domingo, 25 de janeiro de 2015

FEUDALISMO


Após a morte de Carlos Magno, os seus sucessores começaram a brigar entre eles. Além disso, chegaram outros povos como os vikings, magiares (húngaros) e os normandos (vindos da Inglaterra). Os rei mostraram-se incapazes de defender as suas possessões, já que seus exércitos eram insuficientes e para melhor proteção, as terras forma divididas entre mosteiros e principalmente nobres. Isso levou ao esvaziamento do poder real. Também levou a redução substancial do trabalho escravo, na qual os ricos começam a se isolar em sociedades rurais e como consequência das invasões, a população começou a fazer o êxodo, da cidade para o campo. Para os marginalizados sem renda e ocupação e para os camponeses livres, trabalhar na terra de um grande proprietário significava cama, comida e proteção. Para o proprietário era uma forma de aumentar a forma de aumentar a mão de obra e baixar seu custo de manutenção.
As classes sociais
A sociedade feudal era dividida em três grupos: Bellatores (Guerreiros, no caso, os nobres), Oratores (Oradores, o clero) e Laboratores (Trabalhadores, os servos). os três componentes dessa sociedade tripartida foram citadas em um poema de Aldebarão de Laon (947-1030 ou 1031). Esse poema foi escrito provavelmente entre 1025 e 1027, baseando-se em textos antigo como textos bíblicos, eclesiáticos, cronistas… Abaixo, um trecho
“O domínio da fé é uno, mas há um triplo estatuto na Ordem. A lei humana impõe duas condições: o nobre e o servo não estão submetidos ao mesmo regime. Os guerreiros são protetores das igrejas. Eles defendem os poderosos e os fracos, protegem todo mundo, inclusive a si próprios. Os servos, por sua vez, têm outra condição. Esta raça de infelizes não tem nada sem sofrimento. Fornecer a todos alimentos e vestimenta: eis a função do servo. A casa de Deus, que parece una, é portanto tripla: uns rezam, outros combatem e outros trabalham. Todos os três formam um conjunto e não se separam: a obra de uns permite o trabalho dos outros dois e cada qual por sua vez presta seu apoio aos outros”.
(in FRANCO Júnior, Hilário. Idade Média. A civilização do ocidente. São Paulo: Brasiliense, 2001)


Domenico Grimani. Um nobre sendo servido pelos seus cavalheiros, 1515-1520
A nobreza
Era possível estabelecer uma divisão em:
Nível mais alto – Titulados ou nobres de sangue (duques, condes, marqueses). Eram donos de enorme poder político e econômico e mantinham um estilo de vida luxuoso, também tinham os cortesão, próximos dos reis.
Nível médio – Dos cavaleiros. Eram proprietários de terras e tinham um padrão de vida alta
Nível mais baixo – Ocupado pelos fidalgos, nobres por ascedência familiar, não tinham nem dinheiro, nem terras – Muitos, inclusive, viviam na pobreza.
O castelo medieval eram a moradia dos nobres, onde viviam com serviçais, soldados e artesões, principalmente ferreiros. Inicialmente eram fortalezas militares e mantiveram esse papel, sendo protegidos por muralhas e fossos de água para impedir a penetração de inimigos. No início eram feitos de madeira e a partir do século XII passam a ser construídos de pedra. Destacava a torre de menagem (ou homenagem) onde habitavam a família do senhor e sua família. Também ficava o salão onde o senhor recebia os outros cavaleiros, bailes e recepções. Mesmo assim, não era um lugar confortável já que o frio era terrível, para isso haviam dois recursos: Grandes lareiras e muitos tapetes, a maioria vindo do oriente. Muitas cidades eram situadas dentro das muralhas dos castelos
A nobreza também era responsável pelas guerras, sendo os principais membros das Cruzadas e os que lutaram na guerra dos 100 anos. Quando não estavam guerreando, participavam de caçadas e torneios de justa. Eles também eram responsáveis pela segurança e proteção do feudo, ainda que os primeiros que atacariam seriam os camponeses, já que estariam na linha de frente dos ataques, ainda que sem treinamento. A relação de suserania e vassalagem ocorria somente entre Nobres ou entre o Alto Clero (donos de terra) e nobres. Tem mais informações abaixo sobre.
Um membro da alta nobreza poderia se tornar membro do alto clero, ainda mais nesse período medieval. Um exemplo? O papa Leão X, seu nome de batismo era Giovanni di Lorenzo de’ Medici, pertencente a família Médici, extremamente influente comercialmente na península Itálica nos séculos XV e XVI, tornou-se cardeal-diácono graças a influência do pai, aos 13 anos.
A relação vassalo-suserano
Era uma relação entre Nobres apenas, ou de Alto Clero com Nobreza. o vassalo era aquele que servia, o servidor, sendo que no século VII foi estendido também aos homens livres. Era uma relação na qual o poder era descentralizado, com o rei geralmente com pouca autoridade, sendo esta delegada aos senhores feudais era um benefício chamado beneficium (sim, foi redundante, eu sei). Numa cerimônia denominada homenagem, o proprietário que recebia o terreno -vassalo- prometia fidelidade e apoio militar ao doador -suserano. Esse, por sua vez, jurava proteção ao vassalo. O vassalo poderia ser um suserano para um outro vassalo, inclusive, repartindo as suas terras recebidas. Essa obrigação tem origem do colonato romano, que impunha fixação do homem a terra e a homenagem veio das tradições dos invasores romanos que praticavam o comitatus, que era a fidelidade entre chefes tribais e guerreiros.
Havia também,, durante a homenagem, o costume de beijar na boca como sacramentando a relação, fazendo-o tornar “homem” do outro. Abaixo, um resumo das cerimônias:
“Os laços feudo-vassálicos eram estabelecidos através de três atos… O primeiro era a homenagem, ato de um indivíduo se tornar “homem” de outro. O segundo era a fidelidade, juramento feito sobre a Bíblia ou relíquias de santos e muitas vezes selados por um beijo entre as partes. O terceiro era a investidura, pela qual o indivíduo que se tornava senhor feudal entregava ao outro, agora vassalo, um objeto (punhado de terra, folhas, ramo de árvore etc.) simbolizador do feudo que lhe concedia”
(FRANCO JR. Hilário. A Idade Média e o nascimento do Ocidente. São Paulo: Editora Brasiliense, 1988)
O senhor feudal detinha o poder no feudo, tendo como privilégios: Arrecadação de tributos, aplicação da justiça, formação de milícias locais (nada de exércitos nacionais) e o de cunhar moedas. Enquanto o vassalo tinha vários deveres como de prestar serviço militar ao suserano, ajuda financeira e auxílio judiciário caso o suserano tivesse necessidade, resgatar o suserano caso ele caísse prisioneiro e contribuir com recursos para a armação de cavaleiro do filho do suserano.

Monge anglo-saxão. Livro de Kells. ~800.
O clero
Assim como a nobreza, o Clero também dividia-se em vários séqüitos:
Alto Clero – membros da nobreza feudal (papa, bispo, abade);
Baixo Clero – membros não ligados à nobreza que provinham do povo (pároco, padre, vigário). Muotos eram pobres, principalmente os curas rurais;
Clero Secular – membros em contato com os fiéis no cotidiano;
Clero Regular – membros de mosteiros, isolados do mundo (beneditinos, franciscanos, dominicanos, carmelitas e agostinianos).
A Igreja vinha se tornando poderosa devido às doações que os homens faziam em vida, como os senhores feudais que lhe doavam terra antes de morrer porque achavam nobre o trabalho de assistência aos pobres, recebia doações dos vencedores da guerra, com o tempo, a Igreja foi se tornando a maior proprietária de terras na região que atualmente é o Norte da Itália. A palavra papa foi empregado pela primeira vez pelo imperador romano Teodósio. O papa Gregório I, o Magno (590-640) unificou o governo das terras papais e o governo da igreja. Isso é um grande crescimento, já que os cristãos eram perseguidos até o imperador Teodósio determinar que seria a religião oficial do Império, em 380 e antes disso, com Constantino estabelecendo o Édito de Milão, tornando legal a religião.
O rei tinha o poder, mas quem de fato tinha o poder era a igreja que inclusive, controlava o tempo no período com sinos tocando de hora em hora, que serviam também de aviso para o labor (trabalho) monástico e rezas. Também estabeleceram as relações familiares, no qual o casamento era indissolúvel. Os monges acordavam durante as manhãs entre 2h e 3h30 da manhã, bem antes do galo cantar. A primeira ordem de monges no Ocidente teve início no século V com a origem da Ordem Beneditina, baseada no lema “Oração e trabalho” (Ora et labora). Durante a Idade Média a igreja também sofreu heresias, Igrejas que não iam de acordo com o padrão da igreja como os Valdenses que criticavam o luxo da religião (existem até hoje) e os cátaros (ou albigenses) que acreditavam na transmigração da alma, essa crença foi extinta em 1244 com o massacre de Montségur.
Combatendo heresias e resquícios do paganismo, a igreja aparelhou-se para combater as adversidades como a Excomunhão, que é a morte do fiel para a vida cristã, a Interdição, que era a suspensão das cerimônias religiosas e fechamento dos templos em certos territórios. Por fim, o Tribunal do Santo Ofício conhecida como Inquisição é um tribunal no qual a Igreja julgava os heréticos e pessoas de fé duvidosa, no qual i julgamento era extremamente prejudicial ao acusado. A bem da verdade, ele seria mais utilizado no período moderno que no medieval. Por outro lado, a igreja teve sua ação social: fundação de hospitais, orfanatos e leprosários, os tribunais eclesiásticos eram mais justos e organizados que os civis (pois é), nos mosteiros que que se conservaram textos antigos gregos e latino, quem entrasse nos domínios da igreja estaria sob o asilo de Deus, os colocando em proteção e a trégua de Deus, que estabelecia paz parcial nas guerras nos dias santificados e do anoitecer de Sexta a até a manhã de Segunda.

Vilões trabalhando no campo do Senhor Feudal
Os camponeses e os habitantes urbanos
Por fim, aqueles que pagavam imposto. Pois é, os que estão acima não pagavam nenhuma forma de imposto. Os servos trabalhavam na terra e estavam presos a ela, não podendo abandonar o feudo em que nasceram. Viviam em condições miseráveis em uma aldeia próxima do castelo do senhor, habitavam choupanas, feitas de varas trançadas e barro com somente um cômodo. Por outro lado, tinham os vilões, que eram trabalhadores livres contratados. Ambos tinham muitas obrigações servis: cuidar da terra e da agricultura a partir de um sistema de rotação trienal de cultivos, alternando em uma mesma faixa de terra, reduzindo o repouso. ELes tinham suas terras, que tiravam parte da produção para o seu sustento e o restante, entregavam ao senhor feudal. Também havia o domínio senhorial (ou domínio) que eram as melhores terras e exclusiva do senhor feudal. Por fim, as terras comuns que eram pastos, bosques e pântanos, onde se extraiam frutas e madeira. A ambos também cabia o pagamento de vários impostos, como a corveia (trabalho compulsório nos domínios do senhor 3 dias/semana), talha (parte da produção deveria ser entregue ao senhor), censo (tributo pago pelo vilão) banalidades (retribuição paga ao senhor feudal) e mão-morta (paga após a morte do servo).
A cidade medieval tinha o nome de burgo e em geral eram pequenas como Bruges na Bélgica e Gênova, Florença e Veneza na Itália com isso há um renascimento comercial lá pelo século XI, com o tempo os camponeses começam a emigrar para fugir da servidão. A maioria era de comerciantes e artesãos, os quais uma porcentagem chega a enriquecer, algo que a igreja não via com bons olhos devido à usura ser considerada pecado (o lucro, sentido diferente do atual que é relativo ao uso de juros excessivos). A alta burguesia com o tempo, se tornou proprietária de companhias de comercio, bancos, lojas, navios, terrenos urbanos, instalações industriais e de entrepostos para armazenagem de mercadorias orientais e das demais regiões da Europa dominando um mercado cada vez mais amplo, além de controlar o sistema bancário. Com o tempo, a burguesia e a igreja foram embelezando as cidades, servindo de mecenas para os artistas. Os comerciantes também faziam parte de uma corporação de ofício, que servia para manter o preço e cada rua era praticada por um ofício, como a “rua dos tintureiros”. Aqui em São Paulo mesmo existe a Rua do Curtume (curtidores de couro), onde fica o estúdio da Turma da Mônica. A cidade era administrada por um órgão do governo, a Assembleia de Magistrados, da qual somente os mais ricos podiam assumir. A arrecadação de tributos estava prevista na lei municipal e destinava-se à urbanização, à defesa militar e a construção de prédios públicos. O conselho medieval também controlava a cunhagem de moedas.

Jacquerie
Os camponeses não se rebelavam? Se rebelavam contra a sua condição sim, como eles eram os únicos que pagavam imposto, ocorreram muitas revoltas. A principal e mais conhecida foi a Jacquerie, ocorrida na França ocorrida pós peste negra em 1358. Em menos de um mês a rebelião foi detonada pelos nobres. Essa é a mais conhecida, mas ocorreram milhares de outras, como a revolta dos camponeses (ou Revolta de Tyler) ocorrida na Inglaterra em 1381, também pós-peste negra, que também foi esmagada rapidamente, ainda assim serviu para mostrar que os camponeses tinham o seu valor. Houveram também revoltas urbanas, como as que ocorreram com os artesões das regiões de Flanders (atual Bélgica) começando em 1280. Os artesões chegam a ganhar algumas batalhas. Nas regiões da Itália e da Alemanha também ocorreram revoltas, motivadas para que eles obtivessem melhores condições de trabalho, na Alemanha eles chegaram até a destronar o governo local. A greve era considerada um crime na época e até recentemente era considerada como tal, até a instituição das leis trabalhistas.
As minorias
Muitos eram excluídos na sociedade feudal, só observar que a vida dos camponeses já não era boa. Doentes mentais serviam de bobos da corte, aqueles que sofriam epilepsia chegavam a recorrer até mesmo ao exorcismo e os que tinham doenças contagiosas como a coqueluche e a meningite eram isolados. Os leprosos (portadores de hanseníase) eram proibidos de entrar na cidade e ficavam confinados em leprosários ou gafarias, era normal achar que era um castigo divino e também à perversão sexual. Também havia prostituição ma Idade Média confinadas em bairros e ruas próprias (daí vem o termo “zona”), as que agissem fora dos limites designados sofriam castigos severos cujos clientes habituais eram jovens solteiros, homens casados,viajantes, comerciantes em trânsitos, marujos, estrangeiros e mesmo padres ou outros religiosos fugindo da castidade. Em relação aos mendigos, era dever do bom cristão dar esmola a eles, conforme lembravam os padres e pregadores ou o fornecimento de abrigo geralmente concedido pelos religiosos, enquanto isso, as autoridades governamentais tentavam evitar a entrada deles na cidade, em 1388 uma lei inglesa proibiu a mendicância e a vagabundagem, eles passaram a ser caçados, aprisionados e postos nas estradas. Em Paris após 1351 também incluía penas de prisão, marcas de ferro em brasa e banimentos. No máximo, de forma geral, era permitido somente a permanência de uma noite, sob pena de enforcamento. Na Itália e na Espanha era possível trocar a estadia ou a comida por trabalhos comunitários. Também haviam minorias religiosas e étnicas como os judeus, que nessa época eram tratados vistos como seguidores de Satã, eles eram malvistos devido a seus empréstimos a juros e a segregação começou a partir do século XII, no IV Concílio de Latrão (1215) obrigou aos judeus o uso de vestuário coma cor amarela, braçadeira ou chapéu cônico. No mesmo século começou a perseguição aos judeus com movimentos armados que resultaram em massacres e decapitações. No século XV, as próprias autoridades começaram a tomar medidas contra os judeus, os expulsando dos seus territórios todos aqueles que não aceitaram o batismo cristão de forma obrigatória.
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Bibliografia
ALBA, J. e ISAAC, J. História Universal. Idade Média. São Paulo: Mestre Jou, 1967.
BASCHET, Jerôme. A civilização feudal. Do ano mil à colonização da América. São Paulo: Globo, 2005.
BLOCH, Marc. A sociedade feudal. Coleção Lugar da História. Lisboa: Edições 70, 1987.
COSTA Luís César Amad e MELLO, Luís César Amad. História Antiga e Medieval. Da comunidade primitiva ao Estado Moderno. São Paulo: Abril Educação, 1985.
DUBY, Georges. As três ordens ou o imaginário do feudalismo. Lisboa: Estampa, 1994.
Enciclopédia do Estudante. Volume 04 – História Geral. São Paulo: Moderna, 2008.
FRANCO JÚNIOR, Hilário. O feudalismo. Coleção Tudo é história. São Paulo: Brasiliense, 1986.
LE GOFF, Jacques (dir). O homem medieval. Lisboa: Presença, 1990.
MACEDO, José Rivair. Viver nas cidades medievais. São Paulo: Moderna, 1999.
PAIS, Marco Antonio de Oliveira. O despertar da Europa – A baixa idade Média. São Paulo: Atual, 1992.


domingo, 4 de janeiro de 2015

ARISTÓTELES SEMPRE ATUAL



Ainda a Grécia. Neste caso, a clássica. Aristóteles — sempre hodierno e pedagógico – deixou-nos na obra Retórica a sua tese sobre a argumentação. Fê-lo com base em três conceitos: Ethos, Pathos e Logos.
Ethos que se exprime numa argumentação radicada no carácter do orador. Diríamos hoje, baseada numa praxis de valores, princípios de conduta e virtudes. Através do ethos, o discurso torna-se digno de confiança e de credibilidade. É a consagração da retórica por via da personalidade do comunicador.
Pathos significa uma retórica centrada na emoção, no estado emocional do auditório. Aquilo a que hoje associamos o dom do carisma e da capacidade de convencimento, através da inteligência emocional e da persuasão por via dos sentimentos que induzam à receptividade de quem ouve. Se for exclusivo na retórica argumentativa, o pathos pode degenerar facilmente em manipulação e demagogia.
Diferentemente do ethos, centrado na pessoa do comunicador e do pathos,percepcionado do lado do receptor da comunicação, o logos valoriza a própria comunicação e argumentação. Apela por isso à razão, à logica e estruturação da linguagem e à solidez baseada no saber e no conhecimento.
É bom regressar a esta profunda actualidade aristotélica e percebermos o que se está a passar comunicacionalmente no mundo contemporâneo. Na coisa pública, sobretudo, mas não só. E observarmos como é escassa a conjugação plena do ethos, pathos e logos em tanta e prolixa argumentação que nos invade o dia-a-dia. E como escasseiam os exemplos e as personalidades que preencham estes três requisitos, com a inteligência e sensatez da razoabilidade. Ou, em política, como se faz a diferença entre um vulgar político, um esforçado líder e um denso estadista.
Com base nestas três exigências aristotélicas da boa retórica argumentativa, podemos imaginar uma matriz com todas as suas combinações possíveis. Convido-me e convido cada um dos leitores a preenchê-la com personalidades de ontem, de hoje ou de sempre.