domingo, 26 de julho de 2015

PROCESSO DE APRENDIZAGEM - RECURSOS DE APRENDIZAGEM

Vamos tentar caracterizar bem o que entendemos por Recursos de Aprendizagem, pois estes assumem um papel de alta relevância, no contexto prático da execução dos programas de desenvolvimento. Por definição Recursos de Aprendizagem são todos os elementos utilizados pelos responsáveis (professores, facilitadores, consultores, etc.) para auxiliar a transmissão de conhecimentos, a experimentação de habilidades e a formação de atitudes. Eles podem ser categorizados como recursos de natureza material e de natureza humana. Podem ser nomeados de formas muito diversas, tais como: recursos didáticos, recursos de ensino, meios de aprendizagem, meios de ensino, materiais didáticos, multimeios de ensino e aprendizagem e, num sentido mais restrito, recursos audiovisuais. Nas duas últimas décadas ocorreu uma grande evolução na criação de recursos de ensino e aprendizagem que pudessem ser aplicados a diferentes contextos e necessidades. Não restam dúvidas que o avanço da tecnologia é em grande parte responsável por este crescimento e, de certa forma, transformou e está transformando as tradicionais salas de aula. Mas é bom ter em conta que os recursos devem estar a serviço dos objetivos de ensino e aprendizagem que se pretende alcançar e não serem um fim em si mesmos. A rigor, eles devem ser usados para facilitar, acelerar e incrementar a aprendizagem e não para diminuir o trabalho do facilitador ou simplificar o trabalho dos aprendizes. Os recursos podem também ser classificados, numa perspectiva mais ampliada de suas finalidades, como aqueles que são aplicados no contexto específico da própria situação de ensino e aprendizado que está sendo intermediada por um facilitador. Mas podem também ser vistos em contextos mais amplos, onde se dá a ação do aprendiz, como no seu trabalho, em casa, enfim, nos diversos ambientes onde ele possa estar exercendo papéis sociais. Falando dos recursos de natureza humana, isto é, das pessoas que estão envolvidas na situação de aprendizado, temos que ampliar a nossa perspectiva de entendimento, considerando até mesmo o próprio ‘aprendiz’ como um recurso privilegiado para o aprendizado. Talvez a maior parte do que aprendemos se dê no contexto das relações que estabelecemos com as demais pessoas. Num certo sentido, são as outras pessoas que permitem termos os ‘insights’ do nosso aprendizado. Elas reagem aos nossos comportamentos, e nós captamos suas reações (via percepção consciente) do que estamos fazendo diferente e, portanto, daquilo que modificamos em nós pelo aprendizado. Vis-à-vis, esta é uma experiência muito semelhante ao que ocorre no tradicional contexto das salas de aula, onde o professor ou facilitador é o principal meio ou recurso para facilitar o aprendizado. Nesta perspectiva, o aprendizado deve, através da estimulação, orientação e utilização de técnicas adequadas (principalmente as andragógicas), permitir ou levar os aprendizes a aprenderem por si mesmos (autoaprendizado). Vale lembrar que estamos tratando do contexto das ‘trilhas de aprendizagem em liderança’, principalmente para gerentes e supervisores de base. É evidente que todas estas pessoas já tiveram diversas experiências de aprendizados, boas e ruins. Ao desenharmos trilhas e programas de liderança é recomendável saber o histórico destas últimas experiências que tiveram com uso dos recursos de aprendizado.  Outro aspecto importante na escolha dos recursos de ensino e aprendizagem está relacionado à composição dos grupos que passarão pelos programas. Não tem sido incomum, nos últimos anos, termos participantes de diferentes gerações num mesmo grupo, com diferentes habilidades (facilidades) de lidar com as tecnologias de informação e comunicação. É preciso planejar muito bem o uso destes meios para não ter de lidar com situações de constrangimento e até mesmo de bloqueio do aprendizado de parte do grupo. O assunto recursos de ensino e aprendizagem é vasto e sabemos que somente falamos de sua importância dentro do contexto do que estamos tratando. Acredito que estamos no limiar de uma nova revolução nesta área, onde os ‘games virtuais’, juntamente com situações em contextos vivenciais, serão muito brevemente a grande onda para facilitar o aprendizado de uma série de competências gerais e, particularmente, em liderança e gestão. 

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