trabalho, exercício teórico ou prático. 2° participação, elaboração das atividades pedidas, assiduidade e interesse com seus estudos. 3° prova objetivo-discursiva dentro dos temas do bimestre.
Como principio avaliativo levarei também em consideração problemas singulares de aprendizado em cada sala.  Podendo haver, portanto, avaliações diferenciadas dentro de um mesmo grupo. Dessa forma a heterogeneidade no aprendizado não será um limitador na avaliação de todos e a modificação na dinâmica será contributiva nessa perspectiva avaliativa do singular ao plural.

4º. BIMESTRE - AULAS PREVISTAS: 32
CONTEÚDO / TEMAS
HABILIDADE/COMPETÊNCIA
ESTRATÉGIAS
RECURSOS
AVALIAÇÃO

Redemocratização no Brasil.



Os EUA após a Segunda Guerra.



Movimentos culturais no século XX.

Fim da Guerra Fria e Nova Ordem Mundial.

• Identificar os principais movimentos de resistência aos governos militares, até a
deflagração da campanha das “Diretas Já”
• Estabelecer relações entre a supressão da censura à imprensa e o processo de
redemocratização do Brasil
• Reconhecer os principais movimentos rurais e urbanos de contestação aos sistemas políticos e econômicos ao longo da história
• Reconhecer que o processo histórico não decorre apenas da ação dos chamados grandes personagens
• Reconhecer a importância dos movimentos coletivos e de resistência para as conquistas sociais e a preservação dos direitos dos cidadãos ao longo da história

Aula expositiva dialogada e participativa, aproveitando sempre o conteúdo trazido pelo o aluno do seu cotidiano no enriquecimento da aula e deixando explícito o valor democrático e interativo da troca na construção do saber, como o respeito pelas variadas posições contrárias a nossa. Dentro disso: interpretação e produção de texto, textos reflexivos e discussões, serão constantes.
                                               Caderno do aluno, textos desenvolvidos pelo professor e livro didático objetivando os assuntos propostos e as intenções reflexivas necessárias ao tema. Os materiais serão modificados sempre que o professor observar a necessidade de melhoria no aprendizado ou esclarecimento e aprofundamento do tema. Dentro disso pode ser incluso vídeos, revistas, jornais, leitura dirigida, etc.

A avaliação será dinamizada em três etapas: 1° trabalho, exercício teórico ou prático. 2° participação, elaboração das atividades pedidas, assiduidade e responsabilidade com seus estudos. 3° prova objetivo-discursiva dentro dos temas do bimestre.
Contemplando as singularidades de aprendizado em cada sala, poderá haver, portanto, avaliações diferenciadas dentro de um mesmo grupo. Dessa forma a heterogeneidade no aprendizado não será um limitador na avaliação de todos e a modificação na dinâmica será contributiva nessa perspectiva avaliativa do singular ao plural.


SUGESTÃO PARA TRABALHO INTERDISCIPLINAR:
Interpretação de texto vinculando um tema às disciplinas de humanas aonde interesses específicos da cada disciplina podem ser trabalhadas de maneira singular e plural.
OBSERVAÇÃO:

BIBLIOGRAFIA:
§  Caderno do Aluno - Estado de São Paulo.
§  Textos Alternativos e Jornais.
§  Boulos, Alfredo. História, Sociedade e Cidadania. São Paulo. Ed. FTD

      ____________________________________                                                                                                                                                
                                Professor                                                                                                                         

PLANO DE AULA:
Recorte
Cód da disciplina
Aula nr 7
objetivos
A REPÚBLICA VELHA
CCJH0105
A República Velha
– consolidação
- Noções de direito civil e voto
- Indicar quais os fatores que levaram à Proclamação da República;
- Analisar as principais dificuldades enfrentadas nos primeiros anos da República, (a chamada "República da Espada") e a sua consolidação; - Entender o motivo pelo qual o Código Penal de 1890 foi posto em vigência, mesmo antes que se promulgasse a Constituição dos Estados Unidos do Brasil;
- Apontar quais as características organizacionais da República dos Estados Unidos do Brasil, segundo a Constituição de 1891.
Estrutura do Conteúdo Para esta aula você deverá ler o conteúdo do Capítulo 4 do Livro Didático, páginas 88 a 102,  complementando seus estudos com uma pesquisa na internet na qual deverá procurar investigar algumas características do Código Penal de 1890.
Serão abordados nesta nossa sétima aula os seguintes tópicos: - A República da Espada: do Governo Provisório ao governo do Marechal Floriano A República da Espada, ocorrida entre os anos de 1889 a 1894, foi por muitos considerado o primeiro período ditatorial ocorrido no Brasil. Durante este período, o Brasil foi governado pelos Marechais Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto. Os levantes populares e a repressão a focos de resistência à República, composto por simpatizantes do Imperador Dom Pedro II, foram reprimidos, consolidando a República proclamada em 1889. O período consagra a concepção de um regime republicano centralizador, o que delineava um quadro contrário à vontade das  oligarquias rurais e dos grandes cafeicultores paulistas, que pregavam a implantação de um regime republicano descentralizado. - O Código Penal de 1890 Com a abolição da escravidão em 1888, a proibição da prática de capoeirae do samba e o preconceito (Lei 10.639/03) em espaços públicos pelo Código Penal de 1890, elaborado às pressas, com pouca discussão e reflexão, foi criticado por sua por sua falta de técnica, tendo, por isso sofrido interferência de inúmeras leis modificativas, até sua efetiva derrocada, em 14 de dezembro de 1932 (embora só fossemos ter um novo Código em 1940).
- A primeira Constituição Republicana de 1891 Analisemos a Constituição de 1891 - inspirada na Constituição norte-americana de 1787 - e as consequências geradas pela mesma, a partir de seus principais traços, tais como:
adoção da forma republicana de governo (República Federativa, sob a denominação de República dos Estados Unidos do Brasil);
previsão da existência de três poderes independentes e harmônicos entre si (com supressão do Poder Moderador, típico traço do Império);
eleição para escolha do Presidente da República e dos membros do poder Legislativo por meio do sufrágio direto, universal masculino (mas com voto aberto, propiciador do voto de cabresto)  e proibição de voto aos analfabetos, menores de 21 anos, mulheres, monges regulares, praças das Forças Armadas e mendigos;
Igreja separada do estado, extinguindo-se o Padroado; amplíssima autonomia para os estados (federalismo forte);
a) Analisando algumas características da Constituição de 1891, tais como: Unidade Federativa, Sistema Presidencialista, divisão de poderes, separação entre Estado/Igreja Católica e casamento civil, é possível correlacionar estas posições assumidas pelo Estado brasileiro com o modelo de organização política adotado pelos Estados Unidos?
b) O regime do Padroado foi mantido pela Constituição de 1891? Justifique.
c) Que razões teriam levado o governo republicano a produzir o Código Penal  mesmo antes de organizar o Estado republicano por meio de uma constituição?

PARA FIXAÇÃO DE CONTEÚDO: Resolva as questões objetivas 1 e 2 do capítulo 4 de seu Livro Didático (ou tablet)

                AVALIAÇÃO MENSAL: HISTÓRIA                                                    professora: Gisele Finatti Baraglio

ALUNO : ________________________________ NÚMERO _________  turma ______________

AVALIAÇÃO MENSAL DE HISTÓRIA
QUESTÃO 1 (3,0)
Considerando o estudado até o momento quais as razões do crescimento dos Estados totalitários na Europa no início do século XX?






QUESTÃO 2 (2,0)
Durante o Governo de Getulio Vargas, surge no Brasil a AIB, que baseava sua proposta política:
I.                     No Nacional socialismo da Alemanha do pós-guerra
II.                    No regime totalitário do fascismo de Benito Mussolini;
III.                  Na Democracia Liberal, implantada por Theodor Roosevelt;
IV.                  No Neocolonialismo Asiático.

QUESTÃO 3 ( 5,0)
Com base no estudado sobre a primeira metade do século XX, analise o evento da imagem abaixo, quais seus desdobramentos para o cenário mundial: