Foi a civilização que formou o maior Império que o Mundo já viu.
A História da Civilização Romana tem inicio na Península Itálica.
Por volta de 2000 a.C esta região foi invadida pelos italiotas (Sabinos, Latinos e Volscos). Eles misturaram-se com os povos primitivos locais e passaram a povoar o centro da região.
Mais tarde os Etruscos fixaram-se ao norte e depois de algum tempo migraram para o sul.
Os italiotas buscando melhor se defenderem dos ataques dos etruscos, construíram uma grande fortificação, mesmo assim os invasores conseguiram dominar os italiotas.
Por volta do seculo VIII a.C. a fortaleza foi transformada num núcleo populacional que, com o passar do tempo se transformaria numa grande cidade que ficaria historicamente conhecida como Roma.
O Poeta Romano Virgilio, conta "A Lenda da Fundação de Roma" em sua Obra, Enéida.
A História de Roma pode ser dividida em 3 períodos.
Monarquia (753 a.C - 509 a.C)
No inicio da monarquia Roma foi governada por Reis de origem etruscas. Os gregos tinham grande influencia sobre a realeza. Na monarquia a sociedade estava dividida em:
Patrícios - Os grandes proprietários de terras e de gado. Somente eles poderiam ocupar cargos politico, militar e religioso.
Plebeus - homens livres mas sem direitos políticos, eram maioria em Roma.
Clientes - plebeus que prestavam serviços a um patrício em troca de dinheiro ou de terra.
Escravos - pessoas escravizadas por dividas ou oriundas dos povos conquistados pelos romanos.
Os Reis de Roma eram escolhidos pela Assembleia Curial, grupo de patrícios encarregados de escolher o rei de Roma e de criar leis.
O Senado também conhecido como Conselho dos Anciãos eram composto também por patrícios. Eles tinham a tarefa de aprovar ou não as leis aprovadas pelos Reis.
Em 509 a. C um choque de interesses entre o Rei e a Aristocracia deu fim a monarquia. Tarquínio, ultimo monarca de Roma, foi deposto pela Senado.
A Republica (509 a.C - 27 a.C)
A Republica Romana foi marcada por agitações sociais. Ao mesmo tempo em que Roma crescia, aumentava as diferenças sócias entre patrícios e plebeus.
O Senado deu um Golpe de Estado e criou uma Republica Oligárquica que atendia somente aos desejos dos patrícios. Os plebeus descontentes com a situação social em que viviam rebelaram-se e exigiram reformas politicas. Consciente de sua importância na sociedade os plebeus passaram a exigir os seus direitos políticos.
Como os patrícios dependiam dos plebeus nas atividades econômicas e militares, tiveram que atender aos pedidos. Foram criadas leis e instituições que atendiam os desejos dos plebeus. Dentre estas instituições destaca-se:
Tribunos da Plebe - Conselho formado por plebeus que tinham o trabalho de vetar as decisões do Senado que se mostrasse ameaçadora aos interesses da Plebe.
A Lei das Doze Tábuas - leis escritas que valiam tanto para os plebeus quanto para os patrícios.
Os plebeus também conquistaram o direito de se candidatar aos cargos de Magistrados, antes formado apenas por patrícios. O Direito foi a maior contribuição que os romanos deixaram de herança para o Mundo Ocidental.
Na República o poder passou a ser exercido pelos magistrados que exerciam diversos cargos. Os principais eram:
Cônsules - Magistrados encarregados de comandar o Exército Romano.
Pretores - Magistrados encarregadas de fazer a justiça.
Censores - Responsáveis pelo censo populacional.
Questores - Encarregados pela administração das finanças.
Edil - Responsável pela ordem publica e abastecimento das cidades.
Senador - Magistrado pertencente ao Senado Romano.
Os Senadores eram responsáveis por um grande numero de decisões politicas dentre as mais importantes destaca-se a nomeação dos Cônsules.
Foi no período republicano em que Roma lançou-se em guerras de conquistas. A mais difícil delas foi a guerra contra Cartago e suas províncias, as chamadas "Guerras Púnicas". Com a conquista do Mediterrâneo antes controlado pelos fenícios de Cartago, os romanos continuaram a lutar com outros povos. Valendo-se de exércitos poderosos, os romanos conquistaram terras que antes pertenciam aos gregos, egípcios, mesopotâmicos e Persas.
Os Generais Romanos, maiores liderança do Exército passaram a interferir nas decisões politicas da Republica. Em 60 a.C o poder foi divido entre os Cônsules Pompeu, Crasso e Júlio César. A divisão do poder entre os 3 generais ficou conhecida como o Primeiro Triunvirato.
Com a morte de Crasso, Pompeu e Júlio César passaram a disputar o Cargo de Cônsul único. Na disputa pelo poder César saiu vitorioso mas anos depois foi assassinado por uma conspiração formada por senadores.
Em 43 a. C., novamente o poder é divido entre 3 Cônsules. Formou-se o Segundo Triunvirato composto por Marco António, Lépido e Otávio. Após afastar Lépido e derrotar Marco Antônio, Otávio tornasse líder supremo de Roma, iniciando assim a fase imperial de Roma.
O Império Romano ( 27 a.C - 476 d.C)
Otávio recebeu o titulo de Augusto a passou a ter total controle sobre as decisões politicas de Roma.
O Senado que antes da formação do Império decidia os rumo da politica, agora exercia o simples papel de conselho imperial para o Imperadores de Roma. Com a morte de Otávio Augusto em 14 d.C sucederam-se 4 dinastias de Imperadores que são:
Dinastia Julius Cláudia (14 - 69)
Desta família vieram os imperadores Tibério, Calígula, Cláudio e Nero. No reinado desta Dinastia Houve conflitos entre o Senado e os Imperadores.
Dinastia dos Flávios (69 a 96)
Família quer colocou no poder Vespassiano, Tito e dominicano. Com o apoio do Exército a Dinastia Flaviana conseguiu controlar o Senado.
Dinastia dos Antoninos ( 96 a 192)
Nerva, Trajano, Adriano, Antonino, Pio Marco Aurélio e Cômodo foram os imperadores desta dinastia.
Os Antoninos buscaram a reconciliação do Senado com com a figura Imperial. Roma chegou ao seu apogeu com uma expansão territorial nunca antes alcançada por qualquer outra civilização.
Dinastia dos severos (193 - 235)
Teve como imperadores Sétimo Severo, Caracala, Heliogabalo e Severo Alexandre. A Dinastia Severa marca o inicio do Baixo Império Romano onde o império foi afetado por uma crise econômica e pelas invasões de povos bárbaros.
A Religião
No inicio da civilização as crenças etruscas deu inicio a pratica religiosa em Roma. Com o tempo os romanos passaram a adorar as Divindades Gregas que foram rebatizadas como nomes latinos. No período imperial no reinado Otávio Augusto nasceu Jesus Cristo, Fundador da religião Monoteísta do Cristianismo. Com o passar dos séculos a religião foi sendo difundida e aceita por todo o território romano. Em 391 o Cristianismo passou a ser a religião oficial do Império.
A Arte
A Produção artística de Roma inicia-se com a arte etrusca do arco e a abóbada. Com a expansão territorial Roma assimilou em muito a cultura grega e posteriormente a Cultura Helenística.
O Declínio do Império Romano
Em 284 o Imperador Diocleciano procurando melhor defender o império das Invasões Barbaras criou a Tetrarquia. O território romano foi divido em 4 partes, cada uma com governo próprio. Os Hunos, povo guerreiro vindos do Oriente eram os mais temidos todos os povos bárbaros.
Em 395 Teodósio dividiu o Império em duas partes. O Império Romano do Ocidente com capital em Roma e o Império Romano do Oriente com capital em Constantinopla.
A parte ocidental do império seria destruído em 476 por povos germânicos. Odoacro, líder dos Herulos depôs Rômulo Augusto, Ultimo Imperado de Roma e tornou-se rei da Itália. No Ocidente foi formado um grande numero de reinos bárbaros.
O Império Romano do Oriente que passou a ser chamado de Império Bizantino, durou ate 1453, ano em que os Mulçumanos liderados por Maomé II conquistaram a Cidade de Constantinopla.
Referência: Giordani, Mario Curtis. História de Roma. Petropolis, Ed. Vozes, 1965
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