segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

A PIMENTA NOSSA DE CADA DIA

Originárias das Américas, as pimentas parecem ter surgido 7.000 anos a.C. na região do México Central. Acredita-se que as primeiras pimentas consumidas tenham sido coletadas de plantas selvagens e usadas como medicamento, uma prática comum dos povos maias. 
Depois disso as pimentas passaram a ser cultivadas pelos índios americanos, mas só chegaram bem mais tarde aos continentes europeu, africano e asiático, após o descobrimento do Novo Mundo. 
Vale lembrar que a história do descobrimento do Brasil está diretamente ligada às Grandes Navegações realizadas pelos portugueses com o intuito de monopolizar o comércio de especiarias como a pimenta, a canela e o açafrão. Segundo historiadores, o país foi descoberto depois que a embarcação de Pedro Álvares Cabral saiu de sua rota original, rumo à Índia. 

Seja como for, as pimentas são hoje encontradas em quase todos os lugares e consideradas, depois do sal, o condimento mais utilizado em todo o mundo.

CURSO PRESENCIAL VERSUS CURSO EaD

Curso EaD versus Curso Presencial, devemos considerar que ambos têm suas particularidades. Sabemos que é de grande relevância que a graduação presencial proporciona ao aluno uma experiência universitária única, presente nesta modalidade. Nela, é possível um envolvimento maior entre alunos e professores, com palestras e atividades extras no Campus. Não se diferencia as duas opções de curso quanto ao aspecto de aprendizagem, pois em ambos o comprometimento do discente é de fundamental importância para aprendizagem.
O EaD – Educação a distância – já é bem antigo, tendo sua primeira noticia, um anúncio das aulas por correspondência ministradas por Caleb Philips (20 de março de 1728, na Gazette de Boston, EUA), que enviava suas lições todas as semanas para os alunos inscritos. No Brasil, desde 1904, com a instalação de uma organização norte-americana, as chamadas Escolas Internacionais ofereciam cursos profissionalizantes por correspondência (Alves, 2009).
Com as inovações tecnológicas, o EaD assumiu um grande papel, que é o de oferecer educação de qualidade às pessoas que antes estavam à margem da sociedade, devido a grande extensão territorial, atingindo alguns locais que não eram atendidos por instituições de ensino. As TICs- Tecnologia da Informação e Comunicação – proporcionaram o acesso a grande maioria das instituições, tendo a disposição cursos nas mais diversas áreas. Outro diferencial é que os cursos podem ser realizados com uma maior flexibilidade de horários ao aluno, sendo que durante o curso podem haver provas e encontros marcados previamente. Essa flexibilidade é um dos principais fatores que vem tornando o EaD uma opção de estudo, principalmente para quem está a procura de um aperfeiçoamento dentro de sua área de atuação, ou até mesmo realizar um curso de graduação ou aprender uma nova atividade dentro das várias possibilidades existentes.
Não basta se inscrever em um curso EaD, é fundamental que se tenha disciplina, dedicação e comprometimento com o curso que está realizando. É importante salientar que tanto a graduação presencial quanto a EaD têm as mesmas cargas horárias e não há distinção quanto ao tipo de modalidade proposta na emissão do diploma. O Ministério da Educação exige que as provas sejam realizadas na instituição, isso se tratando de cursos de graduação.
Por trás de um EaD, existem vários profissionais envolvidos para apresentar os módulos, através do AVA- Ambiente Virtual de Aprendizagem – plataformas capazes de gerenciar o acesso dos alunos e apresentar exercícios, fóruns e várias outras atividades que são diferenciais quando se trata de curso a distância. Com isso, o professor tutor, denominação dada ao responsável por gerenciar os módulos apresentados, assume um novo papel na relação entre professor e aluno.
Com o EaD, o professor se torna um mediador e não tem o papel apenas de ensinar, mas de organizar estratégias para que o aluno conheça e construa o próprio conhecimento. Isto exige dos docentes e discentes contínuas mudanças e que estejam abertos para elas, observando com isso um campo com várias possibilidades


terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

QUEREMISMO

Getúlio Vargas ascendeu à Presidência da República no ano de 1930, com a chamada Revolução de 1930, e permaneceu nesse posto até 1945, quando foi obrigado a afastar-se pela mesma conjuntura militar que havia lhe garantido subir ao poder. De 1937 a 1945, Vargas inaugurou o chamado Estado Novo, que consistia em um golpe de Estado dentro de outro golpe (a Revolução de 1930) do qual já fazia parte. As várias transformações econômicas e sociais empreendidas nesses longos anos de governo, aliadas a pesadas propagandas políticas, proporcionaram um clamor popular pela permanência de Vargas no poder. Essas manifestações populares ficaram conhecidas como “queremismo”.
A Era Vargas foi um dos períodos mais contraditórios e mais importantes da história do Brasil. Vargas desenvolveu uma habilidade política que muitos autores consideram maquiavélica, em virtude de sua versatilidade de articulação. Vargas manteve, por exemplo, relações políticas íntimas com o nazismo e o fascismo e, ao mesmo tempo, relações econômicas estreitas com os Estados Unidos. A política trabalhista e os mecanismos de propaganda são exemplos dessas articulações.
Vargas desenvolveu a indústria de base do Brasil e elaborou também uma série de leis que garantia certos direitos fundamentais para os trabalhadores. Associado a isso, Getúlio também desenvolveu uma complexa máquina de propaganda que procurava enaltecer a sua figura, assim como era feito nos regimes totalitários da Europa. Isso contribuiu para que as classes populares passassem a idolatrá-lo como ídolo, como figura paternalista.
Em 1945, com o fim da Segunda Guerra Mundial, Vargas começou a ser progressivamente pressionado para abrir o seu regime (então ditatorial) e dar a ele estruturas democráticas. Como havia deixado de apoiar os nazistas, durante a guerra, e passado a lutar ao lado das democracias ocidentais, Getúlio não poderia mais manter um sistema de governo com feições autoritárias. Sendo assim, em 1945, houve a abertura para a formação de novos partidos políticos e para uma nova disputa eleitoral.
Nesse processo, Vargas procurou articular-se com o PCB, após anistiar Luís Carlos Prestes, para tentar permanecer no poder por meio de uma nova constituinte. Todavia, não havia espaço para Vargas disputar formalmente as eleições, haja vista que sua permanência no poder já era longuíssima e o candidato de sua base era o general Eurico Gaspar Dutra, um dos homens responsáveis pela instituição do Estado Novo.
Esse contexto suscitou o “queremismo”. A população, afetada pelas reformas no âmbito trabalhista promovidas por Vargas e aclimatada pela forte propaganda que ele fizera em torno de sua própria figura, clamava pela permanência dele no poder. Os militares, percebendo o risco da permanência de Vargas no poder, obrigaram-no a renunciar em outubro de 1945. Era o fim do Estado Novo.