quinta-feira, 3 de março de 2011

A ILHA DAS FLORES - UM RETRATO DA DESIGUALDADE



O curta metragem Ilha das Flores (Documentário. Diretor: Jorge Furtado, Brasil, 1989) passa em 13 minutos uma mensagem de desigualdade social e degradação ambiental, arrebatadora. Com uma narração intensa, o curta o tempo todo nos remete ao papel de “animais com o telencéfalo altamente desenvolvido e possuidores de um polegar opositor”.
Ilha das flores discute a produção de alimentos, a cadeira de produção agrícola, a partir da trajetória de tomates desde o seu plantio e colheita pelo produtor, sua venda ao mercado, seu consumo por uma dona de casa, o descarte de alguns e o seu destino final no lixão. Em ilha das flores, antes de terem a possibilidade de serem reaproveitados pelos moradores locais, os tomates e demais alimentos descartados passam por uma triagem para servirem de alimento aos porcos, pois esses possuem um dono, que zela por eles, ao contrário dos moradores do lixão de ilha das flores.
Tomando como exemplo a questão do lixo, o filme mostra a degradação ambiental causada pelo lixão e percebemos o quão limitada pode ser uma análise, apenas a partir do olhar biológico, quando tratamos das questões ambientais. Esse olhar parcial, pode levar a um entendimento superficial e distanciado das necessárias análises sociais, políticas e econômicas. 
Resumindo, não se pode pensar a educação ambiental e a questão ambiental, sem antes pensarmos sobre temas sociais como a desigualdade social e conflito de classes, por exemplo

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