Antítese
é uma figura de linguagem que pode ser explicada por uma associação/aproximação
de palavras ou expressões que representem ideias opostas. Foi muito utilizada
durante a época barroca, cuja produção ficou conhecida como “arte do conflito”.
Não
confunda antítese com paradoxo, que é muito mais que o uso conjunto de ideias
contrárias; no paradoxo, a ideia passada foge da realidade e não tem lógica se
não a poética. Por exemplo:
Antítese: “Aqui é o céu, lá é o inferno.”
Paradoxo:
“O inferno é o céu.”
Lista
de antíteses através de palavras:
Morto e vivo
Feliz e triste
Amor e ódio
Preto e branco
Grande e pequeno
Sim e não
Claro e escuro
Jovem e idoso
Agora e depois
Rico e pobre
Dormir e acordar
Ir e voltar
Formal e informal
Ligar e desligar
Feliz e triste
Amor e ódio
Preto e branco
Grande e pequeno
Sim e não
Claro e escuro
Jovem e idoso
Agora e depois
Rico e pobre
Dormir e acordar
Ir e voltar
Formal e informal
Ligar e desligar
Dia e noite
Sol e lua
Doce e salgado
Bonito e feio
Novo e velho
Cheio e vazio
Início e fim
Passado e futuro
Caro e barato
Lembrar e esquecer
Viver e morrer
Digital e analógico
Começar e terminar
Querer e desprezar
Sol e lua
Doce e salgado
Bonito e feio
Novo e velho
Cheio e vazio
Início e fim
Passado e futuro
Caro e barato
Lembrar e esquecer
Viver e morrer
Digital e analógico
Começar e terminar
Querer e desprezar
No
entanto, não pode-se esquecer que existe também antíteses através de ideias
contrárias, o que torna mais difícil percebê-la. Andar de carro pode se opor à
andar à pé. Bondade pode formar antítese com a palavra maldade, mas também com
palavras que representam seu oposto, como amargo, num contexto em que bondade é
doce; escuridão, se bondade é claridade; sujeira, se comparo bondade com
limpeza, etc…
A
antítese é um dos termos da dialética, de Platão, Hegel e Marx, que veremos
brevemente abaixo. O método dialético compõe-se de três termos:
A tese, que é uma afirmação, a antítese, que é a negação da tese/afirmação
contrária, e a síntese, que, como o próprio nome indica, concilia as duas
primeiras ideias em um meio-termo.
A
síntese supera a tese e a antítese (portanto, é algo de natureza diferente), ao
mesmo tempo em que conserva elementos das duas.
E,
na seqüência, dá origem a uma nova tese, que inicia novamente o ciclo. Exemplo:
Tese: Hoje vai cair uma tempestade.
Antítese:
Hoje vai fazer um calorão.
Síntese:
Hoje o dia será quente, porém nublado.
Nova
tese: Hoje o dia será quente e nublado e choverá a tarde.
E inicia-se uma nova discussão…
A DIALÉTICA
A dialética
pode ser descrita como a arte do diálogo. Uma discussão na qual há
contraposição de idéias, onde uma tese é defendida e contradita logo em
seguida; uma espécie de debate. Sendo ao mesmo tempo, uma discussão onde é
possível divisar e defender com clareza os conceitos envolvidos.
A prática da
dialética surgiu na Grécia antiga, no entanto, há controvérsias a respeito do
seu fundador. Aristóteles considerava a Zenôn como tal, já outros defendem que
Sócrates foi o verdadeiro fundador da dialética por usar de um método
discursivo para propagar suas idéias.
A DIALÉTICA EM
PLATÃO
Para
Platão a dialética é o único caminho que leva ao verdadeiro conhecimento. Pois
a partir do método dialético de perguntas e respostas é possível iniciar o
processo de busca da verdade.
Em
sua Alegoria da Caverna, Platão fala da existência de dois mundos: o mundo
sensível e o mundo das idéias. Sendo o segundo alcançado apenas através da
dialética, da investigação de conceitos.
A DIALÉTICA EM
HEGEL
Em
Hegel, a dialética se movimenta da seguinte forma: primeiro existe a TESE, que
é a idéia, gerando uma ANTÍTESE, que se contrapõe à TESE, surgindo assim a
SÍNTESE, que é a superação das anteriores.
Hegel
aplicava esse raciocínio à realidade e aos diferentes momentos da história humana.
Desde as antigas civilizações do oriente até a concepção de Estado Moderno,
constando nesse ínterim, acontecimentos como o surgimento da filosofia, o
iluminismo e a Revolução Francesa. Ou seja, a história estaria dividida em três
etapas, correspondendo exatamente à TESE, ANTÍTESE e SÍNTESE. A SÍNTESE
representa a superação da contradição.
A DIALÉTICA
MARXISTA
Karl
Marx reformula o conceito de dialética em Hegel, voltando-o para a
sociedade, as lutas de classes vinculadas a uma determinada organização social,
surgindo assim, a chamada: dialética materialista ou materialismo dialético.
A
dialética materialista une pensamento e realidade, mostrando que a realidade é
contraditória ao pensamento dialético. Contradições estas, que é preciso
compreender para então, transpô-las através da dialética. Marx fala da
dialética sempre em um contexto de luta de classes, diferentes
interesses, que geram a contradição. Sendo assim, o materialismo dialético é
uma das bases do pensamento marxista.
Cara Gisele, gostei dá forma didática e precisa com a qual tratou o tema, exemplificando e trazendo para a realidade do dia a dia, sem perder o conceito e raízes filosóficas.
ResponderExcluirMuito bom...obrigado por compartilhar esse material de forma tão clara e objetiva.
ResponderExcluirMaravilhosa explicação, bem didática e concisa!!
ResponderExcluirPerfeito.
ResponderExcluirPohha, que explicação foda. Agradecido
ResponderExcluirClareza e concisão!
ResponderExcluirClareza e concisão!
ResponderExcluirEScrito a quase 10 anos atrás mas ainda ajudando as pessoas, obrigado.
ResponderExcluirPuxa, como me ajudou a entender. Obg
ResponderExcluirDa hora, curti!!! Brigado!!!!
ResponderExcluirMuito obrigado.
ResponderExcluirÓtima explicação, obrigado!
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