Em um cenário onde muitos propõem o rompimento com a visão das macrorregiões em
detrimento de visões locais ou sub-regionais, é necessário que se entenda que
atuar em espaços menores não se decreta necessariamente a falência das
macrorregiões, e estas, bem como o Centro-Oeste em questão, devem ser
compreendidas como inseridas na espacialidade brasileira em todo seu contexto
Geopolítico.
Este texto visa traçar um perfil da Região Centro-Oeste, seu posicionamento geográfico, economia urbano-regional, Estados integrantes, biodiversidade e intervenção estatal, espelhada em um processo mudancista marcante ocorrido na década de 80, quando o Centro-Oeste foi definitivamente incorporado na dinâmica capitalista brasileira. 1-2 Posicionamento Geográfico - Região Síntese Nacional: Após dividir os antigos Estados de Mato Grosso e Goiás (anos 70 e 80) e posteriormente incluir os Estados de Rondônia e Tocantins na Região Norte, a Macrorregião Centro Oeste é atualmente composta por GO, MT, MS, e DF, ganhando destaque (metade do séc. XX) por abrigar a nova capital, Brasília. O atual contorno do Centro Oeste pode ainda ser alterado por uma possível divisão do estado de Mato Grosso, ainda em estudo. O termo Região Centro-Oeste existe institucionalizado pelo Governo Federal, desde 1941, quando o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística fez a primeira divisão territorial do Brasil em macrorregiões. Destaquemos que o Centro Oeste ocupa hoje 18,86% do território brasileiro, numa área de 1.612.077,2 km2 Região Centro-Oeste atual Ao contrário de esgarçado (como dizem alguns analistas), o Centro-Oeste é um território que vem assumindo, mais e mais, a marca de uma
Em fatores fisiográficos, abriga nascentes de córregos e rios de três grandes bacias hidrográficas (Amazônica. São Francisco e Platina) e três grandes ecossistemas (Floresta Tropical, Pantanal e Cerrado).
Paralelamente, a marca "Síntese" "é conferida ao Centro Oeste
também pelos programas de interiorização no desenvolvimento de país, um
movimento centrípeto, decorrente das manifestações de multiculturalismo, um
amálgama cultural forjado pelas características agregadas de outras
macrorregiões".
Quanto ao seu "centrifuguismo", este se deve ao fato da região ser corredor de passagem e de ligação entre o Sul / Sudeste e Norte/Nordeste do país e também por abrigar Brasília, centro do poder político.
O Centro-Oeste tem importância internacional como sendo "... lugar
potencialmente estratégico no espaço econômico latino americano, seja nas
articulações do Mercosul, seja em possíveis vias de escoamento pelo
Pacífico" (Guimarães E. Lene, 1997). Região-Sintese Nacional, favorecida
pela sua posição geográfica e centralidade. 1-3 Processo de ocupação do centro
Oeste O Centro-Oeste é uma Região da qual pode-se afirmar que o auge de sua
ocupação econômica é bastante recente, o que significa que seus potenciais de
desenvolvimento ainda estão sendo definidos. Essa Região é caracterizada por
ser uma área de fronteira que vem se consolidando nos últimos trinta anos como
uma economia baseada na pecuária de corte e leite extensiva, na produção intensiva
de grãos, especialmente, milho, e soja e, ultimamente, na agroindústria que se
utiliza dessa matéria prima – carne e grãos.
Apesar de se reconhecer que a historia da ocupação iniciou-se há milhares de anos, e que isso determinou aspectos importantes da identidade regional, optou-se em adotar como
É no período que compreende as décadas de quarenta e sessenta que esse processo de ocupação começa a se consolidar efetivamente.
A partir dos anos setenta o ritmo de ocupação do Centro Oeste se acelerou, com base em intensa política de expansão da fronteira agrícola, ocorrida com o aproveitamento dos cerrados (até então tidos como inaproveitáveis) e a abertura de novas terras para a exploração agrícola e pecuária. Esse processo de ocupação trouxe à região um enorme fluxo de migração, desordenado e degradador.
Este rápido desenvolvimento realizou-se de forma peculiar, dado que a incorporação espacial foi associada à rápida modernização da agricultura e esteve baseada em um modelo caracterizado pela prioridade dos cultivos comerciais, com grande aplicação de insumos modernos e mecanização, sem que tenha sido incorporada a esse processo a devida consideração dos aspectos sociais e ambientais. marco inicial da ocupação econômica do Centro Oeste, a década de 30. Esse marco, além de ser um momento importante de intervenção política, cumpre totalmente os objetivos desse estudo. Então, define-se que o processo de ocupação produtiva da Região Centro Oeste inicia-se efetivamente nos anos 30, especialmente em Goiás e no Sul de Mato Grosso, com base em grandes projetos de colonização. "Programa de marcha para o Oeste" de Getúlio Vargas, que tinha como objetivo a integração regional, ampliando o mercado interno e incentivando a migração para a região; a criação da nova capital do país, Brasília, e a construção de grandes eixos rodoviários, como a BR 153 (Belém – Brasília) e a BR 364 (Cuiabá – Porto Velho). Este período é caracterizado pela ótica do desenvolvimento e trouxe para a região um grande impulso econômico. 1-4 A produção agrícola: matéria - prima abundante, de qualidade e de baixo custo Nos anos 70 a região se consolida como importante área de expansão da agropecuária nacional. Assistiu-se a um acelerado processo de expansão da área cultivada, incorporação de novas tecnologias e diversificação de culturas.
A
estrutura de produção existente foi drasticamente afetas, ocorrendo uma redução
da participação relativa das tradicionais culturas, principalmente arroz,
feijão, e aumento da importância relativa de culturas voltadas à exportação,
geração de energias e utilização como matéria prima das agroindústrias. Esse
processo de modernização e diversificação pode ser melhor exemplificado pelo
caso de Goiás. Enquanto a soja, ainda nos anos 70, aumenta sua participação, a
produção de arroz perde importância relativa, passando de 65% da produção de
grãos do Estado em 1965 para 38% em 1975.
O
caso da soja é, no entanto, o mais ilustrativo da acelerada expansão da
agricultura da região. De uma posição praticamente insignificante nos anos 70,
a produção da região chega a representar 60% do total produzido no Sul –
Sudeste em 1988. Em 1991 a região chega a responder por cerca de 44% produção
nacional. "Este mesmo padrão tecnológico é capaz de apresentar, ainda,
rendimentos crescentes nas condições do cerrado".
Os maiores gastos com a "correção" do solo (calagem e adubação) são
compensados não só pelo menor da terra, mas pelos ganhos de escala devido à
mecanização. Outro fator é a qualidade dessa soja, que apresenta menor grau de
umidade e maior percentual de proteínas, sendo considerada uma grande vantagem
na produção de ração.
A agricultura foi e ainda é, a base econômica da região, e vem apresentando
algumas fortes características. Uma primeira é a constante queda do emprego
agrícola, devido principalmente, à incorporação tecnológicas em culturas que
demandam mão- de- obra, principalmente, cana- de- açúcar, tomate, algodão,
feijão; ao aumento da área de culturas mecanizadas, que vem dispensando mão-
de- obra assalariada (soja, algodão, cana - de – açúcar)e a intensa
"pecuriação" da região. Nos últimos 10 anos a área total utilizada na
agropecuária aumentou cerca de 9,5% sendo que a área de lavoura diminuiu 600
mil hectares, enquanto a área de pastagem aumentou em 15 milhões de hectares.
Apesar do processo que vem se dando nos últimos anos de ocupação de terras,
praticamente não houve nenhuma alteração na estrutura fundiária nos últimos dez
anos. O Centro Oeste continua sendo uma região com alta concentração de terras.
1-5 Crescimento populacional e dinâmica demográfica O incentivo para a ocupação
agrícola do cerrado (anos 70 e 80) e a crescente industrialização nos anos 90,
transformou esta região em
O fluxo migratório interno rural-urbano é bastante significativo nesta ultima década, mas em menor intensidade que a década de 80.
O fluxo migratório interno rural-urbano é bastante significativo nesta ultima década, mas em menor intensidade que a década de 80.
A deteriorização da condição de vida no campo, referente à educação e saúde, é
um fator fundamental para a migração. As mulheres deslocam-se com os filhos
para cós centros urbanos em busca de melhores condições. O setor de serviços na
cidade acaba atraindo especialmente para os serviços de empregadas domesticas e
faxineiras.
Atualmente as dificuldades para um morador de meio rural vêm merecendo destaque o incentivo dado, por organizações de agricultores, entidades de assessoria, governamental ou não, ao desenvolvimento de atividades não agrícolas no meio rural, na intenção de gerar rendas e dar oportunidades para se manterem no campo. pólo de atração. O crescimento populacional registrado em 250% (censo demográfico) esta diretamente relacionado com a migração. 1-6 Novas tendências: Agroindustrialização Nestas ultimas décadas é intenso o processo de industrialização.
No setor de industrialização de alimentos, outra tendência observada é a crescente incorporação de industrias nacionais pelas multinacionais. Dois exemplos que merecem destaque: o primeiro é a Monsanto que adquiriu recentemente duas grandes empresas brasileiras de sementes, a FT sementes e a Agroceres S. A, tornando-se o grande grupo que atua na área de herbicidas e está muito interessada na expansão do plantio direto, em especial, nas áreas do cerrado. agroindustrialização. Grandes empresas estão se deslocando para o Centro-Oeste, entre elas, a Sadia, a Perdigão, Marfrig (Seara), Parmalat, Nestlé, Unilever (Cica), etc., indicando uma nova forma de organização da agricultura e sua integração com a industria. Estas empresas transferem-se para a região com estratégias diferenciadas das que desenvolvem no seu ―estado de origem‖, baseadas na produção em escala e incorporando poucos agricultores nesse processo. 1-7 Estados componentes da Região Centro Oeste- Informações gerais Os Estados componentes da Região Centro Oeste, distintamente, classificam-se em fatores diversos como a seguir:
O
Distrito federal
LOCALIZAÇÃO:
o Distrito Federal fica na região Centro-Oeste do Brasil
DIVISAS:
Norte/Sul/Leste/Oeste = Goiás
ÁREA
(km²): 5.822,1
RELEVO:
planalto de topografias suaves
RIOS
PRINCIPAIS: Paranoá, Preto, Santo Antônio do Descoberto, São Bartolomeu.
VEGETAÇÃO:
Cerrado
CLIMA:
tropical
MUNICÍPIOS
(número): 1 (2010)
CIDADES
MAIS POPULOSAS: Ceilândia, Taguatinga, Gama, Samambaia.
HORA
LOCAL (em relação à Brasília): a mesma
HABITANTE:
brasiliense
POPULAÇÃO:
2.051.146 (2010)
DENSIDADE:
352,30 habitantes p/km2
ANALFABETISMO:
5,2% (2010)
MORTALIDADE
INFANTIL: 27,6
CAPITAL:
Brasília, fundada em: 21/4/1960
Em
1987 foi declarada patrimônio histórico da humanidade pela UNESCO.
HABITANTE
DA CAPITAL: brasiliense.
"Brasília correspondeu, essencialmente, a um projeto que tinha como objetivo garantir a ocupação territorial do centro do Brasil, segundo uma estratégia que se preocupava com o desenvolvimento e urbanização do Centro-Oeste e do Norte amazônico como meio de consolidar a soberania nacional sobre aquelas regiões".
A primeira eleição direta para Governador do DF ocorreu no pleito de l990. O Estado de Goiás LOCALIZAÇÃO: Goiás, estado brasileiro, fica no leste da região Centro-Oeste.
*O nome do estado origina-se da denominação da tribo indígena guaiás, que por corruptela se tornou Goiás. Vem do termo tupi gwa ya que quer dizer indivíduo igual, gente semelhante, da mesma raça.
DIVISAS: Norte = Tocantins; Sudeste = Minas Gerais e Mato Grosso do Sul; Leste = Bahia e Minas Gerais; Oeste = Mato Grosso; Sudoeste = Mato Grosso do Sul
ÁREA
(km²): 341.289,5
RELEVO:
planalto, chapadas e serras na maior parte, depressão ao norte
Goiás integra o planalto Central, sendo constituído por terras planas cuja altitude varia entre 200 e 800 metros
Goiás integra o planalto Central, sendo constituído por terras planas cuja altitude varia entre 200 e 800 metros
RIOS
PRINCIPAIS: Paranaíba, Aporé, Araguaia, São Marcos, Corumbá, Claro, Paranã,
Maranhão.
VEGETAÇÃO: cerrado com faixas de floresta tropical
VEGETAÇÃO: cerrado com faixas de floresta tropical
Salvo
pequena área onde domina a floresta tropical, conhecida como Mato Grosso de
Goiás, a maior parte do território do estado de Goiás apresenta o tipo de
vegetação escassa do cerrado, com árvores e arbustos de galhos tortuosos,
cascas grossas, folhas cobertas por pêlos e raízes muito profundas
CLIMA:
tropical
MUNICÍPIOS
(número): 248 (2010)
CIDADES
MAIS POPULOSAS: Goiânia, Anápolis, Luziânia, Aparecida de Goiânia.
HORA
LOCAL (em relação a Brasília): a mesma
HABITANTE:
goiano
POPULAÇÃO:
5.003.228 (2010)
DENSIDADE:
14,65 habitantes p/ km2
ANALFABETISMO:
10,08% (2010)
MORTALIDADE
INFANTIL: 25,8 por mil
CAPITAL:
Goiânia, fundada em: 24/10/1933
HABITANTE DA CAPITAL: goianiense
A composição da economia do estado de Goiás baseia-se na produção agrícola e na pecuária, no comércio e nas indústrias de mineração, alimentícia, de confecção, mobiliário, metalúrgica e madeireira. Na agricultura destaca-se a produção de arroz, café, algodão herbáceo, feijão, milho, soja, sorgo, trigo, cana-de-açúcar e tomate. A criação pecuária inclui 18,6 milhões de bovinos, 1,9 milhão de suínos, 49,5 mil bubalinos, além de eqüinos, asininos, ovinos e aves. O estado de Goiás produz também água mineral, amianto, calcário, fosfato, níquel, ouro, esmeralda, cianita, manganês, nióbio e vermiculita.
A história de Goiás tem como ponto de partida o final do século XVII, com a descoberta das suas primeiras minas de ouro, e início do século XVIII. Esta época, iniciada com a chegada dos bandeirantes, vindos de São Paulo em 1727, foi marcada pela colonização de algumas regiões.
O Contato com os índios nativos e os negros foi fator decisivo na formação da cultura do Estado, deixando como legado principal cidades históricas como Corumbá, Pirenópolis e Goiás, antiga Vila Boa e posteriormente capital de Goiás.
O
início dos povoados coincide com o Ciclo de Ouro, minério amplamente explorado
nessa época. Eles prosperaram e hoje são cidades que apresentam, por meio de
seu patrimônio, a história de Goiás. O Cerrado: equivale a 20% do território
nacional, perdendo em extensão (2 milhões de km2) apenas para a Amazônia.
Versão brasileira das savanas africanas, o Cerrado concentra metade de todas as
espécies de aves do país, dez mil espécies de árvores, 195 de mamíferos e 780
de peixes. Animais ameaçados de extinção — como o tamanduá-bandeira, o
veado-campeiro, o cachorro-do-mato, o lobo-guará e a água cinzenta —
encontram-se apenas no Cerrado. (Fonte: Secretaria de Educação Pública , RJ)
O
Estado de Mato Grosso
LOCALIZAÇÃO:
o Mato Grosso, estado brasileiro, fica no oeste da região Centro-Oeste.
DIVISAS: Norte = Amazonas e Pará; Sul = Mato Grosso do Sul; Oeste = Rondônia e Bolívia; Leste = Tocantins e Goiás.
DIVISAS: Norte = Amazonas e Pará; Sul = Mato Grosso do Sul; Oeste = Rondônia e Bolívia; Leste = Tocantins e Goiás.
ÁREA (km²): 906.806,9
RELEVO:
planalto e chapadas no centro, planície com pântanos a oeste e depressões e
planaltos residuais a Norte
RIOS
PRINCIPAIS: Juruena, Teles Pires, Xingu, Araguaia, Paraguai, Piqueri, Cuiabá,
São Lourenço das Mortes
VEGETAÇÃO:
Cerrado na metade leste, Floresta Amazônica a NO, Pantanal a O
CLIMA:
tropical
MUNICÍPIOS
(número): 132 (2007)
CIDADES
MAIS POPULOSAS: Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Cáceres e Barra do Garça
HORA
LOCAL (em relação a Brasília): -1h
HABITANTE:
mato-grossense
POPULAÇÃO:
2.504.253 (2010)
DENSIDADE:
2,76 habitantes p/km2
ANALFABETISMO:
11,11% (2010)
MORTALIDADE
INFANTIL: 28,5
CAPITAL:
Cuiabá, fundada em: 8/4/1719
HABITANTE
DA CAPITAL: cuiabano ou papa-peixe.
Sua economia se baseia na indústria extrativista (madeira, borracha); na agricultura (cana-de-açúcar, soja, arroz, milho); na pecuária e criações; na mineração (calcário e ouro); e na indústria (metalúrgica e alimentícia).
Em 1977, uma parte do Estado foi desmembrada e transformada no Mato Grosso do Sul.
O
Estado de Mato Grosso do Sul
LOCALIZAÇÃO:
o Mato Grosso do Sul, estado brasileiro, fica no sul da região Centro-Oeste
DIVISAS:
Norte = Mato Grosso; Sul e Sudoeste = Paraguai; Nordeste = Goiás e Minas
Gerais; Leste = São Paulo; Sudeste = Paraná; Oeste = Bolívia
ÁREA
(km²): 358.158,7
RELEVO:
pantanal, planaltos com escarpas, depressões.
O
Pantanal cobre o extremo oeste do Estado; as planícies, o noroeste; e os
planaltos com as escarpas das serras do Bodoquena, a leste.
RIOS
PRINCIPAIS: Paraguai, Paraná, Paranaíba, Miranda, Aquidauana, Taquari, Negro,
Apa, Correntes.
A
totalidade dos rios do estado de Mato Grosso do Sul pertence à bacia
hidrográfica do Paraná, que ocupa área de 358.158,7 km2
VEGETAÇÃO: Cerrado a Leste, Pantanal a Oeste, Floresta Tropical ao Sul.
O tipo de vegetação característico da região Centro-Oeste do Brasil apresenta árvores e arbustos de galhos tortuosos, cascas grossas, folhas cobertas por pelos e raízes muito profundas.
Os campos são regiões cobertas por gramíneas, características do extremo sul do Brasil, mas também encontradas no Complexo do Pantanal.
CLIMA:
tropical
MUNICÍPIOS
(número): 82 (2006)
CIDADES
MAIS POPULOSAS: Campo Grande, Dourados, Corumbá, Três Lagoas.
HORA
LOCAL (em relação a Brasília): -1h
HABITANTE:
sul-mato-grossense.
POPULAÇÃO:
2.078.001 (2010)
DENSIDADE:
5,80 habitantes p/km2
ANALFABETISMO:
10,01% (2010)
MORTALIDADE
INFANTIL: 29,6 óbitos antes de completar um ano de idade, para cada mil
crianças nascidas vivas.
CAPITAL:
Campo Grande, fundada em: 26/8/1899.
HABITANTE
DA CAPITAL: campo-grandense
As
principais atividades econômicas desenvolvidas no estado de Mato Grosso do Sul
estão relacionadas à agricultura e à agroindústria, à extração mineral e à
produção de cimento. Os principais produtos agrícolas cultivados no estado
incluem algodão herbáceo, arroz, cana-de-açúcar, feijão, mandioca, milho, soja
e trigo. O rebanho bovino totaliza 19,6 milhões de cabeças, encontrando-se
também grande número de suínos, eqüinos, ovinos e galináceos.
O Pantanal: Maior planície alagável do planeta, o Pantanal tem o tamanho de Portugal, Suíça, Bélgica e Holanda somados. Resultante do mesmo espasmo geológico que produziu a Cordilheira dos Andes, é uma bacia na qual os sedimentos que descem dos planaltos e montanhas vêm se depositando por milhões de anos. Por essa razão, o Pantanal nunca é o mesmo. Cada novo ciclo de enchentes e vazantes altera drasticamente o leito dos rios, cria novas lagoas, abre córregos e baías. A própria vida na região pulsa ao ritmo das cheias e vazantes. Ali, há curiosos exemplos de adaptação das espécies ao ambiente. O cervo-do-pantanal, um parente do veado-campeiro do cerrado, está tão habituado a pastar dentro d'água durante a cheia que desenvolveu uma coloração escura nas pernas. A cor serve-lhe de camuflagem em meio à vegetação submersa para evitar o ataque furtivo de piranhas e jacarés. (Fonte: Revista Veja. São Paulo, 2 junho de 1999, p. 90)
O Pantanal: Maior planície alagável do planeta, o Pantanal tem o tamanho de Portugal, Suíça, Bélgica e Holanda somados. Resultante do mesmo espasmo geológico que produziu a Cordilheira dos Andes, é uma bacia na qual os sedimentos que descem dos planaltos e montanhas vêm se depositando por milhões de anos. Por essa razão, o Pantanal nunca é o mesmo. Cada novo ciclo de enchentes e vazantes altera drasticamente o leito dos rios, cria novas lagoas, abre córregos e baías. A própria vida na região pulsa ao ritmo das cheias e vazantes. Ali, há curiosos exemplos de adaptação das espécies ao ambiente. O cervo-do-pantanal, um parente do veado-campeiro do cerrado, está tão habituado a pastar dentro d'água durante a cheia que desenvolveu uma coloração escura nas pernas. A cor serve-lhe de camuflagem em meio à vegetação submersa para evitar o ataque furtivo de piranhas e jacarés. (Fonte: Revista Veja. São Paulo, 2 junho de 1999, p. 90)
A
Economia Regional e seus Centros Urbanos de Apoio O dinamismo econômico do
Centro-Oeste fica evidente quando se verifica:
Anos 70: Adaptação do cerrado ao cultivo de soja.
Anos
80: Expansão da soja e do milho.
Anos
90: Consolidação dos complexos grãos/ carne e participação de capitais
internacionais.
Também é possível se destacar a produto per capita da região, a saber: década de 50, um produto per capita próximo ao das regiões Norte/ Nordeste. Após 60 / 70 foi se distanciando destas e a partir de 1985, ultrapassou a média per capita nacional. Se essa tendência for mantida, o Centro-Oeste em 2010 responderá por cerca de 10 % do PIB nacional. Isto se reflete pela expansão da fronteira agrícola na macrorregião e um processo de três décadas de transformação produtiva: (Fonte: IPEA, IBGE, NESU, 1999). Rede denominada Centro-Norte, importante contexto regional, ligando Brasília à Cuiabá, passando por Anápolis, Goiânia e Rondonópolis. Esta rede é ainda frágil, devido à concentração populacional e econômica em torno de poucas aglomerações urbanas e centros intermediários que poderiam gerar um sistema interior de cidades. 1-9 Riqueza e Ameaça à Biodiversidade A biodiversidade do Centro Oeste é bem variada e rica, estando presente na Floresta Tropical, no Pantanal e no Cerrado (estes dois últimos têm sido vistos como fronteira agrícola e fonte de oportunidades econômicas inéditas).
O Cerrado tem sido devastado como alternativa ao desmatamento da Floresta Tropical da Amazônica (esta mais "vigiada" nacional e mundialmente) e deixada em segundo plano. Uma atitude equivocada, pois o Cerrado é uma das áreas de maior biodiversidade do planeta. O pacote tecnológico de aproveitamento do ecossistema cerrado desconheceu a riqueza de sua biodiversidade, ameaçando sua própria sustentabilidade.
Quanto à Pressão Antrópica das atividades humanas (alta, média e baixa) fica claro que onde essa pressão é mais intensa são as áreas de ocupação mais recente.
Quanto ao cerrado, estudos revelam que apenas um terço de sua área encontram-se pouco antropizados.
A conversão de áreas de vegetação natural em lavouras e pastagens, a implantação de garimpos e mineração em geral tem se acentuado nas últimas décadas. Porém, o fator considerado mais importante para a biodiversidade do Cerrado tem sido a própria atuação governamental, em termos de infra-estrutura e também em assentamentos rurais mal planejados. 1-10 Intervenção Estatal A intervenção estatal não Região Centro-Oeste implicam em degradação ambiental e, em contrapartida, gerou avanço significativo com suas ações integrativas e colonizadores, porém sem um planejamento adequado.
A
experiência e planejamento do Centro-Oeste iniciou-se efetivamente com a
criação da SUDECO (Superintendência de Desenvolvimento do Centro Oeste), em
1967.
Entre as muitas atividades desempenhadas pela SUDECO destaca-se a criação de pólos de desenvolvimento, sendo o Polocentro o mais importante destes.
Com a extinção da SUDECO, no decorrer da década de 90, vários órgãos governamentais geriram suas antigas funções, sendo o Ministério da Integração Nacional o órgão responsável pelo planejamento regional brasileiro, em termos atuais.
Existe também o MERCOESTE visando atender às necessidades de mercado existentes no "Centro-Oeste Ampliado" (Fórum de Governadores/1995) incluindo RO, TO e AC, além dos estados oficiais. Quanto ao desenvolvimento sustentável dessa macrorregião ampliada foi elaborado o PLANOESTE.
Entre as muitas atividades desempenhadas pela SUDECO destaca-se a criação de pólos de desenvolvimento, sendo o Polocentro o mais importante destes.
Com a extinção da SUDECO, no decorrer da década de 90, vários órgãos governamentais geriram suas antigas funções, sendo o Ministério da Integração Nacional o órgão responsável pelo planejamento regional brasileiro, em termos atuais.
Existe também o MERCOESTE visando atender às necessidades de mercado existentes no "Centro-Oeste Ampliado" (Fórum de Governadores/1995) incluindo RO, TO e AC, além dos estados oficiais. Quanto ao desenvolvimento sustentável dessa macrorregião ampliada foi elaborado o PLANOESTE.
No final da década de 1990, foram elaborados estudos sobre os denominados Eixos Nacionais de Integração e Desenvolvimento (ENIDS), propondo um novo desenho do Território Nacional Partindo de nove grandes regiões de planejamento. O impacto dessa proposta sobre o Centro-Oeste implica em destacar-se uma melhor conexão portuária (escoamento) para benefício do Estado de Goiás e também como ponto de interligação entre o Norte e o Sul do país. Os aspectos negativos este vinculado à hidrovia do Eixo Araguaia-Tocantins e seus danos ambientais.
Muitos foram os espaços demandados pelo governo federal denotando preocupação
com o Centro-Oeste, mas tais preocupações, nem sempre convertidas em políticas
regionais, mas mostram-se, sobretudo, fragmentadas e/ou ineficientes. 2-
CONCLUSÃO Conclui-se, com base no texto de Steinberger, que o Centro-Oeste
ainda não possui uma identidade regional definida, em termos sociais, políticos
e culturais. Conexões intra e (inter) regionais precisam ser dinamizadas para
que se caracterize uma nova geopolítica, importante para o desenvolvimento não
só do Centro-Oeste, mas de todas as outras macrorregiões do país. E cada uma
dessas, em especial a Região C. O, não podem ser vistas como meros
"recortes regionais".
Outrossim, é valido dizer que os Estados componentes de uma região não possuem uma verdadeira "noção" do espaço no qual estão inseridos, comportando-se sem unidade, e com preocupações mais voltadas à suas performances individuais no cenário nacional do que propriamente numa integração.
Outrossim, é valido dizer que os Estados componentes de uma região não possuem uma verdadeira "noção" do espaço no qual estão inseridos, comportando-se sem unidade, e com preocupações mais voltadas à suas performances individuais no cenário nacional do que propriamente numa integração.
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