segunda-feira, 13 de outubro de 2014

O PROFESSOR E AS NOVAS TECNOLOGIAS

Professor, o grande agente do processo educacional! Por mais que haja investimentos em equipamentos, bibliotecas, laboratórios, quadras esportivas - sem negar a importância dessas ferramentas-, tudo isso não passa de aspectos materiais se comparados à importância do professor.
 Jamais as mudanças aconteceram de forma tão  rápida, a tecnologia avançou de forma assustadora. Há quem acredite que o computador irá substituir o professor, que nesta era, em que temos acesso às informações  de muitas maneiras , o professor perderá sua importância. No entanto, sabemos que a máquina nunca substituirá o professor, pois, por mais evoluída que seja, essa nunca será capaz de transmitir afeto e de passar emoção, o que é essencial para uma educação adequada.  Isso é um privilégio humano.  
Educar é muito mais do que repassar informações ou mostrar caminhos a trilhar, que  o professor sabe ser o correto. É ajudar o educando a tomar consciência de  si mesmo, dos outros  e da  sociedade em  que vive, bem como de  seu papel  dentro dela. É saber aceitar-se como pessoa e, principalmente, aceitar o outro com seus defeitos e  qualidades. É, também, oferecer diversas ferramentas para que o indivíduo escolha  o seu próprio caminho, entre muitos. Determinar aquele que for compatível com seus valores, com  sua  visão de mundo e com as circunstâncias adversas que cada um irá enfrentar. O professor é, sem dúvida, a peça mestra nesse processo, devendo ser reconhecido como  elemento essencial e fundamental. Porém, não é o único responsável pelo sucesso ou insucesso do aluno. 
No processo educativo é necessário que algo mais permeie a relação aluno-professor: a afetividade, uma relação mais estreita entre o educando e o educador. A afetividade ocupa um papel de suma importância no processo ensino-aprendizagem, pois acredita-se que a interação  afetiva  auxilia  mais  na  compreensão e na   modificação das pessoas do que um raciocínio brilhante, repassado mecanicamente. Assim como o aluno precisa aprender a ser feliz e descobrir o prazer de aprender, nós educadores temos o dever de transmitir tal felicidade para que contagiemos os nossos educandos. Se a criança não é feliz em casa, a escola é o melhor lugar para mostrar a ela que a felicidade existe para quem acredita nela. Se ela não tem afeto e carinho, porque não mostrarmos à criança o quanto é bom um afeto?  
Podemos perceber que em muitas unidades escolares a preocupação com o conteúdo curricular não deixa espaço para o aprimoramento das relações, sendo o aluno visto como objeto de aprendizado, ou seja, um “lugar” onde as informações devem ser depositadas. Sem dúvida, o conteúdo curricular é imprescindível para uma boa formação, todavia, precisamos quebrar os paradigmas e pensar na criança e no jovem como um todo, um todo formado de emoções, sensações e amor. Por isso, é necessário que deixemos de passar apenas os conteúdos e passemos a pensar no ser humano e no seu bem-estar, psicológico, físico e cognitivo.
O magistério não é uma atividade fácil de desempenhar, pois, conforme exposto acima, educar é projetar muito do mestre, é deixar para os alunos herança valiosa, perpetuada nos valiosos exemplos. Nesse aspecto, o professor  torna-se responsável, em parte, pelas diretrizes da vida dos alunos, visto que a educação é o princípio, o meio e o fim do crescimento humano.
Sendo o educador um profissional que vai participar da formação do aluno desde sua primeira infância, ele deve ter equilíbrio emocional, de forma a não levar para a sala de aula seus problemas, ainda que esses sejam de ordem pessoal ou, os que a própria sociedade, injustamente, impõe-lhes, como é o caso dos baixos salários. 
Sabe-se que a dificuldade financeira é um obstáculo para a maior parte dos professores deste país, porém essa é uma questão que deve ser discutida fora da sala de aula. Essa categoria vem sendo tratada com desrespeito pela grande maioria dos administradores públicos do país. Entretanto, isso não pode ser desculpa para a acomodação, para a negligência ou para a impaciência, pois afinal o aluno merece todo nosso amor e consideração. 
Gabriel Chalita (2004), em seu livro Educação: a solução está no afeto, salienta que “não há destino; cada um constrói sua história, e da ação humana depende o resultado de cada empreendimento. Para isso, é preciso que o indivíduo se angustie para a tomada de decisão, e essa angústia será bem-vinda se for fruto de uma profunda reflexão.” 
Diante desses aspectos, parabenizo todos os colegas docentes pelo seu dia e convido-os a refletir sobre a necessidade de estarmos unidos para  a valorização do magistério é condição sine qua non para a melhoria  desse setor tão estratégico para  o desenvolvimento do país.

Nenhum comentário:

Postar um comentário