Por volta do século VII, as diferenças entre a China e a
Europa eram maiores do que as semelhanças; enquanto na Europa o poder se
dividia entre vários senhores feudais, na China, o poder se concentrava nas
mãos dos imperadores. Enquanto as cidades européias declinavam, as chinesas
floresciam, abrindo inclusive ao contato com o Ocidente.
Entre os século VII e
XV, a China foi governada por quatro dinastias.
China Medieval: Cronologia:
618 -
906 Dinastia
Tang
906 - 960 Era das Cinco Dinastias
960 - 1270 Dinastia Song
1279 - 1368 Dinastia dos mongóis
Atualmente, há na China mais de 1 bilhão e 200 milhões de
habitantes. É a maior população nacional do planeta.
DINASTIA SONG
Durante a dinastia Song foram criadas escolas públicas
frequentadas tanto pelos filhos de famílias ricas como pelos camponeses. As
escolas preparavam os aluno para os concursos de acesso aos cargos no governo.
O alto índice de alfabetizados entre a população e a elite gerou um grande
número de leitores, que procuravam por obras variadas. Em virtude dessa
procura, era grande a produção de livros em toda a China. No século XXI, 1.000
anos após o início da dinastia Song, a economia chinesa tem sido uma das mais
promissoras do planeta, com taxas de crescimento em torno de 10%. O crescimento
econônimco da China tem se manifestado na área educacional. No ano 2004, a
percentagem de chineses que recebiam a educação obrigatória de nove anos chegou
a 94%. Nos últimos 15 anos, 94 milhões de chineses saíram do analfabetismo
Pode-se dizer que durante a dinastia SONG houve um renascimento
artístico na China.
Contribuíram para isso parte dos servidores públicos cuja
formação abrangia o estudo de obras literárias e filosóficas , e o
desenvolvimento de habilidade no campo da prosa e da poesia. Um dos
funcionários mais destacados foi SU SHI, nascido na província de SICHUAN em 1036,
e que adotou o nome artístico de SU SON-PO. Entre outras coisas, SU SHI
destacou-se como grande escritor, que modificou o estilo de escrever prova e
poesia até aquela época. Por ter ocupado vários cargos no império, até mesmo no
exterior, SU SHI teve contanto com diferentes tipos de culinária sobre os quais
escreveu um livro. As excelentes habilidades de SU SHI como calígrafo e
paisagista renderam inúmeros poemas nos quais ele descrevia as cenas retratadas
A China é detentora da maior tradição mundial na fabricação
de cerâmica e porcelana. O reconhecido destaque do país neste campo se deve não
apenas à beleza e qualidades técnicas dos produtos, mas também à enorme
influência que tiveram tanto na Ásia quanto no Ocidente. A cerâmica foi
produzida na China desde o III milênio a.C. Alguns exemplos antigos revelam
excelente qualidade e belíssima decoração, mas é apenas a partir da dinastia
Han (206 a.C. - 220 d.C.) que tem início uma tradição contínua de fabricação de
cerâmica cozida e vitrificada para uso em túmulos. Da mesma forma que os vasos,
os túmulos eram feitos de modo a oferecer um retrato da vida na época, com
celeiros, casas, lagos para peixes, animais e jogos reproduzidos no barro.
Louça cozida também foi produzida, resultando nos produtos da sexta dinastia
(251-589) e da dinastia Tang (251-589). A dinastia Song (960-1279) representou
a idade de ouro da cerâmica chinesa, com os famosos fornos, tanto no sul quanto
no norte da China. O sudeste do país se transformou no mais importante centro
de cerâmica a partir da dinastia Yuan (1279-1368). Os chineses desenvolveram o
controle sobre o pigmento azul, de modo que ele pudesse ser utilizado em
detalhes pincelados. Durante a dinastia Ming (1368-1644), a louça azul e branca
alcançou seu ponto alto, especialmente no século XV. Já na dinastia Qing
(1644-1911), os esmaltes da "família verde" se tornaram populares no
reinado do imperador Kangxi (1662-1722) e a "família rosa" no reinado
de Youngzheng (1723-1735). O complexo de fabricação de cerâmica de Jingdezhen
teve hábeis diretores durante o século XVIII e desfrutou do patrocínio da
corte, especialmente no governo do imperador Qianlong (1736-1795), grande
incentivador das artes e colecionador. A cerâmica chinesa produzida após o
século XVIII tem sido vista apenas como hábil imitação dos modelos antigos.
A SEDA
Tecido leve e macio, a seda chinesa era e continua uma
mercadoria muito apreciada. Produzida pelos chineses há mais de 2 mil anos e
consumida pelos europeus desde a época do Império Romano, a seda era uma fonte
de lucro permanente para a China; por isso, no passado , o governo imperial
chinês ameaçava de morte por tortura aquele que revelasse a um estrangeiro o
segredo de como se fazia a seda na China. Somente no século VI d.C os espiões
europeus conseguiram descobrir que a seda era feita com o fio delicado que os
chineses puxavam dos casulos dos bichos-da-seda. 1-O primeiro passo era plantar
amoreiras, serviços feito pelos homens; já a tarefa de colher as folhas das amoreiras
era feita pelas mulheres
2-Posteriormente, as folhas das amoreiras eram usadas para
alimentar os bichos-da-seda criados em prateleiras cobertas e especialmente
produzidas para esse fim.
3-Os vários fios dos bichos-da-seda eram mergulhados em água
quente, separados com varetas de madeira e enrolados em bobinas.
4-O fio enrolado no fuso era tecido por meio de uma
roda de fiar. Os teares da China, naquele tempo, eram mais aperfeiçoados do que
os existentes em outros lugares da Europa.
5-Os fios então tingidos e, depois, tecidos num tear manual;
produzia-se tanto o tecido em cores lisas como o estampado. O trabalho exigia
atenção e bom gosto, e era feito por mulheres que aprendiam a fazê-lo em casa,
com suas mães, desde meninas.
6-Depois, o tecido era batido com pás de madeira para ficar
macio. Em seguida era passado com ferro quente. Vendia-se a seda em peças
inteiras ou na quantidade solicitada pelo freguês.
A MURALHA DA CHINA
A muralha da China, atravessa as montanhas chinesas e se
estende do Deserto de Góbi, no noroeste do país, até as elevações próximas do
Mar Amarelo, no nordeste. A Grande Muralha manteve-se em pé durante séculos de
incursões estrangeiras no território chinês. Hoje, no entanto, ela esta
ameaçada pelo,descaso das autoridades e pelas obras da civilização moderna
A muralha começou a ser construída por volta de 220. a.C., a
mando do rei CH"IN, o primeiro imperador. A obra aproveitou uma série de
fortificações construídas pelos governos anteriores. A função da muralha era
proteger a China das invasões dos povos do norte. Os imperadores da dinastia
CH'IN não deixaram relatos sobre as técnicas e o número de trabalhadores
mobilizados na construção. No entanto pelo estudo das características da
obra, sabe-se que os muros eram levantados com grande blocos de pedra, fixados
um no outro com uma massa feita de barro. Acreditava-se também que
milhares de operários trabalharam na construção.
Após a morte do imperador CH'IN, as obras foram paralisadas.
Elas foram retomadas ao longo dos séculos e finalizadas na dinastia MING, no
século XV da era cristã. No período MING a China viveu um grande
desenvolvimento cultural e econômico, com destaque para o incremento da
exportação de porcelanas e seda para o Ocidente. Perto de Pequim, capital da
China, os imperadores MING mandaram construir um cemitério real, onde eles
foram enterrados. Na estrada que levava a esse cemitério, colocaram grandes
estátuas de guerreiros e animais, feitas para lembrar o poder do império e a
bravura de seus soldados. A riqueza da China motivou a retomada da construção.
Os muros reforçados e ampliados, introduziu-se pela primeira vez o uso de
tijolo, produzidos nas olarias chinesas. Ao final da dinastia MING, a muralha
estava com as caractéristicas atuais: uma rede de fortificações com cerca de
7.000 quilômetros de extensão e uma altura média de 7,5 metros. A grandiosidade
da obra, porém, não impediu as invasões de mongóis, xiambeis e outros povos que
ameaçaram o Império Chinês ao longo da história.