INTRODUÇÃO
A História da Educação Brasileira não é uma História difícil de ser estudada e compreendida. Ela evolui em rupturas marcantes e fáceis de serem observadas. A primeira grande ruptura travou-se com a chegada mesmo dos portugueses ao território do Novo Mundo. Não podemos deixar de reconhecer que os portugueses trouxeram um padrão de educação próprio da Europa, o que não quer dizer que as populações que por aqui viviam já não possuíam características próprias de se fazer educação. E convém ressaltar que a educação que se praticava entre as populações indígenas não tinha as marcas repressivas do modelo educacional europeu. Num programa de entrevista na televisão o indigenísta Orlando Villas Boas contou um fato observado por ele numa aldeia Xavante que retrata bem a característica educacional entre os índios: Orlando observava uma mulher que fazia alguns potes de barro.
Assim que a mulher terminava um pote seu filho, que estava ao lado dela, pegava o pote pronto e o jogava ao chão quebrando. Imediatamente ela iniciava outro e, novamente, assim que estava pronto, seu filho repetia o mesmo ato e o jogava no chão. Esta cena se repetiu por sete potes até que Orlando não se conteve e se aproximou da mulher Xavante e perguntou por que ela deixava o menino quebrar o trabalho que ela havia acabado de terminar. No que a mulher índia respondeu: "- Porque ele quer." Podemos também obter algumas noções de como era feita a educação entre os índios na série Xingu, produzida pela extinta Rede Manchete de Televisão. Neste seriado podemos ver crianças indígenas subindo nas estruturas de madeira das construções das ocas, numa altura inconcebivelmente alta.
Quando os jesuítas chegaram por aqui eles não trouxeram somente a moral, os costumes e a religiosidade européia; trouxeram também os métodos pedagógicos.
Este método funcionou absoluto durante 210 anos, de 1549 a 1759, quando uma nova ruptura marca a História da Educação no Brasil: a expulsão dos jesuítas por Marquês de Pombal. Se existia alguma coisa muito bem estruturada em termos de educação o que se viu a seguir foi o mais absoluto caos. Tentou-se as aulas régias o subsídio literário, mas o caos continuou até que a Família Real, fugindo de Napoleão na Europa, resolve transferir o Reino para o Novo Mundo. Na verdade não se conseguiu implantar um sistema educacional nas terras brasileiras, mas a vinda da Família Real permitiu uma nova ruptura com a situação anterior. Para preparar terreno para sua estadia no Brasil D. João VI abriu Academias Militares, Escolas de Direito e Medicina, a Biblioteca Real, o Jardim Botânico e, sua iniciativa mais marcante em termos de mudança, a Imprensa Régia.
Segundo alguns autores o Brasil foi finalmente "descoberto" e a nossa História passou a ter uma complexidade maior. A educação, no entanto, continuou a ter uma importância secundária. Basta ver que enquanto nas colônias espanholas já existiam muitas universidades, sendo que em 1538 já existia a Universidade de São Domingos e em 1551 a do México e a de Lima, a nossa primeira Universidade só surgiu em 1934, em São Paulo. Por todo o Império, incluindo D. João VI, D. Pedro I e D. Pedro II, pouco se fez pela educação brasileira e muitos reclamavam de sua qualidade ruim. Com a Proclamação da República tentou-se várias reformas que pudessem dar uma nova guinada, mas se observarmos bem, a educação brasileira não sofreu uma processo de evolução que pudesse ser considerado marcante ou significativo em termos de modelo. Até os dias de hoje muito tem se mexido no planejamento educacional, mas a educação continua a ter as mesmas características impostas em todos os países do mundo, que é a de manter o "status quo" para aqueles que freqüentam os bancos escolares.
Concluindo podemos dizer que a Educação Brasileira tem um princípio, meio e fim bem demarcado e facilmente observável. E é isso que tentamos passar neste trabalho. Cada tópico representa um período da educação brasileira cuja divisão foi baseada nos períodos que podem ser considerados como os mais marcantes e os que sofreram as rupturas mais concretas na nossa educação. Está dividida em texto e cronologia, sendo que o texto refere-se ao mesmo período da Cronologia.
A cronologia é baseada na Linha da Vida ou Faixa do Tempo montessoriana. Neste método é feita uma relação de fatos históricos em diferentes visões. No nosso caso realçamos fatos da História da Educação no Brasil, fatos da própria História do Brasil, que não dizem respeito direto à educação, fatos ocorridos na educação mundial e fatos ocorridos na História do Mundo como um todo. Estes períodos foram divididos a partir das concepções em termos de importância histórica. Se considerarmos a História como um processo em eterna evolução não podemos considerar este trabalho como terminado. Qualquer crítica ou colaboração será sempre bem vinda.
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL PERÍODO JESUÍTICO (1549 • 1759)
A Companhia de Jesus foi fundada por Inácio de Loiola e um pequeno grupo de discípulos, na Capela de Montmartre, em Paris, em 1534, com objetivos catequéticos, em função da Reforma Protestante e a expansão do luteranismo na Europa. Os primeiros jesuítas chegaram ao território brasileiro em março de 1549 juntamente com o primeiro governador•geral, Tome de Souza. Comandados pelo Padre Manoel de Nóbrega, quinze dias após a chegada edificaram a primeira escola elementar brasileira, em Salvador, tendo como mestre o Irmão Vicente Rodrigues, contando apenas 21 anos.
Irmão Vicente tornou-se o primeiro professor nos moldes europeus e durante mais de 50 anos dedicou-se ao ensino e a propagação da fé religiosa. O mais conhecido e talvez o mais atuante foi o noviço José de Anchieta, nascido na Ilha de Tenerife e falecido na cidade de Reritiba, atual Anchieta, no litoral sul do Estado do Espírito Santo, em 1597. Anchieta tornou-se mestre-escola do Colégio de Piratininga; foi missionário em São Vicente, onde escreveu na areia os "Poemas à Virgem Maria" (De beata virgine Dei matre Maria), missionário em Piratininga, Rio de Janeiro e Espírito Santo; Provincial da Companhia de Jesus de 1579 a 1586 e reitor do Colégio do Espírito Santo.
Além disso foi autor da Arte de gramática da língua mais usada na costa do Brasil. No Brasil os jesuítas se dedicaram a pregação da fé católica e ao trabalho educativo. Perceberam que não seria possível converter os índios à fé católica sem que soubessem ler e escrever. De Salvador a obra jesuítica estendeu-se para o sul e em 1570, vinte e um anos após a chegada, já era composta por cinco escolas de instrução elementar (Porto Seguro, Ilhéus, São Vicente, Espírito Santo e São Paulo de Piratininga) e três colégios (Rio de Janeiro, Pernambuco e Bahia). Todas as escolas jesuítas eram regulamentadas por um documento, escrito por Inácio de Loiola, o Ratio ataque Instituto Studiorum, chamado abreviadamente de Ratio Studiorum. Os jesuítas não se limitaram ao ensino das primeiras letras; além do curso elementar eles mantinham os cursos de Letras e Filosofia, considerados secundários, e o curso de Teologia e Ciências Sagradas, de nível superior, para formação de sacerdotes. No curso de Letras estudava-se Gramática Latina, Humanidades e Retórica; e no curso de Filosofia estudava-se Lógica, Metafísica, Moral, Matemática e Ciências Físicas e Naturais.
Os que pretendiam seguir as profissões liberais iam estudar na Europa, na Universidade de Coimbra, em Portugal, a mais famosa no campo das ciências jurídicas e teológicas, e na Universidade de Montpellier, na França, a mais procurada na área da medicina. Com a descoberta os índios ficaram à mercê dos interesses alienígenas: as cidades desejavam integrá-los ao processo colonizador; os jesuítas desejavam convertê-los ao cristianismo e aos valores europeus; os colonos estavam interessados em usá-os como escravos. Os jesuítas então pensaram em afastar os índios dos interesses dos colonizadores e criaram as reduções ou missões, no interior do território. Nestas Missões, os índios, além de passarem pelo processo de catequização, também são orientados ao trabalho agrícola, que garantiam aos jesuítas uma de suas fontes de renda.
As Missões acabaram por transformar os índios nômades em sedentários, o que contribuiu decisivamente para facilitar a captura deles pelos colonos, que conseguem, às vezes, capturar tribos inteiras nestas Missões. Os jesuítas permaneceram como mentores da educação brasileira durante duzentos e dez anos, até 1759, quando foram expulsos de todas as colônias portuguesas por decisão de Sebastião José de Carvalho, o marquês de Pombal, primeiro-ministro de Portugal de 1750 a 1777. No momento da expulsão os jesuítas tinham 25 residências, 36 missões e 17 colégios e seminários, além de seminários menores e escolas de primeiras letras instaladas em todas as cidades onde havia casas da Companhia de Jesus. A educação brasileira, com isso, vivenciou uma grande ruptura histórica num processo já implantado e consolidado como modelo educacional.
ANO HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA HISTÓRIA DO BRASIL HISTÓRIA GERAL DA EDUCAÇÃO HISTÓRIA DO MUNDO 1500
Sai de Portugal a esquadra de Pedro Álvares Cabral com destino à Índia.
Chega às costas brasileiras a esquadra de Pedro Álvares Cabral. 1501
Américo Vespúcio percorre a costa do Brasil, do Rio Grande do Norte até Cananéia, em São Paulo, nomeando os acidentes geográficos litorâneos. 1502
É concedida a Fernando de Noronha o direito de exploração do pau-brasil.
Montezuma torna-se chefe dos Astecas, no México. 1503
Morre o Papa Pio III. Em seu lugar assume Giuliano della Rovere, que adota o nome de Papa Júlio II. 1513
Morre o Papa Júlio II e assume Leão X. 1517
Martinho Lutero divulga suas 95 teses contra as indulgências da Igreja, dando início à Reforma Protestante.
Os espanhóis ocupam Yucatán, na América Central. 1526
Frei Pedro de Gante funda a Escola de São Francisco, no México. 1532
Martim Afonso de Souza funda a vila de São Vicente, depois de comandar a primeira expedição para defender o litoral brasileiro contra o contrabando de pau-brasil pelos franceses. 1534
São criadas as Capitanias Hereditárias.
Ignácio de Loyola funda a Companhia de Jesus. 1536
Frei João de Zumárraga funda o Colégio Imperial de Santa Cruz de Tlateloco, consagrado à educação superior dos índios.. 1538
O Colégio dos Frades Dominicanos passa a se chamar Universidade de São Tomás de Aquino, em São Domingos. 1539
É impresso no México o primeiro livro. 1544
A beata Angela de Mérici funda a Ordem das Ursulinas, em honra de Santa Ursula, para educação das meninas. 1545
Tem início o Concílio de Trento, formulando diretrizes para a Contra-Reforma e instituindo o Index Librorum Prohibitorum, lista de livros proibidos aos católicos, sob pena de excomunhão. 1549
Chega ao Brasil o primeiro grupo de seis padres jesuítas, chefiados por Manuel de Nóbrega, marcando o início da História da Educação no Brasil (nos moldes europeus).
Quinze dias após a chegada fundam, na cidade de Salvador, a primeira escola elementar.
Tome de Souza, primeiro Governador Geral do Brasil, funda a cidade de Salvador para servir de sede do governo.
ANO HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA HISTÓRIA DO BRASIL HISTÓRIA GERAL DA EDUCAÇÃO HISTÓRIA DO MUNDO 1551
São criadas a Real e Pontifícia Universidade no México e a Universidade de São Marcos, em Lima. 1553
Duarte da Costa é o segundo Governador Geral do Brasil. 1554
São fundadas as escolas jesuítas de São Paulo de Piratininga, tendo como seu primeiro professor o padre José de Anchieta, e a da Bahia. 1555
Primeira invasão francesa ao território brasileiro na Baía de Guanabara.
Os franceses fundam a França Antártica, na Baía de Guanabara, para abrigar calvinistas fugidos da guerra religiosa na Europa. 1556
É fundado o colégio jesuíta de Todos os Santos.
Começa a vigorar as "Constituições da Companhia de Jesus", incluindo a aprendizagem do canto, da música instrumental e o estudo profissional agrícola. 1557
Mem de Sá é o terceiro Governador Geral do Brasil.
Mem de Sá, junto com seu sobrinho Estácio de Sá, expulsam os franceses da Baía de Guanabara.
Estácio de Sá funda a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. 1564
É colocado em execução o "Padrão de Redízimo" que consistia em que 10% de toda a arrecadação dos dízimos reais, em todas as capitanias da colônia e seus povoados, ficavam vinculados ao sustento e à manutenção dos jesuítas. 1567
É fundado o colégio jesuíta do Rio de Janeiro.
Os franceses são expulsos do Rio de Janeiro. 1568
É fundado o colégio jesuíta de Olinda.
Tem início a escravidão africana, onde cada senhor de engenho teve o direito de adquirir até 120 escravos por ano. 1570
O Brasil conta com cinco escolas elementares (Porto Seguro, Ilhéus, São Vicente, Espírito Santo e São Paulo de Piratininga) e três colégios (Rio de Janeiro, Pernambuco e Bahia).
Carlos Borromeu funda a Ordem dos Oblatos para religiosos que ofereciam e se preparavam para a educação. 1572
Em Paris são assassinados mais de três mil protestantes, entre eles mulheres e crianças, sob às ordens da Rainha Catarina de Médicis. Este episódio ficou conhecido como A Noite de São Bartolomeu. 1573
É criada a Universidade de Santa Fé de Bogotá. 1575
No colégio da Bahia já se colava grau de Bacharel em Artes. 1576
No colégio da Bahia formam-se licenciados. 1584
A imprensa chega ao Peru. 1599
Ganha uma elaboração definitiva a "Ratio Ataque Institutio Studiorum", ou Plano de Estudos da Companhia de Jesus, que codificava a pedagogia dos jesuítas.
ANO HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA HISTÓRIA DO BRASIL HISTÓRIA GERAL DA EDUCAÇÃO HISTÓRIA DO MUNDO 1600 •
O vice-rei Dom Gaspar de Zuñiga promulga a Ordenança dos Mestres da Novíssima Arte de Ler, Escrever e Contar, uma legislação escolar.
É fundada a Companhia Britânica das Índias Orientais para explorar o comércio com o Oriente, a Ásia e a Índia. 1613
É criada a Universidade Córdoba do Tucumã. 1618
Os jesuítas possuem 572 colégios espalhados pelo mundo.
O ducado de Weimar regulamenta a obrigatoriedade escolar para todas as crianças de 6 a 12 anos.
Tem início a Guerra dos Trinta Anos entre protestantes e católicos. 1622
É fundado o colégio jesuíta do Maranhão. 1623
É criada a Universidade de Lá Plata. 1624
Primeira invasão holandesa no Brasil, em Salvador. São expulsos um ano depois. 1628
É editada Didactica magna, universale omnes ominia docendi artificium exibens (a magna Didática, que apresenta a completa arte de ensinar tudo a todos) de João Amós Comênio. 1630
Segunda invasão holandesa no Brasil, em Recife.
Escravos fundam o Quilombo de Palmares.
A Imprensa chega à Argentina. 1631
É fundado o colégio jesuíta de Santo Inácio, em São Paulo. 1646
Os jansenistas, conhecidos como os "solitários de Port•Royal", organizam as "pequenas escolas" que terão importante papel na formação de líderes para a Igreja e para o Estado.
ANO HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA HISTÓRIA DO BRASIL HISTÓRIA GERAL DA EDUCAÇÃO HISTÓRIA DO MUNDO 1652 •
É fundado o colégio jesuíta de São Miguel, em Santos, o de Santo Alexandre, no Pará, e o de Nossa Senhora da Luz, em São Luiz do Maranhão. 1654
É fundado o colégio jesuíta de São Tiago, no Espírito Santo.
Os holandeses são definitivamente expulsos do Brasil. 1675
É criada a Universidade da Guatemala. 1678
E fundado o colégio jesuíta de Nossa Senhora do Ó, em Recife. 1683
É fundado o colégio jesuíta da Paraíba. 1684
João Batista de La Salle funda o Instituto dos Irmãos das Escolas Cristãs, para que os pobres obtenham gratuitamente instrução elementar. 1686
Madame de Maintenon, esposa de Luiz XIV, funda o Colégio de Saint-Cyr, para meninas de 7 e 12 anos que permanecem lá até os 20 anos. 1688
A Revolução Gloriosa destrona os Stuarts e encerra o absolutismo na Inglaterra. 1689
É resolvida a "Questão dos Moços Pardos", surgida com a proibição, por parte dos jesuítas, da matrícula e da freqüência dos mestiços. Como as escolas eram públicas, para não perderem os subsídios que recebiam, são obrigados a readmití•los. 1692
É criada a Universidade de Cusco. 1699 • É fundada na Bahia a Escola de Artes e Edificações Militares.
ANO HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA HISTÓRIA DO BRASIL HISTÓRIA GERAL DA EDUCAÇÃO HISTÓRIA DO MUNDO 1708
Guerra dos Emboabas. Emboabas eram os estrangeiros ou pessoas vindas de outras partes da colônia para procurar ouro em São Vicente, São Paulo.
Os jesuítas possuem 769 colégios espalhados pelo mundo. 1710
Guerra dos Mascates, em Pernambuco. 1712
Nasce em Genebra Jean•Jacques Rousseau. 1721
É criada a Universidade da Caracas. 1722
Os oficiais da Câmara queixam-se ao Rei, contra alguns religiosos, sobre a questão do ensino. 1738
É fundada no Rio de Janeiro a Escola de Artilharia.
É criada a Universidade de Santiago do Chile. 1739
São fundados os Seminários de São José e São Pedro, no Rio de Janeiro. 1740
É fundada em Paris a primeira Escola de Artes e Ofícios.
ANO HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA HISTÓRIA DO BRASIL HISTÓRIA GERAL DA EDUCAÇÃO HISTÓRIA DO MUNDO 1750 •
Tratado de Madri anula o das Tordesilhas, resolvendo o problema das Missões.
A introdução da máquina a vapor inicia a Revolução Industrial. 1756
Tem início a Guerra dos Sete Anos, motivada pelas disputas de colônias entre a Inglaterra e a França. 1759
Duzentos e dez anos após a chegada e de serem os únicos responsáveis pela educação no Brasil, deixam a colônia cerca de Quinhentos padres jesuítas, expulsos pelo Marquês de Pombal, Ministro de D. José I, paralisando 17 colégios, 36 missões, seminários menores e escolas elementares.
O Alvará de 28 de julho determina a instituição de aulas de gramática latina, aulas de grego e de retórica, além de criar o cargo de "Diretor de Estudos". Medidas inócuas para um sistema de ensino fragmentado.
Marques de Pombal extingue as últimas Capitanias Hereditárias.
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL PERÍODO POMBALINO (1760 - 1808)
Com a expulsão saíram do Brasil 124 jesuítas da Bahia, 53 de Pernambuco, 199 do Rio de Janeiro e 133 do Pará. Com eles levaram também a organização monolítica baseada no Ratio Studiorum.
Pouca coisa restou de prática educativa no Brasil. Continuaram a funcionar o Seminário episcopal, no Pará, e os Seminários de São José e São Pedro, que não se encontravam sob a jurisdição jesuítica; a Escola de Artes e Edificações Militares, na Bahia; e a Escola de Artilharia, no Rio de Janeiro.
Os jesuítas foram expulsos das colônias por Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal, primeiro-ministro de Portugal de 1750 a 1777, em função de radicais diferenças de objetivos. Enquanto os jesuítas preocupavam-se com o proselitismo e o noviciado, Pombal pensava em reerguer Portugal da decadência que se encontrava diante de outras potências européias da época. A educação jesuítica não convinha aos interesses comerciais emanados por Pombal. Ou seja, se as escolas da Companhia de Jesus tinham por objetivo servir aos interesses da fé, Pombal pensou em organizar a escola para servir aos interesses do Estado. Marquês de Pombal Através do alvará de 28 de junho de 1759, ao mesmo tempo em que suprimia as escolas jesuíticas de Portugal e de todas as colônias, Pombal criava as aulas régias de Latim, Grego e Retórica.
Criou também a Diretoria de Estudos que só passou a funcionar após o afastamento de Pombal. Cada aula régia era autônoma e isolada, com professor único e uma não se articulava com as outras. Portugal logo percebeu que a educação no Brasil estava estagnada e era preciso oferecer uma solução. Para isso instituiu o "subsídio literário" para manutenção dos ensinos primário e médio. Criado em 1772 era uma taxação, ou um imposto, que incidia sobre a carne verde, o vinho, o vinagre e a aguardente. Além de exíguo, nunca foi cobrado com regularidade e os professores ficavam longos períodos sem receber vencimentos a espera de uma solução vinda de Portugal. Os professores eram geralmente mal preparados para a função, já que eram improvisados e mal pagos. Eram nomeados por indicação ou sob concordância de bispos e se tornavam "proprietários" vitalícios de suas aulas régias.
De todo esse período de "trevas" sobressaíram-se a criação, no Rio de Janeiro, de um curso de estudos literários e teológicos, em julho de 1776, e do Seminário de Olinda, em 1798, por Dom Azeredo Coutinho, governador interino e bispo de Pernambuco. O Seminário de Olinda "tinha uma estrutura escolar propriamente dita, em que as matérias apresentavam uma seqüência lógica, os cursos tinham uma duração determinada e os estudantes eram reunidos em classe e trabalhavam de acordo com um plano de ensino previamente estabelecido" (Piletti, 1996: 37).
O resultado da decisão de Pombal foi que, no princípio do século XIX (anos 1800...), a educação brasileira estava reduzida a praticamente nada. O sistema jesuítico foi desmantelado e nada que pudesse chegar próximo deles foi organizado para dar continuidade a um trabalho de educação. Esta situação somente sofreu uma mudança com a chegada da família real ao Brasil em 1808.
ANO HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA HISTÓRIA DO BRASIL HISTÓRIA GERAL DA EDUCAÇÃO HISTÓRIA DO MUNDO 1759 •
Duzentos e dez anos após a chegada e de serem os únicos responsáveis pela educação no Brasil, deixam a colônia cerca de Quinhentos padres jesuítas, expulsos pelo Marquês de Pombal, Ministro de D. José I, paralisando 17 colégios, 36 missões, seminários menores e escolas elementares.
O Alvará de 28 de julho determina a instituição de aulas de gramática latina, aulas de grego e de retórica, além de criar o cargo de "Diretor de Estudos". Medidas inócuas para um sistema de ensino fragmentado.
Marques de Pombal extingue as últimas Capitanias Hereditárias. 1762
Jean-Jacques Rousseau escreve Emílio e Contrato Social. 1763
Mudança da capital do Vice-Reino de Salvador para o Rio de Janeiro. 1764
Jean-Jacques Rousseau escreve Devaneios de um Passeante e Confissões. 1765
O inglês James Watt aperfeiçoa o motor a vapor que se tornou marco da Revolução Industrial. 1767
A Espanha expulsa os jesuítas e fecha seus colégios.
Carlos III lança uma Ordenança Real obrigando todo município espanhol a ter uma escola de primeiras letras, com freqüência obrigatória. 1768
Carlos III dispõe que deveriam ser fundadas escolas para meninas, dando preferência para filhas de lavradores e artesãos. 1770
A Reforma Pombalina de Educação substitui o sistema jesuítico e o ensino é dirigido pelos vice-reis nomeados por Portugal.
L'Abbé de L'Epée funda em Paris a primeira instituição específica para a educação dos surdos. 1772
É instituído o "subsídio literário", imposto destinado a manutenção dos ensinos primário e médio.
É fundada, no Rio de Janeiro, a Academia Científica. 1774
Basedow funda em Dessau o Instituto Filantropinum e tem início o movimento pedagógico conhecido como filatropismo (philos, "amigo"; anthropos, "homem"). 1776
É criado no Rio de Janeiro, pelos padres Franciscanos, um curso de estudos literários e teológicos, destinado à formação de sacerdotes.
L'Abbé de L'Epée publica A Verdadeira Maneira de Instruir os Surdos.
Os Estados Unidos proclamam sua independência. 1777
D. Maria I assume o trono de Portugal. 1778
Morre Jean•Jacques Rousseau. 1782
É criada a Universidade de Havana. 1784
É criado no Rio de Janeiro o Gabinete de História Natural. 1789
Tiradentes e a Inconfidência Mineira.
A Queda da Bastilha é o marco da Revolução Francesa. 1791
É criada a Universidade Quito. 1797
É criada em Santiago do Chile a Academia de São Luiz, pelo mestre Dom Manuel de Salas. 1799
É criada em Buenos Aires a Escola Náutica, por Manuel Belgrano.
Napoleão Bonaparte dá o Golpe do Dezoito Brumário, e assume o poder na França
ANO HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA HISTÓRIA DO BRASIL HISTÓRIA GERAL DA EDUCAÇÃO HISTÓRIA DO MUNDO 1800
O bispo Azeredo Coutinho funda o Seminário de Olinda. 1802
D. Azeredo Coutinho funda em Pernambuco o Recolhimento de Nossa Senhora da Glória, só para meninas da nascente nobreza e fidalguia brasileira.
O educador suíço Felipe Manuel Fallenberg, funda a Escola Prática de Agricultura. 1807
O educador suíço Felipe Manuel Fallenberg, funda o Instituto Agronômico Superior. 1808
É fundado uma escola de educação, onde se ensinavam as línguas portuguesa e francesa, Retórica, Aritmética, Desenho e Pintura.
É criada a Academia de Marinha, no Rio de Janeiro.
São criados cursos de cirurgia no Rio de Janeiro e na Bahia.
É criada uma cadeira de Ciência Econômica, na Bahia, da qual seria regente José da Silva Lisboa, o futuro Visconde de Cairu.
Chegada da Família Real ao Brasil.
Abertura dos portos às nações amigas.
Impresso o primeiro periódico do Brasil: Gazeta do Rio de Janeiro.
Referências: PILETTI, Nelson, História da Educação no Brasil. 6. ed. São Paulo: Ática, 1996.
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL PERÍODO JOANINO
ANO HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA HISTÓRIA DO BRASIL HISTÓRIA GERAL DA EDUCAÇÃO HISTÓRIA DO MUNDO 1808 •
É fundado uma escola de educação, onde se ensinavam as línguas portuguesa e francesa, Retórica, Aritmética, Desenho e Pintura.
É criada a Academia de Marinha, no Rio de Janeiro.
São criados cursos de cirurgia no Rio de Janeiro e na Bahia.
É criada uma cadeira de Ciência Econômica, na Bahia, da qual seria regente José da Silva Lisboa, o futuro Visconde de Cairu. • Chegada da Família Real ao Brasil.
Abertura dos portos às nações amigas.
Impresso em Londres, por Hipólito da Costa, o Correio Braziliense é o primeiro jornal em língua portuguesa a circular no Brasil.
Impresso o primeiro periódico do Brasil: Gazeta do Rio de Janeiro. 1810
Desfazendo•se de seus próprios livros (60.000 volumes), D. João VI funda a nossa primeira biblioteca.
É criada a Academia Militar. 1812
São criados cursos de Agricultura na Bahia.
É criada a escola de serralheiros, oficiais de lima e espingardeiros, em Minas Gerais.
É criado o laboratório de química no Rio de Janeiro. 1814
Franqueada a população a biblioteca real torna-se nossa primeira biblioteca pública.
São criados cursos de agricultura no Rio de Janeiro. 1815
Elevação do Brasil a Reino Unido ao de Portugal e Algarves. 1816
É criada a Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios. 1817
É criado um curso de química na Bahia.
Tem início a Revolução Pernambucana. 1818
Surge um curso de desenho com o objetivo de "beneficiar muitos ramos da indústria".
criado o Museu Nacional no Rio de Janeiro. 1820
A Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios muda para Real Academia de Pintura, Escultura e Arquitetura Civil e depois para Academia de Artes.
PERÍODO IMPERIAL (1822 - 1888)
Para o professor Lauro de Oliveira Lima a vinda da Família Real representou a verdadeira "descoberta do Brasil" (Lima, [197_], 103). Ainda segundo o professor Lauro, "a 'abertura dos portos', além do significado comercial da expressão, significou a permissão dada aos 'brasileiros' (madereiros de pau-brasil) de tomar conhecimento de que existia, no mundo, um fenômeno chamado civilização e cultura" (Idem) Em 1820 o povo português mostra-se descontente com a demora do retorno da Família Real e inicia a Revolução Constitucionalista, na cidade do Porto. Isto apressa a volta de D. João VI a Portugal em 1821. Em 1822, a 7 de setembro, seu filho D. Pedro I declara a Independência do Brasil e, inspirada na Constituição francesa, de cunho liberal, em 1824 é outorgada a primeira Constituição brasileira.
O Art. 179 desta Lei Magna dizia que a "instrução primária e gratuita para todos os cidadãos". Em 1823, na tentativa de se suprir a falta de professores institui-se o Método Lancaster, ou do "ensino mútuo", onde um aluno treinado (decurião) ensina um grupo de dez alunos (decúria) sob a rígida vigilância de um inspetor. Em 1826 um Decreto institui quatro graus de instrução: Pedagogias (escolas primárias), Liceus, Ginásios e Academias. E, em 1827 um projeto de lei propõe a criação de pedagogias em todas as cidades e vilas, além de prever o exame na seleção de professores, para nomeação. Propunha ainda a abertura de escolas para meninas.
Em 1834 o Ato Adicional à Constituição dispõe que as províncias passariam a ser responsáveis pela administração do ensino primário e secundário. Graças a isso, em 1835, surge a primeira escola normal do país em Niterói. Se houve intenção de bons resultados não foi o que aconteceu, já que, pelas dimensões do país, a educação brasileira se perdeu mais uma vez, obtendo resultados pífios.
Em 1880 o Ministro Paulino de Souza lamenta o abandono da educação no Brasil, em seu relatório à Câmara. Em 1882 Ruy Barbosa sugere a liberdade do ensino, o ensino laico e a obrigatoriedade de instrução, obedecendo as normas emanadas pela Maçonaria Internacional. Em 1837, onde funcionava o Seminário de São Joaquim, na cidade do Rio de Janeiro, é criado o Colégio Pedro II, com o objetivo de se tornar um modelo pedagógico para o curso secundário.
Efetivamente o Colégio Pedro II não conseguiu se organizar até o fim do Império para atingir tal objetivo. Até a Proclamação da República, em 1889 praticamente nada se fez de concreto pela educação brasileira. O Imperador D. Pedro II quando perguntado que profissão escolheria não fosse Imperador, respondeu que gostaria de ser "mestre-escola". Apesar de sua afeição pessoal pela tarefa educativa, pouco foi feito, em sua gestão, para que se criasse, no Brasil, um sistema educacional.
ANO HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA HISTÓRIA DO BRASIL HISTÓRIA GERAL DA EDUCAÇÃO HISTÓRIA DO MUNDO 1821
Anexação da Província Cisplatina.
D. João VI retorna a Portugal, deixando D. Pedro como Príncipe Regente. 1822 •
O Decreto de 1o de março criava no Rio de Janeiro uma escola baseada no método lancasteriano ou de ensino mútuo. Ou seja, somente um professor para cada escola.
D. Pedro declara a Independência do Brasil, tornado-se o primeiro Imperador do Brasil com o título de D. Pedro I. 1824 •
A Constituição, outorgada pela Assembléia Constituinte, dizia, no seu artigo 179, que a instrução primária era gratuita a todos os cidadãos. 1825
É criado o Ateneu do Rio Grande do Norte.
É criado um curso jurídico provisório na Corte.
Portugal e Inglaterra reconhecem a Independência do Brasil.
Início da luta pela independência do Uruguai. 1827
São criados os cursos de Direito de São Paulo e Olinda.
É criado o Observatório Astronômico.
Uma Lei Geral, de 15 de outubro, dispõe sobre as escolas de primeiras letras, fixando-lhes o currículo e institui o ensino primário para o sexo feminino.
Começa a circular o jornal A Aurora Fluminense.
Os brasileiros lutam contra tropas argentinas e uruguaias pela posse da Província Cisplatina.
Um ano depois é assinado um tratado de paz entre as partes, reconhecendo a Independência do Uruguai.
O inglês John Dalton apresenta a primeira formulação da teoria atômica. 1829
O Professor Louis Braille, cego desde os três anos, cria um sistema de leitura para cegos, em Paris.
O Papa Pio VIII sucede o Papa Leão XII.
Em Maryland, nos Estados Unidos, a Companhia de Estrada de Ferro inicia a primeira linha de passageiros. 1830
Uma Resolução do Senado declara livres os índios selvagens prisioneiros de guerra escravizados.
Michael Faraday, cientista inglês, descobre a indução magnética.
Distúrbios de operários têxteis na Inglaterra.
Morre Simon Bolívar, herói da Independência de vários países hispânicos. 1831
Noite das Garrafadas.
D. Pedro I abdica em favor de seu filho D. Pedro II, então com oito anos.
Em Recife eclode as rebeliões conhecidas como Setembrizada e Novembrada, em função da abdicação de D.PedroI.
Constituição da Primeira Regência Trina Provisória, composta pelos Senadores Carneiro de Campos, Campos Vergueiro e pelo Brigadeiro Francisco de Lima e Silva.
Uma Lei declara livres todos os escravos que entrassem no Brasil após a data da Lei.
O botânico inglês Robert Brown descobre o núcleo das células.
Morre de cólera o filósofo alemão Georg Wilhelm Friedrich Hegel. 1832
Convertem•se em Faculdades de Medicina, as Academias Médico-Cirúrgicas do Rio de Janeiro e da Bahia.
Ainda em função da abdicação de D. Pedro I, eclode em Recife a revolta conhecida como Abrilada e a Guerra dos Cabanos. 1834
O Ato Adicional da reforma constitucional dizia que a educação primária e secundária ficaria a cargo das províncias, restando a administração nacional o ensino superior.
O Ato Adicional estabelece a eleição de um só Regente.
Revolta da Cabanagem, no Pará. • Revolta das Cameiradas, em Recife.
A escravidão é abolida em todo o Império Britânico.
Morre em Portugal D. Pedro I. 1835
É criada uma escola normal em Niterói. A primeira do Brasil.
Regência Una com a eleição de Diogo Antônio Feijó
Tem início a Guerra dos Farrapos, no Rio Grande do Sul.
Eclode a Revolta do Malês, na Bahia. 1836 • É criada uma escola normal na Bahia.
São criados os Liceus da Bahia e da Paraíba. 1837
Tem início a revolta conhecido como Sabinada, na Bahia.
Em substituição a Feijó, assume a Regência Pedro de Araújo Lima. 1838
O Colégio Pedro II é fundado no Rio de Janeiro.
Tem início a revolta conhecida como Balaiada, no Maranhão.
Surgem na Inglaterra os primeiros sindicatos (trade union) 1839
É criada uma escola normal no Pará.
Inglaterra e China envolve•se no conflito conhecido por Guerra do Ópio. Vencida a guerra pelos Ingleses a China é obrigada a transferir a posse de Hong Kong para os britânicos.
As mães inglesas, separadas ou divorciadas, passam a ter acesso aos seus filhos.
As mulheres conquistam o direito de ter propriedades nos Estados Unidos.
É construída a primeira locomotiva elétrica pelo americano Charles Page. 1840
Aos 14 anos de idade D. Pedro II torna-se Imperador do Brasil. 1844
Samuel Morse cria a mensagem telegráfica através de um código de sinais de sons. 1845
É criada uma escola normal no Ceará.
A Inglaterra promulga a Bill Aberdeen, que lhe dá o direito de aprisionar qualquer embarcação que traficasse escravos. • Karl Marx é expulso da França e muda-se para Bruxelas. 1846
É criada uma escola normal em São Paulo.
O dentista William Morton utiliza pela primeira vez uma anestesia local numa cirurgia. 1848
É criada uma escola normal em São Paulo.
Setores radicais do Partido Liberal pernambucano inicia a Revolta Praieira.
Karl Marx e Friedrich Engels publicam o Manifesto do Partido Comunista. 1849
Gonçalves Dias, encarregado de estudar as condições do ensino nas Províncias do Norte dizia que "os nossos liceus são escolas preparatórias da academia e escolas más".
ANO HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA HISTÓRIA DO BRASIL HISTÓRIA GERAL DA EDUCAÇÃO HISTÓRIA DO MUNDO 1850
A Lei Eusébio de Queiroz acaba com o tráfico de escravos.
Chegam no Rio de Janeiro os bondes puxados por cavalos. 1852
Gonçalves Dias, em seu relatório de inspeção, dizia: "Quero crer perigoso dar-se-lhes (aos aldeados) instrução".
Inauguração das primeiras linhas telegráficas no Brasil. 1854
O Decreto 1331A, de 17 de fevereiro, reforma os ensinos primário e secundário, exigindo professores credenciados e a volta da fiscalização oficial; cria a Inspetoria Geral da Instrução Primária e Secundária.
É criada uma escola normal na Paraíba.
Barão de Mauá constrói a primeira ferrovia brasileira, no Rio de Janeiro. 1857
No Rio Grande do Sul, no Colégio de Artes Mecânicas, a lei mandava recusar matrículas às crianças de cor preta e aos escravos e pretos, "ainda que libertos e livres". 1864
No Rio Grande do Sul, no Colégio de Artes Mecânicas, a lei mandava recusar matrículas às crianças de cor preta e aos escravos e pretos, "ainda que libertos e livres".
Paraguai declara guerra ao Brasil.
É criada a Internacional dos Trabalhadores, dirigida por Karl Marx. 1870
A Reforma Paulino de Souza pretendia imprimir, aos estudos realizados no Colégio Pedro II, um caráter formativo, habilitando os alunos não só para os estudos superiores, mas para a vida, além da instituição ser capaz de competir com os estabelecimentos particulares no aliciamento de candidatos às Academias.
É criada a Escola Americana, o Colégio Piracicabano, escola primária de cunho protestante. • É criada uma escola normal no Rio Grande do Sul.
Tem início a imigração italiana.
Nasce em Chiaravalle, província de Ancona, na Itália, Maria Montessori.
Acontece a unificação italiana. 1871
A Lei do Ventre Livre liberta os filhos de escravos.
É instituída a Comuna de Paris que dura 72 dias. 1872
O Brasil contava com uma população de 10 milhões de habitantes e apenas 150.000 alunos matriculados em escolas primárias. O índice de analfabetismo era de 66,4%.
Fanáticos religiosos do Rio Grande do Sul iniciam o que ficou chamado como a Revolta dos Mucker. 1873
Com o objetivo de estimular o desenvolvimento dos estudos secundários nas províncias e de facilitar aos candidatos das províncias o acesso aos cursos superiores, o Ministro João Alfredo Correia de Oliveira instalou nas capitais das províncias do Império bancas de exames gerais preparatórios. 1874 • É criada a Escola Politécnica. 1878
O Conselheiro Leôncio de Carvalho realiza uma reforma do ensino que permitia "a cada um expor livremente suas idéias e ensinar as doutrinas que acredite verdadeiras, pelos métodos que julgue melhores". Além disso manteve as matrículas avulsas e introduziu a freqüência livre e os exames vagos no Externato do Colégio Pedro II. 1879
O Senador Oliveira Junqueira dizia: "certas matérias, talvez, não sejam convenientes para o pobre; o menino pobre deve ter noções muito simples". • Começa a funcionar a Companhia Telephonica Brasileira. Em 1876 D. Pedro II conheceu o telefone, na Exposição de Filadélfia, e no ano seguinte instalou a primeira linha, na cidade do Rio de Janeiro. 1880.
Surge a primeira escola normal da Capital do Império, mantida e administrada pelos Poderes Públicos. 1882
Rodolfo Dantas cria um projeto propondo maior intervenção do Governo na instrução popular das províncias. Este projeto não chegou a ser discutido no Parlamento. 1884
É criada a Escola Neutralidade, escola primária de cunho positivista.
A África é dividida pelas potências européias na Conferência de Berlim. 1885 •
A Lei Saraiva-Cotegipe ou a Lei dos Sexagenários torna livres os escravos com mais de 60 anos. 1888
É criado o Instituto Pasteur, no Rio de Janeiro
A Lei Áurea abole a escravidão no Brasil. 1889
Ferreira Viana, Ministro do Império dizia ser fundamental formar "professores com a necessária instrução científica e profissional".
Em sua última fala do trono Sua Majestade pedia empenho para a criação de um ministério destinado aos negócios da Instrução Pública.
Com a Proclamação da República, no Governo Provisório do Marechal Deodoro da Fonseca, torna-se Ministro da Instrução Pública, Correios e Telégrafos Benjamin Constant Botelho de Magalhães.
Os alunos matriculados nas escolas correspondem a 12% da população em idade escolar.
O Marechal Deodoro da Fonseca proclama a República.
D. Pedro II e sua família embarca para a Europa.
Referência: LIMA, Lauro de Oliveira, Estórias da Educação no Brasil: de Pombal a Passarinho. 3. ed. Rio de Janeiro: Brasília, [197_].
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