O papel e a atuação do
professor já não é há muito tempo a mesma do passado. Antes ele detinha “todo”
conhecimento e depositava nos seus alunos aquilo que havia estudado. Porém,
esse estudo era normalmente lido e repassado para eles sem reflexão ou visão crítica
dos conteúdos.
Hoje, felizmente, podemos e
devemos ensinar nossos alunos a pensar, a questionar e a aprender a ler a nossa
realidade, para que possam construir opiniões próprias.
Para que isto ocorra o professor
deve, em primeiro lugar, gostar e acreditar naquilo que faz, ou seja, através
de seus atos e ações ele servirá de modelo para seus alunos; se ele ensina a
refletir ele deve também refletir, se ele ensina a respeitar o próximo ele deve
respeitar seus alunos e assim por diante. Deste modo ele está sendo uma prova
viva daquilo que está ensinando, pois bem a sua frente existem seres humanos
que estão sendo moldados por ele.
O aluno é como se fosse um solo
fértil , onde o professor semeia suas melhores sementes para que se produzam
belos frutos. A relação professor/aluno deve ser cultivada a cada dia, pois um
depende do outro e assim os dois crescem e caminham juntos. E é nessa relação
madura que o professor deve ensinar que a aprendizagem não ocorre somente em
sala de aula. Se estivermos atentos aprendemos a todo momento e não só na
escola com o professor. Assim, o aluno irá desenvolver um espírito pesquisador
e interessado pelas coisas que existem; ele desenvolverá uma necessidade por
aprender, tornando-se um ser questionador e crítico da realidade que
o circunda. Como diz o filósofo: “O verdadeiro objetivo da Educação não é
meramente prover informação, mas o estímulo de uma consciência interna” (Al-
Ghazali).
PROFESSORES QUE INSPIRAM, por Dr.
Anthony P. Witham
” Professores que inspiram . . .percebem
que , em última análise, não irá contar o quanto seus alunos aprenderam , mas o
quanto acumularam conhecimento e habilidades que possam ser usadas por toda a
vida;despertam o potencial infantil ao invés de reprimi-lo; elogiam o esforço
de cada aluno ao invés de ignorá-lo, estimulam ao invés de encobrir a
curiosidade da criança;percebem que eles devem respeitar seus alunos, sem impor
seus valores pessoais, pois cada um precisa explorar e estabelecer seus valores
próprios; ajudam os alunos a descobrir seus dons, porém esses talentos
“escondidos” podem ser facilmente dominados se o principal enfoque estiver no
texto ou na avaliação, e não na criança; disponibilizam seu tempo
espontaneamente e lembram-se de encorajar aqueles que têm mais dificuldades;corrigem
os erros do aluno e elevam sua auto-estima ao mesmo tempo; motivam mentes
jovens a pensar por eles mesmos , muito mais do que se preocupam com fatos que
exijam memorização; percebem que o maior de todos os presentes que eles podem
oferecer a seus alunos não é seu talento pessoal ou sua esperteza, mas ajudar
cada a um a descobrir e a se apropriar de sua própria esperteza e talento; encorajam
mentes a pensar, mãos a criar e corações a amar – professores que exigem muito e
que recebem muito; nunca se empenham em explicar sua visão pessoal de mundo,
mas simplesmente convidam seus alunos a ficarem ao seu lado para que eles
possam ver o mundo por eles mesmos; minimizam as deficiências de seus alunos e
realçam seu dom natural.
Tais professores nunca forçam um
dançarino a cantar nem um cantor a dançar. Eles permitem com que seus alunos
acendam sua própria “lâmpada” no momento e da maneira deles; acreditam que a
comunicação em sala de aula não melhora se falada em voz muito alta;
acreditam que exemplo não é uma ferramenta de influências para impressionar
mentes jovens, e sim a chave para moldar atitudes positivas, valores e hábitos
de estudo para os alunos; recordam seus alunos de que ganhar não é tudo na
vida, mas ir em busca de seus ideais sim; sabem que o presente mais valioso do
mundo não é dinheiro nem livros, mas ter uma vida nobre; não acham que eles têm
que estar com seus alunos, eles querem estar com eles. Ensinar não é uma
profissão , mas uma escolha que optaram em consideração ao próximo; concordam
com Eleanor Roosevelt que disse, “O futuro pertence àqueles que acreditam na
beleza de seus sonhos”; percebem que na vida de cada aluno existe um espaço
esperando ser preenchido pelo professor, que pode comunicar auto confiança,
criação de talentos que não foram descobertos e incentivo às atitudes na vida
para o seu crescimento; inspiram bons sentimentos nas crianças e na juventude,
pois sabem que eles nunca irão conseguir medir o quanto influenciaram na vida
de uma criança; acreditam que algum dia seus alunos irão perceber que eu estou
lá para ajudá-los a alcançar seus objetivos ou a completar suas tarefas, a
melhorar sua auto-imagem e que existem algumas fronteiras que eles não podem
alcançar; acreditam no credo: “ensine aquilo que a sua consciência achar certo;
ensine aquilo que a sua razão disser que é o melhor; ensine com toda o seu espírito
e poder; faça o seu dever e seja abençoado”; acreditam que aprender, fazer e
ensinar acontecem quase que ao mesmo momento na vida -elas ocorrem normalmente
simultaneamente. A criança que estamos ensinando a ler e a escrever está, ao
mesmo tempo, nos ensinando sobre a inocência e a maravilha; tentam garantir a
cada criança oportunidades iguais – não se tornar “igual” mas “diferente”,
compreender todo potencial do corpo, mente e espírito que ele ou ela possui; optam
por alternativas positivas em estabelecer disciplina em sala de aula, ao invés
de depender unicamente das formas diversas de punição; encorajam e afirmam para
a criança não aquilo que ela é, mas aquilo que ela virá a ser; estão sensíveis
por saber o quanto suas palavras e ações podem afetar seus alunos positiva ou
negativamente; acreditam que um relacionamento positivo entre aluno e professor
se origina através do respeito; suscitam atitudes positivas em sala de aula e
criam uma corrente contínua de pensamentos e idéias positivas; são entusiastas,
enérgicos e eternamente otimistas em relação à potencialidade de seus alunos; concordam
com o pensamento de Grayson Kirk’s que diz: “A função mais importante da
educação, em qualquer grau, é desenvolver a personalidade do indivíduo e o
significado de sua vida para ele mesmo e para os outros”.