A síntese do texto que observamos é a clara intenção de Carlos Magno em conferir uma unidade interior, espiritual, a seu império e, portanto, educar intelectual, moral e religiosamente os povos bárbaros que o constituíam. Deste modo restauraria a civilização e a religião, a cultura clássica e o catolicismo e lhes daria incremento. Para tanto, adotou como meio natural eram as escolas, e o clero se apresentava como o mais apto e preparado docente, quer pelo seu caráter de mestre do povo, quer pela cultura de que era dotado. Na intenção de Carlos Magno, complexo devia ser o papel das escolas, que ele ia funda e desenvolve: formar, antes de tudo, mestres adequados para as escolas, isto é, um clero culto; educar, em seguida, a massa popular, seu escopo final; preparar uma classe dirigente em geral e, em especial, os funcionários do império. Havia nos mosteiros beneditinos escolas monásticas, surgidas da própria exigência de uma observância adequada da Regra de São Bento, Paulatinamente tal modelo espalhara-se também as escolas episcopais. As escolas monásticas dos mosteiros visavam, antes de tudo, a formação dos monges futuros (escolas internas), e, depois, a formação dos leigos cultos (escolas externas), proporcionando, ao mesmo tempo, o ensino religioso e os rudimentos das ciências profanas. O programa de ensino era, inicialmente, bastante elementar: leitura, aprender a escrever, canto orfeônico e um tanto de aritmética. Percebemos que Carlos Magno dá muito incremento a ambas as escolas – monásticas e episcopais e, ademais, fundará junto da corte imperial a assim chamada escola palatina, que pode ser considerada como a primeira universidade medieval. Menciona também como, com o correr do tempo, as escolas paroquiais, destinadas a ensinar ao povo os primeiros elementos do saber, vulgariza a escrita tornando mais fácil de ser compreendida e copiada.
Para elaborar o seu vasto plano de política escolar, chamou à corte Alcuíno, vindo da Inglaterra – que juntamente com a Irlanda - eram o viveiro da
cultura naquela época. E sob sua inspiração, foram emanados os decretos capitulares para a organização das escolas, enquanto o douto inglês ditava-lhes o programa relativo, que se espalhou pelo vasto império e perdurou, pode-se dizer, durante toda a Idade Média. Tal programa abraçava as sete artes liberais, repartidas no trívio e no quadrívio. O trívio das disciplinas formais: gramática, retórica, dialética, esta última desenvolvendo-se, mais tarde, na filosofia; o quadrívio abraçava as reais: aritmética, geometria, astronomia, música, e, mais tarde, a medicina. Sob a direção de Alcuíno, foi constituída junto da corte de Carlos Magno a escola palatina. Nela ensinaram os homens mais famosos da época, como, por exemplo, o historiador Paulo Diácono, o gramático Pedro de Pisa, o teólogo Paulino de Aquiléia. Freqüentavam estas escolas o próprio imperador, os príncipes e os jovens da nobreza. Outras escolas surgiram, em seguida, especialmente na França, modeladas na escola palatina.
Ao lado desta instrução e educação eclesiásticas, e embora o texto não faça referência também temos na Idade Média uma educação militar, ministrada por militares e a militares; a Igreja, bem cedo, imprimiu também a esta educação uma orientação ética, religiosa, católica. Como é sabido, o feudalismo é uma organização social, política, econômica, militar, inicialmente baseada na força, segundo o espírito dos bárbaros dominadores.
Há que se ponderar que, embora alguns renomados autores, pesquisados por estes dois que assinam o artigo, Maria Beatriz graduada em Biblioteconomia e Documentação pela Universidade Federal Fluminense e Alvaro Alfredo Professor Adjunto da Faculdade de Letras/UFRJ e do Programa de Pós-Graduação em História Comparada/ UFRJ. façam críticas ao modelo de desenvolvimento adotado por Carlos Magno, qualificando-o como copista e não criador, este foi de fato o embrião do desenvolvimento educacional e formação das universidades.
BRAGANÇA JÚNIOR, Á. A. ; SANTOS, M. B. D. Considerações Renascimento Carolíngio. Encontro Regional da Abrem, 1, Rio de Janeiro ,... 247.
Maria Beatriz D. C. dos Santos
Álvaro Alfredo Bragança Júnior
Para elaborar o seu vasto plano de política escolar, chamou à corte Alcuíno, vindo da Inglaterra – que juntamente com a Irlanda - eram o viveiro da
cultura naquela época. E sob sua inspiração, foram emanados os decretos capitulares para a organização das escolas, enquanto o douto inglês ditava-lhes o programa relativo, que se espalhou pelo vasto império e perdurou, pode-se dizer, durante toda a Idade Média. Tal programa abraçava as sete artes liberais, repartidas no trívio e no quadrívio. O trívio das disciplinas formais: gramática, retórica, dialética, esta última desenvolvendo-se, mais tarde, na filosofia; o quadrívio abraçava as reais: aritmética, geometria, astronomia, música, e, mais tarde, a medicina. Sob a direção de Alcuíno, foi constituída junto da corte de Carlos Magno a escola palatina. Nela ensinaram os homens mais famosos da época, como, por exemplo, o historiador Paulo Diácono, o gramático Pedro de Pisa, o teólogo Paulino de Aquiléia. Freqüentavam estas escolas o próprio imperador, os príncipes e os jovens da nobreza. Outras escolas surgiram, em seguida, especialmente na França, modeladas na escola palatina.
Ao lado desta instrução e educação eclesiásticas, e embora o texto não faça referência também temos na Idade Média uma educação militar, ministrada por militares e a militares; a Igreja, bem cedo, imprimiu também a esta educação uma orientação ética, religiosa, católica. Como é sabido, o feudalismo é uma organização social, política, econômica, militar, inicialmente baseada na força, segundo o espírito dos bárbaros dominadores.
Há que se ponderar que, embora alguns renomados autores, pesquisados por estes dois que assinam o artigo, Maria Beatriz graduada em Biblioteconomia e Documentação pela Universidade Federal Fluminense e Alvaro Alfredo Professor Adjunto da Faculdade de Letras/UFRJ e do Programa de Pós-Graduação em História Comparada/ UFRJ. façam críticas ao modelo de desenvolvimento adotado por Carlos Magno, qualificando-o como copista e não criador, este foi de fato o embrião do desenvolvimento educacional e formação das universidades.
BRAGANÇA JÚNIOR, Á. A. ; SANTOS, M. B. D. Considerações Renascimento Carolíngio. Encontro Regional da Abrem, 1, Rio de Janeiro ,... 247.
Maria Beatriz D. C. dos Santos
Álvaro Alfredo Bragança Júnior
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