sexta-feira, 21 de novembro de 2014
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Entenda Seu Holerite: Vencimentos e salários dos integrantes do Quadro d...: A partir de 1º de julho de 2014, recebendo em Agosto/2014 ESCALA DE VENCIMENTOS - CLASSE DOCENTE PROFESSOR EDUCAÇÃO BÁSICA II ...
terça-feira, 4 de novembro de 2014
HISTÓRIA DO BRASIL - O GOLPE DA MAIORIDADE
Ao longo do período regencial, a disputas entre as
tendências políticas promoveram a instalação de um clima instável. De um lado,
os liberais defendiam a concessão de maiores liberdades aos governos locais com
a criação de poderes legislativos e a eleição de assembleias regenciais. Por
outro, os conservadores entendiam que a manutenção de um sistema político
centralizado era pressuposto fundamental para que a unidade territorial e
política fossem seguramente preservadas.
Em meio a essa contenda, os liberais atingiram uma primeira vitória ao
aprovarem o chamado Ato Adicional, em 1834. Pela emenda, as províncias poderiam
organizar as suas próprias assembleias legislativas. Contudo, apenas seis anos
mais tarde, os conservadores deram sua reposta com a Lei Interpretativa do Ato
Adicional. Segundo o novo texto, os direitos das assembleias locais seriam
tolhidos e o Poder Executivo central teria maiores atribuições.
Paralela a essa concorrência política, várias províncias foram palco de
violentas rebeliões que respondiam ao desmando e à crise econômica que se
perfilavam no país. Nesse contexto, ficava mais difícil a sustentação da
hegemonia conservadora nos principais cargos regenciais. Já em 1839, políticos
liberais arquitetaram um movimento defendendo a antecipação da maioridade de
Dom Pedro II, que então possuía apenas quatorze anos de idade.
A intenção dos liberais era a de apoiar a chegada de D. Pedro II ao governo,
aproveitando de sua inexperiência para assumir importantes funções políticas.
No início de 1840, o político liberal Antônio Carlos de Andrada e Silva criou o
chamado Clube da Maioridade. Com o apoio da imprensa, a proposta de antecipação
ganhou as ruas da capital e incitou algumas manifestações de apoio popular.
Para muitos, a imagem jovem e instruída de D. Pedro II representava um
tentativa de ordenação política e social.
O movimento não sofreu oposição dos conservadores, que poderiam ser facilmente
acusados de repúdio ao regime monárquico. Em maio de 1840, um projeto de lei
apresentado à Câmara realizou o pedido de antecipação da maioridade de Dom
Pedro II. No dia 23 de julho, com expressa concordância do jovem monarca, o
fragilizado governo conservador aprovou a medida. Naquele momento, o Segundo
Reinado inaugurou uma das mais extensas fases de nossa história política.
segunda-feira, 3 de novembro de 2014
TESTE DE FILOSOFIA PARA ENSINO MÉDIO
Eis um teste de Filosofia para ensino médio. Das leis da
lógica dialética, que figuram neste teste, são ignoradas pela generalidade dos
autores de manuais escolares e, no entanto, estão contidas virtualmente no programa
de filosofia «Quais são as questões da filosofia?» e «A dimensão discursiva do
trabalho filosófico». Por que razão a grande maioria dos docentes
lecionam aos alunos os princípios da lógica formal (identidade, não contradição
e terceiro excluído) e não leciona as leis da lógica dialética (uno,
devir, contradição principal, etc.) geradas no taoismo, em Heráclito, Hegel,
Marx, Althusser? Porque não sabem lógica dialética, deixando-se
submergir, no seu limitadíssimo saber, pela maré sectária da chamada
filosofia analítica com a sua lógica proposicional.
“Em alguns casos, a
filosofia em ato é ciência em potência e vice-versa”. As percepções empíricas
originam os conceitos mediante a lei do salto qualitativo. É costume dizer que a
metafísica se situa na transcendência, mas as essências, na visão de
Aristóteles, são metafísicas na imanência. »
1) Explique concretamente este texto.
2) Defina determinismo com livre-arbítrio («moderado»),
determinismo sem livre-arbítrio («radical»), indeterminismo (biofísico) sem
livre-arbítrio e fatalismo indeterminista e aplique a estas quatro correntes a lei
da contradição principal, lei que deve também definir.
3) Defina e aplique a lei dialética da luta de
contrários à sua vida pessoal. como estudante adolescente em Beja, e às
matérias da Biologia, da Química, da Matemática, do Português.
4) Relacione, justificando:
A) Proté Ousía, Forma Eterna (Eidos) e Hylé, em Aristóteles,
e lei da tríade.
B) Esfera dos valores espirituais na teoria de Max Scheler, e Mundo do
Mesmo em Platão.
COMENTÁRIOS SOBRE O TESTE DE AVALIAÇÃO
1) Aquilo que hoje é filosofia, isto é,
interpretação especulativa do mundo, em acto, ou seja, na realidade presente, é
ciência em potência, isto é, no futuro previsível. Assim aconteceu com a
filosofia atomista de Demócrito e Leucipo na antiguidade grega: converteu-se em
ciência detalhada nos séculos XIX e XX, desenvolvendo as noções de próton, electrón,
neutron, núcleo, órbitas e outras. Inversamente, uma ciência em acto, como por
exemplo, a vacinação pode vir a reduzir-se a uma mera filosofia no futuro - em
potência - quando se descobrir que a «imunização não existe, é uma tentativa de
falsear a lei biológica de causa-efeito, lei que inclui o fato de que
vírus ou toxinas inoculados no organismo humano prejudicam sempre este criando
anticorpos» (VALE DOIS VALORES). A percepção empírica, isto é, um conjunto de
sensações visuais, auditivas, tácteis, etc. - exemplo: ver uma árvore - origina
o conceito, isto é, a ideia de uma classe de coisas - exemplo: a ideia de
árvore, que se tem de olhos fechados - através da lei do salto de qualidade que
teoriza que a acumulação gradual e lenta, em quantidade, de um certo fator
num fenômeno gera, em dado instante, um salto nítido de qualidade nesse fenômeno:
vejo um pinheiro, depois um sobreiro, depois uma macieira e abstraindo (salto
qualitativo) nasce em mim o conceito ou ideia de árvore (VALE DOIS VALORES).
Diz-se que a metafísica, isto é, o reino das essências (formas) ou entes
invisíveis, impalpáveis, que está além do mundo físico visível e palpável se
situa na transcendência, isto é no Além - no Mundo Inteligível, acima do céu
visível, em Platão - mas Aristóteles sustentou que as essências ou formas
eternas estão inerentes aos objetos físicos (exemplo: a essência cavalo
existe apenas em todos os cavalos físicos, reais) por isso são metafísica
(formas imóveis, além da phisis ou região do movimento) na imanência, isto é,
dentro das coisas físicas.
2) Determinismo com livre-arbítrio (vulgo: determinismo
moderado) é a teoria segundo a qual, na natureza, as mesmas causas produzem
sempre os mesmos efeitos e o homem dispõe de liberdade racional de escolha
(livre-arbítrio). Exemplo: um homem decide, racionalmente, atirar-se do alto de
um avião em páraquedas, sabendo que se sujeita ao determinismo na lei da
gravidade, que o faz cair para a Terra. Determinismo sem livre-arbítrio (vulgo:
determinismo radical) é a teoria segundo a qual, na natureza, as mesmas causas
produzem sempre os mesmos efeitos e o homem não dispõe de liberdade racional de
escolha (livre-arbítrio). Exemplo: movido por uma força irracional, sem
liberdade de escolha, um homem atira-se do alto de um arranha-céus,
sujeitando-se determinismo na lei da gravidade, que o faz cair para a Terra e
morrer esmagado. Indeterminismo sem livre-arbítrio é a teoria
segundo a qual, na natureza, as mesmas causas não produzem sempre os mesmos
efeitos e o homem não dispõe de liberdade racional de escolha
(livre-arbítrio). Exemplo: beber água nem sempre faz funcionar os rins, às
vezes paralisa-os (indeterminismo) e um grupo de pessoas ingere água por motivo
de uma sede abrasadora, sem decisão livre e meditada. Fatalismo indeterminista
é a teoria segundo a qual tudo na vida está predestinado segundo forças do
capricho, incompreensíveis, e os homens não dispõem de livre-arbítrio. Exemplo:
tudo estava e está predestinado, incluindo que Hitler escapasse com
vida no atentado à bomba de 20 de Julho de 1944 e em outros e não há explicação
racional, determinista, para esses «acasos» predestinados. A lei da contradição
principal estabelece que um sistema de múltiplas contradições (em rigor deveria
dizer-se: contrariedades; exemplo: a contrariedade entre a URSS e os EUA, a
contrariedade entre a França e a Espanha, etc.) pode ser reduzido a uma só
grande contradição, formada por dois grandes blocos ou pólos, denominada contradição
principal. Assim, no caso das quatro correntes acima definidas a contradição
principal pode ser a que opõe as correntes deterministas (determinismos com e
sem livre-arbítrio) às correntes indeterministas (indeterminismo sem
livre-arbítrio, fatalismo indeterminista) (VALE CINCO VALORES).
3) A lei dialética da luta de contrários diz que cada ente
ou fenômeno se compõe de um par de contrários que lutam entre si e constituem
uma unidade instável que é a essência e o motor de desenvolvimento desse ente
ou fenômeno. Na vida de estudante, a luta entre a consagração ao estudo das
disciplinas escolares e comparecimento nas aulas, por um lado, e a diversão
extraescolar e faltas às aulas, por outro lado. Na Biologia, a luta entre as
células procariontes, que carecem de membrana nuclear e as células eucarióticas,
que possuem essa membrana, a luta entre assimilação e a desassimilação nos
organismos, a luta entre genótipo e fenótipo. Na Química, a luta entre ácidos e
bases, electrons e protons, metais e não metais. Na Matemática, a luta entre
números negativos e números positivos, entre multiplicação e divisão, etc. No
Português, a oposição entre prosa e poesia, substantivo e adjetivo, voz ativa e
voz passiva.
4) A) A lei da tríade diz que um processo dialético se
divide em três momentos: a tese ou afirmação, a antítese ou negação e a síntese
ou negação da negação, sendo a síntese não a soma das duas anteriores mas um
resumo, um termo intermédio e convertendo-se em tese de um novo processo.
Aplicando à teoria de Aristóteles temos o seguinte: as formas eternas ou eidos
são a tese, a hylé ou matéria-prima universal ( eis uma imagem imperfeita da hylé:
uma espécie de nevoeiro que não existe e espera condensar-se nas formas
eternas) é a antítese e a proté ousía ou substância primeira, coisa individualizada,
é a síntese já que nasce da união do eidos e da hylé
4)
B) A esfera dos valores espirituais em Max Scheler engloba os valores éticos
(bem, mal, justo, injusto), estéticos (belo, feio), filosóficos (verdade,
falsidade) e os valores de referência das ciências empíricas (verdade e
falsidade utilitárias) e do direito (legal, ilegal, etc.). Parte destes valores
figuram no Mundo do Mesmo ou Mundo Inteligível de Platão como arquétipos ou
essências perfeitas e imóveis: o Bem, o Belo, o Justo, o Triângulo, o Círculo,
o Número.
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