Getúlio Vargas
ascendeu à Presidência da República no ano de 1930, com a chamada Revolução de
1930, e permaneceu nesse posto até 1945, quando foi obrigado a afastar-se
pela mesma conjuntura militar que havia lhe garantido subir ao poder. De 1937 a
1945, Vargas inaugurou o chamado Estado Novo, que consistia em um golpe de
Estado dentro de outro golpe (a Revolução de 1930) do qual já fazia parte. As
várias transformações econômicas e sociais empreendidas nesses longos anos de
governo, aliadas a pesadas propagandas políticas, proporcionaram um clamor
popular pela permanência de Vargas no poder. Essas manifestações populares
ficaram conhecidas como “queremismo”.
A Era Vargas foi um dos períodos mais contraditórios e mais importantes da história do Brasil. Vargas desenvolveu uma habilidade política que muitos autores consideram maquiavélica, em virtude de sua versatilidade de articulação. Vargas manteve, por exemplo, relações políticas íntimas com o nazismo e o fascismo e, ao mesmo tempo, relações econômicas estreitas com os Estados Unidos. A política trabalhista e os mecanismos de propaganda são exemplos dessas articulações.
Vargas desenvolveu a indústria de base do Brasil e elaborou também uma série de leis que garantia certos direitos fundamentais para os trabalhadores. Associado a isso, Getúlio também desenvolveu uma complexa máquina de propaganda que procurava enaltecer a sua figura, assim como era feito nos regimes totalitários da Europa. Isso contribuiu para que as classes populares passassem a idolatrá-lo como ídolo, como figura paternalista.
Em 1945, com o fim da Segunda Guerra Mundial, Vargas começou a ser progressivamente pressionado para abrir o seu regime (então ditatorial) e dar a ele estruturas democráticas. Como havia deixado de apoiar os nazistas, durante a guerra, e passado a lutar ao lado das democracias ocidentais, Getúlio não poderia mais manter um sistema de governo com feições autoritárias. Sendo assim, em 1945, houve a abertura para a formação de novos partidos políticos e para uma nova disputa eleitoral.
Nesse processo, Vargas procurou articular-se com o PCB, após anistiar Luís Carlos Prestes, para tentar permanecer no poder por meio de uma nova constituinte. Todavia, não havia espaço para Vargas disputar formalmente as eleições, haja vista que sua permanência no poder já era longuíssima e o candidato de sua base era o general Eurico Gaspar Dutra, um dos homens responsáveis pela instituição do Estado Novo.
Esse contexto suscitou o “queremismo”. A população, afetada pelas reformas no âmbito trabalhista promovidas por Vargas e aclimatada pela forte propaganda que ele fizera em torno de sua própria figura, clamava pela permanência dele no poder. Os militares, percebendo o risco da permanência de Vargas no poder, obrigaram-no a renunciar em outubro de 1945. Era o fim do Estado Novo.
A Era Vargas foi um dos períodos mais contraditórios e mais importantes da história do Brasil. Vargas desenvolveu uma habilidade política que muitos autores consideram maquiavélica, em virtude de sua versatilidade de articulação. Vargas manteve, por exemplo, relações políticas íntimas com o nazismo e o fascismo e, ao mesmo tempo, relações econômicas estreitas com os Estados Unidos. A política trabalhista e os mecanismos de propaganda são exemplos dessas articulações.
Vargas desenvolveu a indústria de base do Brasil e elaborou também uma série de leis que garantia certos direitos fundamentais para os trabalhadores. Associado a isso, Getúlio também desenvolveu uma complexa máquina de propaganda que procurava enaltecer a sua figura, assim como era feito nos regimes totalitários da Europa. Isso contribuiu para que as classes populares passassem a idolatrá-lo como ídolo, como figura paternalista.
Em 1945, com o fim da Segunda Guerra Mundial, Vargas começou a ser progressivamente pressionado para abrir o seu regime (então ditatorial) e dar a ele estruturas democráticas. Como havia deixado de apoiar os nazistas, durante a guerra, e passado a lutar ao lado das democracias ocidentais, Getúlio não poderia mais manter um sistema de governo com feições autoritárias. Sendo assim, em 1945, houve a abertura para a formação de novos partidos políticos e para uma nova disputa eleitoral.
Nesse processo, Vargas procurou articular-se com o PCB, após anistiar Luís Carlos Prestes, para tentar permanecer no poder por meio de uma nova constituinte. Todavia, não havia espaço para Vargas disputar formalmente as eleições, haja vista que sua permanência no poder já era longuíssima e o candidato de sua base era o general Eurico Gaspar Dutra, um dos homens responsáveis pela instituição do Estado Novo.
Esse contexto suscitou o “queremismo”. A população, afetada pelas reformas no âmbito trabalhista promovidas por Vargas e aclimatada pela forte propaganda que ele fizera em torno de sua própria figura, clamava pela permanência dele no poder. Os militares, percebendo o risco da permanência de Vargas no poder, obrigaram-no a renunciar em outubro de 1945. Era o fim do Estado Novo.
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