quarta-feira, 28 de outubro de 2015

PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA DO BRASIL - RESUMO


A independência do Brasil, enquanto processo histórico, desenhou-se muito tempo antes do príncipe regente Dom Pedro I proclamar o fim dos nossos laços coloniais às margens do rio Ipiranga. De fato, para entendermos como o Brasil se tornou uma nação independente, devemos perceber como as transformações políticas, econômicas e sociais inauguradas com a chegada da família da Corte Lusitana ao país abriram espaço para a possibilidade da independência.
A chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil foi episódio de grande importância para que possamos iniciar as justificativas da nossa independência. Ao pisar em solo brasileiro, Dom João VI tratou de cumprir os acordos firmados com a Inglaterra, que se comprometera em defender Portugal das tropas de Napoleão e escoltar a Corte Portuguesa ao litoral brasileiro. Por isso, mesmo antes de chegar à capital da colônia, o rei português realizou a abertura dos portos brasileiros às demais nações do mundo.
Do ponto de vista econômico, essa medida pode ser vista como um primeiro “grito de independência”, onde a colônia brasileira não mais estaria atrelada ao monopólio comercial imposto pelo antigo pacto colonial. Com tal medida, os grandes produtores agrícolas e comerciantes nacionais puderam avolumar os seus negócios e viver um tempo de prosperidade material nunca antes experimentado em toda história colonial. A liberdade já era sentida no bolso de nossas elites.
Para fora do campo da economia, podemos salientar como a reforma urbanística feita por Dom João VI promoveu um embelezamento do Rio de Janeiro até então nunca antes vivida na capital da colônia, que deixou de ser uma simples zona de exploração para ser elevada à categoria de Reino Unido de Portugal e Algarves. Se a medida prestigiou os novos súditos tupiniquins, logo despertou a insatisfação dos portugueses que foram deixados à mercê da administração de Lorde Protetor do exército inglês.
Essas medidas, tomadas até o ano de 1815, alimentaram um movimento de mudanças por parte das elites lusitanas, que se viam abandonadas por sua antiga autoridade política. Foi nesse contexto que uma revolução constitucionalista tomou conta dos quadros políticos portugueses em agosto de 1820. A Revolução Liberal do Porto tinha como objetivo reestruturar a soberania política portuguesa por meio de uma reforma liberal que limitaria os poderes do rei e reconduziria o Brasil à condição de colônia.
Os revolucionários lusitanos formaram uma espécie de Assembleia Nacional que ganhou o nome de “Cortes”. Nas Cortes, as principais figuras políticas lusitanas exigiam que o rei Dom João VI retornasse à terra natal para que legitimasse as transformações políticas em andamento. Temendo perder sua autoridade real, D. João saiu do Brasil em 1821 e nomeou seu filho, Dom Pedro I, como príncipe regente do Brasil.
A medida ainda foi acompanhada pelo rombo dos cofres brasileiros, o que deixou a nação em péssimas condições financeiras. Em meio às conturbações políticas que se viam contrárias às intenções políticas dos lusitanos, Dom Pedro I tratou de tomar medidas em favor da população tupiniquim. Entre suas primeiras medidas, o príncipe regente baixou os impostos e equiparou as autoridades militares nacionais às lusitanas. Naturalmente, tais ações desagradaram bastante as Cortes de Portugal.
Mediante as claras intenções de Dom Pedro, as Cortes exigiram que o príncipe retornasse para Portugal e entregasse o Brasil ao controle de uma junta administrativa formada pelas Cortes. A ameaça vinda de Portugal despertou a elite econômica brasileira para o risco que as benesses econômicas conquistadas ao longo do período joanino corriam. Dessa maneira, grandes fazendeiros e comerciantes passaram a defender a ascensão política de Dom Pedro I à líder da independência brasileira.
No final de 1821, quando as pressões das Cortes atingiram sua força máxima, os defensores da independência organizaram um grande abaixo-assinado requerendo a permanência e Dom Pedro no Brasil. A demonstração de apoio dada foi retribuída quando, em 9 de janeiro de 1822, Dom Pedro I reafirmou sua permanência no conhecido Dia do Fico. A partir desse ato público, o príncipe regente assinalou qual era seu posicionamento político.
Logo em seguida, Dom Pedro I incorporou figuras políticas pró-independência aos quadros administrativos de seu governo. Entre eles estavam José Bonifácio, grande conselheiro político de Dom Pedro e defensor de um processo de independência conservador guiado pelas mãos de um regime monárquico. Além disso, Dom Pedro I firmou uma resolução onde dizia que nenhuma ordem vinda de Portugal poderia ser adotada sem sua autorização prévia.
Essa última medida de Dom Pedro I tornou sua relação política com as Cortes praticamente insustentável. Em setembro de 1822, a assembleia lusitana enviou um novo documento para o Brasil exigindo o retorno do príncipe para Portugal sob a ameaça de invasão militar, caso a exigência não fosse imediatamente cumprida. Ao tomar conhecimento do documento, Dom Pedro I (que estava em viagem) declarou a independência do país no dia 7 de setembro de 1822, às margens do rio Ipiranga.

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

A GESTÃO PEDAGÓGICA E AS CRENÇAS DO PROFESSOR - escrito por Julio Furtado

Um dos grandes desafios da gestão pedagógica é promover mudanças na prática docente tradicional dos professores. Muitas vezes, o esforço se concentra em ensinar novas posturas metodológicas e conscientizar a respeito da necessidade de mudança. Frequentemente, pouca ou nenhuma ação concreta é dedicada a promover a mudança de crença do professor. Como resultado, os esforços de formação continuada pouco têm influenciado a prática do professor em sala de aula e, quando o fazem, muitas vezes é por períodos breves. Estudos realizados nos Estados Unidos comprovaram que as barreiras que as crenças dos professores erguem quando se começa a implementar uma nova forma de atuar são as grandes responsáveis pela dificuldade e pela lentidão das mudanças.
Alguns mecanismos têm sido usados para garantir a mudança nos processos de implantação de novos paradigmas educacionais, dentre eles as mudanças na estrutura dos livros didáticos, conforme os parâmetros de uma postura significativa e dialógica da aprendizagem. Como exemplo, no caso da matemática, os livros conduzem os alunos a um raciocínio matemático para aplicação a situações diárias, à compreensão da base conceitual dos procedimentos e à avaliação de argumentos matemáticos. Para obterem um resultado efetivo, de acordo com o novo paradigma, os professores devem utilizar materiais manipulativos, encorajar a discussão pelos alunos de maneiras alternativas, encarar e resolver problemas, além de explorar com os alunos o raciocínio deles sobre por que suas soluções fazem sentido. Essas metas e esses procedimentos instrucionais entram em conflito com muitas crenças tradicionais dos professores sobre ensinar e aprender conteúdos matemáticos, embora eles estejam de acordo com a mudança de paradigma.
A insistência da implementação prática de um novo paradigma que ignora esforços para a mudança de crenças do professor resulta, na maioria das vezes, em práticas distorcidas, decorrentes da “adaptação” inconsciente que o professor faz das novas práticas às suas crenças comportamentais sobre ensinar e aprender. Eis algumas dessas “adaptações”:
1. Os professores adaptam os novos conceitos e procedimentos para ficarem de acordo com seus próprios sistemas de crenças.
2. Os professores “pulam” lições que não se encaixam em sua crença de que os alunos deveriam aprender regras e procedimentos passo a passo.  
3. Os professores adaptam as lições que exigem procedimentos manipulativos, de forma que possam ensiná-las sem os materiais recomendados.
4. Os professores ignoram atividades de discussão, tornando-as diretivas, passíveis de correção objetiva.
Por que as crenças dos professores são tão difíceis de mudar e por que elas têm grande impacto no comportamento? As crenças sobre ensinar e aprender são formadas bem cedo, durante as experiências escolares que vivemos quando éramos alunos. Quando decidimos nos tornar professores, já estamos impregnados dessas crenças, que são profundamente pessoais e têm um forte componente emocional. As crenças servem como filtros, influenciam a interpretação dos eventos pelos professores e podem distorcer o processamento das informações. Outro fator condicionante das crenças é que, quanto mais tempo elas existem, mais difícil é mudá-las.
É urgente a implantação de programas que, de fato, sensibilizem as crenças dos docentes. A transformação da prática é resultado da transformação da crença nessa prática, e crença não se transforma por decreto, por pressão ou por meio de simples discursos. Transformar crenças requer quatro constantes, seguros e incansáveis passos: tempo, diálogo, prática e apoio. Quanto mais sincronizados os três últimos, menor será o primeiro. Diminuir o tempo e transformar de imediato tem sido a exigência de muitas escolas e sistemas educacionais que, infelizmente, têm colhido resultados desastrosos e provocado consequências catastróficas no resultado final da aprendizagem. 

fonte:http://www.gestaoeducacional.com.br/index.php/colunistas-ge/julio-furtado/966-a-gestao-pedagogica-e-as-crencas-do-professor


terça-feira, 20 de outubro de 2015

EDUCAÇÃO NO BRASIL - O PROBLEMA NÃO É SÓ DINHEIRO!

O discurso da qualidade da educação no Brasil sempre bate na mesma tecla, ou seja, alega-se a falta de investimentos. 
O cotidiano escolar é repleto de denuncias e histórias da falta de recursos e do descaso do poder público.
O resultado de pesquisa internacional como o PISA (Program for International Student Assessment) que avalia o raciocínio lógico em matemática e ciências dos alunos apontam para um desastre educacional nas próximas décadas, pois entre os 76 países participantes o Brasil ficou com a vergonhosa classificação de 60º lugar.
Entretanto, pesquisa aponta que o “Brasil investe mais em educação do que países ricos, mas gasto por aluno é pequeno”.
A matéria publicada pelo Correio da Bahia, cita estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) que menciona o Brasil como um dos países que gasta mais do Produto Interno Bruto (PIB) com educação do que os países mais ricos, e apesar disto tem resultados medíocres no ranking educacional mundial.
Apesar das mazelas já conhecidas de nosso sistema educacional, o Brasil investe 5,7% do PIB em educação, sendo que países mais desenvolvidos não passam de 5% do PIB nacional, diante deste quadro podemos concluir que é necessário romper com a ideia de que é preciso injetar mais dinheiro na educação que esta tudo resolvido.
É obvio que não! Não basta simplesmente injetar dinheiro na educação, pois somente isso não garante a qualidade de nossa educação. 
Apesar do alto investimento quando considerados todos os gastos públicos do país, o Brasil não consegue distribuir o dinheiro de forma eficiente para garantir uma boa educação aos brasileiros, nem para tornar a economia mais eficiente.
Essa distribuição ineficiente fica mais nítida nos gastos por aluno segundo a pesquisa da OCDE, o aluno brasileiro tem investimento US$ 2.985, isso equivale a um terço da média dos 34 países integrantes da OCDE, que é de US$ 8.952.
Vejamos o cenário em alguns países ricos, seu investimento por aluno/anual:
  • Noruega (US$ 14.099),
  • Suíça (US$ 13.799),
  • Dinamarca (US$ 12.903),
  • Estados Unidos (US$ 11.760)

É importante lembrar que embora cerca de 94% das crianças em idade escolar estão na escola, ainda existem altos índices de evasão ao longo do ensino fundamental e médio, chegando a atingir números significativos 50% e 70%%.
Não se pode negar que o desafio de inserir milhões de jovens na Educação Superior foi alcançado nas últimas décadas, pois o número de alunos universitários passou de 1,5 milhão em 1990 para 6,5 milhões em 2010. 
O problema é que este avanço ainda é pequeno se considerar que somente cerca de 14% da população jovem, estão em cursos superiores e que 76% destes estão estudando em instituições privadas, e neste total mais de 70% optaram pela modalidade EaD por questões financeiras exclusivamente.
Uma situação ainda preocupante é a qualidade de ensino nos cursos superiores, pois as IES refletem a situação de despreparo dos jovens formados por um ensino médio de baixa qualidade e resultado de um ensino fundamental deficitário.
Como entender escolas públicas sucateadas e professores com péssima renumeração com investimentos milionários do PIB nacional?
A meu ver teríamos que criar um sistema rígido de controle dos investimentos para evitar desvios, pois grande problema da educação brasileira em relação a essa rechonchuda fatia do PIB é que todo esse dinheiro termina se perdendo pelos ralos da “burocracia brasileira” e na roubalheira descarada de governantes que desviam recursos educacionais para áreas que rendem mais votos e para seus bolsos.
É necessário romper com este exército de “analfabetos funcionais universitários” ou a globalização continuará a nos reservar os últimos lugares no ranking educacional mundial, lembrando que o conhecimento é um instrumento de poder.
A escola que temos compromete as futuras gerações, pois não basta você dar acesso à escola é necessários criar um ambiente escolar desafiador, bem equipado, com cultura, arte, esporte, recursos tecnológicos, merenda de qualidade e  professores qualificados, motivados, com salários dignos e principalmente respeitados como formadores da sociedade futura.


domingo, 18 de outubro de 2015

SITES INTERESSANTES DE APRENDIZAGEM MOODLE

– Corsera.org

É um dos mais conhecidos e uma das maiores plataforma de cursos online gratuitos do mundo. O site oferece conteúdo em Português também, e esse ano a USP e a Unicamp entraram para o time de universidades que disponibilizam cursos por lá.  Os temas são variados… dá para apender desde Chinês Básico com a Universidade do Arizona até Fundamentos do Design com a Universidade da Califórnia.

– Programaê

O site acredita que a tecnologia tem o poder de transformar, inclusive a educação. Por lá é possível aprender ou ensinar usando a tecnologia, através de games, desenhos e animações, e assim simplificar o aprendizado da programação.

– Duolingo

É uma das melhores plataformas para aprender novos idiomas. Você escolhe uma língua, estabelece uma meta diária e o próprio aplicativo te lembra de fazer os exercícios todos os dias. Quem fala Português pode aprender Inglês, Espanhol, Francês, Italiano ou Alemão, mas se você já fala Inglês terá mais opções, como Holandês, Sueco, Irlandês, Dinamarquês, Turco, Esperanto, Russo, Polonês, etc.

– Khan Academy

Fundado por Salman Khan em 2006, o site tem a missão de disseminar educação de qualidade para qualquer um, em qualquer lugar. Também é gratuito e oferece conteúdo segmentado para alunos, professores ou até pais que desejam auxiliar no aprendizado dos filhos.  São milhares de aulas sobre Álgebra, História, Biologia, Economia e muito mais.

– Escrita Acadêmica

O site aposta em um conteúdo simples e acessível para falar sobre como melhorar sua escrita acadêmica. E também ajudar com aquelas regrinhas da ABNT para colocar referências, citações, espaçamento e tudo mais que a gente nunca lembra muito bem. Universitários agradecem 

– TED

Com a missão de disseminar boas ideias, é uma plataforma gratuita de vídeos para inspiração diária. Muito conteúdo interessante que pode ser fonte para reflexões e novos projetos.
Dá uma olhada nesse TED da escritora nigeriana Chimamanda Adichie sobre o risco de alimentarmos estereótipos culturais

domingo, 11 de outubro de 2015

PODE-SE APRENDER FORA DA SALA DE AULA? - artigo de opinião

Que a escola é o lugar apropriado para ensinar e aprender, isso todo mundo já sabe. Se a sala de aula é o local específico de aprendizagem, não se questiona. Mas que existem outros locais em que a aprendizagem pode ocorrer de forma eficiente, isso pode ser novidade para muitos.
Construir o conhecimento por meio da aprendizagem tem sido um tema que ocupa as discussões acadêmicas mundo afora. É um desafio para os educadores conseguir que a escola contemple ao mesmo tempo um lugar de estudo e prazeroso para o estudante.
A criança e o adolescente estão cada vez mais conectados com informações e tecnologias do mundo moderno. A figura clássica do professor, da lousa convencional e do giz há muito tempo não é suficiente para despertar o interesse pelo aprendizado, a atenção ao estudo e o prazer pela escola.
Infelizmente muitos alunos ainda são obrigados a conviver com ambientes escolares que se restringem a uma modesta sala de aula. Este cenário faz do instrumento escolar um trabalho sem resultado prático.
Educadores e diretores de escolas públicas e privadas de todo o Brasil aplicam cada vez mais a tese de que os diversos contextos extraclasse ajudam no desenvolvimento e na construção do conhecimento.
Pesquisa
Em estudo realizado, há alguns anos, pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em 13 países latino-americanos, incluindo o Brasil, concluiu-se que a qualidade da infraestrutura escolar influencia a aprendizagem dos alunos destes países.
Instituições que não ofereciam espaços de convivência, laboratórios de ciências e informática, salas ambiente e estrutura física agradável tinham um desempenho acadêmico muito abaixo das instituições que possuíam um espaço completo.
Na opinião dos educadores é inconcebível oferecer ensino de qualidade desprezando a concepção do espaço-ambiente de aprendizagem.
Recomenda-se que esses espaços sejam seguros, atraentes e as atividades bem planejadas para atingir o objetivo maior, que é o pedagógico. Os ambientes são importantes para fortalecer e contribuir com a aprendizagem mais prazerosa dos alunos, proporcionar um clima acolhedor, sem abrir mão da segurança e da higiene.
Conhecimento
O autor russo Lev Vygotsky defende que a aprendizagem tem um papel fundamental para o desenvolvimento do saber e do conhecimento. Ele reforça que todo e qualquer processo de aprendizagem é ensino-aprendizagem e inclui aquele que aprende, o que ensina e a relação entre eles.
O ambiente estimulante para o aluno é aquele que oferece segurança e ao mesmo tempo se mostra desafiador. Onde sinta prazer de pertencer àquele ambiente e possa estabelecer relações entre os pares.
A escola deve inserir os ambientes de forma aberta e equilibrada, o primeiro cuidado é que eles estejam ligados às habilidades a serem trabalhadas, deve haver significância entre o que se quer ensinar. O professor terá que estabelecer a ponte entre o conteúdo e o ambiente.


quarta-feira, 7 de outubro de 2015

ESCOLA E FAMÍLIA NA SOCIALIZAÇÃO DE JOVENS

A família e a escola são os dois primeiros ambientes sociais da criança, referência para sua conduta e são fundamentais no crescimento e desenvolvimento, desempenhando funções e responsabilidades distintas. Contudo, o desempenho escolar pode ser afetado por muitos fatores, tais como: competência e habilidade do professor, ambiente da sala de aula, condições econômicas da família, material didático.
Os pais precisam transmitir para os filhos, por meio de suas atitudes, o quanto a escola é importante. E quanto mais ativos os pais na vida escolar, maior a chance de o filho tirar boas notas no boletim e concluir uma faculdade.
O envolvimento dos pais na escola ajuda a diminuir as diferenças de aprendizado entre os mais ricos e os mais pobres, e é fator determinante do sucesso educativo. Melhora a qualidade da educação e o aproveitamento escolar dos alunos e influencia no comportamento geral do aluno, como por exemplo maior concentração nos estudos e nas aulas, disciplina, maior habilidade para lidar com professores, colegas e administração da escola.
Mas muitas vezes os pais não sabem como proceder para ajudar seus filhos a serem bons alunos. Ainda há alguns pais que se atrapalham com a lição de casa, outros trabalham demais e acabam não participando das atividades, reuniões e apresentações escolares.
A participação da família na vida escolar traz vantagens para a escola, pois aumenta as suas informações para orientar os seus filhos, os docentes ficam com as tarefas mais facilitadas e bem-sucedidas, além de ficarem mais bem vistos e compreendidos pelos pais. Os professores, além de informar os pais sobre as notas dos seus filhos devem informar da progressão dos filhos. E por outro lado, os pais devem reconhecer que as tarefas da escola não se limitam a pura transmissão de conhecimentos, mas também proporcionam um engajamento dos filhos à vida.
Tanto a escola como a comunidade são espaços de socialização e de aprendizagem. Os pais devem interessar-se pelas aspirações, verificar as dificuldades dos seus filhos e conversarem sempre com eles, motivando-os nos estudos. E essa “parceria” entre família e escola faz com que a criança se sinta mais integrada e segura, apesar das múltiplas diversidades que possam existir.
O papel da família é de extrema importância no processo de formação da criança e reflete em todos aspectos do seu desenvolvimento, pois “a cultura familiar” inclui tudo, desde comida, música, vestuário e arte, estilo de vida, atividades extras, hábitos sociais/familiares, saúde, história, férias, educação, atitudes, etc. Embora este processo de socialização varie de família para família.
Os pais transmitem valores como autoridade, disciplina, obediência e respeito. Ainda partilham conhecimentos. E devem organizar uma rotina familiar diária, elaborando um horário de forma a proporcionar tempo de sono suficiente, uma hora e lugar adequado para o estudo, uma hora certa para finalizar os trabalhos de casa, fixar o tempo passado em frente à televisão e aparelhos eletrônicos.
Uma boa colaboração, cooperação e interação entre a família e a escola traduz-se sempre em vantagens para as duas instituições. Os pais compreendem melhor o desempenho dos professores. E a escola passará a contar com mais recursos comunitários na materialização das diversas atividades, pois o envolvimento das famílias melhora a imagem da escola e aproxima a escola da comunidade. Portanto compete aos pais e à escola a tarefa de tornar as crianças cidadãos participativos e conscientes dos seus deveres e direitos


domingo, 4 de outubro de 2015

A CRISE BRASILEIRA E A REDUÇÃO DOS CUSTOS NAS ESCOLAS

O atual momento da economia brasileira exige responsabilidade e cautela na administração de instituições, e no caso das escolas não é diferente. A redução de custos é uma busca constante dos profissionais da área financeira das administrações escolares. Porém, cortar gastos sem interferir na qualidade do serviço oferecido é o grande desafio.
A elaboração de um planejamento financeiro que possibilite a retomada do crescimento da instituição é um fator primordial
Abaixo algumas dicas e orientações sobre o que deve ser priorizado pela gestão e o que tem menos importância na hora de avaliar as possibilidades de redução de custos; quando uma instituição necessita de redução de custos para continuar com suas atividades, é necessário reavaliar e analisar as condições reais que permitam sua continuidade.
Quando é necessário reduzir custos na instituição?
Embora uma Instituição possa desenvolver ou continuar suas atividades sem auferir lucro, o valor das receitas (entradas) deve ser pelo menos igual ao valor das despesas (gastos/pagamentos). A redução dos custos torna-se necessária quando, durante certo período de tempo, a Instituição apresenta saldo negativo em seu balanço patrimonial.
Como reduzir custos sem comprometer a qualida­de do serviço prestado?
Para exercer suas atividades, uma instituição necessita de: corpo docente, corpo técnico-administrativo, material didático, material de apoio, infraestrutura física, laboratórios, marketing, entre outros. A redução dos custos sem comprometer a qualidade do serviço prestado pode ocorrer sobre os itens que compõem os custos indiretos, ou seja, a redução de custos não pode afetar as atividades diretamente ligadas ao ensino, por exemplo, corpo docente e material didático.
Há necessidade de elaboração de um planejamento específico?
O planejamento de trabalho é de fundamental importância na administração escolar. Tem como ponto de partida o conhecimento da realidade escolar, partindo de coleta de informações sobre os aspectos significativos da realidade, bem como análise e interpretação delas, resultando em subsídio para o planejamento. Nesse caso, torna-se necessária a elaboração de um planejamento financeiro que possibilite a retomada do crescimento da Instituição.
O que deve ser considerado nesse planejamento?
Embora o planejamento financeiro considere projeções financeiras e estas sejam apenas estimativas, elas tornam-se mais concretas à medida que o gestor adquire mais informações. Ressalte-se também o orçamento financeiro, projeção, que determina as condições de trabalho apresentando as receitas, custos com recursos humanos, custos de materiais didáticos, custos com marketing, entre outros. Assim, o planejamento financeiro conduz a administração escolar a acompanhar as diretrizes de mudanças e a rever, quando necessário, as metas já estabelecidas. Permite, ainda, à administração, visualizar com antecedência as possibilidades de investimento, o grau de endividamento e o montante de dinheiro que considere necessário manter em caixa, visando seu crescimento e sua rentabilidade.
Quais as opções na hora da redução de custos: o que deve ser priorizado e o que é descartável na escola?
Consideramos como prioridade as atividades e os materiais ligados diretamente ao ensino, por exemplo: atividades desenvolvidas pelo corpo docente, monitores, instrutores, material didático, laboratório, etc. Não consideramos totalmente como descartável, mas podemos reconsiderar os custos atribuídos ao marketing, às despesas com administração de pessoal administrativo, por exemplo.
Quando se fala em redução de custos, há necessidade de desenvolvimento de uma nova cultura pela equipe de profissionais da escola?
Quando uma instituição necessita de redução de custos para continuar com suas atividades, é necessário reavaliar e analisar as condições reais que permitam sua continuidade. Nesse sentido, a elaboração de um planejamento financeiro é primordial e, por se tratar de um processo sistemático e contínuo de tomada de decisão, deverá ser entendido como um processo de interação de pessoas. Assim, para obter o resultado esperado – a retomada do seu crescimento a partir da implantação do planejamento – também é de fundamental importância o envolvimento de toda a equipe de profissionais da escola.


sábado, 3 de outubro de 2015

ESTUDANDO PARA O ENEM COM AS TICS

A menos de um mês para o Enem, uma pergunta provavelmente paira na cabeça de muitos brasileiros: como dar um gás e estar ainda mais afiado para o exame? Os tradicionais aulões agora podem não ser mais um grande diferencial nessa preparação. Isso porque essas ações buscam revisar todo o conteúdo ministrado durante o ano para atender a uma massa de estudantes, enquanto suas necessidades podem ser por um ou dois conteúdos específicos.
Para dar uma ajuda extra na preparação para o Enem e suprir essa necessidade, o EDU.app, aplicativo gratuito desenvolvido pela Fundação Lemann em parceria com o Google, entrega as melhores vídeoaulas e exercícios para o exame de forma customizada, em um formato exclusivo para celulares e tablets.
Por que usar o EDU.app agora?
O conteúdo em vídeo é apresentado de forma inovadora em playlists customizadas, e conectadas com momentos reais da vida do jovem, por exemplo: “Para fugir do embromation”, com conteúdo de língua inglesa, “Saindo pela tangente”, de geometria, “Enquanto cozinho”, sobre química nos alimentos, proteínas e enzimas, e “Estudando no banheiro”, para os interessados em fisiologia, poluição e tratamento de água.
O aplicativo tem interface intuitiva e amigável, organizada de acordo com o conteúdo e os critérios da avaliação. Veja o que o aplicativo oferece:
Videoaulas: mais de 2.000 videoaulas, as mesmas disponíveis no YouTube EDU, organizadas nas 4 áreas de conhecimento do Enem.
Playlists especiais: encontre playlists para cada momento de seu estudo, onde quer que esteja, no ônibus, na praia, na fazenda ou numa casinha de Sapê.
Exercícios: treinando é que se aprende. Resolva exercícios de provas anteriores do Enem imediatamente após assistir as vídeoaulas.
As aulas contemplam as quatro áreas do conhecimento do Enem e são selecionadas pela Fundação Lemann.
“Com videoaulas, exercícios, dicas de prova e orientações, o EDU.app aumenta o alcance do projeto e reforça o caráter democrático da internet para levar boas aulas a estudantes de todas as idades, lugares e classes sociais. Nosso principal objetivo é facilitar ainda mais a vida do jovem que quer estar mais preparado para desafios como o ENEM, tornando o conteúdo muito mais acessível, facilitando e incentivando a aprendizagem”.
Lucas Machado, coordenador de projetos da Fundação Lemann.
É preciso ressaltar que o EDU.app veio para complementar a preparação dos alunos. Se você é daqueles que não abre mão dos aulões, por exemplo, o EDU.app pode ser acessado no caminho da escola para casa de modo que o usuário se aprofunde naquele conteúdo que acabou de ver na aula e que ainda não domina totalmente.
“O EDU.app coloca à disposição do estudante videoaulas do Youtube EDU combinadas com exercícios multidisciplinares e desafios para colocar em prática seu conhecimento. É a ferramenta ideal para que os estudantes de todo o Brasil tenham acesso à informação e a conteúdos educacionais a qualquer momento e em qualquer lugar”.
Flavia Simon, Diretora de Marketing para Consumidor do Google.
E não existe mais desculpa para deixar de estudar fora de sala. O uso de celulares, por exemplo, já ultrapassou o uso de desktops em acessos à internet no Brasil. Segundo a pesquisa TIC Kids Online, 94% dos jovens de 15 a 17 anos no Brasil acessa a internet pelo celular. Cada vez mais acessíveis e popularizados, os smartphones têm transformado não só a vida das pessoas, mas também a maneira como elas interagem com o conteúdo.
Sobre o Youtube EDU
O YouTube EDU, uma parceria do Google com a Fundação Lemann, oferece desde 2013 uma plataforma exclusiva dentro do YouTube, com mais de 15 mil vídeos educacionais, nas mais variadas disciplinas. Os vídeos selecionados para a plataforma são criados pelos melhores e mais importantes canais de educação do YouTube e passam por uma rigorosa seleção da Fundação Lemann.

[Fonte: QEdu]

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

A EDUCAÇÃO NA ERA DIGITAL

 Este artigo têm por objetividade esclarecer sobre a inovação das diversidades existentes com relação a influência da comunicação na educação escolar da época Contemporânea através da internet , sendo que a mesma é necessária interagir e socializar e não resistir as mudanças, provocada para a resistência ao tradicional. A comunicação se perde e começa a não ter mais objetividade e contexto da continuidade, torna-se desinteressante sem atratividade, e têm precisão de que aconteçam o elo para as práticas pedagógicas e métodos centralizado no discente, trabalhando com informação e formação do discente e mudanças de posturas do cidadão, dando a liberdade de expressão, sem banalizar para construção do senso crítico, político, social e não a exclusão na globalização; tendo em vista, a importância da busca, com recursos tecnológicos, seleção e uso eficaz do conhecimento, em detrimento do simples acúmulo de informações, todas estas são demandas comuns ao ensino. Palavras-chave: Educação, Comunicação, recursos tecnológicos.
INTRODUÇÃO
Tendo em vista, de que é importante as mudanças de como sobreviver ao novo dimensionada com a educação para o resgate que estimula auxiliando em todas as dimensões do ser humano. Onde precisa acreditar-se, para estar no melhoramento de nosso sistema educacional, e paralelamente, teremos os recursos para o desenvolvimento que provocará o crescimento do nosso país. Entendedores de que, as tecnologias na educação são fatores que aconteçam por si diversas inovações, onde fortalecem para o desempenho do aprendizado, mesmo sendo pontual, essa tentativa inserem novas potencialidades e habilidades aos profissionais. Tendo como pretensão e objetividade o avançamento em todas as áreas de entendimentos e conhecimentos, por isso não pode ser banalizado as formas de utilidade quanto a relação de diversas pesquisas e o bom uso da internet, ao adentrar na comunidade escolar dentro da escola, o docente precisa ter em mente o compromisso e responsabilidade para assumir esse desafio de uma formação continuada, que permita a ele se apropriar de vivências, metodologias que possam contribuir com o seu papel. Conhecedores de que, com as evidências de contextos da atualidade auxiliaram nas contribuições da internet, e a mesma têm feito na atualidade, atuante na educação escolar e as universidades, não são diferentes e estão cada vez pesquisando e estudando as diversidades instrumentais com relação aos recursos, entendo de que o atraso se torna ultrapassado e venha frustar e derrotar com relação às demais. O presente têm se apresentado que, o distante no aspecto geográfico se tornou algo desconsiderado, portanto, portanto, do ponto de vista cultural, econômico, da educação continuada, das diferentes formas de pensar e sentir, do acesso e domínio, ou não, das tecnologias da comunicação. E o ser humano da atualidade não consegue viver sem interagir, compartilhar e comunicar. Com a formação e a informação, mais recente revolução tecnológica tende se comportado com atratividade em todos os aspectos. Atingido de forma ilimitado da voz e da imagem interagindo e socializando, na indução, de nova forma de pensar e de se relacionar o jovem no contexto atual.
A COMUNICAÇAO NA INTERNET AUXILIA UMA NOVA EDUCAÇÃO ESCOLAR
“ A Metodologia pode ser considerada como método em ação, onde os princípios do método (atitude inicial, básica, de percepção da realidade e suas contradições) estarão sendo mencionados na realidade da prática educacional. (...) Todavia, para que a metodologia cumpra este objetivo da ampliação da consciência é fundamental que ela tenha uma origem nos conteúdos de ensino; considere as condições objetivas de vida e trabalho dos alunos e professores; utilize competentemente diferentes técnicas para ensinar e aprender os conteúdos (...)e os diferentes meios de comunicação ( FUSARI, 1988, pp. 18-19)1. Ao longo tempo, a história, em suas diversas políticas educacionais foram reservadas com a intenção de ser apresentada a estratégia mais eficiente de transmissão para o conhecimento. Sabedores, de que, uma missão docente conteudista e, por consequência, uma missão discente reprodutora, onde permaneceu inquestionável até pouco tempo atrás. A nova geração da humanidade esta gerando diversos conflitos e questionamentos, o porque desse processo, quando têm resistência a não viver uma escola tradicional, e a decoreba nem pensar, portanto, nas últimas décadas, porém, com o aumento das produções humanas em progressão geométrica e com vertiginoso crescimento do fluxo informacional, graças ao avanço dos meios de comunicação de massa, tal visão vem sendo questionada. Sabedores de que, através dos questionamentos, incertezas, pesquisas, desassossegos na vida escolar dentro das instituições educacionais é que provocaram uma série de propostas educacionais. E devendo ficar entendido de que se precisa acompanhar o novo e inovar tudo de acordo com a realidade vivida da humanidade, o ambiente escolar não pode deixar se levar pelo tradicional enraizado em uma verdade absoluta sem evolução do ambiente escolar. E percebe-se que ao Trabalhar com o novo na educação, e não exclui a inovação esta sendo democrático e ensinando com qualidade, grande riqueza a construção na formação do aluno cidadão com o senso crítico, independente e preparado para enfrentar os desafios que se tem no cotidiano, e maturidade na socialização de uma sociedade. E observadores de que, o processo ensinar aprender e aprender ensinar, tem uma magia, que é o ensino aprendizagem, esta interagida em toda fundamentação de participação, entendedores de que um corpo é necessário, ao se fazer os usos com todos os membros, portanto a educação não é e nem será diferente, ela tem a necessidade de realizar os trabalhos em equipe quando se envolve no processo, tendo em vista, de que esse envolvimento dependerá da comunidade escolar interagida com a sociedade, assim como os gestores, alunos, família e sociedade. Na ambiência escolar a metodologia educativa inclui as escolhas profissionais do professor quanto aos assuntos em suas temáticas, contextualizados e a serem trabalhados com os alunos nos meios de comunicações. E não podendo deixar de salientar as determinações de métodos educativos, ou seja, de trajetórias pedagógicas (com os procedimentos técnicos, e proposições em suas diversas atividades inovadas de acordo com a realidade do nível e amadurecimento do aluno), para os alunos fazer, apreciar e analisar os temas trabalhados. E através dos meios de comunicação escolares na atualidade, é necessário que ocorra a produção com os diversos materiais didáticos e “mídias”, já produzidos, contendo as informações e possibilitando comunicações em suas diversidades culturais assim como: livros, textos, gráficos, quadros, rádio, televisão, DVD, CD, filmes, passeios aos museus, aos mercados, fotografias atuais e antigas, vídeos, multimídias, etc. Conhecedores de que, a necessidades dos materiais didáticos, se faz precisões e devendo ser selecionados para o uso comunicacional durante a relação educativa (presencial ou a distancia) entre professores e alunos; articulando-se aos objetivos, conteúdos, métodos propostos para as aulas e aos demais componentes da trama curricular. Quando é preciso que o uso pedagógico de combinações entre essas “mídias” nas atividades escolares esteja sempre sendo avaliado. Haja vista, de que , os meios de comunicação de massa utilizam técnicas comunicacionais modernas, dinâmicas e atrativas que atraem nossos jovens, em pouco tempo. As informações são veiculadas em tempo real; as pessoas se interagem num espaço virtual que se constitui praticamente numa dimensão paralela á real; e a escola não pode estar alheia a todas essas inovações. Sabedores de que quando se fala em mudanças não se pode evitar posturas como receios, bloqueios, reações e traumas. Com os estudos de modelos comportamentalistas e suas influências na comunicação escolar sejam relativamente recentes, as práticas educacionais nunca se afastaram muito, ao longo de sua história, de uma relação pedagógica baseada em castigos e recompensas. Onde na escola tradicional, o discente era um mero ouvinte passivo, com apenas obrigações e sem direitos algum, onde tinha que captar atentamente as lições “derramadas” por seu mestre. E o passado, com relação a muitos dos estudiosos críticos, justos e preocupados com a qualidade da educação na humanidade, é que vem trabalhando e buscando através das pesquisas cientificas, para que possa ocorrer a justiça e dignidade na formação do aluno cidadão, com o poder do senso crítico, politicamente, socialmente e economicamente. Devemos salientar, de que a internet, as redes, o celular, a multimídia estão revolucionando nossa vida no cotidiano. Cada vez mais são resolvidos os problemas conectados, a distância. Tendo em vista, de que na educação sempre é colocado dificuldades para mudança, sempre ocorrem as justificativas para a inércia ou vai mudar mais os equipamentos do que os procedimentos. Onde lembrar, e estar atento, de que a educação de milhares de pessoas não pode ficar mantida na prisão do tradicional e resistência ao inovado, na asfixia e na monotonia em que se encontra. Está muito engessada, previsível, cansativa. Precisamos ser conhecedores de que, ao auxiliar apoiando, as interações e socializações das tecnologias, onde pode ser realizado as diversas atividades no ensino-aprendizagem de formas diferenciadas ás de antes. E com isso, podendo aprender e ensinar estando juntos próximo em lugares distantes, sem necessidade de estar sempre juntos numa sala, para que isso aconteça. Observadores, de que, mesmo com os preconceitos receosos, de que virtualmente e as atividades a distância sejam pretexto para baixar o nível de ensino para aligeirar a aprendizagem. Com dependência exagerada de como é realizado, com relação ao profissionalismo e ética de quem esta a frente, e de como é direcionado as condições educacionais, de uma equipe no modo de pensar e executar o trabalho com a humanidade na educação. E o convívio virtualmente esta se tornando quase tão importante como a conivência presencial. Onde a ambiência educativa escolar precisa de uma sacudida, de um choque, de arejamento. Isso só se consegue com uma gestão administrativa e pedagógica mais flexível, com tempos e espaços menos predeterminados, com modos de acesso a pesquisa e de desenvolvimento de atividades mais dinâmicos. Entendedores de que, é preciso que, ocorra o entendimento em que a hora chegou, a partir das soluções mais adequadas com o aluno da atualidade. E os adultos e os status quatitativo, em nome da realidade, mas na verdade nos apavoramos diante da mudança, do risco do fracasso. Porém o fracasso não está bem na nossa frente? Quantos alunos iriam a nossas aulas senão fossem obrigados? Há maior fracasso do que este? Manter o currículo e as normas, tal como estão na prática é insustentável. E diante do histórico ocorrido e vivenciado, é que, as secretarias de educação precisam ser mais proativas e incentivar mudanças, flexibilização e criatividade. Tendo em vista, de que os docentes, discentes e gestores, tende o poder de acompanhar e avançar alem com relação a organização e serem flexíveis, aulas diferentes. Onde a rotina e repetição, a previsibilidade é uma arma letal para a aprendizagem. Sendo que a monotonia da repetição esteriliza a motivação dos alunos. Conhecedores, de que são muitas opções que fortalece aos diversos instrumentos com recursos a disposição direcionando os caminhos de como aprender e para ensinar. Entendedores, de que, com a chegada da internet dos programas que gerenciam grupos e possibilitam a publicação de materiais estão trazendo possibilidades inimagináveis vinte anos atrás. E temos observados com a resposta dada até agora, ainda é muito morosa, onde cada professor se sente a vontade de realizar as aulas do seu jeito, sem buscar artifícios das melhorias com relação as atratividades das aulas, de acordo com a realidade do aluno no mundo em que vivem, sem uma política institucional mais ousada, corajosa, estimulada de mudanças. Devemos salientar que devemos estar atento para a realidade e concreticidade com relação a evolução, mudanças em nossas propostas, aprender fazendo. Na atualidade que se vivem, os alunos são obrigados a ir a um local para aprender. Em outros momentos, isso era um contrasenso. E o importante é que gostem de aprenderem de diversas maneiras, motivados, usando as potencialidades, de estar juntos e de estar em rede. Se faz necessário, de que os alunos sintam vontade, desejo e prazer com a comunicação online, da pesquisa instantânea, onde de tudo acontece “just in time”, naquele rapidamente o resultado de uma pesquisa em tempo real na sala. Haja vista, de que, há necessidade de mais laboratórios com acesso a Internet, é possível realizar uma parte do processo de aprendizagem a distância/conectados. E os alunos sem esse acesso poderiam fazer essas mesmas atividades nos laboratórios. Ao salientarmos, precisamos perceber de que todos os que estão interagidos com a educação precisam conversar, planejar e executar ações pedagógicas inovadoras, com as devidas cautelas, aos poucos, mas firmes e sinalizando mudanças. Sempre haverá professores que não querem mudar, mas uma grande parte está esperando novos currículos esperando novos caminhos, o que vale a pena fazer. Se não os experimentamos, como iremos a aprender? E os docentes compromissados, sensibilizados, compromissado e responsável com a liderança na educação, tendo com isso, um passo para evolução, na construção de uma educação de qualidade bem próxima, e deve ter em mente de que, através das comunicações, não basta tentar remendos com as atuais tecnologias. Ë necessário que se faz muitas coisas diferentemente. E precisa saber quando chega aos limites que é tempo de mudanças devido a verdade, e vale a pena fazê-lo logo, chamando os que estão dispostos, incentivando-os de todas as formas entre elas a financeira dando tempo para que as experiências se consolidem e avaliando com equilíbrio o que está dando certo. Sendo que as experiências devem serem somadas e jamais divididas,tendo como propostas, resultados de uma inovadora educação escolar com vidas e movimentos, a educação não pode parar no tempo e se tornar fracassada e ultrapassada, os nossos discentes precisam serem informados e formados com objetividades e clareza do mundo em que o rodeiam e produz para novos horizontes, essa nova geração são os frutos próximos do nosso pais . Haja vista, de que, o docente têm nas mãos um grande leque de opções metodológicas, de possibilidades de organizar sua comunicação com os alunos, de introduzir um tema, de trabalhar com os alunos presencial e virtualmente, de avaliá-los. Cada docente tem como encontrar sua maneira mais adequada de interagir as diversas tecnologias e procedimentos metodológicos. Mas precisa saber da importância ao ampliar, que aprenda a administrar as maneiras de comunicação/ interpessoal/grupal e as de comunicação audiovisual/ telemática. Não se trata de dar receitas, porque as situações são muito diversificadas. É importante que cada docente encontre o que lhe ajuda mais s sentir-se bem, a comunicar-se bem, ensinar, ajudar os alunos a que aprendam melhor. Devendo dar importância nas diversificações e as maneiras de dar aula, de realizar atividades, de como avaliar. Onde devem ficarem atentos, de que o ensinar e aprender exige hoje muito mais flexibilidade espaço-temporal, pessoal e de grupo, menos conteúdos fixos e processos mais abertos de pesquisa e de comunicação. Uma das dificuldades da atualidade e conciliar a extensão de informação, a variedade das fontes de acesso, com o aprofundamento da sua compreensão, em espaços menos rígidos, menos engessados. Temos informações demais e dificuldade em escolher quais são significativas para nós e conseguir integrá-las dentro da nossa mente e da nossa vida. Tendo em vista, de que a aquisição da informação, dos dados dependerá cada vez menos do professor. Tendo em vista que as tecnologias podem trazer dados, imagens, resumos de maneira rápida e atraente. O professor tem o papel- principal- que é ajudar o aluno a interpretar esses dados, a relacioná-los, a contextualizá-los. E o docente se torna um facilitador, que procura ajudar a que cada um consiga avançar no processo de aprender. Mas tem os limites do conteúdo programático, do tempo de aula, das normas legais. Ele tem uma grande liberdade concreta, na forma de conseguir organizar o processo de ensino-aprendizagem, mas dentro dos parâmetros básicos previstos socialmente.Onde os gestores, assim como , o diretor, coordenador tem nas tecnologias, atual, um apoio indispensável ao gerenciamento das atividades administrativas e pedagógicas. O inicio da era da informática ocorreu antes na secretaria do que na sala de aula. Sabedores de que neste momento há um esforço grande para que esteja em todos os ambientes e de forma cada vez mais integrada. Não tem como separar o administrativo e o pedagógico: ambos são necessários. Tendo em vista, de que o discente, não é unicamente nosso cliente que escolhe o que quer. Sendo que o discente é um cidadão em desenvolvimento. Existe também a interação entre as expectativas dos alunos, as expectativas institucionais e sociais e as possibilidades concretas de cada professor. O professor procura facilitara fluência, a boa organização e adaptação da aula a cada aluno, mas há limites que todos levarão em consideração. E a personalidade do docente é decisiva para o bom êxito do ensino-aprendizagem. Muitos não sabem explorar todas as potencialidades da interação. Com mais uma instrumentalizações das tecnologias nos dá a permissão de componente á educação que é a autodidática. Nos permitindo que podemos somara uma um percentual ao nosso favor com relação a compreensão e entendimentos nas diversas áreas de conhecimentos e envolvimentos do individual, uma formação de comunidades por interesse - que chamamos de didática colaborativa – e, por fim, ela também permite a didática, que é alguém realmente ensinando, transmitindo conhecimento, imagine que, atualmente, um professor bem graduado que dá aulas na maior e de alto nível em uma faculdade do Brasil pode dar aulas para pessoas do Brasil inteiro além da sua sala de aula. Haja vista, que somente com a tecnologia nos pode ser permitido dessa forma . Sendo que assim podemos concentrar os recursos de especialização e transmiti-la para os diversos lugares a partir deste único núcleo. É uma revolução no mundo. Quando comecei a trabalhar na área, dizia que a tecnologia era só um meio, mas tenho pensando e debatido com grupos que, além disso, ela é um meio que está mudando completamente a maneira do homem se relacionar, viver e trabalhar. Não é só um meio, pois ela está trazendo mudanças e devemos incorporar estas mudanças de comportamento em todas as instâncias ao novo processo de formação. Enquanto na escola queremos produzir uma situação propícia para o ensino-aprendizagem, os meios de comunicação estão reproduzindo situações reais, que se não têm muito que ver com o ensino, têm a ver e muito mais com a facilitação da aprendizagem. Como revelava um estudo nos Estados Unidos, os MCM motivam uma aprendizagem `antecipatória´, quando provêm os receptores de condutas, atitudes e maneiras de comportar-se em situações novas, não vividas antes. [...] Estamos então frente ao desafio da relevância entre o que faz a Escola e o que oferecem os MCM às crianças para a sua vida diária (GOMEZ, 1997, p. 60)2. E precisamos reconhecer de que, a tecnologia influência o conteúdo, o currículo e tudo será objeto de formação. O emprego de meios auxiliares fornece precioso apoio ä aprendizagem, por estimular os diversos sentidos do aluno. Da mesma forma, as novas tecnologias agradam aos jovens, criados nesse contexto eletrônico. Portanto, com o estímulo ao emprego de recursos tecnológicos tem gerado certos exageros, não apenas pela concepção errônea da obrigatoriedade de seu uso, como pelo emprego indiscriminado e, por vezes, baseado em uma prática pedagógica anacrônica. Os meios devem ser utilizados e constituem importante apoio á atividade docente. OS TRES PRINCÍPIOS BÁSICOS: A existência da pertinência do meio empregado com o conteúdo; Com as objetividades, público e outras considerações relativas á aula/instrução; E o entendimento, conhecimento e a habilidade técnica de quem o empregará; e o caráter subalterno do meio, quando comparado á aprendizagem.
 CONSIDERAÇÕES FINAIS
E através de conhecimentos com as buscas e suas pesquisas de livros, jornais, internet e outros artigos, na visão de que o profissional da educação precisa oportunizar qualidade e inovações no processo ensino aprendizagem, e entender de que aulas deve serem interessantes e atrativas para o aluno, onde pode ter a perspectiva e possibilitar melhor formação do aluno cidadão, sendo que o mesmo terá senso mais crítico e de mudanças com evolução, onde poderá ter uma sociedade mais justas; pensando neste ponto de vista, é que surgiu a idéia de anexar proposta para reflexão dos profissionais na área da educação com relação a influência da comunicação na escola atual; Onde os profissionais da educação precisam estar interado sobre os conhecimentos das riquezas que esses meios podem trazer, e os objetivos a serem alcançados, tendo em vista de que todos os gestores, professores e alunos devem trabalhar em equipe, e com isso poderão estar trazendo a evolução e riqueza de uma educação com qualidade, assim como: Com a montagem de uma sala cinematográfica, e logo após a seção do filme, precisa ser interpretado com as dramatizações, através da escrita, debate e a própria gincana com os alunos em equipe; De onde pode acontecer a criação de uma rádio comunitária onde os alunos irão expor os acontecimentos na comunidade escolar; e suas idéias de evolução com senso crítico e concretização dos seus ideais; E nas buscas diversas através das pesquisas em suas diversificações na Internet( em grupos) buscando os mistérios e as maravilhas da comunicação online, com desenhos, músicas, poesias, teatros, filmes e formatação de produções adquiridas pelos próprios alunos da escola; após exposições dos trabalhos realizados e confeccionados teoricamente e na praticidade; fazendo a relação do abstrato e concreto, fictício e real; Com as criações de salas para oficinas, onde poderão serem confeccionados os vestuários de figurinos para montagem dos grupos teatrais e os diversos objetos laboratorial; E procurando buscar as lideranças para criar o jornal escrito da comunidade com patrocínios dos alunos e empresários vizinhos; onde o aluno terá o direito de expor os pontos positivos e negativos dentro do ambiente em que se relaciona; e abrindo espaço dando do aluno para exercer bem o papel de cidadania, iniciando os passos pelo seu mundo da comunidade escolar; Ao idealizar e realizar um recreio diferente (os discentes), na comunidade escolar, onde poderá realiza concursos ou mesmo as descobertas de talentos da comunidade escolar, e também com os objetivos de desenvolverem com eles melhores formações para a descobertas de seus valores, habilidades e potenciais, com relação ao seu mundo artístico, através das músicas, danças e até mesmo incentivá-los nas suas próprias criações, etc... REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
 AQUINO, Julio Groppa, Confrontos na sala de aula: uma leitura institucional da relação professor-aluno. 2. ed. São Paulo: Summus,1996. BRASIL, Fundamentos para a modernização do ensino. Rio de Janeiro, 1996.
 COLL, Cesar S, Aprendizagem escolar e construção do conhecimento. Porto Alegre: Artes Médicas Médicas, 1994.
 DELORS, Jacques, Educação: Um tesouro a descobrir. São Paulo: Cortez, 1998.
 FUSARI, José Cerchi, O papel do Planejamento na Formação do Educador. São Paulo,
SE/CENP, 1988.
GOMEZ, Guilhermo Orozco, Professores e meios de comunicação: desafios e estereótipos. Comunicação & Educação, São Paulo, n. 10, p. 57-68, set./dez. 1997.
 LÉVY, Pierre, As tecnologias da inteligência; o futuro do pensamento na era da informática, Rio de Janeiro: Ed. 34, 1993.
 LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da Escola Pública: A Pedagogia Crítico-Social dos Conteúdos. 6ª ed. Loyola, São Paulo: 1984. Coleção Educar.
MARCONDES FILHO, Ciro. Televisão: A vida pelo Vídeo. 13ª ed. Moderna, São Paulo:1996. Coleção Polêmica, p.119.
 MORAN, José Manuel, aprendendo a viver, São Paulo: Paulinas, 1999.
REVISTA COMUNICAÇÃO E EDUCAÇÃO. USP, Ed. Moderna, n.º 08.

REVISTA FORMA & CONTEÚDO. N.º 02, agosto, 1990.

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

ENSINO A DISTÃNCIA VERSUS ENSINO PRESENCIAL NO CENÁRIO EDUCACIONAL BRASILEIRO

RESUMO
Tido como algo inédito, novo, o EaD – Ensino a distância –  é bem mais antigo do que se supõe, seu primeiro registro teria sido um anúncio das aulas por correspondência ministradas por Caleb Philips (20 de março de 1728, na Gazette de Boston, EUA), que enviava as lições todas as semanas para os alunos inscritos. No Brasil, desde 1904, com a instalação de uma organização norte-americana, as chamadas Escolas Internacionais ofereciam cursos profissionalizantes por correspondência  (Alves, 2004),  ainda que não se diferencie as opções de curso EaD em relação ao curso presencial quanto ao aspecto de aprendizagem, pois em ambos o comprometimento do discente é de fundamental importância para aprendizagem, devemos considerar que ambos têm suas particularidades; se de um lado a graduação presencial proporciona ao aluno uma experiência universitária única, posto que nela é possível um envolvimento maior entre alunos e professores, com palestras e atividades extras no Campus; de outro lado é inegável o crescimento exponencial da procura pelos cursos EaD, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira, entre 2003 e 2013, houve um aumento de 18,8% de cursistas nesta modalidade; o objetivo deste artigo é identificar estas distinções e refletir sobre suas adequações à realidade educacional brasileira.
Palavras Chaves: Graduação presencial; Graduação EaD; educação nacional.

INTRODUÇÃO
No Brasil, o Governo Federal apoia os cursos a distância com o discurso de "Inclusão Social e Educativa", verdade ou mito, os cursos de graduação a distância já são a escolha de 15,8% dos alunos matriculados na faculdade em todo o País, este número chega a um milhão, cento e cinquenta mil estudantes, segundo o último censo da educação superior divulgado pelo Ministério da Educação em 2014.
A partir do crescimento da própria Internet, no aumento substancial do número de brasileiros conectados à rede mundial, está claro que localidades antes ilhadas pelas próprias dimensões continentais do país estão agora mais próximas, e esta aproximação também se percebe na Educação, pólos de Universidade Aberta – uma iniciativa do Ministério da Educação para elevar o nível de brasileiros com graduação, pululam quase diariamente, e causam certa apreensão, afinal apesar de regulamentada, quem supervisiona esta modalidade de ensino?
Percebe-se também uma forte pressão econômica das IES para a opção EaD,, num mesmo curso, de uma mesma instituição os valores das mensalidades oneram entre 40 e 60%, para a modalidade presencial.
Inegável que esta modalidade de aprendizado tenha seu valor reconhecido, mas há igualmente a necessidade de um instrumento capaz de orientar os discentes na medição dos avanços e fragilidades de seu aprendizado é parte importante da formação e padronização dos profissionais de ensino superior, este mecanismo, facilmente percebido nos cursos presenciais, onde o contato com os colegas e mestres favorece a interação, dirime as dúvidas quase imediatamente, melhora as relações sociais e aumenta a rede de relacionamento do futuro profissional.
Precisamos porém refletir sobre a cultura brasileira como construção sócio-histórica e também  na dimensão da educação como um espaço social; percebemos que o discurso da inclusão social é prontamente confrontado pela realidade cotidiana, pela lógica capitalista excludente, pela margilanização dos direitos sociais, políticos, tecnológicos e identitários de reconhecimento e respeito à diferença nos métodos do indivíduo desenvolver seu aprendizado mesmo quando impomos a este uma carga acadêmica mínima de disciplina à distância nos cursos presenciais, ou de cursos 100% à distância sem polos próximos para prestação das provas.
1.         CONTEXTUALIZANDO A EaD NO CENÁRIO BRASILEIRO DO SÉCULO XXI
 Na história da humanidade, não poucos foram os esforços intelectuais, teóricos e científicos dedicados a evidenciar a função social da educação. Da prática social formal, não formal e informal, a formação do homem para a vida, bem como a incorporação nas cadeias produtivas de produção a partir da estruturação do conhecimento por meio de currículos. Fato é que a educação está relacionada com a ação social e cultural de nos tornarmos humanos bem como sujeitos sociais. Como bem afirma Mattelart (2002),
Somos seres humanos, o que aprendemos na e da cultura de quem somos e de quem participamos. Algo que cerca e enreda e vai da língua que falamos ao amor que praticamos, e da comida que comemos à filosofia de vida com que atribuímos sentidos ao mundo, à fala, ao amor, à comida, ao saber, à educação e a nós próprios.

As pessoas não nascem prontas para viver e acabadas. Muito ao contrário, necessitamos de ensinamentos, orientações e cuidados. Aprendemos quando convivemos com outras pessoas inseridas em diferentes culturas, assim formamos nosso modo de viver, nossa personalidade, sentimentos e desejos. O ser humano é um ser social organizando seu modo de viver coletivamente, porém somos diferentes fisicamente, temos diferentes valores e diferentes formas de organização na sociedade.
O grande desafio da escola é investir na superação da discriminação e dar a conhecer a riqueza representada pela diversidade etnocultural que compõe o patrimônio sociocultural brasileiro, valorizando a trajetória particular dos grupos que compõem a sociedade. Nesse sentido, a instituição de ensino superior, deve ser local de diálogo, de aprender a conviver, vivenciando a própria cultura e respeitando as diferenças formas de expressão cultural. (BRASIL,1997, p. 32) e também um local onde as transformações tecnológicas deste século XXI reverberam no Brasil de forma distinta.
A partir de fenômenos como globalização, automação de processos produtivos, migramos rapidamente do modelo industrial para o de serviços, fenômeno similar ao do início do século XX, mas com um nível significativamente mais elevado de exigência e qualificação do ser humano; o uso cada vez maior destas tecnologias, reduz a remuneração e aumenta o desemprego, agravando um cenário já não muito favorável de violência, conflitos, piora da qualidade de vida, seja urbana seja rural.
Por outro lado entre 2012 e 2014, as empresas de telecomunicações, serviços de TI e prestação de serviços de comunicação viram seu faturamento crescer de R$ 96,4 bilhões para R$ 144,7 bilhões no período, o que representa quase 2% do faturamento de todas as empresas brasileira, incluindo-se ai os cursos EaD das Instituições de Ensino, segundo a ABRANET.
O efeito mais perverso destas transformações tem sido o desemprego e a exclusão social, já que os benefícios provenientes dessas transformações são usufruídos por apenas uma pequena parte da sociedade. Ao lado dos avanços científicos e tecnológicos com o aumento dos bens de consumo, do bem-estar, da difusão social, há fome, desemprego, doença, falta de moradia, analfabetismo das letras e das tecnologias. (OLIVEIRA, 2003, p. 115)

Se considerarmos a LDB 9394/96 em seu artigo primeiro que considera a abrangência formativa da educação também nas instituições de ensino e pesquisa, assim como nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais e pensarmos que nossa formação histórica, está baseada nas relações econômicas e políticas a compreensão de nosso modelo de ensino desenvolvido e modificado pelas inúmeras  reformas, classifica o Brasil como um país  absorve as leis gerais da dinâmica capitalista, estabelecendo as conexões com suas características próprias,  lógica está comprovada pelos dados e informações da ABRANET e do próprio MEC,evidenciando que o setor de serviços digitais apresenta um robusto crescimento enquanto os demais setores da economia estão e que há uma migração dos alunos dos cursos presenciais para a modalidade EaD da ordem de 40 a 60%,, migração esta baseada predominantemente na questão financeira, como veremos adiante.
Há uma tendência mundial, percebida na última década, tanto para os países com economias maduras, ou em fase de desenvolvimento, apesar das crises internas, de migrar a geração de riqueza dos setores primários e secundários da economia (agricultura e comércio) para o setor terciário (serviços), notadamente a partir das revoluções científicas e tecnológicas que reorganizam os empregos em todos os setores e criam a demanda por novas qualificações profissionais.
No Brasil, as transformações ocorridas a partir do uso das novas tecnologias e do avanço das comunicações baseadas na internet (plataformas de dados e voz sobre ip) formaram o amálgama tanto para o surgimento de novos postos de trabalho, como para a ruptura de barreiras internas para a implementação dos cursos superiores à distância, eliminando um problema logístico e financeiro decorrente de nossa extensão territorial, a partir deste novo século qualquer cidadão, em qualquer ponto do país poderia graduar-se bastando para isso que a instituição mantenedora do curso fosse reconhecida pelo Ministério da Educação e possuísse um polo na região para aplicação das avaliações, exigência legal; pelo menos em teoria, isso diminuiria as desigualdades educacionais, econômicas e sociais impostas pela própria dimensão nacional, é neste contexto de sociedade tecnológica que a finalidade da IES ganha sua dimensão mais abrangente, traz o desafio de formar os discentes para um mundo em que os empregos de seus pais e avós já não mais existirão mesmos nos rincões mais afastados, deve-lhes proporcionar o desenvolvimento humano cultural, científico e tecnológico, numa sociedade de lógica capitalista que é por natureza excludente, com novas linguagens que por vezes são estranhas baseadas em ferramentas chamadas TIC’s  ou AVA. Trabalhar competências e habilidades sofisticadas que formarão este novo cidadão para esta nova sociedade, ensinando-os a aprender a aprender, sem a supervisão direta, pautadas numa tecnologia ainda muito jovem é sem dúvida, mais um dos desafios dos cursos à distância das IES.
2.         OS OBJETIVOS DO ENSINO SUPERIOR
 Considerando que educação é por origem e objetivo, um fenômeno social, está fortemente vinculada ao contexto político, social e econômico de determinada sociedade, e portanto,  não ocorre de forma similar em todos os lugares, seu vínculo é com o indivíduo e com a sociedade a qual este pertence, sobre isto  Demerval Saviani afirma: 
O estudo das raízes históricas da educação contemporânea nos mostra a estreita relação entre a mesma e a consciência que o homem tem de si mesmo, consciência esta que se modifica de época para época, de lugar para lugar, de acordo com um modelo ideal de homem e de sociedade. (SAVIANI, 1991, p.55).
Sobre tal afirmação buscamos refletir o impacto educacional e social e as dinâmicas que dele resultam a partir de diferentes formas de abordagem dos cursos presencial e EaD,, tanto pela dimensão governamental, a partir das Resoluções e Leis vinculadas ao temas, como pela posição de teóricos em educação, seja pela próprias IES a partir de sua prática, em concordância ou dissonância de seus discursos da socialização e desenvolvimento educacional e profissional.
É inegável o objetivo que os cursos EaD tem de democratizar o acesso à formação profissional e acadêmica, no caso nacional, um país com dimensões continentais e disparidades sociopolítico e econômicas igualmente gigantescas,  seria um engano ingênuo, quase infantil, se acreditássemos tal a única razão de ser; a única causa da existência desta modalidade, no decorrer  deste trabalho continuaremos nossa sobre tais discursos.
As mudanças tecnológica e científica ocorridas no final do século XX e início deste século XXI  refletiram também na sociedade e esta mudou a partir de tal influência, como sempre respondeu às inovações tecnológicas ao longo da história; seria ingenuidade acreditar que a educação também não necessitaria adaptar-se à esta sociedade do conhecimento e assumir seu papel de protagonista neste processo. Se não é possível conceber a educação sem as TICs, (ferramentas da tecnologia da informação e comunicação, essenciais à existência da modalidade EaD), é igualmente importante refletirmos sobre a concepção da aprendizagem acadêmica, que deverá perpassar pela utilização desta tecnologia na prática educativa.
A ideia amplamente difundida é que a EaD serve para facilitar o processo de ensino e aprendizagem e socializar o acesso de todos à formação superior, o que nos leva à uma reflexão se  a utilização deste modelo Ead está pautado numa aprendizagem Behaviorista, onde aprender significa exibir comportamento apropriado, ou atingir uma pontuação satisfatória, assim o objetivo principal da educação se restringe a treinar os educandos a exibirem um determinado “comportamento digital”, um “score” satisfatório e controlá-lo externamente.
Há outro discurso que defende que no modelo Ead realiza-se o ciclo descrição – execução – reflexão – depuração – descrição, que são relevantes na aquisição de novos conhecimentos, a descrição para solução do problema será dada por um técnico e não um catedrático na disciplina à máquina, a partir de uma linguagem de programação, enquanto na outra extremidade o discente terá acesso aos resultados, ao feedback, e buscará diletantemente a resposta mais adequada, dentro da programação elaborada por outro, a interface é feita por uma máquina que muitas vezes não facilita o diálogo, o diálogo entre mestre e discente fica comprometido, e o professor tem dificuldade de entender o que o aluno está pensando, portanto o processo de encontrar e corrigir o erro, oportunidade única para o aluno aprender sobre determinado conceito envolvido na solução de um problema, ou sobre estratégias de resolução de problemas, objetivo da educação fica limitado a uma programação feita por terceiros.
A realização deste ciclo construtivista de Piaget descrição – execução – reflexão – depuração não acontece simplesmente colocando o aprendiz diante do computador, a interação precisa ser mediada por um profissional com notório saber tanto do conteúdo abordado, como do processo de aprendizagem por intermédio da construção de conhecimento, de tal forma que este docente possa entender as ideias do discente e atuar no processo de construção do conhecimento para intervir apropriadamente na situação, auxiliando-o nesse processo.
Ainda segundo a teoria de Piaget, o conhecimento não procede apenas da programação inata do sujeito e nem de sua única experiência sobre o objeto, mas é resultado tanto da relação recíproca do sujeito com seu meio, quanto das articulações e desarticulações do sujeito com esse objeto, de tais interações surgem construções cognitivas sucessivas, capazes de produzir novas estruturas em um processo contínuo e incessante.
Se a educação tem como objetivo mediar a construção do processo de conceituação dos alunos, buscando a promoção da aprendizagem e desenvolvendo habilidades importantes para que ele participe da sociedade do conhecimento e não simplesmente facilitando o seu processo de ensino e de aprendizagem então o ambiente EaD deveria apresentar-se de forma interativa, com levantamento de hipóteses, refinando ideias iniciais, apresentando réplicas e tréplicas dos tutores/professores com o corpo discente de modo a auxiliá-los na construção de seu próprio conhecimento.
Verificamos ainda que há uma terceira via de interesse nos cursos EaD, o valor dos cursos de graduação; se há ou não alguma orientação governamental neste sentido, tal informação não é oficial, mas o fato é que tanto os cursos EaD apresentam valores significativamente inferiores em relação à modalidade presencial, como a maioria dos cursistas que opta pela modalidade Ea já nas famílias com  renda superior a este número há uma inversão da opção com predominância dos cursos presenciais, também notamos uma diferença significativa por gênerocom predominância de mulheres nos cursos EaD e de homens nos presenciais, a diferença mais significativa porém está entre os alunos casados matriculados nos cursos EaD e aqueles que são a principal fonte de renda familiar, conforme podemos observar na tabela abaixo.
 Há ainda um outro perfil, o dos discentes que necessitam de um curso de graduação célere, que lhes assegure melhores condições financeiras, promoções, ou simplesmente a manutenção de seus empregos, nesta nova sociedade tecnológica, e acabam  por renderem-se apresenta uma situação social e financeira já comprometida, com renda familiar até três salários mínimos,se às propagandas dos cursos tecnológicos
 3. ADEQUAÇÕES NECESSÁRIAS
É preciso entender, que se as instituições de ensino são habitadas por diferentes indivíduos, estes vem com um arcabouço moral, emocional e intelectual singular e único, e o espaço que dividem deveriam ser mediados, em especial num ambiente que se pretende democrático.
Vivemos num mundo globalizado e apesar do termo sugerir inclusão, a lógica capitalista como anteriormente mencionado é a da exclusão, uma vez que esta se caracteriza pelo mercado livre e dessa forma o homem tende cada vez mais a extinguir o trabalho assalariado e manual, para livrar-se dessa condição de desempregado esse homem global tem por obrigação estudar de forma a manter-se atualizado e inserido no mercado de trabalho como membro dessa “sociedade do conhecimento”.
A educação superior representa a inserção social, o acesso as informações a valoração das realidades locais a ascensão social e nesta perspectiva, a IES na modalidade EaD deve romper com a forma histórica das IES de modo a apresentar desafios nessa reconfiguração, tomando por base os discursos que introduzem e justificam as atuais políticas das chamadas "novas tecnologias" ou, mais precisamente, das tecnologias da informação e da comunicação (TIC) ferramentas que constituem a modalidade EaD. Essa presença tem sido cada vez mais constante no discurso pedagógico, compreendido tanto como o conjunto das práticas de linguagem desenvolvidas nas situações concretas de ensino quanto as que visam a atingir um nível de explicação para essas mesmas situações.
As transformações nas formas de comunicação transmissão de conhecimento desencadeadas pelo uso generalizado das tecnologias digitais em todas as esferas da sociedade contemporânea, especialmente nos cursos de graduação, demandam uma reformulação das relações de ensino e aprendizagem, tanto no que diz respeito ao que é feito nas IES, quanto a como é feito; precisamos refletir no pode e precisa ser feito a partir da utilização dessas novas tecnologias no processo educativo. Para isso, é necessário compreender quais são suas especificidades técnicas e seu potencial pedagógico.
No curso presencial, o professor de sala há muito já assumiu um novo papel na relação entre professor e aluno, se torna o mediador e não apenas o papel de ensinar, mas sobretudo organizar estratégias para que o aluno conheça e construa o próprio conhecimento, isso também poderia ser feito no modelo EaD, neste no entanto os atos da fala são claros e quaisquer dúvidas ou ruídos são prontamente liquidados, não raramente há uma interpretação diversa entre o leitor (professor/tutor) e o que foi escrito pelo autor, discente, a escrita e a fala, se tornam subjetivas, dependendo exclusivamente da interpretação de quem lê, sem direito a réplica.
No processo de compreensão do perfil do educando e da comunidade ou região nacional e no processo de imersão da mediação educativa, gostaria de apontar a importância em ouvir o educando, é relevante criarmos espaços para discussão de temas transversais, criar espaços onde o educando sinta-se a vontade para interagir e apresentar seu mundo e seu conhecimento para professor, onde a interpretação da fala do discente não dependa exclusivamente do leitor (professor/tutor).
É nesse exercício do ouvir, que podemos verificar problemas de aprendizagem, problemas de interação, problemas de socialização sadia, indícios de preconceitos não desconstruídos, e a partir desse exercício do ouvir, podemos planejar ações que ajude no processo de formação social e cidadã deste educando e de fato romper as barreiras sociais impostas pelas dimensões geográficas.
No universo do diálogo e dos atos da fala, a comunicação pela via EaD fica engessada a digitação e a compreensão, ou antes interpretação exclusiva do leitor, o que não ocorre na modalidade presencial, no universo presencial a tônica é a dinâmica.
É correto que por trás de um EaD, existe um staff de vários profissionais envolvidos para apresentar os módulos, através do AVA- Ambiente Virtual de Aprendizagem – plataformas capazes de gerenciar o acesso dos alunos e apresentar exercícios, fóruns e várias outras atividades que são diferenciais quando se trata de curso a distância, isto exige dos docentes e discentes contínuas mudanças e que estejam abertos para elas, observando com isso um campo com várias possibilidades.
No contraponto, o Brasil ainda oferece uma Internet cara e de péssima qualidade, além disso a falta de interação com colegas e professores é desmotivante, o diálogo, tão essencial à análise acadêmica, praticamente inexiste, ou é estanque, “uma mesma resposta para vários cursistas, de cursos distintos” sem contextualização.
Além da legislação vigente buscamos no parecer de teóricos conceitos como gestão democrática, autonomia, formação acadêmica e científica, se compreendemos gestão democrática como a participação dos vários segmentos da comunidade acadêmica nos projetos pedagógicos, na alocação dos recursos da IES e seus processos decisórios, evidencia-se ainda mais as semelhanças e diferenças das modalidades EaD e presencial, posto que a gestão democrática é participativa e exige uma “mudança de mentalidade de todos os membros da comunidade escolar” (GADOTTI, 1994, p.5).
A democratização da gestão da escola constitui-se numa das tendências atuais mais fortes do sistema educacional, apesar da resistência oferecida pelo corporativismo das organizações de educadores e pela burocracia instalada nos aparelhos de estado, muitas vezes associados na luta contra a inovação educacional (GADOTTI,1994, p.6).

Vale ressaltar que a inovação citada, não necessariamente é a mudança de método, destacamos aqui o valor da participação coletiva e do exercício de construção democrática como prática constante e condição maior de desenvolvimento, através da qual a IES se torna, de fato, uma instituição promotora da cidadania e voltada aos interesses de todas as camadas sociais, inclusive as populares, uma prova disso é evolução de matrículas nos cursos de graduação em números totais, conforme tabela..
Salientamos porém a exclusão do corpo discente nas propostas pedagógicas das modalidades EaD, nem acesso aos critérios de validação e avaliação dos cursos, tais informações permanecem encasteladas do domínio, ou minimamente ciência de sua clientela, sabe-se que há um “score” a ser atingido e apenas isso, como esta graduação é montada ou analisada, permanece uma icógnita, a qual não conseguimos desvendar.
Ainda assim buscamos nas Políticas Públicas no Brasil orientações sobre tais propostas pedagógicas, se estão voltadas exclusivamente para resultados, buscando desenvolver sistemas de monitoramento e avaliação, modelo este facilmente atingido pelas IES voltadas para cursos EaD, pois são pautadas em pontos, cuja mediação é meramente quantitativa, e não avalia as competências individuais do discente.
Já a gestão pedagógica não é tão facilmente percebida, menos ainda pelo alunado; as necessidades de ajuste ou melhoria do rendimento acadêmico, o acompanhamento dos processos de aprendizagem e recuperação dos alunos, o planejamento pedagógico, ou matriz curricular somente são avaliados, quando são, por estruturas governamentais lentas e com uma periodicidade que o mundo contemporâneo não admite mais.
Em defesa dos cursos a distância, é sabido que vivemos numa sociedade notadamente marcada pela informação ou “Era Tecnológica”, oriunda do pós-modernismo; com as inovações tecnológicas, o curso EaD assumiu um grande papel, o de oferecer educação de qualidade àqueles que antes estavam à margem da sociedade, devido a grande extensão territorial, atingindo assim alguns locais que não eram contemplados por instituições de ensino. As TICs- Tecnologia da Informação e Comunicação, dentro da qual a modalidade de ensino à distância existe – proporcionaram o acesso a grande maioria das instituições, tendo a disposição cursos nas mais diversas áreas; outro diferencial é que os cursos podem ser realizados com uma maior flexibilidade de horários ao aluno, sendo que durante o curso podem haver provas e encontros marcados previamente, essa flexibilidade, junto com custo significativamente mais reduzidos são dois dos principais fatores que vem tornando o EaD uma opção de estudo, em especial para quem está a procura de aperfeiçoamento dentro de sua área de atuação, ou realizar um curso de graduação, ou ainda, aprender uma nova atividade dentro das várias possibilidades existentes.
Não basta se inscrever em um curso EaD, é fundamental que o discente tenha disciplina, dedicação e comprometimento com o curso que está realizando, principalmente porque não há monitoria, nenhum controle de tempo de dedicação ou leitura é efetuado, a participação resume-se geralmente a poucos acessos a fóruns e a apresentação de trabalhos finais além da própria avaliação.
Cumpre ressaltar que tanto a graduação presencial quanto a EaD têm as mesmas cargas horárias e não há distinção quanto ao tipo de modalidade proposta na emissão do diploma, por exigência do Ministério da Educação as provas devem ser realizadas na instituição, isso se tratando de cursos de graduação.
Neste cenário, como posicionar a importante missão de acompanhar o desenvolvimento da prática educativa e o processo de ensino-aprendizagem destes futuros profissionais?.Transformar o futuro profissional, ampliar o horizontes acadêmico, ou o universo de conhecimento são atribuições correlatas vinculadas ao docente do ensino superior, além obviamente do respeito pelo saber acadêmico e ético também protagoniza vínculos afetivos como  admiração e valorização do discente.
Outro destaque é a do espaço virtual em oposição ao acadêmico, sem dúvidas, os estudantes melhoram seu desempenho num ambiente que lhes é próximo, e esta geração tecnológica, perfeitamente familiarizada com o mundo digital, igualmente não prescinde da IES viva, daquela em que pode interagir com seus colegas, ampliar sua rede de relacionamentos, construir futuras parcerias profissionais, ser estimulado pelos mestres, um local onde não seja trancado nas paredes de concreto, mas aproveita seu próprio espaço, ganha respeito, admiração, tornando a IES mais significativa.
 CONCLUSÃO
As Tecnologias e os Ambientes virtuais de aprendizagem;  elementos indispensáveis aos cursos na modalidade à distância’precisam ser percebidos como ambientes de aprendizagem aliados no processo ensino aprendizagem; tais ambientes, são possibilidades educativas reais na sociedade contemporânea, porém não são a única via, assim como a modalidade não é um fim em si mesma.
O uso dos Ambientes Virtuais de Aprendizagem - AVA fora do espaço acadêmico facilitaram ao discente ao estabelecer seu próprio ritmo de aprendizado, reduziram distâncias e custos que antes inviabilizavam a implantação de cursos superiores de graduação, tecnológicos, ou não em todo território nacional, tais diferenças  criavam disparidades sociais econômicas e de desenvolvimento entre as regiões com maiores polos acadêmicos e as menos contempladas, dificultando inclusive quaisquer planos de integração nacional, fossem estes da iniciativa pública ou em parcerias com as IES, este abismo foi transposto a partir da modalidade EaD.
Por outro lado, o uso indiscriminado do modelo EaD na educação não garantirá por si só a aprendizagem dos alunos, pois são instrumentos de ensino que podem e devem estar a serviço do processo de construção e apropriação do conhecimento dos aprendizes. A introdução desses recursos na educação deve ser acompanhada da presença e supervisão constante de profissionais qualificados na docência do ensino superior, com notório saber e sólida formação de tal modo possam  utilizá-las (as ferramentas  EaD) de forma responsável otimização as pedagógicas, a modalidade não resume o estado da arte, da perfeição, é uma via e não o fim.
A interatividade através dos espaços coletivos dos cursos presenciais, que  promovem a reflexão e discussão entre os pares para que alunos, professores e gestores possam falar das questões que lhes pareçam pertinentes para melhorar o trabalho, propiciar o debate permanente sobre o processo de ensino e de aprendizagem e favorecer a integração e sequência dos conteúdos curriculares, a mesma interatividade pode e deve ser implementada na modalidade à distância.
Quanto aos critérios avaliativos, é preciso identificá-los como ferramentas para desenvolvimento das habilidades na área da educação superior, como elementos constitutivos do planejamento educacional e não apenas como uma tabela a ser cumprida para apresentação de relatórios junto aos órgãos reguladores competentes; a reflexão sobre tais métodos possibilitaria o fazer pedagógico do ensino superior crítico e reflexivo, de tal modo a assegurar uma aula dialógica e dialética.
Observamos que ao longo da última década o ensino a distância adquiriu espaço como uma das mais fortes modalidades para aqueles que buscam uma graduação, a preparação deste profissional requer habilidades e competências neste novo cenário educacional, mas os ajustes tem que ser percebidos e feitos antes que a credibilidade desta importante modalidade de inclusão acadêmica, educacional e social seja abalada, talvez o caminho seja a revisão do ponto de vista tecnológico e científico, visando à aplicabilidade de projetos, talvez seja abrir o espaço dos planejamentos e produções de materiais a um colegiado composto também pelos discentes e voltado para o aperfeiçoamento das Tecnologias de Informação e Comunicação, talvez seja priorizando o corpo docente e sua interação com o alunado, a resposta certamente não é única, nem simples.Qualquer curso superior, seja presencial ou à distância que não respeita nem integra o saber do estudante e da comunidade a que ele pertence não cumpre a função primordial da uma Instituição de Ensino, que é a de formar cidadãos para uma vida digna e plena, não se pode considerar qualquer modalidade de formação que se distancie do foco maior: o aluno; ajudá-lo a desenvolver habilidades de pensamento, construir e reconstruir caminhos é, sem dúvida, o papel do ensino superior, independente de sua modalidade.

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